11 de Dezembro de 2021 archive

Basta! Eu, professor de Educação Física que integrei o projeto EstudoEmCasa…confesso

 

Basta!
Eu, professor de Educação Física com muito orgulho, e os meus colegas que integraram o projeto EstudoEmCasa tentámos tudo o que estava ao nosso alcance. No entanto, quer a minha paciência, quer a injustiça têm limites.
Abracei o projeto acima referido com verdadeiro espírito de missão, porque foi um projeto que exigiu muito, mas mesmo muito trabalho e nenhumas regalias. Foram transmitidas, na televisão, aulas por mim totalmente planeadas e gravadas do 1º ao 12º ano.
Já agora, convém referir que a minha/nossa remuneração foi sempre exatamente a mesma (contrariamente ao que alguns pensam), tal e qual como se estivéssemos a lecionar na escola em condições normalíssimas, exceção feita às despesas de deslocação. Quanto ao dinheiro avançado, que cada um de nós adiantou pelo Estado, importa salientar que o respetivo pagamento ainda não foi liquidado. Incrível…!
Para mim e para os meus colegas de profissão, a palavra tem muito valor. Infelizmente, todos sabemos que o mesmo já não se pode dizer de alguns políticos, ou de pessoa/s com cargo de coordenação.
Os professores que estiveram ligados ao projeto #EEC, no ano letivo passado (2020/21), trabalharam muito mais do que o horário semanal estipulado por lei. Além disso, foi-nos sempre dito que o Projeto daria lugar, via oficina de formação, à acreditação de 50 horas. Nunca aconteceu. Tenho colegas que necessitam dessas mesmas horas para progressão na carreira docente, não é o meu caso, mas é como se fosse.
De referir também que apenas ontem ao final da tarde, tive conhecimento da minha avaliação de desempenho docente.
A avaliação de desempenho docente é uma autêntica farsa desde há muito tempo, pois é um estímulo à mediocridade ao invés de refletir a meritocracia na educação.
A minha avaliação foi “Bom”, apesar de todo o trabalho desenvolvido ao longo do projeto ter sido reconhecido como “Muito Bom”. Aliás, infelizmente até por causa de quotas, a grande maioria dos professores é avaliado com esta menção. Contudo, não aceito e vou contestar e lutar pela verdade e pela justiça.
Por fim, importa reforçar que não estou arrependido da função desempenhada, pois todo o trabalho desenvolvido poderá, em algum momento, ter sido útil para os alunos, em primeiro lugar, para alguns colegas, em segundo lugar, e, sobretudo, para o meu crescimento pessoal e profissional.
Reconheço que me custa escrever isto, mas nunca fui de me “encolher” e tenho de respeitar a minha natureza. Por isso, denuncio aqui, agora e publicamente, um pouco do surreal que aconteceu, ao longo do processo de desenvolvimento do #estudoemcasa, e muito mais haveria para dizer…
É lamentável que um Projeto tão interessante na sua essência, cujo valor foi/é reconhecido pública e politicamente, inclusive por entidades estrangeiras, seja, afinal, tratado desta forma e, em particular, os professores, sem os quais nada teria passado do papel nem de um monte de boas ideias. O mais lamentável de tudo é que este comportamento venha, precisamente, daqueles que têm responsabilidades públicas e cargos decisores na política e na educação.
Saudações desportivas e sintam-se livres para partilhar!

 

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2021/12/basta-eu-professor-de-educacao-fisica-que-integrei-o-projeto-estudoemcasaconfesso/

Níveis de competência digital dos docentes portugueses

 

Estudo pioneiro diagnostica níveis de competência digital dos docentes portugueses

O estudo foi solicitado pela Direção-Geral da Educação (DGE) e envolveu 99 760 docentes, o que corresponde a 92 por cento dos docentes portugueses. Este número “demonstra o interesse e importância que os docentes portugueses atribuíram a esta oportunidade”, refere Margarida Lucas, investigadora do Centro de Investigação em Didática e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF), uma das unidades de investigação da UA.

Os resultados do estudo “apontam para um nível de proficiência médio global correspondente ao nível intermédio B1, que se pode considerar baixo”, aponta Margarida Lucas, especificando: “Cerca de metade dos docentes que participaram no estudo não ultrapassa o nível básico A2 de proficiência em áreas específicas de competência, como a integração de tecnologias para diversificar estratégias de avaliação, promover metodologias ativas de ensino e aprendizagem ou promover a competência digital dos alunos”.

Resultados em linha com a Europa

Margarida Lucas aponta que os resultados “estão em linha com resultados apurados noutros países europeus” sendo que, em alguns casos e em relação a áreas específicas de competência, são até melhores. “Há vários fatores que podem ajudar a explicar os resultados, sendo um deles o facto de termos um corpo docente envelhecido que não foi preparado para esta realidade e que pode não ter optado, ao longo da sua carreira, por investir nesta área”, explica. Por isso, sublinha, “os resultados devem ser encarados de forma positiva, pois significam oportunidades de desenvolvimento e de transformação que se podem concretizar de diferentes formas”.

A participação de 92 por cento dos docentes portugueses só foi possível com o apoio da DGE e dos 91 Centros de Formação de Associação de Escolas (CFAE) portugueses. A DGE delineou e articulou uma estratégia de comunicação e colaboração com os CFAE para conseguir chamar os docentes a participar. Esta estratégia faz parte do Plano de Capacitação Digital de Docentes, uma das dimensões do Plano de Ação para o Desenvolvimento Digital das Escolas (PADDE), no âmbito do Plano de Ação para a Transição Digital, aprovado pelo Governo em abril de 2020.

Com base nos resultados alcançados foi possível disponibilizar aos docentes um conjunto de oficinas de formação que pretendem responder às necessidades identificadas e aos seus perfis individuais. “É uma iniciativa de grande escala, envolvendo diferentes focos de ação e que, por enquanto, não se encontra a ser desenvolvida em mais nenhum país europeu”, diz a Investigadora.

 

Aposta na formação

Para melhorar as competências digitais dos docentes, aponta Margarida Lucas, “é preciso, acima de tudo, que os professores invistam na sua aprendizagem profissional numa perspetiva de constante atualização. É preciso que os docentes se apropriem do digital e percebam o seu potencial para transformar práticas pedagógicas. O grande desafio está nesta transformação”.

É preciso igualmente “que as instituições responsáveis pela formação inicial de docentes incluam esta componente nas suas ofertas formativas de forma transversal e que os docentes dessas instituições sejam, também, digitalmente competentes e sejam, eles próprios, exemplos de inovação e mudança”.

Para além das oficinas de formação disponibilizadas no âmbito do Plano de Capacitação, que iniciou em abril deste ano e durará até julho de 2023, “há outras oportunidades de desenvolvimento que os docentes podem aproveitar e que muitos já aproveitam. Cabe também ao docente ser agente ativo na procura e seleção das modalidades de formação que melhor respondem às suas necessidades de aprendizagem”.

 

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2021/12/niveis-de-competencia-digital-dos-docentes-portugueses/

Índice de envelhecimento dos docentes em exercício nos ensinos pré-escolar, básico e secundário

 

Índice de envelhecimento dos docentes em exercício nos ensinos pré-escolar, básico e secundário: por nível de ensino

Onde há mais e menos professores com 50 ou mais anos por 100 professores com menos de 35 anos, no pré-escolar, básico ou secundário?

Clica na imagem

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2021/12/indice-de-envelhecimento-dos-docentes-em-exercicio-nos-ensinos-pre-escolar-basico-e-secundario/

Aumentos da FP em 0,9% pode traduzir-se numa redução salarial

Chegou-nos via mail este exemplo que poderá acontecer em alguns escalões da carreira docente.

 

Com a aprovação dos aumentos da FP em 0,9% e a publicação das tabelas de retenção na fonte para o continente, há casos em que o valor liquido vai ser inferior ao atual, isto é, o aumento vai traduzir-se numa redução salarial. 

Esta situação verifica-se, pelo menos, numa situação: Casado / 2 titulares / 1 dependente, no 3.º Escalão 


 

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2021/12/aumentos-da-fp-em-09-pode-traduzir-se-numa-reducao-salarial/

Tenças, Honrarias & Demais Benfeitorias

A boa leitura de sempre…uma lufada de ar fresco nos meus neurónios.

Tenças, Honrarias & Demais Benfeitorias | O Meu Quintal

 

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2021/12/tencas-honrarias-demais-benfeitorias/

A territorialização está a andar para trás

 

 

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2021/12/a-territorializacao-esta-a-andar-para-tras/

WP2Social Auto Publish Powered By : XYZScripts.com
Seguir

Recebe os novos artigos no teu email

Junta-te a outros seguidores: