Mai 11 2024
Há muita gente a quem a ignorância interessa
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Mai 11 2024
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E só descobriu agora. Há mais de 40 anos que é assim. Começou no momento em que apareceram os níveis e desapareceu do ensino básico as notas de 0 a 20. A partir dessa altura, paulatinamente, todos os governos forma dando uma machadada na exigência. Mas, atenção: na exigência pedida aos alunos e na exigência na formação dos professores.
Há muita gente a quem interessa a ignorância? Então talvez não fosse má ideia começar a olhar para o canal onde trabalha.
Os jovens de hoje não são felizes na escola. Não têm prazer em ir à escola. A situação agrava-se à medida que sobem de ciclo de ensino. Perdem a sua espontaneidade. Andam deprimidos, isolados uns dos outros, mesmo que aparentemente em grupo, não fossem os telemóveis e as redes sociais em que estão imersos. As razões podem ser várias, mas a escola também se tornou enfadonha, uma vez que ainda não descolou do século XX, quando os nossos jovens pertencem ao século XXI. Se fosse um país a sério, os políticos debruçar-se-iam, efetivamente, sobre esta problemática. A escola, neste momento, serve para ocupar as crianças e os jovens, enquanto os pais trabalham horas sem fim, para poderem sobreviver, qual proletariado. Os horários da escola adaptam-se aos horários dos pais, dos trabalhadores e dos patrões, tudo menos aos interesses superiores desta futura geração dopada pela Internet e/ou pela medicação para depressão, ansiedade, fobias ou hiperatividades. Sabe-se que os alunos têm horas excessivas nos seus horários e ninguém faz nada ou quer saber. Já repararam bem num horário de uma criança do 3.º ciclo ou secundário? Que tempo lhes sobra para a criatividade, para a evasão, para o convívio, para as artes ou para o desporto ao longo de um ano? Porquê é que não se reduz a carga horária destas crianças? Porquê é que não se reduzem programas e horas de disciplinas? Qual seria o problema disso? Não seria menosprezar nenhuma área do saber, antes valorizar todas. Menos seria Mais. Fala-se tanto na semana dos 4 dias para trabalhadores, mas ninguém aplaude reduzir em 5 horas, por exemplo, um horário de uma criança ou jovem, que acaba por ficar na escola mais tempo que um trabalhador? Fora ainda os tpc físicos e virtuais (a pandemia já acabou, mas enfim).