6 de Dezembro de 2021 archive

STEM Alliance, STE(A)M IT & Scientix Webinar: Microsoft and Factory in the classroom

 

Num tempo em que anda tudo tão focado em discursos líricos sobre desenvolver competências, uma proposta prática de fazer crescer competências de alunos com foco profissional.
Fazer uma linha de produção industrial na aula….
No próximo dia 7 de dezembro 2021 às 16h00 (hora Portuguesa) vou estar a apresentar um pouco do trabalho desenvolvido no processo de utilização de uma metodologia pedagógica específica para a criação de projetos, numa sessão promovida pela STEM Alliance, onde a fábrica na sala de aula toma particular importância.
Baseada numa organização matricial (descaradamente roubada à indústria!) e assente sobre uma forte base tecnológica de suporte à implementação, esta metodologia tenta melhorar a transição gradual para o mercado de trabalho, trazendo para dentro da sala de aula o aspeto organizacional de equipas de trabalho empresariais.
É “project-management on steroids” dentro da sala de aula !
E pelo meio fazemos uma fábrica!
NOTA IMPORTANTE: Esta NÃO É uma sessão a demonstrar uma metodologia teórica. Não. É uma sessão a demonstrar uma forma ligeiramente diferente de organizar o trabalho de projeto visando uma maior proximidade à realidade organizacional de uma empresa, mas visando melhorar as aprendizagens.
É todo um trabalho desenvolvido ao longo de mais de uma década de prática onde se vão claramente indicar os erros cometidos, as vantagens e as desvantagens. Onde se vai tentar dizer quando não usar, porque é muito importante perceber que nem todas as ferramentas de organização/gestão/avaliação devem ser ubíquas. Onde, especialmente, se vão partilhar experiências (boas e más!) para que se perceba verdadeiramente o alcance e aplicabilidade da metodologia.
Creio que todos os professores estão um pouco fartos de que nos venham dizer como devemos “dar as nossas aulas”. Não é isso que vou fazer, como é óbvio.
Vou simplesmente partilhar a forma como dou as minhas.
Se vos despertou curiosidade vale a pena ver a sessão no link.

 

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Presidente da República promulga aumento de salários

 

Presidente da República promulga aumento de salários

O Presidente da República promulgou hoje dois decretos do Governo: o que aprova a atualização da retribuição mínima mensal garantida e o que atualiza as remunerações da Administração Pública.

 

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O teste de Matemática – João André Costa

 

 Sou uma fraude. Não há outra maneira de o dizer e, por conseguinte, digo-o como é e como sou: uma fraude. Nunca acabei o Ensino Secundário, faltou-me a disciplina de Matemática e apesar de me faltar a disciplina de Matemática, ainda hoje por fazer, entrei para a Universidade à mesma para sair da Universidade à mesma e fazer de conta que tenho um curso, que sou professor. Não sou professor. Nem sequer acabei o 12° ano de escolaridade e o exame de Matemática está ainda à espera. Vou estudar para o exame mas não sei quando é a data. Até pode ser amanhã, não sei, disseram-me que está para breve mas ninguém sabe ao certo. Eu não sei e tu também não e não há ninguém a quem possamos perguntar: está para breve e, arrepio na espinha, se calhar até já passou. Se calhar foi ontem. E como se calhar foi ontem só sei que tenho de fazer o exame o mais depressa possível antes que algo, ou alguém, descubra tudo e revele ao mundo a verdade desta mentira: não sou professor, nem sequer devia ter entrado para o curso, quando mais encontrar um emprego lá fora, fazer carreira, subir e fazer disso o grande alarido que sempre fiz. Algo me diz, no entanto, que já fui, e como já fui faltei mesmo ao teste. E se calhar deitei tudo a perder e roído pela culpa, porque a verdade vem sempre ao de cima e tudo que atiramos para o céu cedo ou tarde nos cai na cabeça, decidi vir para aqui, que ninguém nos ouve, ou lê, dizer a verdade, finalmente a verdade, toda a verdade e somente a verdade, por uma vez a verdade! Mãos ao alto, estão ao alto, acordo a suar da cabeça aos pés, o mesmo pesadelo outra e outra vez e afinal um pesadelo, não é a sério, são 3 da manhã e já não vais voltar para a cama. E se entretanto passaram 28 anos, os mesmos decorreram ao ritmo destas noites uma vez por mês e fazendo as contas já devo ter vivido este pesadelo mais ou menos 336 vezes. Até agora. E, entretanto, entrou Dezembro. Tudo por causa da professora de Matemática que nos calhou em sorte à entrada do Secundário. 10° ano e a média a contar para a faculdade. Não obstante, o João diante da turma inteira a enunciar a regra de Ruffini, mas a regra de Ruffini está mal, pelo menos de acordo com a professora, e como está mal obriga o João a repetir outra vez. E outra vez. E outra vez e outra e outra e outra vez e está sempre mal e o João, que sou eu, a gaguejar sem saber o que fazer, os colegas a rir e a professora aos berros de dedo em riste a apontar-me como o exemplo máximo da ignorância e a sala não uma sala mas o tribunal derradeiro e a professora como juiz e carrasco. A sentença: uma reunião com a minha mãe no dia seguinte e não só não aprendi a regra de Ruffini como não quero saber da regra de Ruffini ou sequer quem foi o Ruffini ou porque razão certas pessoas nascem para nos infernizar a vida. A Luísa a chorar na semana a seguir a caminho do quadro porque a Luísa já sabia ao que ia. Mas a Antónia é que não sabia, a Antónia só sabia que o avô morrera havia uma semana e portanto trabalhos de casa nem vê-los, mas “lá porque o teu avô morreu isso não é desculpa!”, grita a professora, e a Antónia, e com a Antónia toda a turma, boquiaberta e lá vai mais uma acusação, lá vai mais um julgamento e sentença. Lá vai mais um aluno perdido para a matemática. Querem que continue? Querem que continue com o sorriso sádico da professora enquanto, um a um, chamava os alunos por ordem decrescente do resultado de cada teste até à humilhação final? O sorriso com que nos entregava o juízo final à espera em casa sem fazer o mínimo esforço para disfarçar a satisfação de quem via neste exercício o coroar dos seus esforços. Ou a falta deles. Por isso é que a professora rasgou o teste ao Pedro antes mesmo de lho entregar: era a nota mais baixa, não valia a pena, e o Pedro sem saber o que dizer ao pai. Há coisas que ainda hoje me ultrapassam. Há coisas que, confesso, não compreendo. Porque a professora conhecia o pai do Pedro e se fosse hoje o pai do Pedro ia preso e a professora também por incitação à violência doméstica. Como ainda estávamos no 1° Período, não quis esperar mais. Já me chegava ter uma professora de matemática cujo cumprimento matinal versava sobre como enquanto dependesse dela nunca seríamos ninguém na vida. Todos os dias. Todos os dias a memorizar-nos entre piadas, insultos, mais humilhações e as reuniões com os pais no calendário da parede para todos verem. E o que ninguém via eram os testes-surpresa, três ao todo e por isso as notas de quem ninguém estava à espera. Mas, dizia eu, querendo ser alguém na vida e a ver o desastre a aproximar-se à velocidade da luz, pedi para mudar de turma, preterindo os amigos de anos em função da entrada para a universidade e nunca mais olhei para trás. Até porque a verdade foi a de muitos terem ficado retidos findo o 12° à procura de um melhor resultado no exame de matemática. E se hoje a memória e as estruturas do ego fizeram o seu trabalho no sentido de esquecer o nome da malfadada professora, o que é certo é a sua visita todos os meses, pelo menos uma vez por mês e quando estou menos à espera. Nos sonhos nunca estamos à espera. Nos sonhos todos temos um teste-surpresa. Por isso a escrita, uma tentativa de catarse, quem sabe a salvação. Mas não. Os professores têm o poder imenso de nos mudar a vida. São guias, educadores, amigos, pais. Dependemos deles e neles depositamos todas as fragilidades e esperanças e a nossa confiança é infinita. Só assim se explica o porquê desta cicatriz ainda presente. Ainda hoje acordo a suar.

 

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32% dos portugueses consideram o professores como os profissionais que merecem mais confiança

Os portugueses têm revelado níveis elevados de confiança nos médicos, enfermeiros e outros profissionais da área da saúde, da ciência e da educação, mas a confiança depositada nos políticos baixou, ao longo da pandemia de covid-19.

Aumentou confiança nos profissionais de saúde, políticos penalizados

De acordo com os dados disponibilizados, os médicos e os enfermeiros são os profissionais que merecem mais confiança dos portugueses (entre 43 e 44%), seguidos pelos investigadores (37%), farmacêuticos (35%), psicólogos (33%), professores e educadores (32%).

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Projeto Maia – aritmomania com o patrocínio Fernandes-Brandão – Luís S. Braga

 

Tenho andado a informar-me com profundidade sobre a coisa.

A minha conclusão: um exemplo de hiperburocracia louca e serôdia, desligada do real ou, de outra forma, a tentativa politicamente provocada de levar os professores a adquirir um transtorno obsessivo-compulsivo (que se chama ARITMOMANIA, a mania de tudo contar).

Nos tribunais, houve no início do século XX a mesma tentação: fazer leis com todos os factores da sentença, o juiz fazia as contas e não julgava, somava parcelas. Essa forma de positivismo judicial foi SUPERADA. Era um caudal de injustiças.
Habermas ajuda a entender.

Ainda há esperança para os “desmaiados”…..

 

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