Neste artigo dei contra da minha discordância com a não consideração da devolução de parte do tempo faseado para quem ficou preso nas listas de acesso ao escalões com vagas e da minha decisão de seguir para tribunal contra o ME.
A Ana Valente que encontra-se na mesma situação que eu deixou o seguinte comentário nesse artigo:
A legislação da recuperação do tempo de serviço é clara: o tempo é recuperado para progressão na carreira.
A legislação do acelerador também é clara: recuperar o tempo de permanência no 4º ou no 7º escalão a aguardar vaga.
Temos que usar a legislação que está claramente a nosso favor e ver quem é “a pedra na engrenagem” – DGAE.
A DGAE deturpa a legislação e é contra a DGAE que teremos que lutar, porque os partidos vão e vêm e a DGAE permanece!
Temos que nos organizar e lutar em grupo.
Como 1.º passo, deveríamos, na minha opinião, reclamar estes dias junto da DGAE.
Também me enviou minuta que deve ser adaptada à situação individual de cada um para ser enviada à DGAE, via E72.
A minha reclamação já seguiu hoje e podem usá-la e adaptá-la ao vosso caso.
Situação aconteceu numa escola do Norte do país. Responsáveis escolares frisam que esta situação decorre de uma falta “dramática” de professores que “já não afeta só algumas regiões do país e alguns grupos disciplinares”
O filho de Pedro Gomes está no 5º ano, na Escola Maria Manuela de Sá em Matosinhos. Não tem professor de Português desde novembro. A professora meteu baixa por doença e a substituição não tem sido fácil. Os sucessivos concursos não tiveram candidatos e nem nas contratações de escola tem sido possível arranjar um professor para lecionar as 14 horas semanais de Português às três turmas do 5º ano.
“Continua sem professor e acho que este ano não deve haver mais professor”, lamenta Pedro Gomes.
A situação preocupa o encarregado de educação, até porque se trata de uma “disciplina crucial”, necessária para o sucesso de outras disciplinas. “E não nos esqueçamos que são miúdos da Covid, que já vêm coxos da primária e ainda levam com estas situações no quinto ano”, sublinha Pedro Gomes, em declarações telefónicas à CNN Portugal.
A 25 de janeiro, houve uma reunião com os pais e encarregados de educação de duas das turmas que estão sem professor de Português e o email da diretora com os pontos chave dessa reunião deixaram Pedro Gomes ainda mais preocupado. A diretora justificava a ausência de docente a Português e informava que “a escola não dispõe de crédito horário que permita colmatar a ausência de aulas recorrendo a professores da casa”. Na sequência desta explicação, vem a sugestão aos pais para que trabalhem os conteúdos com os filhos.
“Sugiro as seguintes estratégias para os pais/EE trabalharem com os alunos: com base na planificação da disciplina desde o princípio do ano letivo até agora, trabalhar os conteúdos gramaticais com recurso ao caderno de atividades e ao manual e leitura integral das obras trabalhadas em aula até ao momento. Para este acompanhamento, envio em anexo o material necessário (planificação e PDF das obras. Se alguns alunos não possuírem caderno de atividades, os que tiverem poderão partilhar por email)”,pode ler-se no email a que a CNN Portugal teve acesso.
“Eu até sei as coisas. Mas não sei como explicar ao meu filho! Para mim é fácil. Para ele não é. Não tenho formação de como lhe fazer chegar a informação da melhor forma”, lamenta o encarregado de educação, frisando que não culpa “a escola ou os professores”. “A culpa é da burocracia que é tão grande que a máquina não mexe.”
O filho de Pedro frequenta um centro de estudos, que vai procurando colmatar as falhas. Mas o encarregado de educação pensa em “quem não pode frequentar” explicações e centros de estudo sublinha que a avaliação dos alunos fica comprometida.