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Nov 18 2021
É preciso que a profissão seja atractiva, sob pena de serem cada vez menos os que a querem. É preciso que quem está nas escolas não seja esmagado pela burocracia e haja condições efectivas para ensinar, sobretudo em zonas mais desfavorecidas e com mais problemas sociais.
O estudo que o Ministério da Educação apresentou nesta quarta-feira é um murro no estômago: em dez anos, 39% dos professores vão reformar-se. Precisaremos de mais de 34 mil profissionais, no mínimo, até ao ano lectivo 2030/31, já contando que também haverá uma redução do número de alunos nas escolas, fruto da quebra de natalidade dos últimos anos. No ensino pré-escolar, o cenário é tão grave quanto isto: seis em cada dez educadores actualmente no activo estarão aposentados em 2030.
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Nov 18 2021
A falta de professores há muito que chegou às AEC, mas ninguém fala disso.
A Tasck-force da DGAE e da DGESTE também irão tratar desta falta de professores (em muitos caso considerados técnicos)?
O problema está muito bem identificado. Os horários são reduzidos, neste momento na plataforma estão no intervalo entre 1 e 10 horas, e consequentemente o vencimento é inferior ao ordenado mínimo. Os horários disponíveis não se conjugam com os de docentes que poderiam querer acumular (só até 6 horas para horários completos).
Os alunos ficam entregues a assistentes operacionais (sempre fica mais barato) o que prejudica não só os mesmos como o trabalho a ser desenvolvido e da competência das assistentes operacionais. Cria desigualdades atentando contra a equidade de que tanto se fala (mas só se fala).
Por aqui se vê qual o problema que se vive nas escolas de todo o país, faltam professores para tapar buraquinhos com horários reduzidos, ordenados reduzidos e difíceis de conjugar com outras atividades profissionais que permitam uma sobrevivência digna de qualquer ser humano (os professores também são humanos para espanto de muitos).
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Nov 18 2021
Uma queda acentuada do número de docentes que advém da sua estrutura etária envelhecida com muitos docentes próximos da idade de reforma dos 66 anos. Segundo o Perfil do Docente de 2018/19 (DGEEC, 2020b), a idade média dos docentes no sistema público era de 54 anos na educação pré-escolar, de 48 no 1º CEB, de 51 no 2º CEB e de 50 no 3º CEB e ensino secundário. Excetuando o 1º CEB, nos restantes ciclos de ensino a percentagem de docentes com mais de 50 anos era de mais de 50%.
Número de docentes em funções no ano letivo de 2018/19 e evolução dos que permanecem ativos por ano letivo
Estas projeções indicam o seguinte:
a) dos 8.189 educadores na educação pré-escolar em 2018/19, estimamos que apenas 3.200 não se terão reformado até 2030/31, ou seja, uma redução de cerca de 61%;
b) no 1º ciclo do ensino básico, dos 24.167 docentes em 2018/19, apenas 16.726 estarão ainda ativos em 2030/31, ou seja, uma redução de aproximadamente 31%;
c) no 2º ciclo, dos 18.709 docentes em 2018/19, apenas 10.192 ainda não se terão reformado até 2030/31, correspondendo a uma queda de 46%;
d) para o 3º ciclo e ensino secundário, dos 61.095 docentes em 2018/19 apenas para 37.736 permaneceram ativos até 2030/31, uma queda de 38%.
e) quanto aos docentes de Ensino Especial, Língua Gestual Portuguesa e Educação Moral e Religiosa, do pré-escolar ao ensino secundário, dos 8.209 destes docentes em 2018/19 apenas não se terão reformado 5.547 em 2030/31, uma queda de 32%.
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Nov 18 2021
Observamos, Estudo de diagnóstico de necessidades docentes de 2021 a 2030, que:
a) Na educação pré-escolar, o número de alunos entre 2018/19 e 2030/31 manter-se-á relativamente constante acima dos 121 mil alunos resultante da evolução demográfica observada recentemente e aquela que é projetada para os anos incluídos nesta análise.
b) No 1º ciclo do ensino básico, prevê-se que o número de alunos, após uma queda inicial que deverá durar até 2022/23, estabilize em valores próximos dos 290 mil, chegando a 285.631 alunos em 2030/31, equivalente a uma queda de cerca de 11% face a 2018/19.
c) No 2º ciclo do ensino básico, prevê-se que o número de alunos desça dos 176.287 observados em 2018/19 para cerca de 151.570 em 2030/31, o que corresponde a uma queda de 14%.
d) Os alunos matriculados no 3º ciclo do ensino básico e no ensino secundário deverão descer dos 512.597 registados em 2018/19 para 402.074 em 2030/31. Tal corresponde à maior queda prevista, em cerca de 22%.
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Nov 18 2021
As necessidades de recrutamento anuais de novos docentes vão-se intensificar ao longo do período nove anos, sendo de 3.050 em 2021/22 e de 4.107 em 2030/31
Necessidades de recrutamento anuais de novos docentes em Portugal Continental, 2021/22 a 2030/31
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