O SIPE é um sindicato apartidário e independente com uma identidade própria.
Neste sentido e a pedido de um elevado número de associados, antecipamos a greve ao primeiro tempo de cada docente, para o dia 3 de janeiro de 2023 e seguintes.Os pré-avisos serão diários.
Já anteriormente anunciada publicamente (decisão do Congresso a 3 de dezembro – consultaAQUI).
– Avançar comGreve Nacional, distrito a distrito, iniciando-se em Lisboa, terminando no Porto e percorrendo o país por ordem alfabética,entre 16 de janeiro e 8 de fevereiro;janeiro: 16 – Lisboa; 17 – Aveiro; 18 – Beja; 19 – Braga; 20 – Bragança; 23 – Castelo Branco; 24 – Coimbra; 25 – Évora; 26 – Faro; 27 – Guarda; 30 – Leiria; 31 – Portalegre; fevereiro: 1 – Santarém; 2 – Setúbal; 3 – Viana do Castelo; 6 – Vila Real; 7 Viseu; 8 – Porto;
– Realizar umaManifestação Nacional de Professores e Educadores em 11 de fevereiro, antecipando a já anunciada, na qual serão divulgadas as ações e formas de luta seguintes, aprovadas na sequência das reuniões sindicais que se realizarão nas escolas;
Início do ano letivo terminou com greves de docentes de norte a sul do país, numa altura em que há 20 mil alunos ainda sem professor numa ou mais disciplinas. Janeiro vai registar recorde de aposentações, com quase 300 professores a sair do ensino.
O1.º período do ano letivo 2022/2023 terminou envolto em contestação por parte da classe docente, com greves, concentrações à porta das escolas e uma manifestação, no passado sábado, em Lisboa, que contou com a presença de milhares de pessoas.
Os primeiros meses deste ano letivo coincidiram com o “regresso à normalidade”, após mais de dois anos de restrições provocadas pela pandemia de covid-19, contudo, os diretores de escolas não conseguem fazer um balanço positivo porque persiste aquele que é, na opinião dos responsáveis, o maior problema da escola pública: a escassez de professores. “É um problema que era crónico e está agudo e grave. Há mais de dez anos que chamamos a atenção para este problema e nada foi feito para tentar estimular ou renovar a classe docente. As universidades fecharam cursos por falta de alunos. A escola pública vai perder cerca de 30 mil docentes até 2030, e em termos de políticas e estratégias por parte do Ministério da Educação (ME), nada foi feito”, sublinha Manuel António Pereira, presidente da Associação Nacional de Diretores Escolares (ANDE).
O responsável diz ser urgente “dar respostas a curto prazo e soluções a médio e longo prazo”. “Em janeiro vão aposentar-se quase 300 docentes e há um enorme desequilíbrio. A maior parte dos professores está a norte e é preciso encontrar uma solução para que estejam disponíveis para se deslocarem, com um salário de 1100 euros”, explica. Manuel António Pereira salienta ainda a perda de poder de compra da classe, que “baixou 25 por cento nos últimos 10 anos”. “É preciso tomar medidas, estimular os que estão no sistema, tornar a profissão mais apetecível em termos de ordenado e dar apoios a quem vai para longe dar aulas”, pede.
O presidente da ANDE alerta ainda para a existência de grupos disciplinares já sem professores disponíveis para dar aulas: Inglês, História, Geografia, Português e Informática. Segundo este responsável a revisão das habilitações para a docência feita pelo ME, uma das medidas implementadas para fazer face à escassez de professores, não resolve o problema porque “não há interessados”. “Os licenciados ficam com um ordenado na ordem dos 1000 euros e não há interessados. Até porque ainda levam trabalho para casa”, justifica. O presidente da ANDE diz estar “seriamente preocupado com o futuro da escola pública”.
Vai-se realizar um grande Encontro Nacional de comissões de greve/representantes dos professores das escolas a 27 de dezembro, em Coimbra, às 14h, para prepararmos uma luta/greve ainda mais forte desde o início de janeiro 2023.
Que cada escola/agrupamento envie um ou dois representantes, seja das comissões de greve existentes, ou colegas em que os outros reconhecem a energia para representar a vossa escola (temos formas de luta ainda mais inovadoras/fortes para apresentar e sem esgotar os nossos salários).