Educação não tem paz. O ministério continua a incendiar as relações com os professores.
“Educação não tem paz. Ministro e secretário de Estado sem savoir-faire”
A última, é que os sindicatos não cumpriram o prazo legal do pré-aviso de greve.
Esta greve é ao “sobretrabalho”, serviço extraordinário, componente não letiva na escola e ao último tempo letivo de cada docente
Estas greves têm um efeito simbólico e de alerta, não incidem sobre atividades consideradas necessidades sociais impreteríveis e por isso bastam cinco dias úteis de antecedência para a apresentação dos pré-avisos.
Eu sei que toda a gente está farta de greves, mas não há outra forma de as pessoas se fazerem ouvir e a opinião pública perceber o que se passa, assim como o que está em jogo.
Ninguém faz greve por birra ou porque lhe apetece. Fazer uma greve dá imenso trabalho e mexe nos bolsos dos professores, já de si vazios.
Este ministro João Costa e o secretário de estado António Leite têm falta de savoir-faire e lisura de processos para se chegar a um entendimento.
Começaram por criar a suspeição de greves ilegais, depois só negociavam sem marcação de greves, entregaram as propostas à hora das reuniões com os sindicatos sem permitir uma análise prévia e ponderada, agora questionam o aviso de greve.
O excesso de exigência cria desobediência. A falta de tolerância, leva à intolerância e crispação.
Numa reunião para se chegar a um acordo têm de haver cedências de parte a parte, e quando uma das partes (ministério) esconde o que propõe até ao início de uma reunião algo vai mal. O Ministério mostra falta de transparência e correção.
O Ministério sempre negociou numa atitude persecutória, pensando no desgaste e divisão dos professores.
O clima de desconfiança – quererem controlar todo este processo que lhes fugiu das mãos – é inadmissível.
Começo a pensar que vivo numa democracia musculada, dissimulada e de pensamento num só sentido.
2 comentários
São paus mandados do 1º ministro! Apenas mantêm a política de relação para com os professores de há duas décadas!!
Subscrevo o texto.
Vou mais longe: alguns governantes e alguns deputados do PS são, no fundo, falsos democratas (salazaristas).
Subscrevo, no entanto, não esqueço que o seu autor foi e é favorável a greves fofinhas que nada resolvem.