10 de Novembro de 2021 archive

DAÍ ESTE MEU CANSAÇO – José Morgado

 

 

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Mais uma recomendação pela eliminação das vagas de acesso aos 5.º e 7.º escalões

 

Projeto de Resolução n.º 1505/XIV/3.ª
Recomenda ao Governo a eliminação da imposição administrativa de vagas para a
progressão aos 5.º e 7.º escalões da carreira docente

 

 

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Viseu tem 17 estabelecimentos com turmas ou salas em confinamento

 

Segundo a médica, as autoridades de saúde estão preocupadas sobretudo com a situação que se vive nas escolas. “Neste momento, estamos a intervir em 17 estabelecimentos de educação que vão desde escolas até ATL e jardins de infância e que correspondem a um total de 27 turmas ou salas”, revela.

Grande parte das turmas em causa estão em isolamento, sendo que os alunos do ensino secundário não precisam de estarem confinados em casa desde que estejam vacinados.

No entanto, a maior preocupação está nos jardins de infância e nas escolas primárias, onde há uma maior incidência de casos nesta altura, tendo em conta o facto de as crianças ainda não estarem vacinadas.

Apesar de todos estes receios, Sara Dias realça a “atitude exemplar” dada pelos pais de uma escola “que, não sabendo de casos suspeitos, tomaram a iniciativa de fazer testes, ligar para a linha Saúde 24 e isolar as crianças”, permitindo assim conter a situação. Isto, diz a médica, demonstra que “as pessoas estão cada vez mais conscientes, atentas e capazes de tomar atitudes corretas”.

 

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Alunos de Famalicão passam à condição

Tutela convida a escola a recuperar novos planos de recuperação de aprendizagens e sublinha que esta é uma decisão, a título excecional. Em causa está a situação de dois alunos que, por indicação dos pais, não frequentam a disciplina de Cidadania.

Alunos de Famalicão. Ministério decide que passam, mas à condição

 

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A saúde mental das crianças e dos jovens – Santana Castilho

 

Boa parte da sociedade parece ter hoje dificuldade em manter contacto com a realidade. O medo, quanta vezes irracional, foi transformado em virtude e a obediência a regras tornou-se, socialmente, mais importante que o questionamento racional sobre a legitimidade e a validade científica dessas regras. Poderemos falar de uma certa psicose de massas, provocada pelo fomento do medo que a pandemia da covid-19 originou? Pelo menos, muitos especialistas em saúde mental assim o sugerem.
Um relatório da Unicef sobre impacto da covid-19 na saúde mental de crianças e jovens, citado por Sara Johnson (The Guardian, 5.10.21) revela que um em cada cinco jovens de 15 a 24 anos, em todo o mundo, sofre de depressão, com receios extremos sobre o futuro e a família.
Segundo o Royal College of Psychiatrists (https://www.rcpsych.ac.uk/), no Reino Unido, 16% das crianças com idades entre 5 e 16 anos foram diagnosticadas com transtorno mental em 2020. Por outro lado, aumentaram 29%, entre Abril de 2019 e Abril de 2021, os primeiros diagnósticos de psicose, assumindo-se que a pandemia tem graves reflexos na saúde mental da população (Helen Pidd,The Guardian, 20.10.21).
Mark McDonald, psiquiatra especialista em crianças e adolescentes, afirmou que os americanos estão afectados por “uma psicose delirante”, provocada pelo medo induzido pela pandemia da covid-19. Isto apesar de as mortes verificadas representarem 0,002% na faixa etária dos 10 anos e 0,01% na de 25 anos (S.G. Cheah, Evie Magazine, 22.12.20).
Nicola Davis (The Guardian, 8.10.21), citando estudos de vários cientistas, escreve que os episódios de ansiedade e depressão em todo o mundo aumentaram dramaticamente em 2020, com uma estimativa de acréscimo de 76 milhões de casos de ansiedade e 53 milhões de casos de transtorno depressivo, sendo que as mulheres e os jovens têm maior probabilidade de ser afectados do que os homens e os idosos.
Num oportuno trabalho de reportagem (Público, 6.11.21) aborda-se o tema da saúde mental dos nossos alunos e o que lá se lê não nos deixa tranquilos. Numa reflexão sobre os impactos da covid-19 na saúde mental das crianças e dos jovens (DN, 1.11.21), o psicólogo Alfredo Leite afirma que “o suicídio é a principal causa de morte em crianças e jovens adultos em Portugal”.
Os problemas de saúde mental podem ser devastadores para o futuro das nossas crianças e adolescentes e exigem, por isso, intervenções rápidas. Não estão apenas em causa os preocupantes novos casos de depressão e ansiedade (um dos traumas que se vê referido na literatura sobre a matéria foi a ideia transmitida às crianças de que poderiam, por simples proximidade, fazer adoecer os pais ou os avós), mas também o agravamento dos casos dos alunos com necessidades educativas especiais, cujas rotinas de apoio especializado, terapia e socialização foram brutalmente interrompidas e permanecem longe de ser recuperadas. Numa palavra, não é saudável que as crianças cresçam podendo pensar que são perigosas para os cuidadores e que estes podem também ser perigosos para a saúde delas. Na equação de relativização dos prós e contras das medidas de saúde pública, a saúde mental e a imperiosa necessidade de a proteger não foram consideradas, já que os estudos produzidos indicam como primeira causa da depressão das crianças a desconexão que elas sentem em relação aos amigos e à própria família. O crescimento saudável das crianças e a segurança vital de que necessitam não dispensam o contacto físico e a intimidade emocional. As decisões que as possam pôr em risco não podem ser decretadas por políticos, ouvidos apenas epidemiologistas e virologistas. Devem incluir a pronúncia de psicólogos, psiquiatras e pedagogos.
Ciente embora da desproporção comparativa, as estratégias actuais para direccionar o pânico instalado na sociedade para determinados objectivos fazem lembrar o que a História nos reporta sobre idêntico modo utilizado pelas classes dominantes, em período de crises epidémicas e mudança social, que culminaria com a criação do Tribunal do Santo Ofício.
A sociedade do futuro não pode ser uma sociedade desprovida das liberdades civis anteriormente conquistadas, muito menos uma sociedade em que poucos controlem e dominem os outros, impondo-lhes uma visão distorcida de segurança e bem-estar, desprovida de humanidade.
In “Público” de 10.11.21

 

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Podemos ser aumentados em janeiro

 

Governo não se demitiu e pode, se conseguir encontrar espaço orçamental dentro do regime de duodécimos, avançar para os aumentos salariais da Função Pública já em Janeiro. Em 2020, contudo, tinha optado por esperar por um novo OE.

Governo opta por aumentos logo em Janeiro, algo que não fez em 2020

Ultrapassando as limitações impostas pelo regime de duodécimos, o Governo prepara-se para proceder, logo a partir de Janeiro, a uma actualização dos salários da Função Pública, confirmou esta segunda-feira o primeiro-ministro. Uma opção que a maioria dos especialistas contactados pelo PÚBLICO confirmam ser juridicamente possível, mas que é diferente da assumida em circunstâncias semelhantes pelo Executivo em 2020.

 

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Resultados da eleição dos membros do Conselho das Escolas

 

Publicitação dos resultados da eleição dos membros do Conselho das Escolas para um mandato de três anos, homologado por despacho do Senhor Ministro da Educação, datado de 08-11-2021.

Resultados eleitorais homologados

 

 

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A escola e os pais: a relação de amor – Inês Pereira

 

A escola: não conseguimos viver sem ela e não conseguimos viver com ela. Há coisas na escola que nos irritam assim como o portal das finanças; no entanto, não há dia mais feliz do ano do que aquele reencontro em setembro, depois de uma ausência prolongada que tanto nos atormenta e aperta o coração com saudade. Só percebemos o valor das coisas quando elas nos faltam – ou seja, quando a escola nos fecha os portões na cara durante os meses de verão, é quando nos apercebemos quanto a amamos. Mas ela também nos incomoda, também a detestamos. E é nessa altura, quando os maus sentimentos nos invadem e os momentos de desespero tomam conta do juízo e da razão, que nos apetece atirar tudo ao ar e os livros ao lixo, e desistir – trocar a escola por um barco para dar volta ao mundo e levar os miúdos dali para fora (versão divórcio em linguagem escolar). E isto porque a escola sabe ser mesquinha, metediça, autoritária, exigente e fria. Ela não reconhece o nosso valor, o nosso esforço e não perde um minuto para conversar: comunica por email. Querem falar com o professor de matemática? Não dá: envie o email ao diretor de turma. Não gostam da disciplina de Cidadania? Temos pena, é o que há. Deste modo é difícil, e nenhuma relação de amor sobrevive a esta forma de tratamento entre as partes. Ela não dialoga, decide unilateralmente.

A escola acha que sabe aquilo que é melhor para os nossos filhos; pior, acha que nós não sabemos; pior ainda: nós achamos que a escola tem razão. Dramático: se calhar até tem. Como é que eu sei? Porque se assim não fosse, fazíamos todos aquilo que os pais de Famalicão fizeram.

Mas não. E não fazemos porque na dúvida confiamos na escola. Na dúvida, quem sabe é ela, nós somos apenas pais que precisamos da escola para educar os filhos. A quantidade de pais que não faz a mínima ideia dos critérios e das formas de acesso ao ensino superior, quais as ofertas no ensino secundário e pós-secundário, quais as modalidades para conclusão do ensino obrigatório, como calcular as médias, etc., é assustadora. Os filhos precisam da escola para ensinar e também para os encaminhar no seu percurso académico durante e pós ensino obrigatório. Se dependesse da informação disponibilizada pelos pais, a grande maioria dos alunos não sabia a diferença entre as áreas, os cursos EFA e como concluir disciplinas como aluno externo, como anular cadeiras e quando é que vale a pena anular, como ligar o ensino pós secundário ao secundário para que tudo faça sentido, o engano dos testes vocacionais no 9.o ano, etc. Só percebi isto tudo ao fim do terceiro filho.

Para que a relação entre a escola e os pais resulte é preciso que os pais cresçam, participem nas políticas de educação, pensem para além dos seus quintais e lutem pela autonomia das escolas, que é a única forma de poderem ter relações saudáveis e à medida dos interesse dos seus filhos.

Enquanto a ambição for uma solução para todos mas feita à medida do meu filho, teremos Cidadania para todos e amanhã teremos sabe-se lá o quê. Cada pai reclama por um Ministério da Educação só para si – uma ditadurazinha à sua medida – em vez de exigir autonomia das escolas e a famosa e velha liberdade de escolha que lhe resolveria todos os problemas. Porque isto das escolas é como os casamentos – não há relações iguais.

 

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