Houve um tipo baixinho e redondo que se “portou mal”, por achar que um sindicato não é uma associação recreativa, com todo o respeito por associações recreativas, que enviam as contas e documentos antes das reuniões.
Fui lá porque, sair, sem dar oportunidade de redenção, é feio, mesmo se, quando me inscrevi (número 401) não foi no sindicato do MAS, que é o que aquilo é hoje de forma esplendorosa.
Tenho respeito por quem ainda está enganado como eu fui.
Acredito em pluralismo verdadeiro e apartidarismo. E truques de assembleia já vi muitos.
Apupado, sujeito a berros, calado com bruabá e até um ralhete final.
E quem me viu sabe que não me ralo.
Estou habituado e faz parte.
Nem me queixo e acho piada…..
Não ando nesta vida para ser simpático.
E ser o único não me perturba.
E a conversa da má “forma” já cansa….
Em especial, em quem tem tão pouca substância para contrapor à minha forma de que não gosta.
Como tentei explicar: pregar a convertidos é fácil, difícil é converter descrentes.
Usei pontos de ordem e outros recursos, que lamento ver serem desconhecidos de muitos presentes. Penso que a presidente da mesa precisa de melhorar muito as suas competências na função.
Falei 4 minutos e os pontos de ordem, que foram 3, mas no meio daquela desordem parece que fui o problema.
André Pestana falou uma hora, distribuída por várias intervenções.
Na sua intervenção de fundo só falou do presidente em tom de gozo. E mostrou não levar a sério o que Mário Nogueira viu bem, ao radicalizar nos últimos dias.
O PR e os seus vetos são a chave disto.
Desafio alguém a vir dizer que berrei ou não me calei quando me cortaram a palavra da mesa.
Eu não posso passar o tempo 1 minuto para falar do veto presidencial, mas há tolerancia para falar 50% de tempo a mais para louvar o presidente do bando e seus acólitos e vacuidades diversas.
Abri o dia a votar contra as contas, que não me mostraram e, como ando em RGA desde os 18, topo uma assembleia com claque organizada a milhas.
Um democrata não deixa ir a votos uma proposta de conciliação de propostas por suspensão de trabalho, deixando a sua maioria exibir a sua força para impedir a conciliação.
André Pestana é trotskista e, entre o diálogo proposto pelos divergentes e impor a sua maioria para fazer passar um texto escrito com os pés “que depois se revê”, passou o texto com larga maioria.
E eu perdi, mas não estive só. Há mais gente a perceber o triste estado em que se está por ali.
Estratégia pouca ou nenhuma. Muita emoção, vitimização e ideias bastante leves.
Vai haver uma greve às avaliações. Proposta do André Pestana, mas que não comprometia a direcção (?!). Não ficou muito claro como se vai fazer ou como lidar realmente com os serviços minimos, mas as comissões de greve decidirão, embora já esteja convocada quando se debaterem nessas reuniões, que se hão-de fazer.
“Os outros sindicatos são uma malandragem e os nossos dirigentes são o máximo.” É o tom.
Na verdade, pela quantidade de vezes que se louvou o santo líder e seu ajudante devem ser mais que isso. O culto de personalidade grassa por ali.
Embora não haja tempo para escrever propostas e melhorar serviços. “Sindicato novo, poucos recursos” ….a lengalenga que ouço há anos.
Muito autocomprazimento, muito elogio, muito piu piu piu aos dirigentes, etc.
Muitos beiijinhos e abraços. E palminhas que disfarçam ideias tenues e com pouco estudo.
Uma presidente da mesa que acha que as regras de plenários de partidos trotskistas valem em associações. Havia um manual das assembleias gerais pos-25 de abril que valia a pena ter lido. Eu sei …o autor era do PC….
Estou a ser mauzinho, mas peçam-me para cantar em público….era o cantas….
Não me meto a fazer o que não sei.
Nem uma análise concreta do quadro inovador criado pela Galambada e pela posição do presidente nos concursos.
André Pestana consegue passar a sua proposta, que estava escrita de certa maneira “mas podia estar de outra, que o texto não interessa desde que se faça a maior greve de sempre”.
Aos 51 anos já não tenho muita paciência para caciques, controleiros e sítios onde, mais que com a razão, se decide com emoções à flor da pele desenfreadas. Que eu não tenho.
A racionalidade de fazer textos e da preparação é um sítio solitário.
A banda sonora foi o que me lembrei quando um certo dirigente saltou aos berros da cova dos leões, a dizer que não havia nada que dar tempo a melhorar a proposta do grande líder.
E a maioria lá votou….
Na verdade, ela nem diz nada de especial: é para fazer greve no final do ano e no principio.
A parte prática depois de se verá….
Em Viana, a malta depois organiza-se.
Na verdade, a única coisa para que realmente um sindicato é indispensável é para convocar as greves.
E agora estão todos as convocar.