Sr. Ministro,
Chamo-me XXXX XXXXXX, licenciada em Geografia no ano de 2004. Dada a dificuldade de emprego na área quando terminei o curso, fiz-me à vida e empreguei-me na área da saúde privada (para não andar a viver dos rendimentos mínimos…..). Trabalho lá há 15 anos. Dada a enorme e actual falta de professores e nomeadamente de Geografia, tenho andado a tentar a minha sorte nas contratações de escola e em 1 mês já fui chamada por 4 escolas (em 6 que me candidatei), 3 delas horário completo! Como já deve ter percebido, não sou profissionalizada, mas tenho muita vontade de agarrar o ensino!
Infelizmente, (mesmo muito infelizmente) as garantias são nenhumas…. como sabe, os contratos são mensais, e posso sair a qualquer momento, indo para o desemprego…. seria trocar o certo pelo incerto. Pese embora a vontade dos directores de escola seja grande, que até ligam para os docentes para tentar saber a previsão da duração da ausência, nunca há previsão de nada. Como deve calcular, vivo do meu trabalho, e relembro, não posso trocar o certo pelo incerto! Tenho uma filha e casa para pagar!
Numa das escolas, a professora (se calhar efectiva e profissionalizadíssima) nunca apareceu desde o início do ano! Mais, ninguém a conhece na escola!
É de facto muito triste, diria revoltante, haver licenciados, como eu, e falo exclusivamente por mim, a querer dar aulas, e a não ter segurança profissional nenhuma. Já pensou que parte da falta de professores pode ser explicada por isso?
Não sou profissionalizada, não poderei concorrer nos concursos nacionais; mas tenho muita vontade de dar aulas de Geografia. Tenho uma importante experiência em dar explicações e posso gabar-me dos meus “alunos” terem um excelente aproveitamento com as minhas aulas semanais. É como lhe digo, não sou profissionalizada (e por isso sou penalizada) mas tenho vontade e dom para ensinar, que muitos profissionalizados não o terão, acredite! Todos nós já fomos alunos e sabemos disso. É preciso ser amiga, humana, exigente, reforçar positivamente, alertar quando necessário, dar “dois berros” quando for preciso, ser a irmã mais velha quando eles (alunos) precisam!
É como os médicos: todos o são, mas há uns que nasceram e têm o dom da medicina, já outros, nunca deveriam ter sequer pensado em seguir a carreira!
Pense nisso Sr. Ministro.
Eu, é como lhe digo, vontade, muito boa vontade não me falta; faltam-me garantias. E perante a actual falta de professores de Geografia, isso não se deveria admitir.
Grata por este bocadinho.
Ao dispor,
29 comentários
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É urgente a criação de um sistema de requalificação para a docência de profissionais de outras áreas e não profissionalizados, atendendo de vez a qualidade da formação inicial.
É urgente acabar com o discurso infantil das vocações e do “não arranjas emprego na área e por isso foste para professor”. Ser professor é uma profissão, não um chamamento.
Há muito bons sistemas de ensino em que é encorajada a requalificação de pessoas de outras áreas, desde que com provas dadas e excelente formação de base. Criem boas condições de trabalho e os excelentes profissionais aparecem.
Vocês ainda acham que eles escutam as pessoas??? Uns dizem que antes estava proibido de botar palavra (o atual regime chama a esses tempo de fascismo). Agora falam até demais, puxando sempre a brasa à sua sardinha. Os que estão no poleiro nem prestem a mínima atenção. Os da dita oposição fazem que ouvem, mas só para ganharem votos do Zé Tontinho, para tentarem também chegar ao pelouro, cantar de galo. E tudo não passa de um jogo do faz-de-conta. Viva à pseudo-democracia!!! Vivaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!
O jogo começa logo na eleição de deputados de modestas origens e muito enraizados no meio sócio-cultural em que vivem e prolonga-se por aí acima, até chegar a um presidente, figura simbólica que assina papeis vindo da assembleia e aprovado pelo gabinete de juristas constitucionalistas.
Quem verdadeiramente manda nisto tudo é o capital internacional. Todas as políticas são políticas emanadas internacionalmente.
One world, one goverment, a que agora lhe chamam Globalização!!!
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Os Comentários aqui deixados por Sitôras e Sitôres da Tanga espelham bem a MEDIOCRIDADE que transportam em si mesmos.
Mediocridade e Corporativismo …é desta massa que é feita as Sitôras e Sitôres da Tanga da Latrina Publica.
Para se ser professor do que quer que seja é necessário preencher duas condições:
1º) Dominar completamente aquilo que se vai ensinar, isto é, só pode ensinar a “fazer uma cadeira” quem efetivamente a sabe construir na perfeição. Sobre isto devo dizer que conheço abundantes casos de Sitôras e Sitôres da Tanga da Latrina Publica que durante as suas aulas limitam-se a passar power-pointes, videos brasileiros da internet sobre conteúdos que não dominam.
2º) Ter o DOM da transmissão desse CONHECIMENTO……coisa que milhares de Sitôras e Sitôres da Tanga da Latrina Publica NÃO TEM porque são umas CANAS RACHADAS que não conseguem transmitir com objetividade o que quer que seja.
Portanto, acredito que esta LICENCIADA EM GEOGRAFIA (pela UNIVERSIDADE) tenha Muito Mais Capacidade e Competências do que Muitos Milhares de Sitôras e Sitôres da Tanga que trabalham na Latrina Publica (digo, Escola Publica).
Acredito, também, que existam MILHARES de casos como o desta LICENCIADA EM GEOGRAFIA (pela UNIVERSIDADE).
Não venham para aqui com a TANGA do EDUQUÊS e das cadeiras pedagógicas (didaticas, psicologias da inducação, xuxiologias da inducação…..) que isso é TRÊTA para gerar emprego ficticio dessa gentinha que nada produz nem domina coisa nenhuma.
Acrescento que esta LICENCIADA POR UMA UNIVERSIDADE não fez o seu Curso em TASCAS DA PIOR ESPECIE como os PIAGETs, ISMAIs, ESEs…………(há milhares destes palermas a trabalhar como Sitôras e Sitôres na Latrina Publica (digo, Escola Publica)
Por isso, DEFENDO uma PROVA feita a todas as Sitôras e Sitôres da Latrina Publica (digo, Escola Publica) para ver quem efetivamente preenche as condições para lecionar.
A Senhora que escreveu esta carta é apenas UM EXEMPLO dos Milhares existentes no País e que, muito provavelmente, Domina a sua area cientifica e tem o DOM da transmissão de conhecimentos (que MUITAS MURCONAS e MURCÕES que estão no Sistema não possuem).
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tenho muitas colegas que as aulas decorrem a passar videos brasileiros sacados na net e outros materiais são da “escola virtual” da porto editora ou da leya
Grande parte das colegas não conseguem expôr com principio, meio e fim um assunto porque não tem preparação para isso.
Também sou favorável a uma prova de avaliação de conhecimentos e capacidades (PACC) para todos os professores que se encontram no Sistema e para todos aqueles que querem aceder á profissão.
Há uma percentagem muito significativa de mediocridade nos profissionais de educação.
É legitimo que esta senhora queira aceder á profissão e, muito possivelmente, poderá vir a ser muito melhor profissional que a mediocridade que por lá deambula.
Não acredito que seja professora.
Claro que não é professora. Limita—se a ser mais um(a) papagaio que anda por aí a espalhar ódio pelos professores.
A senhora de Geografia – que deveria aprimorar o português- devia saber que se fizer um mestrado em ensino da Geografia já pode concorrer. Olhe, o tempo que passa a escrever baboseiras já tinha aprendido qualquer coisa de ciências da educação.
Boa tarde, Camões! Você ainda não reparou que é um bácoro?
Considero esta publicação miserável. Não é colocando docentes contra docentes que vamos algum dia dignificar a profissão. A colega de geografia parece disponível para o trabalho escravo ou, então, não sabe no que se mete.
Publicação miserável, para mais que parte de um grave erro: Sem profissionalização! Nestes anos todos, porque a “minina XXXX XXXXXX” não se profissionalizou por modo a estar apta a leccionar? Aja paciência!
Como eu gostaria de avaliar/observar umas aulas desta senhora .
ó Xanoquinha és avaliadora????????????????????………….serás avaliadora de cagalhões??????….é que quando se é uma Merda só se pode avaliar “cagalhões”……..
Essa Senhora é que devia avaliar as aulas que dás!….isso Sim!……avaliar a merda que és………….
A chamada avalixão de desempenhos docentes (ADD) é uma BOSTA ……aliás não conheço ninguem que tenha tido INSUFICIENTE……..é tudo bom, muito bom e eisxelentis………………….
Tem VERGONHA NO FOCINHO
Andam a Bater Tacão e vai para aqui armar ao pingarelho…………..
ó Xanoquinha eu a ti avaliava-te era na horizontal e de marcha-atraz
Sabes lá o que é avaliar… há quantos anos não estudas? Já sabes tudo! presunção e água benta cada um toma a quer.
Lamentável este testemunho.
Uma “pseudo-professora” com este discurso???
Muito triste!
Cá está: o regresso à década de 80 do século passado. Não escolheu via educacional, mas já está a pensar aproveitar a conjuntura atual para “dar umas aulitas”. Enfim… Retrocessos!
Publicação miserável, miserabilista, sem nexo, sem critério…
Mas o que esperar do Rui Cardoso, um professor do 1.º CEB que nem escrever sabe?!
É desprestigiante para o blog e para o Arlindo, mas, simultaneamente, é bem feito, que é para não darem a voz aos burros.
Texto patético!
Querem emprego de professor fácil.
Nos anos 80 era precido correr o país para arranjar lugar de quadro depois.
Agora querem tudo de graça e rápido.
Palhaços! Têm de primeiro passar as passas do algarve para mais tarde terem o muito bom. Mai nada! Trabalhem duro como eu fiz!
E o governo que não dê ouvidos a estes palhaç@s. Se não querem, porque reclamam?
Publicação absolutamente patética. Concordo.
Alguém põe a hipótese de deixar um emprego estável, segundo a própria 15 anos, por um salário mínimo de um mês?????
Agora até os blogs de professores gozam com os ….professores ???!!!
Texto deprimente.
Agora é do tipo “jobs boys”. Passará pela mente desta infeliz que há milhares de colegas com melhores habilitações e graduações que também aguardaram por uma oportunidade? E o que dizer quando a colega se acha mais profissional do que quem está já a lecionar…
O problema do ensino é nunca ter sido levado a sério, basta ver os ministros que temos tido. Qualquer pessoa com doutoramento numa coisa qualquer serve para ser ministro da educação.
A senhora tem razão quando diz que alguns professores profissionalizados não têm vocação para o ensino, mas isso não significa que se tenha que abrir as portas a todos os que pensam que a têm. Não é por haver maus médicos que se vai autorizar alguns enfermeiros a exercer medicina.
Essa história de que há falta de professores não me convence. O que há é falta de condições para atrair os que já existem e estão espalhados por outras áreas.
O ilusionista malabarista mor a preparar o tacho para os bois. Vai ser professores a dar com um pau. Um desgoverno a encomendar bitaites. Votem nos mesmos e o Presidente de Câmara cá vos espera.
Qual é o teu drama? Quem aceitou este texto de merda neste blog de merda?
Eu, se desse explicações a 2 ou 3 estudantes também me achava genial. Como eu gostava de ver as suas aulas a turmas de 28 alunos, todos os dias e a vários níveis de ensino.
Professores profissionalizados conheço muitos mas decidiram investir noutras profissões porque o governo os mandou emigrar em 2011-2012-2013.
Se o ministério da educação fosse inteligente, admitia os seus erros passados e, pedia o seu regresso dando garantias de estabilidade a quem voltasse.
Boa tarde, karamba! Ainda não reparaste que és um bácoro?
Faça-me um desenho! Com soluções credíveis aplicadas ao ensino português, em vez de dizem mal de tudo e de todos. Só sabe fazer copy paste da lenga-lenga do costume.
Deixei o ensino em 2011 pelas razões que apresentei em cima e formei-me numa universidade karambinha.
A pseudo-colega pode fazer como todos fazemos quando queremos evoluir na profissão ou mudar de profissão: investir na formação!
Pague a propina da sua Profissionalização, queime pestanas a fazer trabalhos e frequências e seja avaliada no terreno aquando do estágio…
Depois, sim, pode reclamar o estatuto de professora.
Existem bons professores e existem professores menos bons tal como em qualquer outra profissão.
Se deseja efetivamente seguir a carreira docente, deve fazer a profissionalização, após o que se poderá candidatar-se com habilitação profissional.
Invista em si e ignore os comentários de baixo nível que, por vezes e infelizmente, abundam neste blog .
Num futuro próximo, o ME irá permitir que os licenciados sem formação para a docência possam concorrer à contratação inicial, realizando, posteriormente, a profissionalização em serviço, oferecida pelo ME, como aconteceu com muitos professores nos anos 1980 e 1990. Aposto que alguns que vêm aqui insultar a autora entraram na carreira desse modo.
Aliás, os docentes provenientes de cursos do ramo educacional têm menor preparação científica. No meu tempo eram 3 anos de cadeiras científicas + um ano de cadeiras pedagógicas + um estágio. Os cursos do ramo científico (desculpem, mas sou de ciências) tinham 4 anos de cadeiras científicas + um estágio (trabalho de investigação com defesa pública). A profissionlização em serviço consistiu em mais um ano de cadeiras pedagógicas e um ano de prática letiva orientada por duas pessoas, uma da escola outra da instituição do ensino superior que ministrou a formação pedagógica, ou seja, na prática, correspondia ao estágio que os do ramo educacional faziam no 5.º ano.
Sinceramente deviam acabar com essa disciplina que não serve para nada. Apenas um conjunto de lugares comuns e trabalhos de grupo sobre a Greta.