O SOCICOSTISMO / RÁBULA PALACIANA
ACORDAI POVO QUE DORMIS
Hã, hã, como é que é (…)
O Costa, Primeiro (ainda), não aceitou a demissão do ministro “infra” Galamba. E estão admirados?! Eu não! Muito bem jogado por Costa. Eu já explico a manobra política; Costa a correr contra o tempo. Há 10 anos atrás, Passos Coelho sacrificou as eleições em nome do interesse nacional. Primeiro Portugal. Ao contrário, agora com António Costa vivemos momentos políticos de puro egoísmo político pessoal. Primeiro Costa e em segunda prioridade Portugal.
O SociCostismo é o socialismo de António Costa. Diz a genealogia que partilha o ADN com o SociCratismo, o socialismo de José Sócrates. São família política. É característica destes políticos e desta política, os filtros, a filtragem enganadora das emoções. Não há nem naturalidade nem emocionalidade nem expressividade. Apenas a frieza gélida dos interesses imediatos a desenrascar. O fim e propósito para concretizar o desiderato pessoal justifica os meios. As máscaras do oculto escondem a obsolescência da inutilidade das políticas e dos actos governativos falhados.
Ai Costa, Costa, que até parece que ao André Ventura queres enganar. A mim não! Citando AV, e a pergunta/questão interrogativa (in)tencional : “O primeiro-ministro estará louco? Perdeu completamente o juízo? Quer arrastar o país para uma guerra institucional e para um circo de falta de credibilidade?”. Reagiu assim o líder do Chega, no Twitter (em 02/05/23; às 9:08 PM). E mais disse acerca de Costa: “O que vimos hoje foi um certo desequilíbrio emocional, uma precipitação política e uma vontade de confronto”. Situação que, acrescentou, “deixa sem grandes condições de continuidade o Governo de António Costa”, (SicN, em 02 de maio de 2023). Falando ainda de “exercício de vitimização”; auto-vitimização por parte de António Costa.
Se Costa avaliou e decidiu mal e se “está louco?”. NÃO! Não está não; até está muito lúcido e a criar o ponto de fuga, a “oportunidade covarde” para sair e provocar eleições antecipadas. Mostrar quem manda no Governo. Passar a batata quente ao PR, vitimizar-se (em nome da maioria absoluta e da estabilidade política podre), humilhá-lo na praça pública (mandou às urtigas a solidariedade institucional) e ganhar o braço de ferro. Por agora.
“O país que se lixe”.
Costa quer a dissolução da AR e acabar com a Comissão de Inquérito ao caso TAP. Quer parar a Revisão Constitucional. Não quer fazer Reformas. Quer manter as águas estagnadas. Quer estancar as sondagens em queda. Corre contra o tempo. Sabe que o que vem a seguir é pior e a situação política e social de contestação tende a agravar-se e muito. Está a arrepiar caminho e a fazer contenção de danos. Grande injustiça/traição (mais uma), de Costa para com Marcelo.
Encostou-o às cordas, uma provocação/cilada que tem por objectivo a demissão/queda do Governo e a ida ao tapete do PR (ignorou avisos e sinalética). Com animalidade política, Marcelo tem de encaixar, digerir cínica e astutamente o momento e, de sorriso amarelo, esperar algum tempo que Costa “arda em lume brando”, desgastando ainda mais o Governo, e no “tempo/mom” preciso e determinado, servir friamente a resposta política. A Constituição confere o poder de dissolução do Parlamento a Marcelo, na qualidade de Presidente da República. Tendo o SociCostismo tantas aventuras e desventuras, Costa deu um murro no estômago a Marcelo. Foi “Judas”! Marcelo terá a última palavra e poderá escrever o capítulo final desta tragicomédia de intriga palaciana e encenação envenenada. Ou Costa, fica a dúvida-(in)certeza. Aposto que quem vai partir a corda primeiro vai ser o Primeiro-ministro,
António Costa. Esta gente anda a ler muito o “Príncipe”, de Maquiavel, e a tentar conjugar/aplicar os conceitos/ideias em política, de ser simultânea e idealmente “amado e temido” na arte de bem-mal governar.
Carlos Calixto
A pressa/desculpa de Costa ao fazer alta pressão, prende-se com a conjuntura desfavorável, em crescendo, sem soluções, e com o facto do tempo se estar a esgotar, perdendo a janela de oportunidade. O Problema dos Professores incomoda e muito, Costa e o Governo. O Presidente Marcelo exige agora a normal “normalidade” do funcionamento da Escola. Os Professores em Luta e Revolta Resistem e NÃO Desistem. A jogada não tem nada de genial, mas sim e apenas tem a ver com oportunismo político atempado. Patética figura e falta de sentido de Estado. Em gíria futebolística, o ataque é a melhor defesa.
O Povo, que luta para pôr comida na mesa, pouco importa. E viva os joguinhos de poder. Porca miséria humana do politiquês.
Há que clarificar. Há que não atender às desculpas/tolerância/exigências, de um certo “jornalismo jornaleiro e comentadeiro”, sempre com o argumento do “bogeyman” (bicho-papão) da direita dita radical, e de mansinho com a esquerda ultra-radical. Abundam e superabundam “Anabelas e Baldaias”. Pedro Adão e Silva é um bom exemplo (mansidão, fofura e meiguice no “discurso de anos pró-rosinha”) e teve/tem o prémio – ministro da cultura.
O que está em causa é o normal e regular funcionamento das instituições, do Estado. Ponto final! Faz parte da idiossincrasia política de Costa Trair (o Seguro que o diga), usar e deitar fora, sobreviver politicamente e aligeirar culpas.
A sobranceria e leviandade do está tudo bem, estando tudo mal; a começar, passar e acabar nas mentiras políticas. É um político passa culpas e um passa nada, da política premeditada e do interesse pessoal imediato e mesquinho, e irritantemente optimista.
“São virgens ofendidas Senhor, perdoai-lhes”. Vítimas da verdade-mentira. Sócrates, Costa, Galamba, Medina, Pedro Nuno e companhia Lda, que bela selecção. Fica tudo entre camaradas. Costa (a)migo, tem o dom da “ressureição” política para os amigos, salvador de políticos da era Sócrates – o Inocente; e neste seu Governo, a ele próprio; Costa – o Vilão/Traidor; Medina – o Perdedor; Galamba – o Imaculado; aguardam-se cenas dos próximos capítulos e nova temporada da telenovela da 3ª República, suspense e enredo garantidos, intitulada: “O SociCostismo de Estado”. Como disse Costa, ao Jornal Sol, descontraidamente descontraído, dia 03 de maio de 2023, às 11:33 horas: “Hoje é um novo dia. Ontem foi ontem. Hoje é um novo dia. Olhe para o céu, está tão bonito”. Em resposta às perguntas dos jornalistas sobre o caso Galamba. E não é que Costa tem razão (…) um dia de cada vez, e amanhã é outro dia, mas o sol (…) já não brilha nem resplandece.
A coisa mais pareceu/parece uma peça de teatro barata, aprendida nos corredores do maquiavelismo político, com actores ruins, sem talento, e foi mais ou menos assim o Guião: “Galamba, tu pedes a demissão, fazes peito e peitaça. Alegas a estabilidade e a normalidade política, e blá-blá-blá. És impoluto e bates no coitado do Frederico (o Pinheiro). Tens de ser convincente e fazes cara de mauzão. Mas não lhe partas mesmo “as trombas”, vê lá. Sendo culpado, declaro-te inocente. Ok chefe. Obrigado chefe. Entretanto, eu entretenho o Marcelo. Ok chefe. Eu vou à televisão e digo aos “tugas” que não aceito e recuso o teu pedido de demissão. Ok chefe. E assim entalamos o homem (PR). Ok chefe. Aprende, as mentiras políticas são informação sensível/classificada, são segredos/silêncios de Estado. Ok chefe. Podes ir e põe o brinco na orelha da irreverência e rebeldia. Ok chefe. Lembra-te, tu Galamba, o Medina, o Pedro Nuno e outros camaradas que tais, mais jovens, são o futuro do partido. Hah, é verdade, tu é que és o especialista responsável e tens a assessoria das perguntas e respostas da TAP. Vai treinar e não faças mais merd@”. Ok chefe”.
Donde, moral da história, até parece e assim parece, que até no pedido de demissão de Galamba, o Governo mente. Aliás, à CNNP, em 28 de abril de 2023, o analista e comentador político, Sebastião Bugalho, sobre o caso Galamba, sendo o ministro acusado de alegadamente mentir e mandar mentir, comenta que: “A mentira é a pandemia deste Governo”. Mais, também à CNNP, Bugalho, dia 2 de maio de 2023, às 21:49 horas, reforça e amplifica exponencialmente a ideia e facto político de que o Governo de António Costa mente descaradamente aos portugueses, ao afirmar categórica e inequivocamente que: “Este Governo até quando pede demissões mente”. Sendo este o caso, isto já parece uma “república das bananas”. Voilà!
E porquê? Porque já começa a ser tradição e prática comum num PS que vem de trás, quando a coisa, isto é, “o pântano” os vai engolindo, fogem. Mesmo com maioria absoluta e tempo de vacas gordas. O fenómeno prende-se com o facto de o SociCostismo, tal como o SociCratismo, tal como o SociGuterrismo, terem uma manifesta falta de jeito para a boa, recomendável e higiénica governança. São especialistas exímios a desbaratar capital político e na desgovernança. Além do mais, alegadamente, Bruxelas tem um lugarinho à espera do Costa luso. E mais, se houvesse eleições agora, havendo uma clientela votante “fidelizada ao assistencialismo” e 4ª idade bem actualizada de rendimentos €, talvez volte a ganhar as eleições e um qualquer acordozeco da tanga e de governo. E é o caso, António Costa está a jogar tudo, a fazer bluff, esticando a corda, tendo tudo a ganhar e nada a perder. Mais a salvaguarda de Bruxelas. Nem que para isso tenha aberto um conflito institucional insanável com o PR Marcelo, por perda de confiança política. Mas tendo ambos necessariamente que engolir a coexistência política de aparência pacificada. Talvez seja “ateu” e não tenha problemas em “vender a alma ao diabo”. Tudo em nome do poder. C’est la vie!
Acontece que a temperatura política por cá está quente, a escandaleira avoluma-se e acumula-se, não se resolve o país e, “au contraire”, são criados novos casos em demasia, que esta coisada dos boys, os jobs e “os tachos” não é pêra doce. Costa está provocador. Tem um grande umbigo, está agarrado ao poder, e vai sacrificando peões e aliados à medida das necessidades imediatas. É/está bem treinado na cambalhota política. É artista malabarista da/na Traição política. Xeque-mate.
Mas atenção, que o António Costa não tem a culpa toda. Defenda-se o homem. Há uma certa esquerda “geringonceira” (PCP e Bloco) que lhe transformou a derrota nas urnas (com Passos Coelho) em vitória legal, mas “imoral”, quebrando uma tradição e abrindo um precedente. E também, diga-se e afirme-se que a presidência dos afectos ajudou até ser rasteirada, e que o bom e inocente Povo, o Povão Não Aprende. Começando por muito professor votante. Esquecendo, sim esquecendo que, historicamente os professores ganharam mais com a direita e perderam mais com a esquerda. Basta ver os ECD (Estatutos da Carreira Docente) e as medidas gravosas para a carreira e profissão docente. É facto e factual. E o faro do político Costa, que até “traiu” o Seguro, glutão, também engoliu os geringonços partidos assessórios. E não quer saber nem ouvir falar sequer do “vil” e incómodo Professorado. Dando-nos migalhas, escondendo e não assumindo/desvalorizando o “ROUBO de Estado”. Há uma décalage entre as doces/mel palavras de campanha eleitoral e os actos políticos consumados.
O discurso político/declaração ao país do Presidente Marcelo, não passou de um ralhete inconsequente. Mais, sendo que os actos não tiveram consequências políticas imediatas, vai incentivar a intriga política, o veneno dos factos políticos criados e consumados entre dois animais políticos; sendo Marcelo uma “velha raposa” que vai estar vigilante e com um sorriso maquiavélico, remoendo. Mas desgastado e magoado. Ambos feridos no ego. Ambos vão provocar a erosão um do outro, sub-reptícia e assumidamente. Tem a oportunidade, a começar já, pela não promulgação do Diploma de concursos dos professores. Tolerância zero, postura draconiana presente/futuro.
Mais, Costa, alienante e afastado de confiabilidade, autoridade e a prazo, até é provável que seja ele próprio a demitir-se e a fazer cair o seu próprio Governo.
O cenário político tornou-se/é surreal com estas duas figuras do Estado português, presentemente. Mesmo rocambolesco e bizarro. Uma bizantinice autocrática política de poder/contrapoder. De todo desnecessária. Temos um Governo que não governa e um PR que não é ouvido nem a sua vontade política respeitada (deixou de haver colaboração política e boa vontade institucional). Mais ainda, o discurso de Marcelo, em estilo de “ultimatum”, temos uma declaração presidencial ao país inédita, sobretudo para enxovalhar (e bem), o ministro João Galamba (que se tivesse vergonha, voltava a demitir-se e com decisão/demissão “irrevogável”). Sendo acessória a crítica, mesmo que contundente a censura, ao Governo e a António Costa. A mágoa política entre estes dois homens não vai apagar nem sumir. Vai consumir consumindo e em crescendo “desacertar agulhas”. O PR falou em “divergência de fundo (com Costa); onde não há responsabilidade, na política como na administração, não há autoridade, respeito, confiança, credibilidade; responsabilidade é mais do que pedir desculpa, virar a página e esquecer; é pagar por aquilo que se faz ou se deixou de fazer”. O Presidente prometeu “estar mais atento e ser mais interventivo”. Passamos da convivência/conivência política sem sobressaltos, ao “fusível de segurança”, com linguagem/recados de frontalidade descodificada e inequívoca. Interpretação/dramatização/crise.
Donde, Marcelo ao falar em “respeito, confiança, credibilidade, confiabilidade, autoridade”, etc., (ou a falta dela), mesmo não dissolvendo o Parlamento, arrasou com o Governo socialista Costista. Deitou abaixo o SociCostismo. Belém e São Bento de costas voltadas. É facto político!
A conjuntura de crise política actual em Portugal e daqui para a frente, entre Presidência e Governo, regressando ao passado, faz lembrar e trás à memória os tempos políticos conturbados, vividos à época, por Ramalho Eanes PR e Cavaco Silva PM. É só verificar o testemunho da História.
Numa coisa, concordo em concordar com António Costa. Estar de consciência tranquila (ou sem ela). Um homem que tem atitude de homem, segue em frente, acompanhado ou sózinho, com ou sem apoio/“rebanho” (próprio dos fracos), com a sua consciência e em consciência. O problema aqui, é que a palavra consciência na boca de Costa queima.
Disse.
Nota: professor que escreve de acordo com a antiga ortografia.
CCX.
1 comentário
A amêndoa amarga e o costa do castelo
Se a não consegues subir na vida chama o António
Se ainda estás à espera de mudar de vida chama o António
Se ainda gostas de maiorias PS chama o António
Se passados 49 anos ainda fazes de conta chama o Atónio