16 de Maio de 2023 archive

Só 10 Escolas Com Prova Adiada?

De acordo com reportagem na SICN sobre as provas de aferição, só houve 10 escolas com a prova de aferição adiada devido à greve.

Tenho uma enorme dificuldade em compreender este número, pois não existe nenhuma “plataforma” para indicar se alguma prova que estava agendada para hoje realizou-se ou não.

Se existe não a conheço e por isso não tive onde colocar essa informação da prova que não se realizou na minha escola, embora tivesse informado o Agrupamento do JNE (agora em brincadeira… não sei se receberam a comunicação ou a transmitiram).

 

 

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Equiparação a Bolseiro, Nada de Novo, Sem Vencimento

Nota Informativa aqui.

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Licença Sabática, Nada de Novo, Sem Contingente

Nota Informativa aqui

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Aquele Programa “Intuitivo” Que Qualquer Aluno Instala…

… teve hoje uma atualização. Que não foi fácil resolver.

Tudo isto serve para avaliar como correm estas provas e daqui tirar-se ilações.

Mas como até os Ministros não se sentem responsáveis pelas suas asneiras, temo que ninguém do IAVE se auto-avalie com todos os problemas que estão a acontecer com o DAVE.

Porque um Instituto que tem como missão avaliar os alunos, devia também ter mecanismos para ser avaliado.

 

Do Fórum PAEB

Atualização do Intuitivo

“Contudo, feita a atualização o programa apresenta erro (JavaScript Error). ” 

 

“É inconcebível o lançamento de uma atualização durante a realização da prova que gera erro. A forma que tivemos para ultrapassar a situação foi desligar a rede dos equipamentos e voltar a instalar o aplicativo. O mesmo quando inicia tenta atualizar de dá uma mensagem de erro de autoupdater. Ligamos a rede a seguir e a aplicação funciona. Preparem-se para o facto de a aplicação pendurar inúmeras vezes e obrigar ao reinício do equipamento. Antes de voltarem a iniciar a aplicação desliguem a net para impedir a atualização da mesma.”

 

“É, de todo, inconcebível, proceder-se a uma atualização do aplicativo no decorrer de uma prova que estava devidamente agendada/calendarizada. Não entendemos como é que isto pode acontecer, uma vez que o período para realização das provas é do conhecimento nacional. Face a este constrangimento, na sala onde estavam apenas 16 alunos, não houve um único computador que não bloqueasse! Acresce ainda o facto de a atualização efetuada durante a realização da prova, não permitir que os alunos voltassem ao aplicativo/prova.
Perante o avolumar de tarefas e de responsabilidades que competem ao responsável informático, é desumano e extremamente ingrato e injustificável o descaso e a falta de consideração revelada pelo empenho e trabalho desenvolvido nas escolas.”

Outros desabafos no Fórum que até agora não tiveram resposta
 
“Instalei a nova versão, gerei passwords que supostamente seriam novas mas foram iguais às anteriores.
Tenho uma turma inteira na sala em que apenas 1 aluno consegue entrar.
O que fazer?”

 

“Temos alunos em que o acesso não funciona, dá “incorrect username or password”.
Já verificamos que nas etiquetas estão algarismos cortados, não sendo este o problema, pois foi verificado na pauta do vigilante os dados de acesso.
Por diversas vezes temos relatos em que a plataforma bloqueou, tendo sido necessário reiniciar a aplicação.
Como proceder?”

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A minha experiência surreal como vigilante da Prova de Aferição do 8º ano

 

A minha experiência surreal como vigilante da Prova de Aferição do 8º ano

 

Vigiei hoje de manhã uma das poucas provas de aferição que, em minha opinião, pode e deve ser feita com recurso às novas tecnologias de Informação: a Prova TIC. Constituída por catorze tarefas, desde a alteração da palavra passe, à criação de um sítio na internet, de uma apresentação em formato digital ou de um infográfico, passando pela receção e envio de correio institucional com ficheiros em anexo, guardar ficheiros na nuvem, fazer trabalhos de grupo até à submissão da prova e término da sessão, a prova que abordou temas como a importância da água e a desinformação que cresce pela mundo digital, com especial destaque para as fake news, começou logo mal.  Quando nos foi entregue a palavra passe que daria acesso à prova, o que vinha impresso era: PrimaVERA. Porém, com esta palavra de acesso, ninguém conseguiu aceder o que, para começar, já era um pequeno problema… Deste modo, munidos de toda a calma e experiência que caracterizam um professor, conseguimos descobrir –  por tentativa e erro – que a verdadeira palavra passe era “primaVERA” e não “PrimaVERA” (atente o leitor no pequeno detalhe).

Ultrapassado o primeiro obstáculo, tivemos um sistema lento, computadores que bloquearam a cada dois minutos, um programa que congelou em determinadas tarefas, alunos que tiveram de entrar e sair mais de dez vezes, outros que saltaram várias tarefas para chegarem ao fim e conseguirem submeter a prova. Entre as 8h e as 9h30, só por uma vez conseguimos ter todos os alunos a realizar a prova em simultâneo, ou seja, sem quaisquer problemas técnicos. A dada altura, olhei para um miúdo que, com ar desolado, me disse: Stora, já entrei e saí tantas vezes que estou quase a desistir de completar a prova. Ou outro que, em tom de desabado, atirou: Que experiência horrível, stora! É claro que há sempre os que não querem desistir: Agora, vou tentar uma última vez….

Quis obviamente saber o que pensaram da prova. Para o Muhammad, esta foi uma experiência perfeitamente desnecessária: as tarefas eram muito básicas e o programa era demasiado lento; o Guilherme considerou a prova fácil mas foi preciso muita paciência, stora. E depende de cada escola e dos computadores que tem. Os nossos, mesmo assim, eram portáteis novos. Em TIC faz sentido fazer assim, nas outras disciplinas, não.

Uma notícia do Expresso online de 15 de maio da autoria de Isabel Leiria, informava que segundo o presidente do Instituto de Avaliação Educativa (vulgo IAVE, para nós professores), organismo responsável pela realização dos testes de avaliação externa, existem todas as condições para o arranque das provas de aferição em formato digital. Relembramos que os testes realizados em formato digital visam simplificar o processo avaliativo e que este ano serão feitas em computador mais de 500 mil provas do 2º, 5º e 8º anos. Prevê-se que este processo de desmaterialização da avaliação se estenda de forma progressiva aos exames nacionais e que esteja concluído em 2025.

As provas de aferição do ensino básico não contam para a nota final dos alunos, servem apenas para perceber qual o seu grau de conhecimentos relativamente aos conteúdos em avaliação. Como forma de tranquilizar o enorme nervosismo de alguns dos alunos a quem o programa encravou mais de dez vezes ao longo da prova (e tínhamos connosco dois técnicos de informática na sala a acudir a todos – e foram muitos – os pedidos de ajuda), tentei explicar-lhes que estávamos a ser – eles e nós – perfeitos ratos de laboratório, numa experiência levada a cabo pela primeira vez e, por isso mesmo, dever-nos-íamos sentir felizes, qual cobaias de um sistema experimental que visa anular o desperdício de papel, poupar árvores, proteger a natureza, preservar o planeta e fui por aí fora, dando largas à minha ainda fértil imaginação.

Porém, a realidade é outra. Não irei aprofundar aqui as razões que terão levado a que a esmagadora maioria dos responsáveis pelos agrupamentos de exames do país tenha posto o lugar à disposição, como não vou gastar carateres sobre o absurdo de provas de aferição em formato digital para alunos do 2º ano, numa altura em que estes alunos ainda estão em fase de desenvolvimento da sua motricidade fina e em processo de aquisição de competências de leitura e de escrita. O absurdo da realização de provas e exames em formato digital, por exemplo na disciplina de Português, é preocupante. Mas não fica por aqui. Chega quase a ser ridículo! Citando Ana Cristina Leonardo, crianças cujo controlo para usar uma caneta ou um pincel ainda estão nos primórdios, cuja caligrafia é ainda hesitante mas que de repente são elevadas à categoria de dactilógafas em busca do acento e da tecla da maiúscula (…). É igualmente despropositado transmitir aos alunos a insignificância da escrita manual quando é uma das grandes lutas travadas pelos professores no seu dia a dia (Público, 12 de maio 2023).    

Enquanto professores, procuramos mudança e queremos inovação. Precisamos de computadores nas salas de aula que funcionem e de acesso à internet que não caia. Porém, antes da nossa capacitação digital e da capacitação digital dos nossos alunos, há outras competências que devem ser adquiridas. Talvez seja pertinente relembrar que o facilitismo generalizado que se vem verificando pode não ser a solução para os nossos problemas… Talvez seja importante recordar aos nossos governantes que, na prova de aferição de hoje, os professores de Portugal só não se sentiram sapos cegos porque, infelizmente, há muito que começaram a ver onde tudo isto nos iria levar.

 

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“O que se passa com professores é o exemplo da forma como o Governo atua”

“O que se passa com professores é o exemplo da forma como o Governo atua”

 

Para se ter uma profissão também é preciso sorte. Coitados dos professores! Que mais irá acontecer aos professores?!

Os professores, anteriormente, tiveram um ministro Tiago Brandão que não existia, agora, têm um ministro João Costa que existe, mas nada faz.

Antigamente as pessoas falavam, falavam  e iam presas, agora falam, falam e ninguém liga nada.

Este Governo tenta vencer os professores por saturação e cansaço, divide os professores dando a uns e não dando a outros para os desmobilizar e pô-los uns contra os outros.

O que se passa com os professores é o exemplo da forma como este Governo atua. Diz que negoceia para ganhar tempo, a seguir dá umas esmolas e no final é uma mão cheia de nada. Ameaça professores com faltas injustificadas, questiona atestados médicos, etc.

Este ministério é useiro e vezeiro em apontar o dedo em riste aos professores. Esta prepotência, acosso constantes e quero posso e mando não vão acabar bem. Uma coisa é impor por bem, outra é impor por mal.

Este ano escolar foi o mais conturbado de que há memória, mas pouco se avançou.

Este Governo ficará na história como um dos mais antiprofessores.

O estado caótico no ensino com falta de tudo e mais alguma coisa passou a ser natural na comunidade escolar: falta de professores; falta de assistentes operacionais; falta de material; falta de instalações; falta de capacidade para resolver os problemas dos professores.

No fundo, há falta de vontade política para resolver os problemas do ensino acumulados ao longo dos anos. Bom-senso precisa-se, mas não existe.

Tendo em conta o ambiente encarquilhado que se vive nas escolas, seria um ato de inteligência evitar mudanças de supetão – as provas de aferição digitais são um exemplo disso.

No Ministério da Educação nada se faz atempadamente para os professores se adaptarem e interiorizarem as mudanças.

A Educação está sempre em constantes transmutações, em que é impossível haver um fio condutor.

O Ministério da Educação é gerido por burocratas, muitos deles nunca estiveram numa sala de aula de uma escola. A experiência docente desses senhores é zero.

Os professores manifestam-se incessantemente, chamam à atenção e indignam-se, mas começam a ver que não adianta nada. As reuniões existem ‘para inglês ver’.

Tem de se mudar a forma de luta. Já se viu que com greves constantes não se consegue mais do que pequeninas vitórias.

A greve de zelo, como forma de protesto e reivindicação. Os professores estão no local de trabalho e fazem o seu serviço, dentro do que lhes é humanamente e fisicamente possível, sem dar horas à escola. Naturalmente haverá atrasos que se vão repercutir nas escolas.”

 

Joaquim Jorge – Notícias ao Minuto

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A luta dos professores vai valer a pena

A luta dos professores vai valer a pena

 

Na disputa entre “palácios”, entre Presidente da República e Governo, é cada vez mais visível uma “fissura” que pode ser um renovar da esperança para que a pugna docente chegue a bom porto.

 

Após seis longos meses de aturadas negociações entre os membros do Governo e as organizações sindicais do corpo docente, o Ministro da Educação João Costa afirmou que “houve 18 ou 19 pontos de aproximação aos sindicatos”. Tendo eu participado em todo esse processo negocial, não estou certo de que tenham sido tantos, mas, sim, graças à luta do conjunto do movimento sindical docente, os professores conseguiram fazer valer uma questão para si nuclear, qual seja o facto de ter ficado contemplada a graduação profissional como critério único para o recrutamento e colocação, quando o Governo pretendia que as escolas tivessem autonomia para contratar uma parte dos seus docentes com base num “perfil de competências”.

 

Não fora toda esta luta dos professores e também não teria sido possível consagrar neste novo regime jurídico dos concursos para a docência o caráter anual para todos eles, pois na proposta do ME eles passariam até a ter apenas periodicidade quinquenal!…

O recém-publicado Decreto-Lei n.º 32-A/2023, de 8 de maio,  estabelece o novo regime de gestão e recrutamento do pessoal docente dos ensinos básico e secundário e de técnicos especializados para formação, cria o modelo de “vinculação dinâmica”, que permitirá, desde já, a entrada nos quadros de mais de oito mil professores contratados. Continuando este regime legal a aplicar-se nos anos seguintes àqueles que reúnam os 1095 dias de tempo de serviço para a ele acederem.

Para os docentes contratados que não possam ou não queiram aceder a esta vinculação, são criados três novos índices remuneratórios que os beneficiam em função do respetivo número de anos de serviço.

Aqueles docentes ficarão no próximo ano na escola em que se vincularam, mas no concurso interno de 2024 serão obrigados a concorrer a todos os Quadros de Zona Pedagógica, cujo número passará dos atuais dez, com grandes distâncias a percorrer,  para 63, reduzindo significativamente as distâncias a percorrer. Isto para que a verdadeira colocação em lugar de quadro respeite a graduação profissional, evitando assim as chamadas ultrapassagens que aconteceram em concursos anteriores.

Explicando melhor, no modelo atual, sempre que há vinculação entre concursos, muitos professores que vinculam ultrapassam os que já estão colocados, na medida em que ocupam vagas que eram desejadas por professores com melhor graduação profissional. Agora a colocação temporária e transitória dos professores que vinculam corrige este problema, sendo que, a partir de 2024, todos concorrem em igualdade de circunstâncias para as vagas existentes.

Não obstante a enorme luta de que os professores têm dado provas nos últimos tempos, ainda não foi possível impormos ao ME outras reivindicações importantes como a recuperação integral do tempo de serviço e um modelo específico de aposentação que se aplique a todos os professores.

O Presidente da República quase que esgotou o prazo constitucional de 40 dias para a promulgação do Decreto-Lei supra-referido (ainda que o Governo estivesse interessado na sua rápida referenda e publicação de modo a não atrasar mais o lançamento dos concursos) e, quando finalmente, o promulgou, não o fez (e bem) sem que previamente tenha publicado uma nota oficial, manifestando a sua discordância quanto ao respetivo conteúdo e tendo aproveitado para cominar ao Governo a “recuperação faseada do tempo docente prestado e ainda não reconhecido”.

No âmbito da designada disputa entre Palácios, ou melhor, entre o órgão de soberania Presidente da República e órgão de soberania Governo, ou de forma mais prosaica, entre Marcelo e Costa, é cada vez mais visível uma “fissura” que, a par da luta dos professores, pode constituir um renovar da esperança para que a continuada pugna docente chegue finalmente a bom porto…

Mas, enquanto tal não sucede, no âmbito da plataforma sindical de que fazemos parte, vamos integrar a caravana dos professores que entre os dias 22 e 30 do corrente irá percorrer a mítica Estrada nacional nº 2, com paragem em escolas da respetiva região, como forma de dar visibilidade e força às reivindicações do corpo docente.

Caso o Ministério persista em não dar resposta às principais reivindicações do corpo docente, faremos uma ação histórica no dia 6 do 6 de 23, com duas grandiosas manifestação de professores nesse dia, em Lisboa e Porto.

 

Filipe do Paulo – Presidente da Pró-Ordem e da Federação Portuguesa de Professores

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Ponto da Situação de Hoje da Prova de Aferição de TIC

Com o início da greve às provas de aferição que tem início hoje, muitos dos problemas destas provas vão ser ocultados pela não realização das mesmas.

Assim,

  • A maior parte das escolas não consegue extrair a Senha dos alunos para a realização da prova de TIC;
  • Foi enviada uma senha pelo Presidente do JNE para abertura das provas de hoje que não funciona, porque está errada.

 

E hoje é apenas o primeiro dia.

Podem relatar outras situações na caixa de comentários.

 

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