Na área de pedidos de horários surge esta informação assinalada como ATENÇÃO!
ATENÇÃO!Antes de iniciar o processo de recolha de horários, leia atentamente as seguintes instruções:
1. Os horários são pedidos por Agrupamento de Escolas ou Escola não Agrupada.
2. Na medida em que esta funcionalidade visa, também, a recolha de dados por grupo de recrutamento, o(a) agrupamento de escolas/escola não agrupada tem que preencher os diferentes campos, ainda que, não precise de colocação de novos docentes.
3. Nesta fase, só podem ser pedidos horários de duração anual. É fundamental que cada diretor tenha presente que, após esta recolha de horários, e, para as Reservas de Recrutamento, devem apenas surgir horários decorrentes de situações meramente excecionais e devidamente justificadas.
4. A substituição de docentes que solicitaram a aposentação só pode ser pedida quando o docente já tiver autorização de aposentação ou nos casos abrangidos pela Nota Informativa – ICL 1ª Fase.
5. A atribuição de horas de Apoio Educativo a docentes do 1.º Ciclo pode ocorrer em diferentes escolas do agrupamento.
6. Os horários de disciplinas técnicas, não incluídas nos grupos de recrutamento, devem ser atribuídos aos docentes já colocados no(a) agrupamento de escolas/escola não agrupada com formação adequada.
7. No caso de não existirem, e seja necessário recorrer a outros professores da área técnica, devem os horários ser pedidos no GR 530 na respetiva área.
8. Os horários eventualmente necessários para os grupos de Educação Especial são carregados pelo(a) agrupamento de escolas/escola não agrupada, à semelhança dos restantes.
Estamos sobrecarregados de solicitações digitais, tornamo-nos dependentes dos nossos smartphones e temos cada vez mais dificuldade em concentrar-nos na tarefa que estamos a realizar (ler, falar, descansar) sem sermos interrompidos por sinais digitais, aos quais respondemos a correr. O nosso grau de atenção está francamente a diminuir.
Quanto mais “inteligentes” se tornam as aplicações, mais invasivas são das nossas vidas e substituem o nosso pensamento. Já nos lembram de todos os nossos compromissos e obrigações, escolhem os nossos restaurantes, ordenam-nos as informações de que dispomos, selecionam os anúncios que nos são enviados, determinam as rotas e caminhos que devemos seguir, propõem respostas automáticas a algumas das nossas perguntas verbais e aos e-mails que nos são enviados, domesticam-nos os filhos a partir do jardim de infância, etc. Mais um esforço e, realmente, acabarão a pensar por nós.
Uma dependência aparece quando se deixa de ter controlo sobre a necessidade de fazer uma coisa. Muita gente — eu próprio incluído — olha para o telemóvel mesmo quando está ocupado a fazer outras coisas com outras pessoas.
Vem esta questão, que já exagerei na introdução, a propósito de um livro recente que li (edição original em França de 2021), sobre os perigos dos ecrãs para os nossos filhos. Polémico logo no título – A Fábrica de Cretinos Digitais (2021), que venceu o prémio para melhor ensaio em França, da autoria de Michel Desmurget (neurocientista).
Trata-se de uma obra que tem tanto de pertinente como inquietante, traçando um cenário doloroso sobre os efeitos que esse consumo em excesso está a ter nos cérebros dos nossos filhos.
E atenção que a obra não pode ser considerada como um libelo contra o mundo digital – não é tecnofóbica, o que seria uma idiotice no mundo que vivemos diabolizar as tecnologias e o seu uso. Não, trata-se de uma obra séria, cuidada nos dados e referências que publica e muito oportuna. E apesar de colocar o foco, muito interessante, na questão da exposição” digital” de crianças, a questão de fundo que levanta é útil, mesmo para adultos.
Desde que irrompeu o “digital e o mundo dos ecrãs” nas nossa vidas – fenómeno relativamente recente à escala das nossas vidas – relembro com frequência que quando tinha a idade dos nossos alunos atuais ninguém tinha computador em casa, com os telemóveis, tablets, consolas de jogos a serem realidade bem distantes ou em “sonhos” de autores de ficção científica ou em filmes – a este propósito não resisto em mencionar o Blade Runner (1982) de Ridley Scott.
Mas adiante, de que perigos falamos?
Quanto ao mundo adulto pouco mais há a dizer, atente-se na introdução deste artigo. Apesar da relação com estas tecnologias ser algo recente, todos (adultos, jovens adultos) vão conhecendo histórias dos efeitos nefastos de uma ligação “desregulada e excessiva” com este mundo. São as horas que se “queimam” ao sabor dos cliques, páginas que se saltam de umas para as outras, jogos online, maratonas a ver séries – já não temos a calma e a sobriedade de esperar pelo episódio da semana, onde a realidade televisiva ou a internet já não satisfazem, por lentas. O entretenimento sem interrupções que temos disponíveis (e a baixo custo) – basta pensar nas plataformas digitais e na quantidade enorme de conteúdos que temos disponíveis a qualquer hora do dia, aparentemente, não nos tem feito mais felizes, tal é a sensação de vazio que deixa em muitas pessoas. E não é por falta de entretinimento, é mesmo por excesso.
Retornando ao autor e ao que partilha de preocupante, é o que diz sobre os efeitos desta exposição desregulada – diz-se assim, porque os adultos, pais e famílias, não estão a regular de forma conveniente, ou não estão atentos ao problema, do tempo em excesso que as novas gerações estão a interagir com smartphones, tablets, computadores é elevadíssimo, e em idades que surpreendem.
Atentem nos números que, insisto, são o resultado de estudo a amostras relevantes de crianças da europa ocidental.
Aos 2 anos, as crianças consagram todos os dias quase três horas a ecrãs. Entre os 8 e os 12 anos, esse tempo aumenta para cerca de quatro horas e quarenta e cinco minutos. Entre os 13 e os 18, a exposição é em média de seis horas e quarenta e cinco minutos diários. Em termos anuais, são cerca de mil horas para um aluno do 1.º ciclo do ensino básico (quase o mesmo número de horas de um ano escolar) e 1700 para um do 2.º ciclo. Já para um aluno do 3.º ciclo e do ensino secundário, falamos de 2400 horas anuais, o equivalente a um ano e meio de trabalho a tempo inteiro.
E desta observação retira o autor, para reflexão, as seguintes preocupantes conclusões. Ao contrário do que se pensava, a profusão de ecrãs a que os nossos filhos estão expostos em idades tão precoces estão longe de lhes melhorar as aptidões. Na verdade, verifica-se precisamente o oposto: acarreta consequências pesadas ao nível da saúde (obesidade, desenvolvimento de doenças cardiovasculares e diminuição da esperança de vida), em termos de comportamento (agressividade, depressão, ansiedade) e no campo das capacidades intelectuais (linguagem, concentração e memorização).
Vão-se identificando problemas – usa-se mesmo a expressão hecatombe morfológica, para descrever os problemas musculares, mental e social a afetar a cultura do corpo, sentado inúmeras horas, valorizando a ponta dos dedos e a fadiga visual, com consequências na enorme taxa de sedentarismo, inatividade física, criando cada vez mais analfabetos motores – os professores de educação física podem falar muito sobre isto, e lutam diariamente para contrariar o fenómeno, que tem consequências evidentes na saúde física.
Tudo isto afeta gravemente o rendimento escolar dos jovens e o seu desenvolvimento.
E conclui o autor que os nativos digitais – expressão criada no início do século XXI para definir aqueles que nasceram e cresceram numa cultura digital, são os primeiros filhos a terem um QI inferior ao dos pais e que após milhares de anos de evolução, o ser humano está agora a regredir em termos cognitivos e de capacidades intelectuais, por culpa da exposição excessiva a ecrãs.
O mundo digital está a transformar tudo à nossa volta e, se não estivermos atentos, também pode transformar cada um de nós a partir de dentro, seja adulto ou criança. É só deixarmos que o uso das tecnologias se transforme num exagero pouco saudável, e num (mau) hábito que nos preencha.
Da experiência de investigação – e observação no mundo escolar, tem sido possível verificar a existência de alguns casos de crianças e jovens que são exímios jogadores frente aos ecrãs, mas que não sabem brincar em atividades livres com os amigos. Esta relação entre cultura digital e cultura motora, deveria merecer mais reflexão no contexto familiar, educativo e comunitário. É fundamental para a saúde pública da sociedade contemporânea a consciência de um equilíbrio na utilização lúdica destes artefactos digitais e a promoção de estilos de vida ativa, como o caminhar, correr, saltar, nadar, brincar ao ar livre, jogar à bola, andar de bicicleta e skate, sujar-se, perseguir, ser perseguido e lutar, subir às árvores, descobrir através das experiências com o envolvimento natural e construído, cores, cheiros, contrastes, desafios, aventuras, etc.
Parece óbvio que as crianças e os jovens devem aprender as habilidades fundamentais e aproveitar as magníficas potencialidades que o mundo hoje oferece no acesso à informação e ao conhecimento.
Mas enterrar a cabeça na areia e não estar atento aos “problemas” que vão sendo identificados seria também uma atitude incompreensível e perigosa. Os pais e as famílias têm de estar atentos à forma (e tempo) que se colocam esses dispositivos
nas mãos de crianças e jovens sem qualquer controlo. Não sermos adultos distraídos digitalmente, por conveniência de gestão de tempo pessoal, ou falta dele. No fundo, uma educação mais atenta e saudável dos filhos no uso deste arsenal de ecrãs disponíveis.
Um contributo seria, por exemplo revalorizar a leitura (onde a escola muito se empenha), de literatura e de poesia, promover o contato com a natureza, comportamentos que possuem maravilhosas propriedades terapêuticas.
As palavras ajudam-nos a viver melhor, de um modo mais sereno.
Informa-se que se encontra aberto, a partir de 4.ª feira (inclusive), 9 de Agosto de 2023, pelo prazo de 𝗰𝗶𝗻𝗰𝗼 (𝟱) 𝗱𝗶𝗮𝘀 𝘂́𝘁𝗲𝗶𝘀, concurso anual com vista ao suprimento das necessidades de contratação de pessoal docente, da Casa Pia de Lisboa, I.P., para o ano escolar de 2023/2024.
Informa-se que o formulário online se encontrará disponível a partir de 4.ª feira, 9 de Agosto de 2023, até às 23 horas e 59 minutos, hora de Portugal Continental, do dia 16 de Agosto de 2023, conforme disposto no n.º 2 da parte VII.I do Aviso n.º 14840/2023, de 8 de Agosto.
Aviso n.º 14840/2023, de 8 de Agosto: https://files.diariodarepublica.pt/2s/2023/08/153000000/0005700065.pdf
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Informamos que a aplicação informática Indicação da Componente Letiva (2.ª fase) /Renovação de Contratos / Necessidades Temporárias (pedido de horários), que permite às escolas procederem à atualização da identificação dos docentes aos quais já é possível atribuir componente letiva (retirá-los da situação de ausência de componente letiva), indicar a intenção de renovação de docentes contratados, ao abrigo do n.º 4, do art.º 42.º do DL 132/2012, na redação em vigor, bem como proceder ao pedido de horários, está disponível a partir de hoje, até às 12:00 horas, do dia 10 de agosto de 2023 (hora de Portugal continental).
Alertamos para a importância de cumprimento rigoroso dos prazos e agradecemos desde já a V. colaboração.
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