18 de Junho de 2023 archive

Texto “fracturante” sobre futebol e algo mais…

Texto “fracturante” sobre futebol e algo mais…

 

 

Segundo o Jornal Expresso, em notícia veiculada em 17 de Junho passado, o 1º Ministro António Costa deu um “saltinho” a Bucareste, para assistir à Final da Liga Europa, disputada entre os clubes de futebol Sevilha e Roma, este último, treinado pelo português José Mourinho:

 Apesar de a deslocação não ter sido incluída na agenda do primeiro-ministro para o dia 31 de maio, António Costa parou em Budapeste para assistir à final da Liga Europa, disputada no Puskás Arena, interrompendo a viagem a bordo de um Falcon 50 da Força Aérea que o transportava para Chisinau, capital da Moldávia, onde se realizava a II Cimeira da Comunidade Política Europeia”…

Alegadamente, António Costa terá dado como justificação para tal desvio, prévio à referida Cimeira, o facto querer dar um abraço a José Mourinho, acreditando que lhe poderia dar sorte, segundo as palavras do próprio Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, que terá tido conhecimento dessa intenção…

Como se sabe, a presença de António Costa não salvou José Mourinho da derrota: o Sevilha acabou por ganhar esse jogo, levando para casa o troféu da conquista da Liga Europa…

E, também, como se sabe, após o final desse jogo, José Mourinho teve um comportamento deplorável, em relação à equipa de arbitragem, mostrado em praticamente todos os canais televisivos, portugueses e estrangeiros:

– Depois do jogo, dirigiu-se à garagem do estádio Puskás Arena, onde, veementemente, insultou os árbitros da partida, fazendo uso de muitos impropérios e abundantes palavrões…

A atitude, nomeadamente a linguagem obscena, com que José Mourinho brindou a equipa de arbitragem, deram, de resto, origem a um processo de investigação movido pela UEFA…

 José Mourinho acabou por envergonhar os portugueses, evidenciando uma atitude de mau perdedor, indigna de qualquer treinador de futebol, ainda para mais com a visibilidade de que o mesmo usufrui, e absolutamente incompatível com o epiteto que o próprio atribuiu a si mesmo: “The special one”, no tempo em que era treinador do Chelsea…

 O que terá a dizer sobre isso António Costa, que tão sensível se tem mostrado em matéria de insultos?

 Gosto de futebol, costumo acompanhar, na medida da minha disponibilidade, o que se vai passando nesse mundo e não me considero uma moralista, mas confesso que senti vergonha alheia, ao ver e ouvir José Mourinho naquela ocasião…

 Qualquer cidadão tem o direito de assistir aos jogos de futebol que muito bem entender, em território nacional ou no estrangeiro, com o dinheiro que quiser e puder desembolsar…

 No caso presente, o erário público pagou, com certeza, a escala de António Costa em Budapeste, assim como tudo o que se lhe associou, e aí é que está o problema…

 Tudo indica que esta deslocação de António Costa a Bucareste terá sido realizada a título pessoal, e não em representação do país, uma vez que a mesma não estaria sequer prevista na sua agenda oficial…

 Em resumo, estaremos perante a satisfação de determinados gostos privados, pagos com dinheiro público e isso, obviamente, contraria a gestão racional do erário público, tão apregoada por António Costa, quando isso lhe dá jeito para justificar determinadas contenções orçamentais, e contradiz aquilo que é moral e eticamente esperado de um Chefe de Governo pelos seus concidadãos…

 Depois de mais um episódio rocambolesco como este, que moralidade poderá ser reconhecida a António Costa, da próxima vez que o mesmo advogar, por exemplo, a inexistência de verba para permitir a recuperação integral do tempo de serviço dos Professores?

 Obviamente que os milhares de euros gastos neste desvio de rota significarão uma quantia muito inferior à necessária para repor a justiça na Carreira Docente, mas muitos dos injustificáveis milhões de euros malgastos, que dilapidam recorrentemente o erário público, começam quase sempre por ser dezenas, centenas e milhares antes de chegarem a quantias astronómicas…

Para António Costa os conceitos de ética e de moral parecem cada vez mais relativos, apenas exigíveis a terceiros…

 Com toda a franqueza, ter assistido a este jogo de futebol sentado ao lado de uma personagem sinistra e indesejável como Viktor Orgán talvez não seja o mais censurável, neste caso…  

 O que aqui está verdadeiramente em causa não é se António Costa assistiu ao jogo de futebol acompanhado por um líder europeu conotado com a Extrema-Direita ou com a Extrema-Esquerda…

 O que aqui está verdadeiramente em causa é que não havia justificação racional e objectiva para assistir a este jogo de futebol, debitando aos contribuintes portugueses a respectiva factura…

 A ideia que fica é que a austeridade, a parcimónia e a contenção de despesa pública são só para alguns…

E tudo isto é inaceitável e inadmissível numa Democracia, onde supostamente deveria prevalecer a Ética Republicana…

A leviandade e a ligeireza com que António Costa tomou a decisão de alterar a rota inicialmente prevista denotam arrogância e vaidade patética, que já começam a ser “um clássico” na sua acção governativa…

Notas:

– Sou adepta fervorosa do Sporting e jamais concordaria com uma situação que tivesse contornos similares à presente e que envolvesse o clube da minha preferência e algum Governante, deste ou de qualquer outro Governo…

Como se sabe, a junção do futebol com a política gera sempre péssimos resultados, em particular para os contribuintes portugueses…

– A expressão “fracturante” foi utilizada no título deste texto de forma sarcástica.

 

(Paula Dias)

 

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Amanhã Entramos na Semana Provável de Publicação das Listas Provisórias

De acordo com o meu calendário de datas previstas para o concurso 2023/2024 vamos entrar amanhã na semana previsível de publicação das listas de ordenação provisórias do concurso externo 2023/2024.

Por isso é muito provável que entre amanhã e terça feira as listas sejam publicadas, caso contrário será a primeira vez, que me lembre, que as listas provisórias de um concurso externo seriam publicadas já em pleno verão.

 

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Exagerus – sensibilite agudus – Carlos Calixto

Nota prévia: Somos (singular plural majestático)categórica e inequivocamente contra toda e qualquer imagem, rabisco, e/ou palavras abusivas que, mesmo nahif que sejam malinterpretadas, possam prejudicar as legais,justas e nobres reivindicações dos educadores e professores portugueses. A radicalização e extremar da Luta e Revolta não é o caminho. O caminho é a firme determinação dos argumentos e da razão que sobejamente nos assiste. É o debate e a negociação, a propositura, vontade e diálogo político aberto e franco. O Povo português julgará.

Também me chocam as virgens ofendidas, impolutas, e que não são exemplo para ninguém.Com passado e presente pecaminosos. E futuro(…)

Como também estou atento a máquinas partidárias buscando motivo, ocasião e oportunidade para, promovendo o acessório, desviar as atenções do essencial. Impõe-se um consenso alargado entre as partes.

O exagero é sempre o acto de exagerar(-se), de amplificação hiperbólica. De reagir emotiva e vivamente a coisas mais ou menos menores; por vezes até premeditadamente, como convém em certos casos. Coisas tão fúteis, triviais e inóquas, ridículas mesmo, mas que provocam o inevitável e distractor ruído, e que sempre dá jeito. Até e sobretudo, politicamente falando.  Da imagem metaforizada e aproveitada para ostracizar. Lamentável.

É um extremar de sensibilidade “fingida” e um agudizar da vitimização pessoal, conjunturalmente conveniente. Uma “virgindade” ofendida de quem tem telhados de vidro e um “cemitério” de esqueletos varridos para debaixo do tapete. E que o tempo e “a manada” esquecem. Sem pensamento crítico, sem contraditório. Com o medo da subserviência.

E assim se divide para reinar. E assim vai o reino. E assim se manipulam as massas acéfalas. Sei do que falo. Eu observo e tenho visto, claramente visto. E lá vem a veemência do repúdio e a demarcação públicas. E o atirar de culpas do culpado que parece que é mas afinal não é; falo em abstracto, academicamente falando. Falo de uma minoria ínfima (…).

Vivemos tempos confusos e conturbados. De “fofinhos” monstruosos e de Anjos “monstro”. Admirável mundo. E viva a máscara (…).

Rafael Bordalo Pinheiro deve estar a dar voltas na tumba. A liberdade de expressão, satírica, deve ser feita com educação e respeito. Mas, a liberdade de expressão e o livre arbítrio, em democracia e em ditadura, são valores absolutos, em absoluto, sagrados. Impõe-se o discernimento e a relativização. E nunca por nunca toleraremos, jamais, todo e qualquer comentário(S) “racistas” invocando a tez de pele, feições, origens, etc., etc.

As bordoadas, o desrespeito, o achincalhamento e o “mobbing/bullying do poder político/ME/Governos/tutela nos/aos professores, duas décadas de “perseguição político-profissional”, culminaram na Luta/Revolta dos Professores. É humano aqui e ali algum dislate e excesso.

Não estamos a desculpar, mas também é excessivo, abusivo culpabilizar de forma contundente, não tendo em conta todo o historial e histórico de “maldades”, perdas, medos, sofrimento e dor. Na vida quase tudo é relativo e subjectivo. (A excepção, são os valores absolutos e em absoluto).                                         Temos de saber separar muito bem o trigo do joio.                                                                  Dizer NÃO à manipulação e à vitimização forçadas. Vivemos num Estado de Direito Democrático, com Liberdade de Expressão. Claro e obviamente, tudo deve ser feito com todo o juízoe aclaramento q.b.                           Racionalidade e frieza. Com nervos de aço. Até porque há sempre alguém à procura do deslize. Não podemos dar oportunidade ao arruaceirodiscurso e ao arruaçamento comportamental. Mas “crucificar” também não. Não podemos esquecer as muitas mágoas pulsantes, latejantes, com anos, e que adiam vidas. Os professores já não têm brilho no olhar. Na sala de professores, nas conversas entre colegas, o falar com entusiasmo de Educação e Ensino, deu agora lugar ao desencanto do arrastamento penoso em cumprir as políticas educativas de destruição paulatina da Escola Pública e a contagem decrescente para a aposentação/reforma.

E atenção aos “infiltrados”. E à partidarite que é sensibiliteagudus, conveniente e como convém ao poder político. Desacreditar-nos (…)perante a opinião pública.

A essência do Professorado Não É ser “provocatore”!

 

Carlos Calixto

 

Os professores já deviam ter todos uma carapaça de defesa pessoal contra os truques, provocações, mise en scène e artimanhas das políticas educativas do Ministério da Educação, que nos ferem na nossa dignidade humana, pessoal e profissional; fazem definhar e destroem. Destroem vidas e sonhos. Definhar!

Errare humanum est.

António Costa e o partido socialista, em 1995, com António Guterres (e a paixoneta pela Educação),Governo e (des)governança falhada, deixando Portugal no “pântano”.

António Costa e o partido socialista, em 2005, com José Sócrates, Governo e (des)governança falhada, deixando Portugal com a Troika e o país em                   pré-bancarrota.

António Costa e o partido socialista, em 2015, perdeu as eleições legislativas clara e inequivocamente para Pedro Passos Coelho e o PPD/PSD, criou a “geringonça” e instalou-se no poder e nas decisões políticas.

O culminar do vilipêndio da classe docente; iniciado com José Sócrates e MLR.

Não esquecer também a “traição” a António José Seguro, camarada de partido, dentro do próprio partido.

Assente a poeira, volume de ruído baixo, a factualidade histórica política esclarece cabalmente. Digo eu de que.

Donde, estes marcos históricos/datas serem/são importantes para avaliarmos o homem, o carácter e o político em continuum”. E sobretudo perceber que Costa e o Costismo nunca estiveram ao lado dos professores; a favor dos professores.

O SocraCostismo é igual, significa um bota abaixo permanente, pensado e premeditado, de políticas educativas nefastas e lesivas dos interesses dos professores. Sem luz, incertezas e a certeza de reformas de miséria na velhice.

São muitos anos de frustrações, esperas e esperanças adiadas. São vidas consumidas empromessas incumpridas, cortinas de opacidade, bancos de nevoeiro e nuvens negras carregadas no horizonte.

A luta é desigual. Estado contra “cartoons e BD”. “Tremendus. E o inevitável trabalhar e “excitamento”a quente e momentâneo das massas populares acéfalas e da opinião pública circulante. E até mesmo de colegas que sofrem de partidarite,cartanite, socialite e votatite. Aqui impõe-se a consciência de classe. Rejeitamos liminarmente uma espécie e a modos de acefalia colectiva”.

Façamos o contraditório. Frio, racional,cartesiano, analítico, distanciado, sem emotividade e o politicamente correcto das “fofuras” que por aí superabundam.

António Costa meter-se no meio dos professores no 10 de junho é, no mínimo, arriscado e desafiante. Para mais, com a mulher ao lado, com os nervos em franja e a acusar a pressão do momento (ao ponto de Fernanda Tadeu ter de ser retirada do local pelos seguranças). Fazer-se acompanhar de Galamba também não ajuda, por razões óbvias. Entrar em diálogo e acesa discussão com os professores e educadores presentes em Peso da Régua, pior ainda.                    “Os senhores são muito injustos” é lançar gasolina para a fogueira. Gritar “racista”, visivelmente irritado, em resposta aos cartazes (com a razão que lhe assiste, ou não). Não, nunca pode esquecer o facto de ser o Primeiro-ministro, estar em serviço oficial, em representação do Estado português, no Dia de Portugal, Camões e das Comunidades Portuguesas. Sendo que “a coisa não poderia nunca ter descambado numa peixeirada”.De nível rasteiro e mau gosto.

Mais, António Costa, ao arrepio, entrou em contradição, ao começar por dizer aos jornalistaspresentes que: “O protesto dos professores faz parte da liberdade e da democracia, só os senhores jornalistas é que acham estranho que haja protestos.Faz parte da democracia”. “Com melhor gosto, com pior gosto, com estes cartazes um pouco racistas, mas pronto, é a vida”, frisou. Tentando ao mesmo tempo manter diálogo com uma colega. Falando mesmo em “direito de manifestação”. Paradoxal paradoxo. (Novo Semanário).

Donde, PM, António Costa, em “modus operandi, em jeito/modos alegadamente “bipolar/esquizofrénico”.  

O próprio senhor PR, Marcelo Rebelo de Sousa, comentou os cartazes polémicos, e deitou água na fervura, tecendo considerações: Marcelo considera injusto punir professores pela radicalização de um grupo muito pequeno”.          Mais adiantou e disse, realçando: “Não serve de argumento para ter uma posição mais ou menos favorável aos professores”. Mais acrescentou que “não ofende quem quer, ofende quem pode”.  Mais disse que viu, em 200 professores, 20 ou 30 com determinado tipo de comportamento”. Mais sublinhou que: “Isso significa que só há verdadeiramente ofensa, quem tem estatuto para ofender. Estatuto significa que, verdadeiramente, quando faz o que faz, está a pensar num bem maior”. (idem)                        

Mais acrescentou e destacou que viu t-shirtsalusivas a si, garantindo que não se sentiu ofendido”. (ibidem)

Donde, tamanha hiper/mega/sensibilidade, (não justificando o ocorrido), tem o seu quê de oportunismo político. Aliás, cartazes e críticas já têm ocorrido de outras vezes. Nada de novo. A novidade é o agastamento crescente de António Costa que se vai vendo “encurralado” por todo um conjunto e acumular de erros em que se tem posto a jeito. Com reacções à flor da pele e sistema nervoso alterado, com a contestação da classe docente em crescendo.

Camilo Lourenço, 12/06/2023, “A Cor do Dinheiro – Facebook”, opinion maker, sobre os episódios da polémica e discórdia do 10 de junho com o PM, interpretando,basucada no pé” dos professores;alega, fala em “António Costa a jogar a cartada do racismo para desviar as atenções dos problemas.                      Fala do mau gosto dos cartazes e das feições e ADN de Costa. Tendo ascendência goesa pelo pai, não pode ter feições caucasianas. Fala em não ver e haver qualquer correlação e semelhança entre os cartazes (infelizes) e a acusação de “racismo” e “racista”, de que Costa se queixa e lamenta.

Sejamos intelectualmente sérios e sóbrios.

Afinal de contas, estamos a falar de uma caricatura de António Costa, com um “focinho de porco” e lápis espetados nos olhos. Aconteceu. Não devia ter acontecido. Agora, tanto chinfrim e tanto dramatismo, também não. Racionalidade, bom senso e ponto de equilíbrio. Apenas e só, somente assertividade na análise e comentário imparcial.Nada de interpretações facciosas, abusivas e extrapolantes.

Não podemos deixar-nos embalar pela demagogia da vitimização.                     Para a FNE, em comunicado, alerta para o facto de que “o uso de imagens e palavras insultuosas apenas serve para polarizar o debate e desviar a atenção das questões fundamentais que afectam os professores e educadores;             (…) não contribuem de forma alguma para as legítimas reivindicações dos professores, (além de passarem) uma imagem errada e pouco digna dos educadores portugueses”. (Notícias de Coimbra)

Mais, a FNE faz a defesa do professorado português, “profissionais dedicados, comprometidos e altamente qualificados, (…) que merecem respeito e valorização” e “insta veementemente a todos os intervenientes a adoptarem uma postura de respeito mútuo e a promoverem um diálogo construtivo”. (idem)

Concordamos e acrescentamos: Haja naturalmaturidade e nada de falsos moralismos, no sentido conjuntural e na/da percepção da realidade/futilidadeipso factum”. Nem o princípio da presunção de inocência nem da culpabilidade positivada.

O demolidor comentário de Joana Amaral Dias, nada abonatório de/para António Costa. Pertinente e na mouche. No sentido de que Costa não é santo; é pecador. Declarações brutais, que resumem e reduzem a nada o faitdivers, entretenimento alimentado por paixões políticas alienantes e interesseiras de oportunidade. A polémica dos cartazes. Citação um pouco longa, mas que se justifica, pela pertinência e assertividade. Publicadono blogue de/do Arlindo. Publicado por Joana Amaral Dias no Face. Citando JAD:

António Costa comportou-se miseravelmente no 10 de junho. Esteve numa atitude provocatória, levou Galamba, meteu-se no meio dos manifestantes. A sua mulher insultou um deles chamando-o de fantoche e o PM injuriou outro apodando-o de racista. Voltar a puxar a carta da vitimização neste contexto é repugnante porque instrumentaliza um combate importante em Portugal.E é aldrabice. António Costa não dá ponto sem nó, procurou a perturbação desde o início, desejava uma Marinha Grande mas tudo o que encontrou foi cartazes usados há mais de um século no mundo inteiro e que, especificamente na luta dos professores, já são utilizados há meses. Só agora o PM os considerou ofensivos porque só agora precisou de puxar desse trunfo.

Surfando o l´air du temps (espírito da época) dos ofendidos, Costa a vítima de racismo eleita várias vezes para o leme do país, uma delas com maioria absoluta – pode insultar manifestantes como denegriu com boçalidade médicos (covardes) ou a Iniciativa Liberal (queques ridículos que guincham) mas não aguenta um cartaz que passaria em qualquer carnaval ou queima das fitas (quando nelas ainda havia sátira).

Enfim Costa sabe que está a perder terreno, por isso procura o conflito. É triste. Especialmente tristetratando-se da educação dos nossos miúdos. Há tanto dinheiro para tanta tralha desde as indemnizações à TAP – mas não há para     resolver as reivindicações dos professores, justas na sua maioria?(!) Por favor. Isso sim, é uma grande porcaria”.

Mais disse, invocando a “grande porca”, caricatura sobejamente conhecida de Rafael Bordalo Pinheiro.Disse ainda não haver nem ver em concreto,racismo.

Mais, chamou “púdico” a Costa. Também se disse ofendida quando, no 10 de junho, estando o Hino Nacional a tocar, António Costa estava ao telemóvel.              (Em Directo, na CNN Portugal).

para o comentador Sebastião Bugalho: “António Costa não é um porco e a luta dos professores não deve ser uma pocilga”. Lamenta a “caricatura ofensiva e inusitada” do Primeiro-ministro nos cartazes. Em 10 de junho de 2023.                (CNN Portugal)

É facto histórico que António Costa foi um defensor do jornal/semanário satírico francês “Charlie Hebdo, enquanto Secretário-Geral do PS, aquando do atentado terrorista, tendo numa declaração aos jornalistas, em 07/01/2015, em publicação do Partido Socialista, em que “condenou absolutamente o actode violência” ocorrido em Paris. Mais disse António Costa, à época: Citando Costa –                     Foi um atentado grave à liberdade criativa, à liberdade de expressão e, por isso, uma ameaça às liberdades em todo o mundo. Sublinha bem como o terrorismo e o medo têm como grande inimigo a liberdade”.Mais disse: “Tenho esperança que esteacontecimento possa reforçar todos aqueles que em todo o mundo se batem pela liberdade de expressão – uma liberdade essencial à vida e ao progresso da democracia”, salientou o Secretário-Geral do PS, António Costa.     E mais acrescentou: “É uma ameaça global e a liberdade de expressão é um valor absoluto que deve ser defendido”. Disse e afirmou Costa.

Confuso?!(…) Não esteja. Mudam-se os tempos (…); mudam-se as vontades.    António Costa, estamos em querer que é um democrata. Acontece porém que o     tempo e a temporalidade têm tempos políticos determinados, o que trás consigo a mudança/daptabilidade política conjuntural. É o ciclo político mutatis mutandis.

Donde, António Costa não ter a mínima autoridade ética e não dever ser o primeiro a atirar a pedra. Vai cair-lhe na própria cabeça. É auto-flagelação.

Cabe-nos a nós, Educadores e Professores, a calma e a frieza assistentes. Focados na Razão, na Verdade, na Educação, no Respeito, no desiderato a alcançar.

Chegados aqui, feita esta viagem, verificamos a Evidência de estarmos perante um “caso” que não o é. O caso que não é caso nenhum. Revista a argumentação e feito o contraditório, desmontado o discurso, a discriminação de pseudo racismo não colhe e cai por terra. Não vinga perante a consistência do argumentário e revela as inconsistências de António Costa ao longo do tempo, na matéria e caso em concreto. São infundadas as queixas de António Costa e não tem razão nos seus lamentos.

Se tal fosse o facto, e a acontecer, seria o primeiro a defender António Costa.

Em suma, “exagerus e “sensibilite agudus”.

Disse.

Nota: professor que escreve de acordo com a antiga ortografia.

CCX.

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