13 de Junho de 2023 archive

Paulo Prudêncio na SICN

Hoje, 13 de Junho de 2023, pela SicN (vídeo de 10 minutos)

 

 

Hoje, 13 de Junho de 2023, estive pela SicN (vídeo de 10 minutos) a comentar o estado da educação. Obviamente que se colocou a questão do cartaz que não aprecio. Parece que o autor, professor sindicalizado num dos sindicatos da Fenprof (a Fenprof organizou o protesto, mas demarcou-se do cartaz), faz referências pejorativas ao que chama de “professores independentes mediatizados” (os tais PIM, o Paulo Guinote, o Ricardo Silva e eu). Pois bem. Fiz o que faço desde sempre: força dos argumentos, força da cidadania e debate centrado no essencial. Enviarei, dentro de pouco mais de uma semana, para o Público um texto em que desenvolverei o argumento central deste vídeo: a falta grave de professores, mas relacionando-a com a transição digital.

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Passar da indignação à submissão, em menos de um mês…

Passar da indignação à submissão, em menos de um mês…

 

– A FENPROF precisou de oito simulacros de negociação com o Ministério da Educação para concluir, em 13 de Abril passado, que: “A reunião técnica confirma receios e esclarece que o ME não pretende recuperar qualquer tempo de serviço” (Site oficial da FENPROF)…

Estranhamente, foram necessários oito simulacros de negociação para que essa estrutura sindical, finalmente, reconhecesse e assumisse que o Ministério da Educação não tinha qualquer intenção de ceder às principais reivindicações dos Professores, nomeadamente que não deferiria a recuperação integral do tempo de serviço, roubado em 2017…

Nessa altura, e apesar de tal contactação pecar por tardia, pareceu que se tinha feito alguma luz…

– Em 15 de Maio passado, a FENPROF abandonou a reunião com o Ministério da Educação, que fazia parte da negociação suplementar, solicitada pelos próprios Sindicatos…

A luz anterior parecia continuar acesa…

Após a saída, intempestiva, dessa reunião, o líder da FENPROF, Mário Nogueira, qualificou o que se passou nesse dia como: “Indecente, inaceitável, revoltante e um nojo” (Jornal Observador, em 17 de Maio de 2023), manifestando a sua indignação pela postura do Ministério da Educação…

 – Em 17 de Maio passado, em Chaves, por ocasião da apresentação da Caravana pela Profissão Docente, que partiria dessa cidade em 22 de Maio, Mário Nogueira terá afirmado que: “Fomos figurantes de teatro” (Jornal Observador, em 17 de Maio de 2023), referindo-se às peripécias da reunião do dia 15 de Maio com o Ministério da Educação…

 A acreditar nas afirmações de Mário Nogueira, infere-se que a atitude do Ministério da Educação foi interpretada como uma humilhação das estruturas sindicais…

 Dada a qualificação da atitude da Tutela, na reunião havida em 15 de Maio, como Indecente, inaceitável, revoltante e um nojo” e, ainda, “Fomos figurantes de teatro”, seria de esperar que a FENPROF desse por encerrado o “processo negocial” com o Ministério da Educação…

 – Face a todos os antecedentes, verifica-se, agora, com grande surpresa e perplexidade, que a FENPROF pediu a reabertura do processo negocial com a Tutela, conforme consta na Carta Aberta dirigida ao Ministério da Educação por essa estrutura sindical (Site oficial da FENPROF, em 12 de Junho de 2023)…

 A luz parece ter-se apagado, dando lugar à escuridão total…

 Aparentemente, algo terá mudado entre 15 de Maio e 12 de Junho de 2023, pelo que se pergunta:

 – O que mudou, em menos de um mês, sabendo que os protagonistas do Ministério da Educação continuam a ser os mesmos?

 – Em menos de um mês, para onde foram a indignação e a exaltação observadas em Mário Nogueira/FENPROF no passado dia 15 de Maio, após o abandono da reunião com a Tutela?

 – Que seriedade e que dignidade se poderá atribuir à actuação de uma estrutura sindical que, num primeiro momento, se insurge contra a humilhação de que terá sido alvo, mas que, passado menos de um mês, pretende a reabertura do processo negocial com o mesmo Ministério da Educação?

 – Que confiança e que credibilidade poderá suscitar uma estrutura sindical que, em menos de um mês, parece dar o dito por não dito, mostrando uma inusitada disponibilidade para se voltar a reunir com a Tutela, sujeitando-se a ser, mais uma vez, humilhada?

 – O mais lógico e congruente não seria pôr cobro à má-fé e à encenação, imputadas ao Ministério da Educação pelo líder da FENPROF em 15 e em 17 de Maio, dando por encerrado o “processo negocial” com a Tutela?

Ao que tudo indica, o Ministério da Educação não verá as estruturas sindicais como efectivos parceiros, mas antes como meros figurantes protocolares…

 – O pedido de reabertura do processo negocial com o Ministério da Educação indiciará que a FENPROF assume, afinal, a condição de figurante protocolar e que aceita submeter-se a ela?

 As organizações sindicais privilegiam o diálogo e a negociação como caminho para a resolução dos problemas, pelo que reiteram a sua disponibilidade para tal. Admitem, mesmo, parar as greves e outras ações de luta e contestação que estão previstas até ao final do ano escolar, cabendo ao Ministério e ao Governo criar condições para tal.”  (Carta Aberta dirigida ao Ministério da Educação, site oficial da FENPROF, em 12 de Junho de 2023)…

 Ao ler esta afirmação, fica-se com a sensação de que a FENPROF pretenderá, desesperadamente, encontrar algum argumento que justifique a paragem das greves e das outras acções de luta e de contestação…

 O exercício de um Sindicalismo digno, sério, credível e confiável não parece ser compatível com decisões dominadas por plausíveis absurdos e potencialmente geradoras de suspeitas…

 A actual decisão da FENPROF de pedir a reabertura do processo negocial com o Ministério da Educação, à luz dos acontecimentos anteriores e da forma como os mesmos foram por si qualificados, parece absolutamente estapafúrdia e incoerente, além de não resolver qualquer problema da Classe Docente…

 Esperava-se muito mais e melhor daquela que se arroga como “a maior e mais representativa organização sindical de professores em Portugal” (Site oficial da FENPROF)…

 Não basta apregoar protagonismo num site oficial…

E, já agora, a melhor forma de praticar esse pretenso protagonismo também não passaria, certamente, pela demarcação pública dos cartazes da polémica, dando, desse modo, força ao “role playing”, magistralmente, encenado e dramatizado por António Costa, que tão bem soube desempenhar o papel de vítima e de mártir…

António Costa “sabe-a toda” e isso ficou bem à vista neste episódio… A FENPROF terá sido enganada pela manha e pela astúcia de António Costa ou simplesmente não resistiu à tentação de aparecer nos meios de comunicação social, ainda que de uma forma oportunista?

De qualquer forma, passar da indignação à submissão, em menos de um mês, por certo, não servirá para acautelar as legítimas expectativas dos Professores, nem para defender os seus interesses…

A luz foi-se de vez e a escuridão parece ter-se instalado, impondo o seu domínio…

 

(Paula Dias)

 

 

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As condições de trabalho dos Professores do EPE

 

 

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Joana Amaral Dias Diz Tudo Sobre a Polémica dos Cartazes

António Costa comportou-se miseravelmente no 10 de junho. Esteve numa atitude provocatória, levou Galamba, meteu-se no meio dos manifestantes. A sua mulher insultou um deles chamando-o de fantoche e o PM injuriou outro apodando-o de racista. Voltar a puxar a carta da vitimização neste contexto é repugnante porque instrumentaliza um combate importante em Portugal. E é aldrabice. António Costa não dá ponto sem nó, procurou a perturbação desde o início, desejava uma Marinha Grande mas tudo o que encontrou foi cartazes usados há mais de um século no mundo inteiro e que, especificamente na luta dos professores, já são utilizados há meses. Só agora o PM os considerou ofensivos porque só agora precisou de puxar desse trunfo.
Surfando o l’air du temps dos ofendidos, Costa – a vítima de racismo eleita várias vezes para o leme do país, uma delas com maioria absoluta)- pode insultar manifestantes como denegriu com boçalidade médicos (cobardes) ou a iniciativa liberal (queques ridículos que guincham) mas não aguenta um cartaz que passaria em qualquer carnaval ou queima das fitas (quando nelas ainda havia sátira).
Enfim- Costa sabe que está a perder terreno, por isso procura o conflito. É triste. Especialmente triste tratando-se da educação dos nossos miúdos. Há tanto dinheiro para tanta tralha- desde as indemnizações à TAP – mas não há para resolver as reivindicações dos professores, justas na sua maioria? Por favor. Isso sim, é uma grande porcaria.

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Três mitos totós sobre os professores

Se é assim tão aliciante ser professor, porque fogem os alunos para outras áreas, agudizando uma crise de falta de professores em fase de aceleramento sério?

Três mitos totós sobre os professores

 

 

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