22 de Outubro de 2022 archive

A Magnífica Crónica Diária: A de Sábado

Sábado – O Meu Quintal

 

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1 – Redução da Comparticipação da ADSE Para 12 Meses

E começamos hoje pela medida mais evidente, na qual o próprio tribunal de contas numa auditoria de 2019 já recomendou que o pagamento das contribuições para a ADSE fosse apenas de 12 meses.

E até hoje quem se mantém no Conselho Geral da ADSE fez ouvidos moucos.

Página 27 do referido relatório.

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Ao Longo de 12 dias serão anunciadas 12 medidas do programa de candidatura ao Conselho Geral da ADSE

E começamos hoje pela medida mais evidente, na qual o próprio tribunal de contas numa auditoria de 2019 já recomendou que o pagamento das contribuições para a ADSE fosse apenas de 12 meses.

E até hoje quem se mantém no Conselho Geral da ADSE fez ouvidos moucos.

Página 27 do referido relatório.

 

 

 

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Apresentação dos Candidatos da Lista D ao Conselho Geral e de Supervisão da ADSE

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“A greve, no fundo, é a linguagem dos que não são ouvidos”…

 

 Admitindo como verdadeira a anterior afirmação, atribuída a Martin Luther King, porque não é ouvida a Classe Docente?

Não é ouvida porque talvez se tenha acomodado e enclausurado numa espécie de “desânimo aprendido” (Seligman, 1967) e permanente…

Não é ouvida porque, ao invés de agir, talvez se tenha deixado enredar num círculo vicioso de autosabotagem, dominado pela vitimização e pela frustração…

Não é ouvida porque, ao invés de agir, espera que outros, miraculosamente, consigam resolver os seus problemas…

Não é ouvida porque as principais organizações sindicais que, expectavelmente, a deveriam representar de forma isenta e coerente parecem, muitas vezes, mais empenhadas em cumprir determinadas agendas partidárias do que em encetar acções de efectiva reivindicação junto da Tutela…

Resumindo, má sorte para quem é Professor em Portugal: ter que contestar, além da Tutela, muitas vezes também, os próprios Sindicatos…

Mas, e apesar de tudo o anterior, será possível:

Continuar a tolerar o cinismo, pretensamente afectuoso, que é o pior dos cinismos, frequentemente evidenciado pela actual Tutela?

Continuar a assistir à hecatombe da Classe Docente, que começou a desenhar-se, sobretudo, a partir de 2005, acabando por aceitar como “novos normais” todos os atropelos contra si cometidos ao longo dos últimos 17 anos?

Fazer ou não fazer greve não pode deixar de ser uma decisão individual…

Apesar disso, uma coisa parece certa no momento actual:

Independentemente dos motivos que possam ser advogados por cada um, optar por não fazer greve no próximo dia 2 de Novembro não deixará de ser, ardilosamente, interpretado e apregoado pela Tutela como um “voto de confiança”, dado por Educadores e Professores…

Decorrente do anterior, a opinião pública será obviamente intoxicada com a ideia de que na Educação tudo está bem, tudo corre bem e que os Professores não têm, afinal, motivos para fazer greve…

Cada um decida se está disposto a agraciar o Ministério da Educação com essa “comenda”…

Por outro lado, se a greve vier a ter uma adesão significativa, convirá, talvez, que os Sindicatos, em respeito pela honestidade intelectual e pelo conhecimento da realidade, que é suposto terem, não aproveitem para “embandeirar em arco”, tentando, por essa via, dissimular e escamotear a descredibilização de que têm vindo a ser alvo nos últimos anos, assim como os motivos que a isso têm conduzido…

Sobretudo pela inacção sindical que tem vindo a ser observada há mais de seis anos, apesar dos sucessivos e graves ataques à dignidade profissional dos Docentes, cometidos pela Tutela durante esse período de tempo, a eventual adesão expressiva à greve não se deverá, por certo, em primeira instância, à confiança depositada nas principais estruturas sindicais ou ao crédito de que possam gozar junto dos seus supostos representados…

As associações sindicais têm a competência legal para declarar greves, mas isso não significará, necessariamente, que quem adira a uma determinada greve deposite uma significativa ou inabalável confiança na estrutura sindical que a convocou…

E, no momento actual, não parece que exista essa prerrogativa, face aos principais Sindicatos…

A crença na ineficácia dos Sindicatos da Educação, traduzida, muitas vezes, pela ideia de que os mesmos não passam de “um mal necessário” é perigosa para a Democracia e não pode deixar de ser combatida, em primeiro lugar, pelos próprios…

Não por palavras, mas por acções idóneas, livres do facciosismo partidário, do apego a agendas partidárias e dos fretes partidários…

A credibilidade dos Sindicatos subordina-se, cada vez mais, à respectiva capacidade de independência partidária, algo que o“velho” Sindicalismo parece ignorar…

Sem independência partidária, também a união da Classe Docente se tornará numa absoluta e inultrapassável quimera…

(Matilde)

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Reflexões sobre o projeto Maia – Rui Ferreira

O que é o projeto Maia, uma forma de reduzir o insucesso? Será uma inovação pedagógica?

O projeto Maia está, ao promover o feedback (comunicar aos alunos, não de forma quantitativa, o seu nível de desempenho) ao trabalho realizado pelos alunos através de uma avaliação formativa, a promover uma alteração pedagógica, em relação ao que existia antes. Este elemento é positivo, mas acrescenta bastante trabalho aos professores porque em vez de o professor dar uma classificação quantitativa, tem de elaborar textos formativos com as lacunas detetadas em cada aluno, que levam entre 10 a 20 minutos, que numa turma de 25 alunos, levará 3 a 5 a mais horas de trabalho, por cada avaliação que o professor faça, além do que já tinha de fazer, como corrigir as avaliações, que passam a ser o dobro porque agora deve promover as avaliações formativas.

Ora, é preciso não esquecer que o professor está sobrecarregado de trabalho administrativo, com base na presunção de desconfiança que sobre ele paira que o obriga a tudo justificar e se neste tema até pode fazer sentido, juntando à burocracia que já existia em excesso, o trabalho fica excessivo (o grupo de trabalho para a desboracratização do trabalho dos DT é em parte o reconhecimento deste problema).

O projeto Maia ao desdobrar a avaliação em rubricas, que podem e devem ter especificidades conforme as disciplinas, também alterou a forma de avaliação, ao promover avaliações por rubricas, o que obriga os professores a variarem o tipo de avaliação, deixando o teste de ser a avaliação padrão, aparecendo o trabalho, individual ou de grupo, a oralidade (já introduzida nas línguas, mas agora estendida a qualquer disciplina),  e outros (como trabalho experimental em certas disciplinas). Esta também é uma melhoria, mas deve ser aplicada com parcimónia, sendo 3 o número ideal de rubricas, para que o trabalho do professor esteja dentrodo razoável e não aumente exponencialmente. No primeiro ano de aplicação o meu departamento exagerou nas rubricas, por falta de experiência, pelo que houve um acréscimo acentuado de trabalho. 

Estes dois aspetos são positivos, existindo portanto uma inovação pedagógica, desde que aplicadas com parcimónia. 

O problema deste projeto é ser usado para acabar com o insucesso, ou seja, se o aluno não tem aproveitamento, é porque o professor não fez o feedback, ou não encontrou formas de avaliação que tirasse rendimento do aluno. Será assim? Não podemos passar de uma escola «capturada pelos professores» para uma escola «capturada pelos alunos», pois há alunos que não reagem aos estímulos e estão na escola porque têm de estar, devido à escolaridade obrigatória. Para os alunos interessados, a diversidade de instrumentos formativos e avaliativos introduzidos permitiu motivar mais o aluno e melhorar o seu rendimento. Para os outros é indiferente haver projeto Maia ou não.

Mas o mais grave na aplicação do projeto Maia é a regra instituída, pelo menos na minha escola, que obriga a retirar a nota mais baixa em cada rubrica aos alunos. Estamos perante um inflacionar de notas e mesmo do total alheamento da escola no terceiro período, por parte de alguns alunos, que ao terem aproveitamento no 2º período desligam completamente do trabalho escolar, aumentando a indisciplina na sala de aula. Em departamento foi pedido o fim desta norma, mas manteve-se para este ano letivo.

Concluindo, o projeto Maia introduziu inovações pedagógicas positivas, mas infelizmente está ser usado, à margem da lei, sem intervenção da IGE, como o faz nos colégios, para promover a não retenção dos alunos, a inflação de notas e a desmotivação do trabalho dos alunos no 3º período. A inflação de notas não é só um problema dos colégios particulares que agora parece estender-se ao público a coberto deste projeto e com o ME a alhear-se.

 

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