O facto de tal não ter acontecido levou ao 2.º confinamento em 15 de janeiro que durou alguns meses.
Este ano finalmente o governo percebeu que o natal e o ano novo merecem cuidados redobrados na primeira semana de janeiro e que os eventuais contágios não sejam trazidos para a vida escolar e para a sociedade em geral.
Não sei se apenas esta semana será suficiente para evitar um número maior de contágios ao longo do mês de janeiro, mas poderá evitar muitos desses contágios.
Se o teletrabalho passa a ser obrigatório nessa semana, não percebo porque não se poderá passar durante essa semana para o ensino à distância, evitando-se a retirada de dois dias de interrupção letiva no Carnaval e de mais três dias na Páscoa. Voltaremos este ano a ter um segundo e terceiro período imensos com praticamente nenhuma pausa entre janeiro e junho (no caso da educação pré-escolar e 1.º ciclo quase até julho), o que trará um desgaste imenso a alunos e professores.
Discordo profundamente da decisão do ensino não poder ser passado à distância nessa semana, quando todas as escolas e alunos estão preparados para esse sistema de ensino.
Estudo do Conselho Nacional de Educação revela que a pandemia acentuou desigualdades já existentes. Ensino Superior faz balanço “muito positivo” de adaptação
“Mais detrês quartos dos alunos participaram regularmentenas tarefas escolares”, mas“2% dos alunos não participaram em qualquer atividade escolar durante o primeiro período de encerramento”. Contudo,a situação é pior se considerarmos as escolas TEIP(Territórios Educativos de Intervenção Prioritária), situadas em zonas de maior carência: a percentagem de alunos que não participou em qualquer atividade escolarsobe para mais de 5%.
Segundo o inquérito da CNE,“70% dos professores notaram o aumento das dificuldades de aprendizagem, sobretudo os do 1.º ciclo do ensino básico (76%)”. Quando ao ensino superior, a adaptação foi “muito positiva”.
Não há certezas ainda, só hipóteses que o Conselho de Ministros vai dirimir hoje. Mas entre as medidas a ponderar estarão o adiamento do regresso às aulas no 2º período (avançada pela RTP e confirmada pelo Expresso), a exigência de testes – junto com certificado – nas festas de ano novo, o regresso da exigência dos certificados em hotéis e restaurantes, um reforço de controlo das fronteiras e o regresso ao teletrabalho (em modo de recomendação). Para já, o país entrará em situação de “calamidade”, para reforçar os poderes do Governo