“Professores e escolas sem perspetivas de receberem computadores”

Ainda nenhum professor foi bafejado com um computador, destes que o governo anda a dizer que vai emprestar. Sabe-se que há computadores, dos primeiros 100.000 distribuídos para os alunos, que estão nas escolas e não podem ser utilizados pela escola ou pelos professores. Estão em repouso à espera de determinação governamental.

Enquanto isso…

“Professores e escolas sem perspetivas de receberem computadores”, diz presidente de Associação de Escolas Públicas

O ensino à distância regressou na semana passada, mas a falta de computadores continua a ser um problema não só para os alunos, como também para os professores. Segundo contou ao Jornal Económico o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima, não existem perspetivas de reforço de computadores para professores ou nas escolas.

Na perspetiva de Filinto Lima, “o ministério devia dar indícios de distribuição de computadores para professores e escolas”. “Somos mais de 100 mil professores, nem um teve a título de empréstimo facultado pelo Ministério da Educação”. “Se o professor não tem direito a uma cedência temporária é desmotivador para algumas pessoas”, completa.

Segundo o presidente da ANDAEP, tanto professores como alunos reforçaram “as competências digitais” e recorrem “cada vez mais ao digital”. No entanto, à chegada às escolas, “os computadores são os mesmos, não são melhores”, assegura Filinto Lima.

Como muitos docentes não têm possibilidades de trabalhar a partir de casa vão para as escolas, uma situação relatada por Filinto Lima, mas que também já tinha sido denunciada pela FENPROF.

Apesar de tentarem contornar o problema de não terem material suficiente em casa para trabalhar, os professores não têm mais sorte quando se deslocam à escola sendo que as condições dos materiais informáticos nas escolas não são de grande qualidade, segundo a ANDAEP.

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1 comentário

    • Alexandra Almeida on 17 de Fevereiro de 2021 at 13:46
    • Responder

    A injustiça maior será obrigarem os alunos a exame de 9º ano numa situação destas.
    Tenho 1 turma de 9º ano e 2 alunos que não têm internet em casa. A escola disse que eles tinham de ir lá ter as aulas online… Nunca os vi.
    Tenho alguns outros que assistem às aulas por telemóvel.
    SERÁ ISTO “não deixar ninguém para trás”?
    SERÁ JUSTO dar-lhes 1 exame de 9º ano a 30 de junho????

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