O Tribunal de Penafiel condenou esta quinta-feira a dois anos e nove meses de prisão, com pena suspensa, um aluno que agrediu com um ferro um professor de uma turma com necessidades especiais, numa escola de Felgueiras em junho do ano passado.
Em causa está o crime de homicídio qualificado na forma tentada, aplicando-se o regime especial para jovens delinquentes. A pena é suspensa por um período de cinco anos. Com a condenação, cessa a aplicação da medida de coação de prisão domiciliária.
O aluno tinha baixado as calças a um colega com autismo e foi chamado à atenção pelo docente, de 46 anos, que lhe terá indicado que o caso seria reportado e o estudante alvo de processo disciplinar. O adolescente saiu da sala, foi buscar um ferro de dimensão considerável e, após o toque para o intervalo, voltou à sala. Agrediu o professor nas pernas e na cabeça. Mesmo com o docente prostrado no chão, continuou a atacá-lo. Depois, fugiu da escola.
A vítima sofreu ferimentos graves em diversas partes do corpo. Foi socorrido primeiro por colegas e funcionários da escola e, logo depois, pelos Bombeiros de Felgueiras, que o estabilizaram e transportaram para o Hospital Padre Américo, em Penafiel.
Os alunos da zona Norte do Pais são aqueles que concluem em maior percentagem os dois últimos ciclos do Ensino Básico no tempo esperado (2 e 3 anos, com 97% e 95% respetivamente).
Poderia dizer que o facto destes alunos até 2021/2022 não terem tido falta de professores terá ajudado nessa média.
Já as zonas onde se assiste agora a uma maior falta de professores (Lisboa e Algarve) são as zonas com uma média mais baixa de conclusões no tempo esperado, 93% no 2.º Ciclo e 89% no 3.º Ciclo.
Só por aqui se vê o quanto caro fica a falta de aposta na classe docente e na sua valorização profissional.
Alunos com histórico de retenções podem ter professores tutores. Maioria das escolas mobiliza este apoio, mas 22% das que tinham estudantes elegíveis não o disponibilizaram.
A maioria (78%) das escolas de 2.º e 3.º ciclos e ensino secundário com alunos elegíveis para receberem apoio tutorial disponibilizaram-no. Esta ajuda foi assegurada por mais de dois mil professores. E chegou, no ano lectivo passado, a 14.657 estudantes com um passado de retenções, de 530 escolas e agrupamentos de escolas. Já um em cada cinco estabelecimentos (22%) com estudantes elegíveis para este apoio não o ofereceram.
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Direção do estabelecimento em Lisboa foi informada da agressão, mas nada fez no momento.
O pai de um aluno invadiu esta quarta-feira a Escola Básica do Lumiar, em Lisboa, interrompeu uma aula de Português e espancou o professor do filho. De acordo com encarregados de educação de outros alunos, a direção do estabelecimento foi informada da agressão, mas nada fez no momento, acabando por ser a vítima a contactar a PSP e a efetuar a respetiva queixa-crime.
O CM tentou obter esclarecimentos junto da direção, mas não obteve qualquer resposta por a mesma “estar em reunião”.
Segundo o CM apurou, a vítima sofreu ferimentos ligeiros e o agressor está identificado, tendo o expediente sido remetido ao Ministério Público.
Apesar de não estarem ainda apurados os resultados finais do acto eleitoral do passado dia 10 de Março, talvez seja possível, desde logo, concluir isto:
– Nenhum Partido Político, verdadeiramente, ganhou, mas quem perdeu foram, indubitavelmente, os Portugueses…
Sem vencedores claros, mas com perdedores inequívocos, assim parecem ser os resultados eleitorais do passado dia 10 de Março…
Independentemente de os cidadãos portugueses terem, ou não, votado conscientes das suas escolhas, estaremos, neste momento, numa encruzilhada, num beco de difícil saída…
Os cidadãos que votaram no Chega subscreveram, naturalmente, uma matriz ideológica assente nos princípios “Deus, Pátria, Família e Trabalho”, conforme consta no Programa Eleitoral Legislativas 2022 desse Partido Político, o que não pode deixar de se constituir como um paradoxo, precisamente no ano que se celebram os 50 anos do 25 de Abril de 1974…
Com uma identidade muito próxima do salazarismo e do fascismo, a simpatia do Chega pelo ideário do Estado Novo parece indisfarçável… A partilha dos principais princípios parece indesmentível…
Os eleitores do Chega serão maioritariamente homens jovens, com o Ensino Secundário (Pedro Magalhães, Bases Sociais das Intenções de Voto em 2023)…
– Esses eleitores conhecerão os Programas Eleitorais do Chega e terão consciência do seu significado político?
– Saberão que Portugal viveu durante 40 anos sob um regime ditatorial, autoritário, conservador e nacionalista e terão consciência das respectivas consequências para os cidadãos?
Se tiverem essa consciência, não poderá deixar de se considerar que a Democracia, alcançada pelo 25 de Abril de 1974, poderá estar a caminho do precipício…
Se não tiverem essa consciência, o mínimo que se poderá afirmar é que votaram desconhecendo o significado político do seu próprio voto, o que também será incompreensível em adultos, supostamente esclarecidos…
De uma forma ou de outra:
– “…não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti”. (John Donne)…
– Os sinos dobram pelos Portugueses…
E nenhum Partido Político poderá cair na tentação de se deixar fazer refém do Chega, a bem da Democracia e das conquistas alcançadas pela mesma…
A propósito do anterior, lembrei-me de Bella Ciao, a canção que se tornou um símbolo e um hino da Resistência Italiana Anti-Fascista, durante a Segunda Guerra Mundial, a partir daí muitas vezes entoada em várias ocasiões pelo Mundo fora, sempre a favor da Democracia…
Aqui fica a primeira estrofe de Bella Ciao:
“Una mattina mi sono svegliato
O bella, ciao! Bella, ciao! Bella, ciao, ciao, ciao!
Una mattina mi sono svegliato
E ho trovato l’invasor”
“Uma manhã, eu acordei
Querida, adeus! Querida, adeus! Querida, adeus, adeus, adeus!
Uma manhã, eu acordei
Em entrevista ao PÚBLICO-Renascença, o vice-presidente do PSD admite que o diploma para devolução do tempo de serviço congelado aos professores possa ser apresentado na Assembleia da República antes do Orçamento do Estado para 2025. Não explica, porém, se será necessário fazer um Orçamento Rectificativo para acomodar mais despesa, lembrando que o PS tem dificultado sempre a informação sobre as contas públicas.