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Carta aberta às organizações sindicais

Exmos. Srs.

Vivemos um momento histórico. A memória peleja para encontrar outra altura em que a motivação para lutar pela Escola Pública e pelos nossos direitos fosse tão grande. E é grande a motivação porque é enorme o desgaste. É quase em desespero que clamamos justiça.

É certo que muito foi conseguido pela reivindicação, ao longo dos anos, perante os ataques descomedidos e frios à nossa classe: ataques ao nosso trabalho, à nossa dignidade, às nossas expectativas e objetivos e, por inerência, à nossa vida pessoal.

Mas, nada de novo aqui apregoamos: velhas questões que conhecemos bem pelas cicatrizes que em cada um de nós deixam.

O que de novo nos impõem demandar é uma inequívoca união das frentes sindicais em torno do que é o seu preceito: a nossa classe. Bem sabemos que nada é mais democrático que a variedade de vozes, de opiniões, de crenças, de ideologias e pensamentos. Nada se perde em existir mais que uma forma de lutar. Mas, neste momento singular de forte união de professores, de amenização das diferenças que nos individualizam, é imperioso que as frentes sindicais assim o façam também. Que as diferentes “armas” dos diversos representantes da nossa classe se alinhem na mesma direção.

Salientamos os seguintes pontos fundamentais pelos quais todos os professores e os seus representantes sindicais devem lutar:

a) Recuperação total de todo o tempo de serviço congelado, que já representou uma tripla penalização durante o período em que durou o congelamento (perda de vencimento durante os anos de congelamento, perda de vencimento após não ter ocorrido a devida progressão e perda de remuneração na reforma);

b) Eliminação das vagas de acesso aos 5º e 7º escalões da carreira docente, pois são uma dupla barreira à progressão (em toda a função pública, já existem quotas de avaliação);

c) Aumentos salariais proporcionais ao aumento da inflação, que minimize o impacto que o aumento do custo de vida tem tido nos últimos anos;

d) Graduação profissional, nos moldes atuais, como critério único para qualquer procedimento concursal de seleção e recrutamento de pessoal docente;

e) Atribuição de ajudas de custo (transporte e alojamento) para professores colocados a mais de 50 Km da sua residência;

f) Garantia de ingresso na carreira dos docentes contratados há décadas;

g) Valorização da habilitação e da formação dos docentes para efeitos de progressão e remuneração;

h) Na mesma linha do que se passa noutras classes profissionais do estado, as formações obrigatórias deveriam decorrer dentro do horário laboral e nas mesmas condições dessas mesmas classes; i) Reduzir ao mínimo a carga de trabalho burocrático que desgasta os professores no seu dia a dia, de modo que o foco seja o processo de ensino/aprendizagem;

j) Acabar com a discriminação laboral dos docentes em monodocência;

k) Acelerar e melhorar o processo de apuramento das necessidades permanentes para cada ano letivo, tornando o processo mais justo e transparente;

l) Mais recursos materiais e humanos para todos os estabelecimentos de ensino.

Alertamos, que nesta luta, quem desperdiçar esta oportunidade ficará lembrado por isso.

Não compreenderemos acertos de contas, egos individuais inflados, aproveitamento individual, ou mesmo setorial de uma ou outra frente sindical. Não perdoaremos lutas entre parceiros, quando a luta que desejamos é só uma!

Assim, de uma forma clara e direta, clamamos: que as vozes sejam diferentes, mas uníssonas.

Os professores e técnicos especializados do Agrupamento de Escolas D. Afonso

Henriques – Santarém

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Carta Aberta pela Escola Pública

Marcharemos pela escola pública no dia 14 de Janeiro de 2023, em Lisboa

Carta Aberta pela Escola Pública

Como trabalhadores, de vários quadrantes e formações distintas, consideramos que a escola pública deve ser de excelente qualidade e para todos.

A degradação a que temos assistido – pese embora, nós trabalhadores, seja de que área for, pagarmos cada vez mais impostos –, tem levado muitos daqueles que ainda podem a estratégias como o recurso a explicações privadas, auxiliarem os filhos no fim de um dia de trabalho intenso, colégios privados e ATLs e centros de estudo.

Crianças e jovens a quem deveria estar garantido um ensino excelente numa parte do dia, para poderem também brincar e socializar, são obrigadas a prolongar o dia de estudo. As cada vez mais deficientes condições de trabalho impostas aos professores contribuem não só para que os alunos fiquem 8 horas na escola, mas também para deficiências na aquisição de conhecimentos essenciais e para a degradação óbvia e geral de um serviço – a educação pública, gratuita e de qualidade – constitucionalmente garantido, que pagamos, mas a que perdemos acesso.

Muitos dos nossos filhos abandonam (mesmo que passem administrativamente) as aprendizagens científicas, filosóficas e artísticas, desistem de ser mais, de sonhar, de conquistar saberes que deveriam ser de acesso democrático a todos, trocando-os por cursos sem valor, de formação medíocre, ou por um ensino, dito profissional, que leva os nossos filhos para profissões mal qualificadas e mal pagas e os aparta do acesso ao saber humanizado.

Temos consciência de que não existe boa escola pública sem segurança e qualidade de trabalho dos professores e, por isso, dia 14 marchamos ao seu lado, ao lado dos professores e funcionários das escolas, pela segurança na contratação, escolha livre da escola e lugar onde pretendem trabalhar, acesso a uma carreira que lhes forneça sentido de percurso, justiça sem avaliações “falsas” que apenas pretendem cortar a progressão e que hoje são comuns a todos os trabalhadores, em sistemas de trabalho antidemocráticos, de gestão tóxica e autoritária, que a todos nós desmotiva e mesmo desgasta e adoece, como é frequente no caso dos professores.

É urgente que os nossos impostos sirvam para pagar salários dignos que lhes permitam uma vida com qualidade. Não toleramos assistir ao pagamento obsceno de gestores da res publica ao mesmo tempo que se paga vergonhosamente mal aos professores, uma profissão essencial.

Temos, finalmente, consciência, que os problemas da escola não se resolvem só na escola. Sem trabalho digno e seguro para os nossos filhos e netos, impedindo-os de ter acesso a uma vida independente, casa própria, vida conjugal e afectiva livre, qualidade na alimentação e no lazer, o resultado é a crescente dependência familiar ou a emigração e eles deixarem de ver sentido na escola.

Por isso lutamos ao lado dos professores, e marcharemos com eles no dia 14 de Janeiro em Lisboa (Marquês de Pombal), às 14h, por um país que invista na riqueza social, na democracia, na qualidade de vida, com salários decentes.

Anabela Mendes, professora aposentada da ESBAL

António Baptista Lopes, Editor

António Carlos Cortez, professor, poeta, ensaísta

António Galopim de Carvalho, Geólogo

António Garcia Pereira, advogado e professor associado aposentado

António Pinho Vargas, compositor e professor aposentado da ESML

Cláudia Biscaya Fraga, Professora aposentada

Eduardo Rêgo, Professor aposentado matemática, FCUP

Elisa Costa Pinto, Professora

Elísio Summavielle, gestor cultural

Fabiane Santana Previtali, professora titular da Universidade Federal de Uberlândia – UFU/Brasil

Filomena Oliveira, dramaturga, escritora

João Areosa, professor Instituo Politécnico de Setúbal

João Reis, operário da AutoEuropa

Joel Neto, escritor

José António Antunes, Médico

José Fanha, poeta Manuela Gonzaga, escritora, jornalista

João Pascoal, Mudar Bancários

Maria Cantinho, professora, filósofa

Miguel Real, ensaísta, escritor

Pamela Peres Cabreira, professora, historiadora

Raquel Varela, historiadora, professora FCSH/UNL

Roberto della Santa, professor auxiliar convidado Uni Aveiro, investigador

Rita Garcia Pereira, advogada e docente universitária

Victor Pinto , Linguista , Porto

Pedro Vicente, arquitecto

José Santana Henriques, activista sindical CGTP

Adriano Zilhão, economista

Mário Tomé, coronel e capitão da revolução de Abril

José Casimiro, activista sindical e laboral, Solidários

Isabel Roque – Investigadora CES-UC e activista social

Isabel Louçã, professora aposentada

Fernando Bessa, professor

Carlos Marques, activista social, Solidários

Nuno Geraldes, dirigente sindical do STCC

Sindicato dos Trabalhadores do Sector Automóvel (STASA)

Sindicato dos Trabalhadores dos Call Centers (STCC)

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Hoje

Manifestação de todas as escolas da Póvoa de Varzim em frente à Câmara Municipal, a partir das 9:00.

 

Agrupamento de Escolas de Celeirós

O Agrupamento de Escolas de Celeirós encerrou devido à reunião sindical, convocada para docentes e não docentes. A reunião foi bastante interativa, profícua e pertinente, de onde surgiram várias propostas e estratégias de luta em defesa de uma Escola Pública de Qualidade.

 

O Agrupamento de Escolas de Maximinos de Braga, pelo segundo dia consecutivo, fechou portas, em união pelo futuro, dignificação, qualidade e respeito pela educação.
António Correia de Oliveira – Esposende
Escola Secundária de Paços de Ferreira
Na Escola Secundária de Paços de Ferreira os protestos aumentam semana após semana. Seguem em anexo fotografias e vídeos para eventual publicação.
Paços de Ferreira estará também em Lisboa  no próximo dia 14 de janeiro, para ajudar a tutela a remodelar os mobiliário do próximo inquilino do Ministério da Educação.
Sttau Monteiro Loures
EB 2 3 de Gueifães, Maia
Esc. Dr. Joaquim Magalhães
Escola Básica Marcelino Mesquita e da Escola Secundária do Cartaxo

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