19 de Dezembro de 2021 archive

Fala-se dos empregos do futuro quando se devia falar da escola do presente! – Carlos Rosa

 

Fala-se dos empregos do futuro quando se devia falar da escola do presente!

Nos últimos meses muito se tem falado dos “empregos do futuro”. Esta insistência na futurologia laboral, obviamente que me agrada por questões profissionais, mas não deixa de ser divertida ao ponto de termos pseudoespecialistas que só lhes falta “deitar as cartas”.

A pergunta que faço é se os empregos mudam, ou vão mudar, a escola não deveria mudar também?

Toda a gente a olhar para o futuro, quando o futuro de que tanto falamos… já aconteceu! Aconteceu e acontece agora, com os nossos filhos crianças e adolescentes em idade escolar.

Andamos todos preocupados que as máquinas nos vão substituir, que as competências basilares desta ou daquela profissão vão mudar, e tal e tal, mas… e nas escolas? Aí, onde devia começar a mudança não fazemos nada.

Nós deveríamos era de estar preocupados com a escola do presente e não com os empregos do futuro, porque de que serve um emprego de futuro se as nossas crianças estão em salas de aula com 100 anos de vida?

Vejam-se os miúdos. Sim esses mesmo: os nossos de 7, 10, 12, 15, 17 anos… todos diferentes a nível intelectual, todos diferentes a todos os níveis.

Todos iguais no tipo de escola que têm: uma sala, 25 lugares, secretárias duplas, um quadro na parede e em alguns casos, apenas alguns, um projetor no teto.

Vejam-se as metodologias de ensino, vejam-se os materiais científicos, veja-se a digitalização pedagógica… enfim!

Sim, estou a pintar um quadro negro, é verdade! Nalguns casos até talvez injustamente, mas a generalidade em Portugal é esta. É caso para dizer que quando um regime pedagógico, societário e com políticas de ensino e gestão escolar obsoletas entra em decadência, chega um momento em que isso salta aos olhos.

Sabemos que o índice do TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade) está a aumentar. Sabemos que a dependência dos ecrãs por parte dos jovens é cada vez maior. Sabemos tantas, tantas coisas novas e… não mudamos nada. Nem no 1.º, nem no 2.º, e no 3.º ciclo então já vamos tarde pelos vistos.

Está na hora de deixar de falar dos empregos que aí vêm e transferir a escola do futuro para o presente, porque este presente precisa de um futuro melhor!

 

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O que disse Rui Rio sobre Educação e profissão docente?

(Atenção: Queremos ações, porque de palavras fofinhas estamos fartos)

Rio criticou que os professores, que têm uma profissão “decisiva para a formação das novas gerações”, não tenham a “dignidade e as condições de trabalho”.

“Um Governo do PSD terá de dar uma especial atenção aos professores, desde a sua formação inicial, até ao seu recrutamento e profissionalização. Temos de tornar a profissão mais atrativa para os jovens. Se não o conseguirmos, vamos enfrentar no futuro uma grave carência de professores.”

“Considerá-los todos como iguais é, neste como em todos os demais setores da nossa sociedade, não só desvalorizar o mérito e a competência, como ignorar um elemento absolutamente decisivo para o sucesso, que é o brio profissional”.

 Rui Rio afirmou que o PS “acabou com as provas finais de ciclo, aligeiraram o currículo, definiram um perfil do aluno em que o conhecimento e a disciplina passaram a letra morta. É obra conseguir tanto mal em tão pouco tempo”.

“Quiseram desenvolver as competências dos alunos, mas desvalorizaram o conhecimento. Reduziram o número de alunos por turma, mas de forma tão atabalhoada, que agora se debatem com a falta de professores em alguns grupos de docência”. (uma coisa não tem nada a ver com a outra, informa-te melhor, Rio)

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CRÓNICA MAL EDUCADA (socorra-se, se ainda a tempo)

 

Desde 1995 do século passado, que sucessivos governos de Passos Coelho, têm dominado a Educação a seu bel prazer.

Considerando-nos então educadamente governados por uma cambada de passos coelheiros e/ou pelo socratismo pelo prolongamento no tempo, por passos coelhões (desculpem a redundância pleonasmática na expressão atrás exposta).

Esta nota introdutória, só para reforçar o “livre-nos Deus Nosso Senhor” dos passos coelheiros (e de seus ministros de educação).

Se tivermos que aqui escolher o símbolo do passos coelhismo na educação… seria sem dúvida pra casos, Maria de Lurdes Rodrigues (2005/2009).

Sempre governos de Passos, sempre época sócretina; ministra da educação a carinhosamente reconhecida, Lulu, 120000 em delírios em Lisboa – 2008 – em defesa da educação.

O sócretismo, tinha como lema: “dividir para reinar” e conseguiu!

Colocar PROFESSORES contra professores; professorecos, contra professorinhos; TITULARES, contra suplentes (vá.. suplentes, não… coisas… coisas, talvez mais adequado).

Há já cerca de uma década, andavam pelas escolas os professores mal; os contratados pelas ruas da amargura (e dos EXCLUÍDOS – cerca de 20 a 30 mil – desses nem eram tidos nem achados).

Os professores, efectivos em sério risco de, sendo supranumerários, serem descartados, perdendo aquilo que achavam ser uma segurança – o vínculo á função pública.

Neste turbilhão de até os efectivos serem reciclados ou “botados borda fora”… chegou-se à conclusão que o melhor era dispensar professores (uma vez que a sociedade e o governo da altura – TROIKIANO/embora não Troitskiano isso mandava). Ordem para cortar, cortar.

Havia então, professores a mais! (mas também havia função pública a mais e DÍVIDA a mais).

Hoje, passada quase uma década desse governo troikiano/troikiado (governando Passos Coelho, recebendo governo com programa sócretino… ai Passos, a vida Costa!).

Hoje, passados quase 10 anos, afinal não há professores a mais (afinal este Costa, tal qual fosse um mágico encantador de serpentes, em poucos anos resolveu o problema, de haver professores a mais, e transformar a docência no sonho de qualquer desempregado: VEM!!! TEMOS UM LUGAR PRA TI!!

 

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