Mais se informa que foram consideradas para abertura de vaga, nos termos do n.º 1 do artigo 43.º do referido decreto-lei, as colocações finalizadas pelos AE/ENA ao longo do mês de dezembro de 2022, considerando-se assim as mesmas equiparadas a colocações ativas a 31 de dezembro para efeitos do presente concurso.
Neste caso até consideraram os horários temporários que terminaram de Dezembro de 2022 e não estavam ativas em 31/12/2022.
Mais uma vez retirei as colocações em horário anual pela Contratação Inicial e todas as colocações até à Reserva de Recrutamento 14, pois estes horários em princípio estariam todos ativos em 31/12/2022.
É possível que muitas colocações em horário anual não tenha sido aceites.
Mas também se deviam somar as colocações em horário temporário que estivessem ativas em 31/12/2022 e essas não considerei, assim como não considerei as colocações em Contratação de Escola.
Existem 13.863 colocações em horário anual até à RR14, sendo que as colocações no QZP7 superam largamente as colocações no QZP1.
Existem enormes discrepâncias entre este quadro das colocações anuais com o quadro de vagas abertas para a Vinculação Dinâmica. E eu continuo a suspeitar que as vagas que abriram são um isco para que os professores do Norte concorram este ano à Vinculação Dinâmica, porque não representam a realidade dos contratos ativos em 31/12/2022.
O próximo quadro é o número de vagas que abriu para a Vinculação Dinâmica que em nada tem a ver com o número de colocações que provavelmente deveriam estar ativas em 31/12/2022.
Este documento apresenta uma lista colorida com os candidatos ordenados à contratação Inicial 2022/2023, onde apuramos os candidatos que não estavam colocados na Reserva de Recrutamento 14 (ou seja, aqueles que não reúnem logo o 1.º critério para a Vinculação Dinâmica) e os docentes que estão pela Norma Travão (verde e amarelo, de acordo com a legenda) que não são candidatos à Vinculação Dinâmica porque estão pela 1.ª prioridade.
Assim, os candidatos que não estão pintados são aqueles que podem reunir as restantes condições para serem candidatos à Vinculação Dinâmica.
Este documento pode servir para uma decisão mais fundamentada da vossa parte.
É verdade que os 8233 professores em condições de concorrer ao regime de vinculação dinâmica entrarão nos quadros, ficando com maior segurança contratual. Mas não acabarão os dias “da casa às costas”.
Muita gente me tem feito telefonemas e mandado mensagens por causa do concurso e mormente da Vinculação dinâmica.
Tenho gosto em atender as pessoas que acham que possa ter algo a dizer para as ajudar.
Dá-me satisfação sentir o apreço delas dessa forma.
Mas tenho a sensação que muitos ficam desiludidos. A minha forma de pensar tende a desiludir.
Um dos maiores defeitos que tenho é uma certa dureza racional que me faz ser um bocado seco nas respostas.
Não me considero má pessoa mas, numa crise, olho numa lógica de risco.
Assim em pontos:
A. Nível geral
1. Não estaríamos assim se tivéssemos arriscado mais nas greves (3 dias seguidos de greve total). O governo não teria feito estas habilidades. Isto é a minha “introdução ralhete”.
2. Marcelo promulgou porque teria de enfrentar o circo mediático do Governo a dizer falsamente que não promulgar seria prejudicar 8 mil professores que não vinculavam. Não era verdade, mas ele sabe e sinalizou aos profs….lutem para prevenir o próximo ano.
3. Ao promulgar, Marcelo lançou o presente e futuro caminho de luta: disse que, para o ano, não podem ser obrigados a concorrer a nível nacional. Logo, isso significa mais luta e reivindicações de mudança da lei.
4. As vagas abertas este ano para Vinculação são um engodo falso. Ponto. Não querem dizer nada sobre o futuro. O tal concurso a nível nacional, que ē preciso lutar para evitar (ou mitigar nos seus efeitos) é que vai selar destinos.
5. Como os quantitativos foram inchados, não vai haver depois vagas para contratados e mobilidades entre QZP. E a redistribuição dos QZP velhos para os novos vai ter efeitos imprevistos, até para quem está neles (e não em mobilidade) por causa dos mapas feitos às 3 pancadas (estive a ver alguns casos e fizeram-me lembrar a “ignóbil porcaria” – ver DR. Google)
5. As boas noticias é que o futuro é nosso. A falta de professores vai ser avassaladora (mais vagas) e o concurso ē anual (há esperança anual de correcção de enganos).
B. Nível individual
1. Cada um deve analisar as suas hipóteses olhando para a sua graduação e a verificando a origem e colocação dos que estão à sua frente (são horas de pesquisa, mas pode dar frutos)
2. Devem pensar que as vagas virtuais e de engodo deste ano estão inchadas e este ano dá Norte com os 30% a mais que lá meteram face ao que seria lógico. Mas para os últimos 30%, com a batota previsível no ano que vem dá quase certamente sul e algarve no ano seguinte e sem remissão.
3. Concorrer pode dar desterro, mas não concorrer pode dar desemprego (vai haver menos horários para contratação, diluidos que estão nas vagas inchadas). Vai haver substituições e incompletos (e quem quer trabalhar tem de estar atento a como concorre aí). E não se esqueçam da novidade do conselho de diretores.
4. A decisão implica falar com a família e combinar um prazo para o risco. Eu sou um otimista e acho que em 2 ou 3 anos isto tudo vai melhorar (o futuro é nosso com a falta de professores), mas os próximos anos vão ser de ajuste que será anual. Quem quiser estar no sistema tem de olhar a esta dinâmica.
E não digo mais nada como conselho. E sei que não foram grande coisa.
A decisão é muito das circunstâncias de cada um.
E isso é chato de dizer a quem pede conselhos.
Há mesmo uma forte componente de risco individual, que só o conhecimento pleno das circunstâncias particulares de cada um permite medir.
Mas ponderem bem, avaliem com racionalidade.
Tenho aprendido nos últimos tempos que o arrependimento de não fazer é a pior emoção possível.
Poder fazer e não ter feito, por não ter ponderado bem e julgar que podia emendar depois.
O que fizerem neste caso tem mesmo peso e não devem ter a atitude “seja o que Deus quiser”.
Decidam o que decidam, ponderem bem o risco de não fazer. Têm muitos dias e não há nada pior do que conviver com decisões para a vida toda e arrepender-se de não ter refletido bem.
E seja como for, quando forem chamados à luta pensem nisto: se tivéssemos feito uma greve total de 3 dias talvez o governo não tivesse lata de vos causar estas escolhas diabólicas.
E, agora, quando estivermos a lutar para, entre outras coisas, acabar com o concurso obrigatório a todo o pais, temos pela frente um governo bem mais fraco que o que existia em dezembro.
E com um presidente que disse ao que vinha e apoiará o barulho que fizermos.
Deixar apenas um dia disponível para aplicar a prudência anunciada neste manual?
A instalação dos servidores offline, na generalidade dos equipamentos, não deverá gerar problemas de maior, sendo, não obstante, mais prudente proceder à instalação dos servidores com antecedência relativamente à aplicação das provas.