Ser professor: Cinco maneiras de atrair candidatos à profissão – Bárbara Wong

Ser professor: Cinco maneiras de atrair candidatos à profissão

Há mais de 20 anos, havia dois casos britânicos que acompanhava com interesse. Os rankings das escolas e a falta de professores. Sobre o primeiro, assinalámos 20 anos que começamos a publicá-los e já não são umas simples listas de escolas ordenadas, são um retrato possível, com todas as injustiças que possam ter. Quanto ao segundo, ouvia com frequência sindicatos e professores dizerem que ou se fazia alguma coisa ou o mesmo aconteceria por cá e faltariam professores no sistema. Mas não eram os únicos preocupados, desde pelo menos 2016, que o Conselho Nacional de Educação alerta para este problema.

À medida que os anos foram passando fomos assistindo ao envelhecimento da classe docente, mas também à perda de alunos interessados em prosseguir os seus estudos na área do ensino ou, pior ainda, aqueles que a seguem não são sequer os melhores — pelo menos não são os que chegam com as melhores notas de acesso ao ensino superior. Veja-se um exemplo muito concreto: há perto de 30 anos, a nota de entrada na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, para Português-Inglês era a terceira mais alta do país. Hoje vão para as humanidades os alunos mais fracos do secundário e a nota do último classificado, o ano passado, em Estudos Portugueses na mesma instituição foi de 13,4 (numa escala de 0 a 20), muito longe das Medicinas, Engenharias Aeroespaciais, Arquitecturas e afins – aliás, se um filho nosso tiver grandes notas, a última coisa que queremos é que ele escolha humanidades.

Quem são os principais prejudicados por este sistema que, incompreensivelmente, quer poupar nos recursos, quando a escola e os seus professores podem ser os grandes contribuintes para o esbatimento de desigualdades sociais, para o tal elevador social, para a defesa da democracia? Os alunos.

Feito o retrato, em pinceladas grossas (grosseiras até, dir-me-ão alguns), vamos ao que nos trouxe aqui: como atrair os melhores para a docência?

Se um filho nos disser que quer ser professor, não fazer logo aquele ar do “ando eu a criar um filho para isto…”. Claro que devemos falar-lhes dos prós e contras da profissão, mas também incentivá-los a prosseguir os seus sonhos. Se fizerem o que gostarem vão fazê-lo sempre com um sorriso, mesmo que ganhem mal.

Se os nossos amigos nos disserem: “Já viste que o nosso filho quer ser professor…” falar-lhes da importância desta profissão, como podem, de facto, ajudar a mudar o mundo! É esse lado poderoso que os professores têm e que tem de ser mais sublinhado – o seu poder para contribuir para um mundo melhor!

2. Valorizarmos as ciências sociais e humanas

Em épocas como a que estamos a viver, com o avanço rápido das inovações cientificas e tecnológicas, percebemos cada vez mais como é importante reflectir sobre as questões e nada como as ciências sociais e humanas para nos darem essas ferramentas. Aprender a pensar, a questionar, a encontrar respostas – essa é uma capacidade fundamental que as crianças devem aprender com os pais, educadores de infância e professores.

CNE propôs um 10.º ano igual para todos, “mais livre e transversal”. Na formação inicial dos professores, a História e a Filosofia não devem ser esquecidas. Da mesma maneira que nos cursos de Jornalismo há cadeiras de estatística (que nos permitem ler o mundo através dos números e fazer manchetes bombásticas), também os futuros professores – sejam de Matemática, Biologia ou Educação Física – têm de conhecer a sociedade em que vivem, têm de saber pensar e ter mundo para lá da disciplina que leccionam.

3. O ensino superior ser exigente com quem quer a via ensino 

Os cursos superiores para o ensino não podem ter as médias mais baixas, não podem acolher alunos medíocres que vão fazer um curso só porque sim e que ali chegam já vencidos, já com os vícios e as palavras de ordem dos sindicatos.

Da mesma maneira que há faculdades que procuram atrair os melhores alunos – vejam-se os cursos de Economia e Gestão com todo aquele jargão do “somos vencedores, somos os melhores”, etc. –, também as faculdades de letras e de ciências, bem como as escolas superiores de educação têm de ter orgulho naquilo que fazem e incuti-lo nos seus alunos. Têm de conquistar os melhores. Têm de ser mais dinâmicas, mais activas, com os pés no mundo e não lamentarem-se porque qualquer dia têm de fechar as portas por falta de estudantes.

Preparar os futuros professores não é só ensinar didáctica e inovação, é transmitir-lhes confiança, é dar-lhes bons exemplos, é ensiná-los a ser para que – quando chegarem à sala de aula – reflictam o que aprenderam e sejam daqueles professores que os alunos não esquecem o seu nome até ao fim da vida, daqueles que os miúdos olham com reverência como uma referência, daqueles que, um dia, pensam “quando for grande quero ser como o meu professor de Matemática!”.

4. Ajudarmos a reabilitar o papel social do professor

Projectos como o do Global Teacher Prize, que premeiam os professores que se destacam; projectos educativos que levam a sociedade civil a entrar nas escolas e a contribuir para que os estudantes estejam mais predispostos a aprender; ou aquelas correntes que percorrem as redes sociais sobre “o professor que mudou a minha vida”, contribuem para que olhemos para a docência com o respeito que merece.

A comunicação social também tem o seu papel – somos muitas vezes acusados de mostrar o pior. É verdade, mas esse pior não pode ser escondido porque deve levar-nos a reflectir sobre o sistema e como este pode mudar. Contudo, também damos voz a tantos professores que escrevem colunas de opinião no PÚBLICO, também saímos em reportagem e informamos sobre bons exemplos, boas práticas, actividades que as escolas fazem que contribuem para a mudança e que podem ser exemplos inspiradores para outras comunidades educativas.

5. Exigirmos mais investimento e mudanças na carreira docente

É lamentável que a “bazuca” não seja usada para investir mais nos recursos humanos – o CNE defendeu o uso destas verbas para atrair professores –, mas em mais tecnologia e infra-estruturas para as escolas. As máquinas nada são sem a intervenção humana. Vimos isso recentemente, como o ensino à distância.

Se não houver mudanças na forma como os candidatos a professores acedem à carreira; se não se melhorar e não se derem incentivos para que estes se fixem em terras ou em escolas do interior, ou se dê um suplemento a quem está deslocado a mais de quilómetros de casa; se as escolas não tiverem mais autonomia (inclusive na contratação); se não existirem ferramentas transparentes para avaliar as escolas e os seus professores; se não se integrarem outros profissionais como assistentes sociais, psicólogos, mediadores, que trabalhem directamente com os professores, alunos e famílias; de nada vale estarmos a debater formas de atrair futuros profissionais para uma carreira estagnada e sem quaisquer incentivos.

Lamentavelmente, o desinvestimento na educação é o desinvestimento no nosso futuro.

 

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25 comentários

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  1. Não li nada que me levasse a ficar contente caso a minha filha quisesse ser professora. E os dois primeiros parágrafos são escritos por quem vive de barriga cheia. São uma pura anedota. Ser feliz longe da família, a ser maltratado pelo governo, comunicação social, em parte pela sociedade e a ganhar pouco. A Bárbara que incentive os seus filhos e netos a serem professores e se deixe de tretas.


    1. Sr. Karamba e os seus filhos e netos foram por si incentivados ao luxo dos professores? Ou pelo contrário não soube fazer o trabalho e agora são uns desgraçadinhos do setor privado? Aposto que o sr. foi um asno e deixou a família ir para o inferno do privado. Mas olhe que ainda vai a tempo de os colocar a mamar na teta do estado. Não falta gente no privado a mamar na teta do estado. Aliás é o privado quem mais mama na teta do estado.

        • Nivelar o redil on 20 de Junho de 2021 at 13:07
        • Responder

        Este, nem filhos, nem netos….não produz nada. É filho toda a vida à custa dos pais enquanto viverem, à custa de alguém quando fenecerem.
        Para já recebe um suplemento por ir aos blogs dizer estas coisas…Já foi yuppie e acreditou que um dia seria um gigante empreendedor, mas faliu porque o empreendedorismo a sério não é para peixe miúdo de fato e gravata. É mais para calças de ganga com asperger casados com cantoras ou Zuckerbergs e Bezzos que papam dados e usam sem escrúpulos . Também já percebeu que todos os antigos leitores do Independente aos 55 anos são chamados para receber um prémio de produtividade juntamente com uma reforma compulsiva antecipada e uma palmadinha nas costas. Outros já se encostaram à insolvência fraudulenta ou à mama do estado para continuarem a pseudoempreender e a sugar terceiros com ordenado mínimo para depois descartarem sem dó.

      • Nero on 21 de Junho de 2021 at 19:53
      • Responder

      Vai dar banho ao cão…caramba!

    • Simplex on 19 de Junho de 2021 at 15:26
    • Responder

    Acabar com a burocracia


    1. Digo mesmo mais: Acabar com a burrocracia!

    • Luís on 19 de Junho de 2021 at 16:20
    • Responder

    Pois eu em décadas de ensino já tive excelentes alunos que queriam ir para Humanidades mas que, por influência dos pais, acabaram por ir parar ao Técnico.
    Em 4 desses casos os pais eram professores.


    1. Esses alunos hoje agradecem aos pais a lucidez que tiveram em os orientar bem. Só um professor que seja verdadeiramente tolinho é que incentiva os seus filhos a serem professores.

    • Luluzinha! on 19 de Junho de 2021 at 16:40
    • Responder

    Muito bem. Discurso bastante assertivo e em consonância com a realidade. E não descurar o facto de as Ciências Sociais e Humanas serem as ciências da compreensão!

    • Gomes on 19 de Junho de 2021 at 16:53
    • Responder

    Entram com as médias mais baixas e saem com 16 valores. Algo de errado se passa.

    • N.Ribeiro on 19 de Junho de 2021 at 17:57
    • Responder

    E pagarem os 6 anos, o que acha Babi?

    • Observador on 19 de Junho de 2021 at 20:38
    • Responder

    Só vi tretas!

    Porém, eu posso citar outras maneiras de tornar atrativa a profissão docente:

    1) Salário condizente com a importância da profissão;
    2) Mudança de escalões com acréscimos remuneratórios significativos;
    3) Fim das cotas para mudanças de escalão;
    4) Carga horária apenas letivas, sendo facultado ao docente aceitar, ou não, cargos de direção de turma, de curso, etc, e ainda mediante gratificação salarial;
    5) Retorno da Caixa Geral de Aposentações, onde o docente não receba menos do que 80% da última remuneração na reforma;
    6) Redução da carga letiva, mediante a idade (acima dos 50 anos), independente do tempo de serviço;
    7) Prioridade nas colocações de acordo com a idade nos concursos;
    8) Redução do número de alunos por turma;
    9) Extinção da responsabilidade penal dos docente com relação aos alunos, durante o período em que estiverem em aula. (Se aos pais/encarregados de educação não existe esta responsabilidade, quando os alunos não estão em aula, por que tem que existir com os professores?)
    10) Permitir aos docentes se defenderem, caso ocorra alguma agressão por parte dos alunos, sem consequências penais.

    Tudo isso já seria um bom começo.

      • Isabel on 20 de Junho de 2021 at 11:24
      • Responder

      A ilusão de que os professores são muito bem pagos é um mito extraordinário. Quanto aos salários do privado, lamentavelmente as pessoas sujeitam-se a trabalhar imenso por uma mão cheia de nada, se as empresas pagam o salário mínimo a a colaboradores altamente qualificados, algo está muito errado no valor que se atribui ao trabalho, essa é causa de muitos emigrarem, andamos a investir na formação daqueles que vão procurar reconhecimento lá fora e conseguem-no. A minha filha em 5 anos progrediu tanto na carreira com em décadas em Portugal. Já agora cale a pena pensar nisto.


  2. Observador, concordo a 200%

    • Cuidado!!! on 19 de Junho de 2021 at 21:24
    • Responder

    “Já viste que o nosso filho quer ser professor…” “falar-lhes da importância desta profissão, “
    Devemos é alertá-los para o desastre em que transformarão as suas vidas. Não o fazer será criminoso. Mais tarde não nos perdoarão.
    Qualquer profissão, menos professor.

    • Jamais on 19 de Junho de 2021 at 21:44
    • Responder

    “Ser professor: Cinco maneiras de atrair candidatos à profissão“.
    Este título diz tudo da situação atual, os professores atuais é fazê-los definhar, torturando-os.
    Só importa que se recrutem uns quantos jovens com promessas (mentiras), como fizeram connosco há umas décadas atrás.
    Incentivar (ou apenas sugerir) alguém para a docência devia ser criminalizado. Eu não permitirei que alguém o faça com os meus filhos.


  3. Aos alunos basta ver a felicidade dos professores para perceberem que é uma profissão que não interessa.

    • Paulo Pereira on 20 de Junho de 2021 at 0:12
    • Responder

    Não é preciso ser pai para dissuadir os jovens de abraçar a profissão docente.

    Por várias vezes, e modéstia à parte, recebi elogios de alunos pelo facto de ensinar bem.
    Um ou outro descaiu-se e disse que gostava de ser professor, motivado pela minha imagem de docente.

    Parei ali e adverti-o:
    – Se queres ser professor e ser reconhecido por essa profissão, tens muitos países do mundo onde a profissão de professor é altamente reconhecida e valorizada socialmente. Porém, não caias na asneira de querer ser professor em Portugal. Não compensa perderes anos de estudo com esse objectivo, jovem.

    • Alecrom on 20 de Junho de 2021 at 10:13
    • Responder

    “ O ensino superior ser exigente com quem quer a via ensino ”.

    😀😃😄😅😂😂😂😂😂


  4. Concordo que, quando os nossos amigos disserem que o filho quer ser professor, devemos acentuar a importância desta profissão e de como, assim, podem contribuir para um mundo melhor, mas, também, elucidá-los de que, em Portugal, a profissão e a carreira são pouco valorizadas, de que o avanço na carreira está cheio de escolhos e injustiças, de que, professores de uma escola, por via das ignóbeis quotas ficam a marcar passo, congelados em listas de longa duração, enquanto colegas da escola do concelho ao lado, com avaliações inferiores, ascendem rapidamente a escalões superiores e que, é fácil encontrar professores com 32 anos de carreira, avaliados com menções de mérito, estagnados no 6º escalão.
    Deste modo, honestamente, apenas os poderemos aconselhar a ser professores em muitos outros países do mundo, onde a profissão é reconhecida e valorizada.

    • Prof on 20 de Junho de 2021 at 11:07
    • Responder

    Nunca um filho meu será professor. Os pais querem o melhor para os seus filhos.


  5. Mais algumas dicas para não afugentar candidatos à docência:
    • Acelerar as condições de acesso à reforma para que sejam criados mais lugares de quadro, ajudando à fixação;
    • Substituir a Lei do Estatuto do Aluno por outra menos imbricada e mais eficaz;
    • Organizar sessões de formação obrigatórias dadas por especialistas em psicologia da educação, para encarregados de educação;
    • Criar condições às famílias para que possam dedicar mais tempo aos filhos;
    • Evitar as retenções, criando alternativas em que o nível de flexibilização dos conteúdos seja compatível com as capacidades efetivas dos alunos enveredando para cursos profissionais com forte componente formativa;
    • Aumentar a responsabilização dos encarregados de educação em casos de reiterados comportamentos sancionáveis por parte dos seus educandos;
    • Credibilizar a escola, não dando aso a comentários pejorativos por parte da opinião pública em geral e dos encarregados de educação em particular cuja influência nos alunos é marcante para a sua atitude em relação à escola, aos professores e aos funcionários;

    • José Silva on 20 de Junho de 2021 at 13:55
    • Responder

    E as vagas de contratação com 20,21 horas? O que são?

    • Anónimo on 21 de Junho de 2021 at 19:11
    • Responder

    É perfeitamente possivel fazer da carreira docente (ensino não superior) uma carreira atrativa e desejada por jovens estudantes com perfil para ensinar (como é a carreira docente do ensino universitário e do ensino politécnico).
    Primeiro, o índice de entrada na carreira tem de passar para uma remuneração mensal de 2000 euros brutos (contra os atuais cerca de 1520). Haveria aqui necessidade de reduzir o atual número de escalões da estrutura de carreira, mantendo contudo o valor do último escalão ou mesmo aumentando esse valor. E garanto que o aumento de despesa inerente a essa medida ainda deixaria o valor global do Orçamento do Ministério da Educação aquém dos níveis que tinha em 2010. Paralelamente, é preciso ajustar os saltos entre os índices remuneratórios, de forma a que o incremento salarial fosse maior na primeira metade da duração temporal da carreira (atualmente é precisamente o contrário que acontece; é nas mudanças dos últimos escalões que se verificam os maiores incrementos salariais; ora, tal facto não contribui para atrair professores novos).
    Segundo, é preciso equilibrar o número de alunos (turmas) que cada docente leciona. Aqui seria necessária uma mudança estrutural nos planos de estudos de forma a tornar as cargas curriculares das várias disciplinas mais próximas entre si (4h ou 5h letivas semanais para cada disciplina), com o devido ajuste do número e natureza de disciplinas a lecionar em cada ano escolaridade ao longo dos 12 anos de escolaridade obrigatória.
    Por fim, e talvez a medida mais importante. Retirar as excessivas burocracias com que se debatem os docentes em geral e as direcções em particular. A enorme quantidade de plataformas que as escolas têm de preencher para satisfazer caprichos dos serviços centrais do Ministério da Educação são o maior empecilho ao trabalho das escolas. Só pode haver uma plataforma que agregue todos os dados. Os serviços do ME têm partilhar os dados entre si para não estarem constantemente a solicitar os mesmos dados às escolas. Aliás, eu diria que os serviços do ME são o maior obstáculo à efetiva concretização da autonomia das escolas (do ponto de vista da desconcentração de competências). Paralelamente, devem ser tomadas medidas de forma a eliminar a indisciplina dentro das salas de aula. Por outro lado, tem de se agilizar a avaliação de desempenho docente e introduzir os resultados (aprendizagem adquiridas; competencias desenvolvidas) obtidos pelos alunos como principal parâmetro da avaliação dos docentes (sendo ou não necessário profissionalizar a gestão das escolas).
    Atuando nestes 3 eixos, de forma continuada ao longo do tempo, incrementando valor de ano para ano, conseguir-se-ia tornar muito mais atrativa a carreira docente.

    • assonfire on 21 de Junho de 2021 at 21:47
    • Responder

    Como medida de atração de jovens “não mercenários” para o ensino, sugiro a fulminante remodelação das cadeiras das salas de aulas, que devem passar a ser todas almofadadas, visto que é uma tortura ter de queimar o rabo em cadeiras de madeira pelas quais passaram centenas de cús ao ano, sobretudo durante as 2 horas de inúteis reniões presenciais de avaliação. Tenho dito (como dizem as tias da maçonaria de fim de semana).

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