Confesso que num determinado momento, desisti de tentar compreender e interpretar as infindáveis normas, regulamentos e manuais, postos à disposição dos Professores que fossem opositores ao Concurso Interno/Externo 2024/2025…
O emaranhado e a salgalhada de todas as prescrições, de todos os procedimentos necessários para levar a cabo o referido Concurso, que na verdade são vários Concursos, e de todas as variáveis aí presentes, tornaram o processo praticamente ininteligível, mesmo com os esforços encetados por alguns no sentido de simplificar e de ajudar a respectiva compreensão, de que é exemplo paradigmático o meritório trabalho realizado pelo Blog DeAr Lindo…
Parece óbvio que algo de errado se passará quando um Concurso de Professores suscite múltiplas interpretações, outras tantas inquietações, emaranhados de dúvidas e muita confusão, todos culminando num pesadelo de interrogações e na insustentável angústia das incertezas…
Haverá outro país no Mundo onde os procedimentos necessários para levar a cabo um Concurso de Professores gerem tamanha tortuosidade, angústia e ansiedade, sendo dominados por tão pouca clareza e tantos ardis?
Haverá outro país no Mundo onde um Concurso de Professores possa revestir-se de uma gigantesca complexidade, instalando o caos e o polvoroso numa classe profissional?
Em vez de clareza e simplicidade nos enunciados, o que se viu foi um Concurso de Professores que mais parecia um “quebra-cabeças”, um conjunto de “enigmas” ou de “charadas”, tantos foram os problemas de difícil resolução…
Decorrente do anterior, plausivelmente, os resultados do Concurso de Professores 2024/2025 serão, em muitos casos, imprevisíveis, tantas são as variáveis em jogo…
O anterior Governo, que tantos Louvores atribuiu nas últimas semanas (ver Diário da República), tratou muito bem alguns concidadãos, mas maltratou milhares…
A desconsideração face aos Professores, observada e sentida ao longo dos últimos oito anos, parece que foi mesmo até ao fim:
– Os moldes tortuosos em que decorreu o Concurso de Professores 2024/2025 foram a derradeira malvadeza…
– Em particular, a Vinculação Dinâmica, que se constitui como um “presente envenenado”, e a Gestão Local evidenciam-se como duas manigâncias, plenas de perversidade, como duas armadilhas arquitectadas pelo anterior Ministério da Educação, na tentativa de mitigar a falta de Professores em determinadas zonas do país, sem qualquer reserva em se servir da Classe Docente para resolver os problemas criados pela própria Tutela…
Enfim, um legado que não deixa saudades, nem boas recordações…
Na verdade, o Concurso de Professores 2024/2025 foi uma verdadeira odisseia, uma aventura, não aconselhável a “fraquinhos”…
Imagina-se o turbilhão de incertezas e de indefinições que, por certo, pairarão em milhares de pensamentos, “vidas quase suspensas”, à espera de saber onde se estará a trabalhar daqui a poucos meses e que consequências poderão daí advir…
A todos os que concorreram, deseja-se que fiquem colocados no Agrupamento de Escolas que melhor sirva os seus interesses…
Com total solidariedade, deseja-se boa sorte a todos.
Paula Dias
10 comentários
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Até este momento, tendo em conta a multiplicidade de “podem” e não de “devem”, ainda tenho algumas dúvidas sobre se os QZP foram mesmo obrigados a concorrer ou se, simplesmente, se fez correr essa noção, de tal forma que deixaria de fazer sentido não concorrerem. O que é claro? Que os QZP, ao concorrer, são obrigados a concorrer a todas as escolas da sua zona. Que são obrigados a concorrer? Muito menos claro. E depois, passou ainda a haver a anualidade da mobilidade interna… Provavelmente, vai haver muitos colocados. Onde se sentem bem? Isso, duvido. O João Costa, deu uma volta total ao baralho e efetivamente usou os professores. E é que a falta de professores nem sequer vai ser resolvida desta forma…
!Provavelmente, vai haver muitos colocados. Onde se sentem bem? Isso, duvido.!
Alguma vez houve a obrigação de colocar os professores onde estes se sentem bem?
Alguma vez todos os professores foram colocados onde todos se sentem bem?
Não deves ser professor, ó pá. Ou isso, ou és sado-maso. Cala a boca suja.
É igualmente tortuoso, não é para fracos de coração e requer uma paciência infinita ler o Blog do Ar Lindo.
É tanta a publicidade que o computador demora muito tempo a carregar a página.
Agora qualquer artigo que se queira ler, aparecem videos pop-up, que demoram muito tempo a desaparecer.
Quando se quer aceder aos comentários, mais um video pop-up e mais outro tipo de publicidade que teimam em dificultar o acesso ás informações do Blog, razão de ser do mesmo.
Ao tornar cada vez mais dificil e cada vez mais impossivel a leitura do Blog o mesmo deixa de ter interesse para os professores.
Pessoalmente deixei de ler alguns artigos por não conseguir aceder aos mesmos tanta é a publicidade.
Fico pelo essencial e mesmo assim procuro já outras fontes de informação.
É legitimo querer ganhar dinheiro com o Blog, mas é demais e muito sinceramente perdeu-se a visão de apoiar os professores para o lucro e para a cobiça.
Subscrevo.
O trabalho do Arlindo é notável e, por isso, o meu muito obrigado.
De qualquer forma, esse trabalho tornou-se, provavelmente, muito bem remunerado.
A publicidade é exagerada. Tudo o que é exagero, é errado.
A solução para esse problema, realmente irritante, é usar adblockers, uma extensãozinha no browser usado que elimina os anúncios quase infeciosos como os que aqui andam.
Claro que os QZP foram obrigadados a concorrer a todo o país para garantir colocação.
Os da Norma Travão se não ficarem colocados por não terem esgotado todas as possibilidades ficam sem poder dar aulas nesse ano lectivo o que eu acho muito bem.
Só os VD foram obrigados a concorrer a todo o país.
Não percebo, é sempre a mesma coisa.
Ninguém coloca ninguém para onde não concorrem! OS da VD já sabiam as regras! Não percebo este tipo de artigos. As regras são claras… Não se pode é ter sol na eira e chuva no naval. Se é assim há anos , por que razão ainda não mudaram de profissão.
“Ninguém coloca ninguém para onde não concorrem! ” – falso. Os QZP antigos concorrem obrigatoriamente para QE a todas as escolas das respetivas zonas pedagógicas e não apenas àquelas para onde concorrem, além de tanto o CI como a MI passarem a ter periodicidade anual, o que também estreita administrativamente os caminhos. No meio de tudo isto, em termos de alterações na estabilidade, potencialmente, com a finalidade de colocar muitos QA a toda a força, os QZP antigos foram os mais prejudicados. Os da VD, sim, já sabiam as regras. De qualquer modo, o facto de uma regra existir não a torna automaticamente boa, viável, correta, benéfica, saudável etc.