Ensaio sobre um futuro próximo

Primeiro alteraram as condições da mobilidade por doença.
Mas não me importei com isso.
Eu não recorria à mobilidade por doença.
De seguida alteraram as condições de renovação dos
contratos.
Mas não me importei com isso. Eu não era contratado.
Quando reduziram a mobilidade estatutária, também não me importei com isso.
Eu não recorria à mobilidade estatutária.
Quando limitaram a mobilidade interna, também não me importei com isso.
Eu não concorria à mobilidade interna.
Por fim alteraram o diploma dos concursos e fixaram-me onde
queriam.
Era tarde demais.
Como eu não me importei com ninguém, ninguém se importou comigo.

In “Ensaio sobre um futuro próximo, num presente em que tudo
se lê, mas o que se deixar escrito só depende de todos e de cada um”

in Professor Rascunho

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12 comentários

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    • Alexandra on 9 de Junho de 2022 at 14:35
    • Responder

    Este ensaio vem confirmar como é que a classe dos Professores chegou até onde estamos.
    O individualismo, “enterra-se” a cabeça na areia como a avestruz, olha-se para o lado e assobia-se, não é comigo e aqui estamos nós, uns em burnout, a desconfiança entre os pares (será que está mesmo doente, ou faz-se?),; ao fim de 20 e poucos de anos, sendo Docentes do Quadro em que as próprias colegas põem em causa se temos capaciddae e profissionalismo para estarmos a leccionar, arranjam maneira de fazer “queixas” na direcção para se intrometerem dentro dsa nossa sala de aula (???); perguntamos: estes pares têm formação em Psicologia Educacional ou em Suopervisão e Avaliação para se meterem na sala de aula dos colegas? Nem como contratados os Directores/ as das EB1 iam às nossas salas de aula averiguar se nós estávamos a seguir as metodologias pretendidas ou se a nossa ética e deontologia era compatível e tínhamos acabado de sair das Escolas Superiores de Educação. Com todo este quadro que cada um de nós vive nos Agrupamnetos e nas Escolas, a meu ver é bullying entre colegas e é a desunião pura entre a classe.
    Temos de pensar em alternativas para acabar com este mau estar para podermos ser erespeitados pela sociedade.

    • Dremler on 9 de Junho de 2022 at 18:16
    • Responder

    Cara colega,;
    Escrevi algo semelhante ao seu comentário.
    O mal está na classe docente , está dentro da classe.
    Se nós não nos entendemos, o M.E toca a musica que entende.
    Sobre a questão de entrarem na sala de aula, na minha escola existe a supervisão entre pares e 99% dos colegas não tem qualquer especialização em supervisão escolar.
    Mas existe esta supervisão e é legal.
    Agora , eu nao admito que alguem só por estar no 8 ,9 e 10 escalão, goze desse estatuto para fazer supervisão de aulas.
    A supervisão é reciproca eu vou a aulas dos meus colegas e eles às minhas.
    Tudo correto comigo.
    Se só vão as suas nao permita.

    • Pistoleiro on 9 de Junho de 2022 at 18:21
    • Responder

    É TUDO UMA CAMBADA DE ENERGÚMENOS DESDE AS DIREÇÕES, SADD E AQUELA SEITA QUE VAO TODOS OS DIAS AO NI HO DA ABELHA BUFAR, Á ABELHA MÃE.
    HOJE AS ESCOLAS SAO PIDESCAS .
    HOJE AS ESCOLAS SÃO UM ANTRO DE CONFLITOS DE INTERESSE DOS AMIGOS.
    É DENUNCUAR .MAIS NADA A FAZER

    • Carlos Moreira on 9 de Junho de 2022 at 18:32
    • Responder

    Pois é, a culpa é nossa, mas também dos cerca de 20 sindicatos que não têm força nenhuma!

    • Artur Portela on 9 de Junho de 2022 at 19:02
    • Responder

    A Selva

    Nesta selva a sobrevivência é fundamental.
    Em nenhuma outra “profissão” andam a “cheirar o cú uns dos outros”. A chamada “supervisão” das aulas uns dos outros justifica-se pela “desconfiança” e como forma de “achincalhar o trabalho alheio”. Quem começou com esta merda, não foi o Ministério da Educação, foram os próprios professores.
    A ADD tanto interna como externa e as quotas são outra das formas de “achincalhar o trabalho alheio” e de reduzir a “excrementos” os professores da escola publica.
    O atual modelo de gestão dos agrupamentos com a figura do “diretor”.
    As várias dezenas de milhar de professores contratados sem perspetivas de futuro.
    O fim da Caixa Geral de Aposentações (CGA) a partir de Dezembro de 2005 e a passagem para o regime da Segurança Social (SS) com baixas médicas pagas com 60% da remuneração e pensões de aposentação mais penalizadoras.
    Tudo isto é um vómito.

    • José Mendes on 9 de Junho de 2022 at 19:47
    • Responder

    E eu vou-me embora para a aposentação, trabalhei 42 anos que nem um galego, e ninguém se importou com isso.
    Por isso, ficai bem!

      • Sardão pró Karamba on 9 de Junho de 2022 at 22:59
      • Responder

      Hoje, o karamba aviou-se bem com as doses de Sardão. Quando escreve este tipo de linguagem quer dizer que já usou e abusou da dose diária. O javardo está porco de todo.

      • José Mendes on 9 de Junho de 2022 at 23:05
      • Responder

      É verdade, professor karamba. Foi que nem um galego.
      Agora, vai chamar cabrão ao senhor teu pai, que não teve culpa de teres nascido.

        • Antonela Lopes on 10 de Junho de 2022 at 16:28
        • Responder

        Cheira-me que este José Mendes foi professor de Trabalhos Manuais, daqueles que tiraram o quinto ano antigo e ala para o 10º escalão, que se faz tarde!! Chega-lhe forte, Professor Karamba, que ele e a sua igualha merecem bem toda a porrada que levarem!

    1. Caro avôzinho Doutôr Sitôr Mendes da era dos trabalhos manuais.

      No seu tempo os professores ainda eram donos e senhores das escolas, mas o sinhôr ainda apanhou os ventos da modernidade. Por isso, vá para o merecido descanso e não se chateie mais com os azeiteiros que por aqui gravitam.

      N: os sitôres também descontam para os mamões dos políticos, banqueiros e TAPes… andam todos a mamar em todos… ainda assim, os estádios de futebol estão cheios. Aos estádios é que a inflação não chega!

      Viva Protugale!

    • Sorceress on 9 de Junho de 2022 at 23:29
    • Responder

    CHAT BLOQUEADO (DEIXOU DE FUNCIONAR)
    CAROS SENHORES ADMINISTRADORES, PODEM SEGUIR ESTAS INSTRUÇÕES PARA REATIVAR O CHAT:
    https://www.cbox.ws/help?id=50

    Eu, os restantes moderadores e os demais utilizadores do chat, ficaremos gratos pela rápida reativação do chat, especialmente pela proximidade da saída dos resultados do concurso externo.

    • mariasaude on 10 de Junho de 2022 at 20:57
    • Responder

    Quando comecei como contratada, não tínhamos subsídio de desemprego, caducidade de contrato… mas lutámos (lembro-me de fazer uma direta frente ao ME, em vigília e invadir a 5 de outubro). Por seu turno a Mª de Lurdes Rodrigues quis reduzir os contratados a empregados a recibo verde entre outras coisas se que já ninguém se lembra. Passámos pela infâmia da bolsas para os amigos, a PAC, muitos (como eu ) perderam caixa de previdência. Conseguimos a norma-travão e, imagine-se, vinculei com mais de 20 anos de serviço!
    Vejo é muito pouca gente a lutar quando toca a sair do teclado… somos sempre poucos nas greves, nas manifs, no que seja. Muito poucos.

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