Está para publicação em Diário da República o seguinte Despacho de Delegação de poderes.
Despacho – Delegação de poderes no Diretor-Geral da Educação, mestre Pedro Tiago Dantas Machado da Cunha, no âmbito da aquisição de serviços de controlo de requisição de provas, trabalho de execução gráfica, ensacamento e distribuição das provas de aferição, das provas finais do 3.º ciclo do ensino básico e dos exames finais nacionais do ensino secundário, referentes ao ano letivo 2023/2024.
Ora. Se as provas finais do 9.º ano são em Formato Digital para que precisam de ser ensacadas?
Será que foi preparado um Plano B para a realização das provas em formato papel?
A Escola Pública suspendeu a respiração, sucedem-se os episódios apneicos na Escola Pública…
A Escola Pública não respira naturalmente, a Escola Pública luta pela sobrevivência…
A maldade vai tomando conta da Escola Pública:
– Agressões bárbaras de Alunos e Pais a Professores;
– Agressões bárbaras entre Alunos…
– Professores que maltratam outros Professores… Cala-se, frequentemente, a revolta, não vá o “diabo tecê-las”, que quem “não joga com determinado baralho de cartas pode ficar fora no próximo jogo”…
O “cinzentismo” e a falta de “ar fresco” tomaram conta da Escola Pública:
– Como nunca, faltam Professores, há Turmas e Turmas sem aulas a várias Disciplinas;
– Há Professores aparentemente condenados à obediência, à resignação, às “vitórias morais” ou aos “prémios de consolação”: barafusta-se muito, mas depois, e invariavelmente, acabam por aceitar-se todas as imposições;
– Há Professores aparentemente dispostos a remendar os erros concebidos pela Tutela, contribuindo para os desagravar, acabando por assumir o papel de legitimadores dos desvarios e da insensatez “made in” Ministério da Educação;
– Há exaustão física e mental, há desesperança, há frustração, há desumanização;
– Há muito trabalho insano, há muitas lutas contra “moinhos de vento”, há muitas “corridas sem meta à vista”, há muitos “caminhos que se percorrem sem saber para onde”, há muitas “rodas de hamster”, há muitas “gaiolas” de censura;
– Há Alunos a serem enganados pela ilusão do facilitismo, pelo sucesso artificial e pelo encobrimento da realidade;
– Há Alunos remetidos ao silêncio, prisioneiros da solidão, vulneráveis e “invisíveis”, que fogem da realidade, muitas vezes sentida por si como insuportável;
– Há Alunos que vivem alienados, desligados do mundo real, “presos” em mundos digitais, dependentes de aparelhos tecnológicos e de vivências meramente virtuais;
– Há Alunos remetidos a “zonas de conforto” sem calor humano, ausentes de vinculações afectivas, onde as interacções sociais e as vivências quotidianas verdadeiramente não existem…
Cada vez mais, a Escola Pública se constitui como um lugar onde verdadeiramente não se respira, onde apenas se deambula, à espera que o tempo passe depressa… Desejando arduamente que o tempo passe depressa…
Cada vez mais, a Escola Pública definha, como um moribundo em agonia…
Asfixiada que está, a Escola Pública precisa de ser rapidamente assistida…
Não há saúde mental nem física que resista à actual Escola Pública…
Para onde vai uma Escola Pública que promove a alienação, fomenta a desumanização e inibe a reflexão crítica?
(Roubado da Internet, de autor desconhecido).
A Escola Pública “vai andando”, sem saber para onde…
A Escola Pública encontra-se em apneia, garroteada…
Preditores dos males que assolam a Escola Pública há muitos, mas poucos os querem ver e assumir… É muito menos doloroso “fechar os olhos” e fingir-se de cego…
E tudo seria muito pior sem a Escola Pública, onde todos os dias se operam verdadeiros “milagres” e onde também acontecem coisas boas, ainda que esses sejam cada vez menos reconhecíveis…
No PSD cresce a convicção de que não será preciso um orçamento rectificativo para avançar com bandeiras da AD, como iniciar a devolução do tempo de serviço das carreiras docentes.
O vice-presidente do PSD Miguel Pinto Luz disse que, “do ponto de vista teórico”, seria possível a um futuro governo da Aliança Democrática (AD) começar a devolver aos professores o tempo de serviço que esteve congelado, mesmo sem a aprovação de um orçamento rectificativo. Mas também será possível do ponto de vista prático executar essa medida, ou outras, dependendo das prioridades políticas em causa, e sem ser necessário aprovar um orçamento rectificativo.
A ser verdade, os professores de TIC devem recusar-se cumprir a ordem, pedi-la por escrito e fazerem queixa na ACT.
Segundo Mário Nogueira, o último concurso lançado pelo ministério da Educação para selecionar as empresas que iriam fazer a manutenção dos equipamentos tinha valores tão baixos que ficou deserto e os diretores escolares têm pedido ajuda aos professores de informática.
Os professores de informática queixam-se de estarem a ser chamados para arranjar computadores avariados dos alunos e, por isso, vão reunir-se com a Federação Nacional de Professores (Fenprof) para estudar possíveis ações de luta.
Segundo Mário Nogueira, o último concurso lançado pelo ministério da Educação para selecionar as empresas que iriam fazer a manutenção dos equipamentos tinha valores tão baixos que ficou deserto e os diretores escolares têm pedido ajuda aos professores de informática.
Os professores de informática queixam-se de estarem a ser chamados para arranjar computadores avariados dos alunos e, por isso, vão reunir-se com a Federação Nacional de Professores (Fenprof) para estudar possíveis ações de luta.
A menos de três meses do início das provas nacionais em formato digital, “há um grande número de computadores que se vão avariando, um pouco por todo o lado”, alerto esta sexta-feira o secretário-geral da Fenprof.
Mário Nogueira disse que o último concurso lançado pelo ministério da Educação para selecionar as empresas que iriam fazer a manutenção dos equipamentos tinha valores tão baixos que ficou deserto e, por isso, os diretores escolares têm pedido ajuda aos professores de informática.
“Querem que sejam os professores a ser os técnicos que vão desaparafusar aquilo, ver o que se passa e arranjar”, criticou o secretário-geral, sublinhando que esta não é uma função dos professores de informática que, “se quiserem e se souberem, até a podem fazer”, mas nunca poderão ser obrigados.
“A sua função nas escolas não é serem técnicos daquilo que avaria. Mas estão a ser obrigados a fazê-lo e fora do seu horário”, criticou Mário Nogueira, garantindo que esta será também uma causa que a federação irá apoiar.
A Fenprof vai reunir-se, na próxima segunda-feira, com a Associação Nacional de Professores de Informática (ANPRI): “Vamos analisar a possibilidade de nos juntarmos aos colegas que nos pediram apoio para alguma ação de luta”.
O governo decidiu avançar com a desmaterialização gradual das provas e exames nacionais, tendo começado pelas provas de aferição, que são dirigidas aos alunos do 2.º, 5.º e 8.º anos.
Estas provas não contam para a nota final, mas sim para perceber o nível de conhecimentos dos estudantes, identificar as falhas e poder adaptar as aulas para melhorar as aprendizagens.
A substituição das provas em papel por digital foi alargada também aos alunos do 9.º ano e este ano deveria começar a ser implementado no ensino secundário, onde as notas nos exames nacionais têm peso na média de acesso ao ensino superior.
O ministro da Educação, João Costa, revelou entretanto que os exames do secundário deste ano iriam continuar a ser feitos em papel, garantindo que não desistia do projeto desmaterialização das provas nacionais até porque conta com financiamento europeu através do Plano de Recuperação e Resiliência.
Este ano, as provas de aferição, dirigidas aos alunos do 2.º, 5.º e 8.º anos, estão previstas para começar entre os dias 2 e 13 de maio, com os mais pequenos a dar provas dos seus conhecimentos a Educação Artísticas e Educação Física.
A 3 de junho realizam-se as provas de 5.º ano de Matemática e do 8.º ano de Português, testes que já obrigam a ter um computador.
A 12 de junho arrancam as provas finais do 9.º ano com a prova de Matemática e dois dias depois começam também os alunos do ensino secundário com as provas de Português e de Mandarim.
A direção da Fenprof deu esta sexta-feira uma conferência de imprensa para apresentar a sua avaliação dos resultados eleitorais do último domingo, avisando que existem linhas vermelhas que poderão levar milhares de professores novamente para a rua, nomeadamente o reforço dos contratos de associação com as escolas privadas ou a possibilidade de implementar um modelo de cheque-ensino.
A contagem integral do tempo de serviço realizado durante a ‘troika’ continuará a ser outra das principais lutas da Fenprof, que espera que sejam cumpridas as promessas feitas durante a campanha eleitoral, quando os partidos garantiram uma recuperação gradual dos seis anos, seis meses e 23 dias trabalhados e até agora não contabilizados para efeitos de progressão da carreira e aposentação.