No Encontro Nacional de Comissões de Greve, promovido hoje em Coimbra pelo STOP. foram aprovadas quatro propostas:
1. Manter o plano de luta/greve com concentrações à frente das escolas, com início a 3 de Janeiro e, pelo menos, até final de Janeiro.
2. Dia 7 de Janeiro, às 17h: protestos nas capitais de distrito (à frente das Câmaras Municipais) abertos a todos os profissionais de educação e convidando toda a sociedade a estar presente.
3. Dia 14 de Janeiro, pelas 14h: grande marcha pela Escola Pública em Lisboa, do Marquês de Pombal até ao Terreiro do Paço.
4. Participação, no dia 11 de Fevereiro, na manifestação nacional de professores dinamizada por outros sindicatos.
O Sindicato de Todos os Professores (STOP) promete, em janeiro, o que considera ser “a maior luta de sempre” pela defesa da escola pública. Entre as medidas está uma marcha a 14 de janeiro, em Lisboa.
“Vamos ser muito mais do que os 25 mil anunciados a 17 de dezembro”, anunciou esta terça-feira o coordenador do STOP, André Pestana, no final de um encontro que decorreu no Auditório Central do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.
“Estamos a preparar a maior luta e greve de sempre emPortugal. A partir de dia 4 de janeiro vamos alargar a todos os profissionais da educação. Há um grande incentivo na defesa da escola pública pelo pessoal não docente”, completa, considerando que a luta pela escola pública não é um combate corporativo. “A escola pública é um desígnio nacional. Todas as profissões são importantes e todas passaram pela escola. Estamos a exigir respeito e justiça por todos os profissionais da educação”, acusa.
Sobre a presença de outros sindicatos de professores, o coordenador doSTOPafirma querer unidade.
“Temos convidado os outros colegas, infelizmente ainda não tivemos uma resposta positiva, mas não estamos passivamente à espera. Houve uma greve e concentração a 2 de novembro, organizada por outros sindicatos, e estivemos lá. Queremos unidade, com base na decisão democrática dos que estão nas escolas, não com memorandos que não foram sufragados por eles. Isso é um novo paradigma sindical, por isso foi possível a 17 de dezembro termos tido um mar de gente emLisboa“, defende.
Segundo um comunicado da TAP de 04 de fevereiro deste ano, Alexandra Reis “renunciou ao cargo de vogal e membro do Conselho de Administração e Comissão Executiva da TAP ‘decidindo encerrar este capítulo da sua vida profissional e abraçando agora novos desafios’”.
Aumento de capital conclui programa de recapitalização da companhia área aprovado pela Comissão Europeia há um ano. Total: 3,2 mil milhões de euros.
O governo acaba de aprovar mais um aumento de capital da TAP. São mais 980 milhões de euros que entram no balanço da companhia aérea portuguesa. O movimento já estava previsto para este final de ano, tendo a CNN Portugal confirmado junto de fontes próximas do processo que o despacho foi assinado ontem, segunda-feira, pelo ministro das Finanças, Fernando Medina.
A assinatura não é irrelevante: num momento em que se discutem possíveis incompatibilidades da secretária de Estado Alexandra Reis, que saiu da administração da TAP no início deste ano, a autorização da despesa pública é assinada diretamente pelo ministro.
A companhia aérea termina assim o ano não só envolta napolémica da indemnização da ex-administradora Alexandra Reis e sobameaças de greve, mas também com as contas mais equilibradas, em função da sucessão de injeções do Estado que serviram para resgatar a empresa da falência, depois do impacto da pandemia da Covid-19.
Estes 980 milhões de euros estavam previstos tanto no Orçamento do Estado deste ano como noacordo fechado com a Comissão Europeia há um ano. Trata-se da última tranche de um total de 3,2 mil milhões de euros que foram aprovados por Bruxelas no programa de reestruturação da companhia.
Embora o acordo com Bruxelas não seja público, foi assumido publicamente que, depois destas injeções, não poderá haver mais aumentos de capital na TAP nos próximos dez anos. O governo está entretanto a preparar a privatização da empresa, que pode avançar já em 2023.
Para além dos 500 mil euros que Alexandra Reis recebeu em 2022, também recebeu um chorudo prémio em 2019 (42 mil euros), ano de largos prejuízos da TAP.
Paulo Baldaia conversa com Isabel Leiria, jornalista do Expresso que acompanha as questões de Educação.
Os sindicatos dos professores ameaçam endurecer as formas de protesto no próximo ano e, nesta luta, destaca-se o Sindicato de Todos Os Profissionais de Educação que tem estado a ganhar protagonismo. As greves vão multiplicar-se já em Janeiro e os sindicatos prometem realizar uma grande manifestação em Lisboa já no mês de Fevereiro. Neste episódio, conversamos com Isabel Leiria, jornalista do Expresso que acompanha as questões de Educação.
Participaram nas greves e manifestação convocadas este mês. Dizem-se fartos de serem “enxovalhados” e não perdoam ao ministro a tentativa de reduzir as razões do protesto a uma “campanha de mentiras”.
Apesar de o primeiro-ministro ter feito uma mensagem de Natal para dizer que está tudo bem no país, há pelo menos um sector que vai sair à rua em discordância com isso mesmo – eis o que é esperado
O Sindicato de Todos os Professores (S.TO.P.)realiza esta terça-feiraem Coimbra um “grande encontro nacional de comissões de greve” e representantes de professores, para decidir “novas formas de luta” já para o mês de janeiro, confirma à CNN Portugal o coordenador do movimento, André Pestana.
Nosite do S.T.O.P apela-se às escolas ou agrupamentos que enviem “um ou dois representantes, seja das comissões de greve existentes ou colegas em que os outros reconhecem a energia para representar” a escola, porque o sindicato tem “formas de luta ainda mais inovadoras/fortes para apresentar e sem esgotar os nossos salários”.
O S.T.O.P.decretou grevepara todo o mês de janeiro de 2023, como forma de protesto pelas últimas decisões do Governo, nomeadamente a transferência da Educação para as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR).
Já a Fenprof, a maior e mais representativa organização sindical de professores em Portugal, tem mesmo umcontador visívelno site com os dias que faltam até 10 de janeiro, data limite que o sindicato dá ao ministro da Educação para “abandonar as suas graves propostas para o regime de concursos” de docentes e para “calendarizar a negociação de soluções para os problemas existentes”, nomeadamente a contagem integral do tempo de serviço, a revisão do regime de avaliação de desempenho ou o novo regime de mobilidade por doença.
A organização liderada por Mário Nogueira vai aindarealizar um plenário nacionalde dirigentes, delegados e ativistas a 29 de dezembro, “com vista a preparar a luta que recomeçará em 3 de janeiro”, prometendo manter a greve ao sobretrabalho e horas extraordinárias até ao final do ano letivo “caso o Ministério não resolva os problemas que levaram à sua convocação”.
A Fenprof convocou ainda uma concentração de professores junto ao Ministério da Educação, a 3 de janeiro, para entregar um abaixo-assinado que rejeita a colocação de professores “por diretores ou outras entidades locais”. E promete mesmo acampar junto do Ministério caso o ministro não responda “entre 10 e 13 de janeiro” às questões colocadas pela organização sindical.
A Fenprof avançará ainda com greve nacional, distrito a distrito, entre 16 de janeiro e 8 de fevereiro, prevendo para11 de fevereiroa realização de uma manifestação nacional de professores e educadores.
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