5 de Maio de 2023 archive

Novas formas de luta até ao final do ano letivo

Eu sou daqueles que entendem que os próximos meses serão decisivos para a luta dos professores contra o roubo de tempo que lhes foi feito em 2018 e contra um conjunto de outras barbaridades que nos impedem de cumprir com eficácia e com efetividade a nossa missão junto dos nossos alunos.

Como é evidente, toda esta luta dos professores, nomeadamente as greves, também contribuem para introduzir alguma a ineficácia e alguma inefetividade no sistema, aproveitando alguma opinião pública para atacar os professores por causa desses prejuízos para os alunos. O seu raciocínio é o seguinte: os professores, ao mesmo tempo que combatem as decisões do governo que prejudicam a “escola pública”, eles próprios, com a sua luta, estão também a contribuir para algum prejuízo da mesma “escola pública”. Acusando-nos, assim, de alguma hipocrisia. A falácia desse raciocínio resolve-se com perguntas sobre a guerra na Ucrânia: de quem é a responsabilidade de, neste momento, existir uma guerra na Ucrânia com milhares de mortos dos dois lados? É do agressor ou do agredido? É de Putin ou de Zelensky? É do invasor ou de quem tem de defender o seu território? Para mim, neste contexto, bem como na situação dos professores, a resposta é muito clara: a culpa é do agressor e não do agredido que tem de se defender. O que significa que, para mim, a culpa e a responsabilidade por tudo o que de negativo está a acontecer na Educação Pública em Portugal, com o que isso representa de benefícios para o ensino privado, é de António Costa e de João Costa. Eles são os agressores. Todos os prejuízos que os alunos possam sofrer neste e nos próximos anos letivos são da responsabilidade daqueles que deviam resolver as questões e não as resolvem. Eles é que são os ladrões e os invasores. Os professores são os agredidos que têm, por todos os meios ao seu alcance, de se defender do roubo do seu património (tempo e dinheiro) e da “invasão” das suas condições de trabalho, as quais, de dia para dia, se têm vindo a agravar com as decisões deste e de outros governos.

Assim sendo, o meu entendimento é que os docentes devem continuar com a sua luta e que devem mesmo procurar novas formas de luta, cada vez mais duras e mais radicais, até ao final deste ano letivo.

As minhas sugestões, como meras contribuições para que se possa iniciar uma discussão sobre esta matéria entre todos os interessados, seriam as seguintes:

– encontrar formas radicais/diferentes/originais de luta que marcassem todas as semanas e que nos levassem em crescendo até ao dia 06/06/23, no qual se deveria voltar a fazer uma gigantesca manifestação em Lisboa, ou em Lisboa e no Porto, que fechasse escolas por todo o país;

– uma forma de luta original em Educação, mas muito usada na Saúde, seriam as demissões, que, nos meses de maio e de junho, teriam efeitos muito significativos na organização dos exames nacionais, se, por exemplo, todos os docentes dos Conselhos Gerais e dos Conselhos Pedagógicos se demitissem, nem que fosse, como fazem os médicos, para, mais tarde, todos voltarem a assumir os seus lugares, o que seria fácil de consensualizar dentro das escolas/agrupamentos;

– outra forma de luta a considerar devia ser a luta “à francesa”, isto é, manifestações muito ruidosas e intensas, em data a designar, nas imediações dos edifícios do Conselho de Ministros, do Ministério da Educação, das Delegações Regionais da DGEstE e de outros edifícios públicos onde estejam pessoas que já nos deveriam ter ouvido e ainda não ouviram;

– por último, julgo que se deveria pensar também em greves bem convocadas e que afetassem o arranque do próximo ano letivo, uma vez que há muito trabalho que os docentes fazem em julho, que, a não ser feito, pode comprometer o normal início do próximo ano letivo em muitas das nossas escolas.

Que comece a discussão e que participem todos os interessados…

Por mim, a luta continua!

Espero que a luta seja cada vez mais radical e mais intensa, até nos devolverem o que é nosso!

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Mais Uma Semana a Aguardar a Abertura do Concurso Externo

E começa a ser bastante preocupante este atraso.

Seria de bom senso que a DGAE já tivesse aberto o concurso externo com as regras do Decreto-Lei 132/2012, sem estar a aguardar pela EVENTUAL publicação de um novo diploma de concursos. Ninguém garante nesta altura que as palavras de Marcelo sobre a promulgação deste diploma, para não gorar as expectativas de 8 mil docente, possa ocorrer quando estes 8 mil docentes, em especial uns 6 mil do norte do pais, não querem esta vinculação dinâmica.

Não promulgar este diploma seria dar um passo para o BOM FUNCIONAMENTO DAS ESCOLAS, como Marcelo pediu ao governo.

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Ramiro Marques (1955-2023)

Tive hoje conhecimento do falecimento do Professor Ramiro Marques que na altura de início deste blog também se movia pela Blogosfera com um blog de referência no panorama nacional, denominado Prof Blog. Muitas vezes criticado por algumas das suas análises, mas que era uma voz ativa junto dos professores.

Os mais sinceros sentimentos à família da equipa do Blog DeAr Lindo.

 

Morreu Ramiro Marques, um homem de referência como professor e autor

 

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Lista Colorida – RR30

Lista Colorida atualizada com colocados e retirados da RR30.

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224 Contratados na RR30

Foram colocados 224 contratados distribuídos de acordo com a tabela abaixo.

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Provas de Aferição – urge reconhecer o erro.

Provas de Aferição – urge reconhecer o erro.

 | Servido por José Manuel Alho

Não defendo as Provas de Aferição (PA) nos exatos termos em que são aplicadas.

No caso mais clamoroso – o do 1º Ciclo – elas fariam sentido somente no 4ª ano. Assim, os resultados obtidos, bem como o leque de conclusões que deles se poderia retirar, não significam especiais ganhos. Desde logo porque, em caso de deteção precoce de dificuldades, não são alocados outros recursos para recuperar os alunos. As ilações ditarão, quando muito, a obrigatoriedade de refletir, de criar mais projetos e de conceber outros grelhados que assoberbarão (ainda mais) os professores com documentação usualmente inócua. A tutela não tem feito a sua parte.

Este ano, com a inovação de serem realizadas digitalmente. As crianças do 1º Ciclo carecem de aperfeiçoar a sua motricidade fina e a competência caligráfica, por muito que @lguns entendam não estar na moda, é crucial. De resto, subscrevo a posição da Fenprof quando também assinala “Ao exigir que todas as escolas participem nas provas de aferição em suporte digital, e não apenas as que consideram ter já capacidade tecnológica e competências digitais dos envolvidos neste processo (tal como no ano anterior), o ME introduz também como objetos de avaliação infraestruturas, conetividade, acesso a equipamentos digitais, bem como a consistência das competências para o uso de plataformas, distanciando-se ainda mais do objeto e propósito enunciados para estas provas.”

Por exemplo, pedir a alunos de 7 anos de idade para imitarem o som e o movimento de uma minhoca e de um sapo cego (qual será o som de um sapo com visão?!) roça a fatuidade científica, pedagógica e didática.

A Prova de Aferição de Educação Artística. Sobre guiões, por uma questão de higiene e sanidade intelectuais, faço questão de não os adjetivar. No entanto, urge apelar ao bom senso, exigindo, pelo menos, que as tarefas propostas sejam exequíveis no tempo inicialmente estipulado, evitando cair no cinismo de alertar que as provas só estarão concluídas quando todos os alunos forem avaliados. De resto, é premente devolver ao 1.º Ciclo o conhecimento e a sensibilidade quem sabe da poda. Especialistas de gabinete poderão não ser garante suficiente de equilíbrio e razoabilidade. Por exemplo, pedir a alunos de 7 anos de idade para imitarem o som e o movimento de uma minhoca e de um sapo cego (qual será o som de um sapo com visão?!) roça a fatuidade científica, pedagógica e didática.

Sobre a Diferenciação Pedagógica. Matam-se os professores, recorrendo a ousadas – mas pouco valoradas – estratégias que garantam a diferenciação pedagógica para alunos com medidas universais, medidas seletivas e medidas adicionais e, no momento da Provas de Aferição, todos parecem ser metidos no mesmo saco, sem direito a adaptações dimensionadas e proporcionadas à especificidade inserta no seu RTP (Relatório Técnico-Pedagógico). Será que, no Ministério da Educação, o conceito de diferenciação pedagógica (só) foi criado para a (rasa) arraia-miúda implementar? Afinal, de quem deveria vir o exemplo? Ou a diferenciação pedagógica, para a tutela, resumir-se-á à leitura de enunciados e à concessão de tempo suplementar para a realização das provas?

Processo pesado e hiperburocratizado. Seria de esperar que, numa atmosfera de economia digital, o processo de preparação e de implementação destas PA fosse mais enxuto em vez de se revelar esta desagradável e mui penosa surpresa. Pesado. Hiperburocratrizado. Extenuante. Um dia destes, será preciso ir a Coimbra cursar uma qualquer variante para estar habilitad@ a cumprir com todas as minudências requeridas.

Em conclusão, importaria reconhecer o erro de continuar a promover, nestes termos, as Provas de Aferição. Corresponderia a um ato de inteligência. Natural

 

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Reserva de Recrutamento n.º 30

Publicitação das listas definitivas de Colocação, Não Colocação, Retirados e Listas de Colocação Administrativa – 30.ª Reserva de Recrutamento 2022/2023.

Aplicação da aceitação disponível das 0:00 horas de segunda-feira dia 8 de maio, até às 23:59 horas de terça-feira dia 9 de maio de 2023 (hora de Portugal continental).

Consulte a nota informativa.

SIGRHE – Aceitação da colocação pelo candidato

Nota informativa – Reserva de recrutamento n.º 30

Listas – Reserva de recrutamento n.º 30

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