Os lobbies que dominam a escola…

 

 A escola parece estar dominada por lobbies. Proliferam no seu seio, e em seu redor, alguns “grupos de pressão”, mais ou menos explícitos, mais ou menos encobertos, ainda que possam ser entendidos por alguns como uma espécie de “lobbiezinhos“, à boa maneira portuguesa…

 E o exercício do lobbying pode começar logo no processo de eleição d@ Direct@r pelo Conselho Geral, sobretudo se existir mais do que um candidato a esse cargo…

Não são raras as pressões exercidas por concorrentes ao cargo de Director@ junto de elementos que compõem o Conselho Geral, no sentido de, e na defesa dos seus próprios interesses, tentar interferir na tomada de decisão desse órgão, por vezes, até, de tal forma censurável e escabrosa, que tais coerções acabam por se tornar do domínio público…   

 O Conselho Geral tem, entre outras competências, a de eleger @ Director@ e a de poder exonerá-l@ de funções. Teoricamente, tem como principal função acompanhar e fiscalizar a gestão realizada pel@ Director@ e é nesse sentido que alguns parecem acreditar que @ mesm@ “presta contas” a esse órgão. Mas, efectivamente, talvez não seja bem assim…

 O Conselho Geral, com uma ampla representação da comunidade envolvente à escola, leia-se autarquias (habitualmente, Câmara Municipal e Junta de Freguesia) e empresas com relevância local, na prática, limita-se, na maior parte das vezes, a aprovar e a legitimar a acção d@ Director@ em termos gerais, sob a forma de Plano Anual de Actividades, Projecto Educativo, Regulamento Interno, orçamento anual ou relatórios de contas de gerência, entre outros.  

Ou seja, o Conselho Geral acaba por se evidenciar, na maior parte do tempo, como um órgão passivo, pouco crítico e pouco averiguador, também ele aparentemente dominado por lobbies, em particular os do poder local, e pel@ própri@ Director@, apesar de @ mesm@ não ter direito a voto no âmbito das decisões tomadas por esse órgão…

E são sobejamente conhecidas algumas das interdependências e “cumplicidades” existentes entre Director@s e representantes locais, por vezes até independentes das respectivas convicções políticas. Numa espécie de “solidariedade fraterna”, entre quem detém certas soberanias, parece até que o fascínio pelo Poder, ou pela sua manutenção, se pode sobrepor, e parece ser superior, às “cores políticas” que possam estar em jogo… Ou seja, a “cor política” nem sempre determina a comunhão de interesses entre as partes envolvidas…

 Eleit@ @ Director@, o exercício do lobbying costuma continuar, mas agora com outros actores, noutros sentidos e com outras ramificações…

 Curiosamente, ou talvez não, um dos lobbies mais poderosos intrínsecos à própria escola costuma ser o lobby dos Assistentes Operacionais, em particular na figura do respectivo Coordenador, não raras vezes, personagem muito solícita e dedicada, sempre disponível para cumprir os arbítrios d@ Director@.

Essa personagem é quase sempre, investida, pel@ Director@, de significativo e expressivo poder informal, a que não será alheio o facto de alguns Assistentes Operacionais poderem ser uma espécie de extensão dos “olhos” d@ Director@ por toda a escola… Alguns parecem mesmo funcionar como autênticos “postos de vigia”…

O incentivo à delação parece ser praticado sem grande pudor e a própria também…

 Outro lobby significativo nas escolas parece ser o dos detentores de cargos de “confiança política”.

Sem, à partida, querer colocar em causa a competência de alguém, necessária ao desempenho de determinados cargos, veja-se, por exemplo, a forma como decorre a “eleição” dos Coordenadores de Departamento, que se tornou prática oficial nas escolas, sustentada, é certo, por enquadramentos legais, mas que, e apesar disso, não pode deixar de se criticar nem de se censurar…

Assim, e a partir de uma pequena lista de três nomes elegíveis para esse cargo, designados e propostos pel@ Director@, pede-se aos professores dos Grupos de Recrutamento que integram determinado Departamento que elejam o respectivo Coordenador, sabendo antecipadamente que não poderão/deverão votar em qualquer outro nome que não conste na referida lista.

Parece óbvio que a designação, pel@ Director@, daqueles nomes, mas não de outros, obedeceu a critérios apenas justificáveis pel@ própri@, apesar de não poder deixar de se especular que um desses critérios seja o da “confiança política”.

E por “confiança política”, neste caso, leia-se “inquestionável obediência” às ordens emanadas pel@ Director@… Se assim for, tal cargo é representativo de quem? Do grupo de pares que compõem o Departamento, unicamente do próprio Coordenador ou apenas da vontade d@ Director@?

Entre outros, neste rol da “confiança política” parecem também estar incluídos os cargos de Coordenador de Estabelecimento de Ensino e de Coordenador de Directores de Turma…

 A “confiança política” estende-se também ao Conselho Pedagógico que, teoricamente, deveria ser um órgão vital para o funcionamento da escola, pleno de pluralismos e assente na defesa de múltiplos pontos de vista, próprios da liberdade de expressão…

É presidido pel@ Director@ e, no geral, não tem na sua composição qualquer elemento permanente que não tenha sido designado por si, incluindo nessa nomeação os Coordenadores de Departamento, de Estabelecimento de Ensino e de Directores de Turma.

Assim sendo, não pode deixar de se inferir que o Conselho Pedagógico pouco mais será do que o reflexo d@ própri@ Director@, uma vez que, na maior parte das escolas, todos os elementos restantes foram designados por si, de acordo com um perfil estabelecido por si… Dessa forma, parece lícito considerar que quem tem assento nesse órgão conhece e aceita tais condições…

Estranha-se que, em termos gerais, as medidas propostas pel@ Director@ em sede de Conselho Pedagógico sejam praticamente todas aprovadas, ainda que algumas delas possam ser muito discutíveis e criticáveis… E, estranha-se, ainda, que tenham sido ratificadas por via da votação nominal…

Também não deixa de ser elucidativo que qualquer um dos elementos anteriormente mencionados possa ser exonerado, em qualquer momento, pel@ Director@, e substituído por outro, porventura, com um perfil mais “flexível” e mais “submisso”, sendo que essa ressalva está, por vezes, devidamente acautelada no Regulamento Interno de alguns Agrupamentos de Escolas, talvez com o intuito de prevenir a ocorrência de determinadas “veleidades”…

 lobby mais poderoso numa escola é, indubitavelmente, o lobby d@ própri@ Director@. Quase sempre composto pelo conjunto dos “apaniguados e dos bajuladores do regime”, com ou sem cargos hierárquicos, que diariamente presta vassalagem a@ Director@, incapazes de dispensar, pelo menos, uma visita diária ao seu Gabinete, e que exercem a sua defesa, de forma explícita ou implícita, esperando, quase sempre, obter algum tipo de retorno, previsivelmente sob a forma de algum favorecimento ou de alguma vantagem…

Desde a publicação do Decreto-Lei Nº 75/2008 de 22 de abril, criado com o pretenso objectivo de fomentar a autonomia das escolas, tem-se assistido, apenas e só, ao reforço do poder d@ Director@… E, afinal, a figura d@ Director@ continua a ser um, inalterado, executante das políticas educativas e das medidas prescritas pelo Ministério da Educação, tal como anteriormente também já o era a figura de Presidente do Conselho Executivo…

O presente modelo de gestão, assente no desempenho de um cargo unipessoal, não serviu para reforçar a autonomia das escolas, apenas atribuiu um poder quase absoluto a uma figura, poucas vezes consensual em cada escola…

Na prática, órgãos como o Conselho Geral, o Conselho Pedagógico ou o Conselho Administrativo, resumem-se todos apenas ao poder de uma só figura: @ Director@…

Nessas circunstâncias, a escola tornou-se estéril de saudável convivência, esvaziada de democracia participativa, minada pela farsa diária, pelos sorrisos forçados e pela hipocrisia do “faz de conta”…

 Num país de “comadres e de compadres”, até poderia parecer natural a existência de lobbying nas escolas… Contudo, a escola actual está enredada numa teia de interesses, influências e de pressões, quase sempre exercidas na tentativa de interferir na tomada de determinadas decisões, com o intuito previsível de conseguir obter vantagens ou benefícios, próprios ou de grupo, mesmo que tal possa causar eventuais prejuízos a terceiros…

E uma escola assim tolhe e “seca” tudo à sua volta…

 

Nota: Este texto é susceptível de poder causar algumas arrelias, apesar de não se pretender generalizar e de se considerar que poderão existir honrosas e desejáveis excepções ao retrato apresentado…

 

(Matilde)

 

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43 comentários

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    • AC on 28 de Fevereiro de 2021 at 7:34
    • Responder

    E quando são os CGs, exponenciando as suas competências, a fazer a “vida negra” à/ao Diretor/a? É que também os há!

      • Em nome da verdade on 28 de Fevereiro de 2021 at 14:13
      • Responder

      Onde?
      Deixe-se disso. Os CG estão VENDIDOS aos diretor@s. Todos. Não há fiscalização nem eleições, apenas um plebiscito salazarento.

        • Oirelava on 28 de Fevereiro de 2021 at 15:53
        • Responder

        Num agrupamento de Faro, um CG que não se agachou, liderando por uma mulher de barba rija mas, rapidamente, na eleição seguinte, foi cilindrada na sua pretensão de formar lista, pela ação de terror desenvolvida pelo pulha que tomou de assalto a cadeira de diretor, junto dos hipotéticos integrantes da lista opositora à do pulha … e assim se vai eternizando num cargo, onde usufrui dum vencimento e duma subvenção, sem colocar os côtos na escola … delegando, ostensiva e obscenamente, TODAS as suas funções no subdiretor e assessores … passando uma vidinha de dolce far niente de borga e perseguição aos elementos críticos ao regabofe de gestão … e assim vai a democracia lobista nas escolas!! Um bandalho parasita que tem feito “carreira” de barriga cheia e pé dormente, sem nada fazer … nem sequer se dá ao trabalho de estar presente na escola em tempo de exames … mas posta muitas fotografias de “atividades” de embalar criancinhas, no facebook … passando a imagem de agrupamento de grande dinamismo!!

        • AC on 28 de Fevereiro de 2021 at 20:16
        • Responder

        Olhe que não , olhe que não! Falo por conhecimento próprio!

          • AC on 28 de Fevereiro de 2021 at 20:18

          Este comentário é para ” em nome da verdade “

        • AC on 28 de Fevereiro de 2021 at 20:27
        • Responder

        A minha resposta está mais abaixo.

    • Pedro on 28 de Fevereiro de 2021 at 8:36
    • Responder

    Um caso paradigmático é o do AE de Odemira. O diretor está casado com a vereadora da educação de um executivo do PS, numa câmara PS que aposta a sério em ter todos os diretores escolares do concelho bem domados.

    • Luisa Berta Lourenço on 28 de Fevereiro de 2021 at 9:39
    • Responder

    Sou professora sinto isto na pele todos dias. Tenho pena do 25 de abril, que não
    foi feito para isto. Os laços familiares e compadrios não favorecem a Democracia, parece uma Monarquia camuflada.

    • Xavier on 28 de Fevereiro de 2021 at 9:41
    • Responder

    Que é essa cena das arrobas? Será que o autor do texto é professor? Um sintoma do estado da educação do Estado.

      • Matilde on 28 de Fevereiro de 2021 at 13:47
      • Responder

      Utilizo a arroba (@) para evitar, ao longo da escrita, a repetitiva discriminação de género (feminino ou masculino), ou seja, quando escrevo Director@ pretendo abranger os dois sexos…

      Espero ter conseguido esclarecer… 🙂

        • Eu on 28 de Fevereiro de 2021 at 14:16
        • Responder

        Esse @ vale, consoante o contexto: nada, e, o , a, @
        Cinco valores num só caratere!
        Se a moda pega, daqui a uns anos bastam-nos meia dúzia de símbolos para escrever em “Português”!!

        • Fátima Bordalo on 19 de Junho de 2021 at 12:15
        • Responder

        Parabéns pela perfeita e verdadeira análise. Quanto às das críticas ( do excesso) das vírgulas…. nem vale a pena !

        • Fahtima on 19 de Junho de 2021 at 12:20
        • Responder

        Parabéns pela perfeita e verdadeira análise. Quanto às das críticas ( do excesso) das vírgulas…. nem vale a pena !

      • São on 28 de Fevereiro de 2021 at 18:07
      • Responder

      E as vírgulas? Estarei enganada ou o texto está carregado de vírgulas desnecessárias?

    • maior on 28 de Fevereiro de 2021 at 10:06
    • Responder

    Correto, a um agrupamento no distrito de Viseu em que o coordenador dos assistentes operacionais, para além de tudo o que o texto refere, é traficante de estupefacientes.

    • maior on 28 de Fevereiro de 2021 at 10:08
    • Responder

    Correto,” há ou num”

    • maior on 28 de Fevereiro de 2021 at 10:10
    • Responder

    Correto,”Há ou num”

    • maior on 28 de Fevereiro de 2021 at 10:15
    • Responder

    • João on 28 de Fevereiro de 2021 at 10:25
    • Responder

    Na mouche, Matilde!
    Este texto deveria ir para as parangonas noticiárias do país. Devia ser a base de um sexta às, de uma grande reportagem….É mesmo assim!
    Este sistema de gestão escolar revela artifícios de ditadura que nem as maiores ditaduras do mundo se lembraram de utilizar.
    diretores casados com vereadores… chefes de assistentes operacionais traficantes, diretores a interromper aulas para mandar alunos para atividades da câmara não inseridas nos planos de atividades mas a necessitar de público para eventos de propaganda mediatizados, diretores dar excelentes aos amigos para mudarem de escalão, diretores com departamentos de markting a distribuir propaganda de auto-elogio …

    • maior on 28 de Fevereiro de 2021 at 11:51
    • Responder

    Na escola que refiro, o sr. diretor será provavelmente o próximo presidente de câmara do município. Desculpem os posts repetidos.

    • Rui Manuel Fernandes Ferreira on 28 de Fevereiro de 2021 at 15:59
    • Responder

    Outro belíssimo texto da Matilde. Belíssimo não porque transmita o belo, mas porque transmite o real.

    Recuamos a 2008 quando o malfadado modelo foi implementado e faça o leitor o obséquio de encontrar diferenças sobre aquilo que se projetava (Carneiro, 2008) e aquilo que se tornou (Matilde, 2021):

    “Depois de termos visto, nos textos anteriores, alguns dos graves problemas de concepção e operacionalização de que o conselho geral enferma, proponho que dediquemos agora alguma atenção ao órgão que, dentro do organograma do actual modelo de gestão das escolas, surge na segunda posição hierárquica: o director.
    Esta segunda posição na hierarquia é segunda apenas no plano formal, porque, pelas razões já apontadas (composição do conselho geral e ausência de condições para a plena assunção das suas competências), o director ocupa, de facto, a primeiríssima posição na hierarquia. Resulta daqui uma situação particularmente perigosa e inaceitável: devido à incapacidade efectiva do conselho geral exercer as suas funções, as competências de direcção que lhe estão atribuídas são, na prática, exercidas pelo director, acumulando-as, assim, com as competências de administração e gestão que a lei já lhe confere. Deste modo, uma só pessoa passa a ter o poder efectivo de dirigir, de administrar e de gerir uma escola em todas as áreas: pedagógica, cultural, administrativa, financeira e patrimonial. Mas comecemos pelo princípio, comecemos pela concepção que sustentou a opção política de se criar um órgão unipessoal (director) em substituição de um órgão colectivo (conselho executivo/directivo). Quando este modelo foi discutido na Assembleia da República, Sócrates e Rodrigues não se cansaram de dizer, com desmedida ênfase, que a introdução de um órgão unipessoal na gestão das escolas iria permitir criar «lideranças fortes». Assim mesmo: «lideranças fortes». Diziam que, com a institucionalização da figura do director, passaríamos a ter boas lideranças e eficazes lideranças. (É impressionante a facilidade com que o mais grosseiro senso comum sobe à tribuna política, se faz ideologia e se impõe a um país).

    • Rio Dão on 28 de Fevereiro de 2021 at 16:12
    • Responder

    Está tudo dito pulhas que também dominam a avaliação de professores. Não vale a pena tentar ser Dom Quixote. Está tudo minado.

      • Ricardo on 28 de Fevereiro de 2021 at 18:19
      • Responder

      Trastes. Com impunidade salazarenta.
      Até furam a fila das vacinas sem que nada lhes aconteça!!!! A impunidade ultrapassa a dos políticos!

    • Acordem, de vez!!!!’ on 28 de Fevereiro de 2021 at 18:06
    • Responder

    Manchete do Público 12 de agosto de 2018:
    “3 em cada 4 professores foram vítimas de assédio moral”.
    “Os principais responsáveis são os diretores.”
    Se uma manchete destas denunciasse um comportamento destes em relação a um cidadão estrangeiro ou a uma qualquer minoria as consequências seriam imediatas. E MUITO BEM.
    Tratando-se de professores, que aconteceu até agora (TRÊS ANOS DEPOIS) ? Nada. Ou pior…maior impunidade desses comissários políticos para continuarem a perseguir os professores.
    As escolas vivem em completa ASFIXIA. Democrática.
    Continuem a votar nos mentirosos do BE, que prometeram apresentar um modelo de gestão democrática há SETE anos e ainda estamos à espera.
    Apresentá-lo-ão quando estes comissários políticos garantirem os últimos 4 anos deste vergonhoso regime.
    E não se esqueçam o objetivo será que eles possam continuar mais 20 anos !!!!!!!! Invocando a mudança de modelo!!!!

    • Alecrom on 28 de Fevereiro de 2021 at 19:07
    • Responder

    Boa, Matilde.
    Um sistema “faz de conta”.

    E não vejo qualquer alternativa ao que está a acontecer.

    Caminhamos a passos largos para a indigência absoluta.

    Mais:
    de Bazuca na mão, esta gente vai dar cabo do pouco de dignidade e valor que ainda nos resta.

    • Fingidor on 28 de Fevereiro de 2021 at 20:04
    • Responder

    Parabéns Matilde. As suas palavras explicitam bem “o cancro” que existe nos agrupamentos.

    • FIlipe on 28 de Fevereiro de 2021 at 20:29
    • Responder

    O absolutismo dos movimentos que hoje imperam pelos órgãos Estatais estão a conduzir na calada da noite , a um Portugal totalitário . Imperam por todo o lado gente partidária quer nos órgãos comuns quer na Justiça . A recente eleição de um PS no Tribunal Constitucional , prova por 1+1 = 2 , Adolf Hitler está sempre representado neste governo Socialista , o Nacional Socialismo junto como o Comunismo de Estaline renasceram em Portugal . Nas escolas , falta uma norma da pide/DGS que ordene a marcação por tatuagem nos braços das crianças , o resto está tudo feito. Atrocidades que mais tarde elas irão condenar estes Socialista poderes na governação rasca na miséria política , por não haver melhor . O Presidente da República mete o rabo entre as pernas cheio de medo de uma crise política .

    • Artur Manuel Vieira on 28 de Fevereiro de 2021 at 23:32
    • Responder

    Desculpem, mas não me revejo neste texto.
    Existem normalmente grupos que tem a mesma linha de pensamento e, naturalmente, tentam fazer aprovar as suas ideias.
    Muitas propostas, feitas pelo Diretor, geram novas propostas mais ricas em conteúdo.
    A autonomia da escola é tão pouca que os “lobbies” não passam de lugares de prestígio, se é que o trabalho dá prestígio.
    Quando um CG quer mudar o sentido de voto, independentemente das pressões, pode fazê-lo. Parece que estamos a falar do país, em que cotamos sempre nos mesmos que permanentemente criticando e chamamos de curruptos.
    Enfim, cada um tem a Escola que merece.


    1. 🤣🤣🤣

      • Rui Manuel Fernandes Ferreira on 1 de Março de 2021 at 11:05
      • Responder

      Caro Artur Vieira permita-me dizer-lhe que existem, sempre, exceções à regra e ainda bem que as há. O problema mesmo é que, em regra, aquilo que se passa com o modelo de gestão atual é muito bem traduzido no texto da Matilde, infelizmente para todos nós, com os alunos à cabeça. Este problema vai muito para além de “pretensões” laborais dos professores. Uma vez tomadas as decisões são os alunos que perdem.
      Nunca vi na minha escola e nas dos arredores aquilo que diz “muitas propostas, feitas pelo Diretor, geram novas propostas mais ricas em conteúdo”. Se isto se passa na sua escola é porque o Artur Vieira teve a sorte de encontrar uma assim. O post refere-se exatamente de como elas deveriam ser, por exemplo, a sua.
      Todavia, considero que o texto, a pecar, peca por defeito. Existem condutas nos diretores de bradar aos céus.

        • Almada on 1 de Março de 2021 at 11:59
        • Responder

        “…de bradar aos céus”.
        … e com a proteção da igec e das estruturas do me. Em off a mensagem é “nós damos cobertura”. Foi assim na ocultação dos surtos de covid nas escolas e é assim, há mais de uma década, nas perseguições constantemente movidas aos professores.
        Recordo a manchete do Público… “75% dos professores vítimas de assédio laboral, diretores os grandes responsáveis”. Impensável no local de formação das futuras gerações. Impensável num país democrático!
        Impensável que nada tenha mudado.
        A propósito de CG, a falta de vergonha leva a que até os representantes dos alunos, adolescentes, são alvo de pressões, que não são mais do que tentativas de corrupção, que lhes deformam o caráter.
        Inacreditável, o que se está a passar nas nossas escolas.
        Morram estes Dantas. Morram, pum.
        Nota: o Artur é um dos que “gravita”( o termo é para ser muito simpático) em torno do diretor. Até aposto que é dos “xalentes”…

    • António on 28 de Fevereiro de 2021 at 23:51
    • Responder

    Parabéns Matilda pelo artigo que escreveu. Apresenta uma visão rigorosa do que se passa nas escolas, a interferência e promiscuidade da política que se alastra como uma teia que asfixia sem parar a vida de quem trabalha nas escolas. Os Diretores deviam ter uma limitação de dois mandatos e serem obrigados a regressar à lecionação. Esta regra devia ser também extensível aos dirigentes sindicais. Assim evitávamos tantos jogos partidários. Temos que valorizar cada vez mais os movimentos independentes de cidadãos para o país não ficar refém dos interesses partidários, que estão a destruir a democracia em Portugal.

    • Filipa on 1 de Março de 2021 at 7:43
    • Responder

    …e fala-se agora de quotas e vagas porque alguns destes trastes ficaram “presos” mesmo tendo todos sido avaliados com 10 pelos isentos CG.
    Mais uma nota, mais grave ainda que as quotas é este antrax (diretores) que infeta as escolas. Mata. Basta verificar o número de comentários.

    • docente on 1 de Março de 2021 at 11:31
    • Responder

    Ponto prévio: também discordamos do sistema atual. Faz todo o sentido a eleição ser de uma forma mais democrática. Contudo, dar um salto desta forma para a argumentação expressa é, no mínimo, parcializar a discussão e enviesar o pensamento!
    Depois, assiste-se à aleivosia, pejada de má-fé, em comentários despropositados e ofensivos. Há maus diretores? Claro que sim, como há maus professores, médicos, padeiros… e isso legitima observações de índole pejorativa, numa análise extensiva? Por acaso, num exercício de pensamento (e boa-fé) já se interrogaram quantas vezes os diretores “se atravessam” por colegas que são maus profissionais? Perante a tutela, os encarregados de educação, o ministério público, os outros colegas? E não são a exceção…
    A discussão sobre o tema é vital. Não obstante deve ser feita com elevação (supostamente estamos a falar de pessoas com formação e não de “carroceiros”) e sentido construtivo. Más experiências todos temos, de todas as classes profissionais. Mas isso não devia ser motivo para destilar ódio e expressar má-formação.
    Quem estiver de boa-fé e de forma honesta e sincera, percebe o alcance desta reflexão.

      • Ricardo Gomes on 1 de Março de 2021 at 14:51
      • Responder

      “Também discordamos…”, o plural é nitidamente um ato falhado. Deveria ter assumido que é diretor. Tem vergonha? Se não, devia!
      Autodenominar-se docente é uma ofensa aos …professores.
      Diretor escolar é um cargo do Estado Novo, salazarento, mesmo. Factual.
      A noção de democracia desta gente está espelhada numa conversa, que há dias escutei entre estes comissários políticos, o assunto era “vamos despachar-nos a garantir mais um mandato, não vá alterar-se alguma coisa….”. Outro dizia “se me demitir e recandidatar posso garantir mais 16 anos!!!!”. Esta é a democracia dos “trastes”!
      “Atravessar pelos colegas”, esta afirmação, de tão insultuosa, nem merece comentários. Só se atravessar significar prejudicar, perseguir, maltratar ou amesquinhar, com total proteção da tutela.
      Uma nota final, a ocultação e a mentira, em troca da manutenção do tacho, quanto aos surtos de covid nas escolas, foi então um comportamento criminoso e que conduziu ao desastre e a um o elevado número de mortes, perfeitamente evitáveis.

      • Zeca on 1 de Março de 2021 at 15:22
      • Responder

      Tenho no e-mail institucional um inquérito “anónimo” para avaliar o funcionamento da escola. Tenho de reenviar, preenchido, a partir do mesmo e-mail e é obrigatório colocar grupo de recrutamento, a faixa etária e os anos de escolaridade que leciono. O Salazar também fazia eleições! Carroceiros é pouco.
      Isto é pidesco.

      • Rui Manuel Fernandes Ferreira on 1 de Março de 2021 at 22:22
      • Responder

      O caro “docente” não deve andar muito bom da cabeça quando refere “Por acaso, num exercício de pensamento (e boa-fé) já se interrogaram quantas vezes os diretores “se atravessam” por colegas que são maus profissionais?”. Os diretores que se atravessam por colegas maus profissionais são incompetentes. O texto da Matilde não se refere a estes.

    • José Nunes on 1 de Março de 2021 at 12:36
    • Responder

    “…já se interrogaram quantas vezes os diretores “se atravessam” por colegas …”
    Não nos faça rir! Coitadinhos, vivem para proteger os professores!!!!!!!! Não brinque connosco. Só se atravessam pelo “tacho”.
    Ah! Até porque NINGUÉM OS OBRIGA a permanecer no cargo. Ter-se-á tornado uma adição?!
    Ainda, ninguém lhes chamou, nesta “caixa” de comentários, “carroceiros”, mas que o comportamento, deles, é de “carroceiros” , lá isso é. Tenho até de confessar que encontrou o adjetivo ideal!
    Para finalizar, já se interrogou por que são os “posts” a propósito dos diretores que geram mais comentários?
    Já se interrogou por que 99% desses comentários são depreciativos ou a denunciar, anonimamente, comportamentos escabrosos (carroceiros)?

      • Docente on 1 de Março de 2021 at 14:00
      • Responder

      Não discuto pessoas. Reflito sobre princípios e valores. A adjetivação feita anteriormente, por exemplo, pulhas, diz muito de quem os profere e os secunda. Discutir com base em comportamentos individuais leva a quê? Conhece maus diretores? Eu também. E conheço maus docentes. E daí? Legitima essa verborreia? A reflexão faz sentido, em termos de procedimentos. Não em termos de “coitadinhos” e “tachos”. Isso é conversa de senso comum pouco ilustrado. A elevação começa, e termina, em nós. É necessário mudar o sistema? Sim, é. Mas sem ofensas gratuitas e sem sentido, com responsabilidade e boa-fé.


      1. Agora até aparecem os diretores a defender a mudança de sistema…
        Sabem porquê? Não é por defenderem o regresso da democracia às escolas…
        A mudança que defendem é aquela que lhes permita mais 16 anos de “tacho”, mas SEM eleições.
        Eleições que, depois dos comportamentos que têm tido, nunca ganhariam. Duvido mesmo que conseguissem recolher proponentes em número suficiente para uma candidatura! Até os lambe-botas, quando percebessem a realização de eleições, se afastariam. Eles sabem disso. Desejam agora apenas uma alteração cosmética, que lhes permita manterem-se sem trabalhar e com mais 750€/mês no vencimento, pois a esmagadora maioria está no último mandato.
        Deve achar que os professores andam a dormir.

          • Fui e voltei on 1 de Março de 2021 at 16:18

          Genial!!!!
          Repare-se: “A mudança que defendem é aquela que lhes permita mais 16 anos de “tacho”, mas SEM eleições.
          Eleições que, depois dos comportamentos que têm tido, nunca ganhariam”
          Afinal, que sistema é defendido em que ficam com mais”16 anos de “tacho””, mas sem eleições?! Isto é, os ditos defendem mudança de sistema, mas não é por democracia… mas é porque querem “tacho”… mas como o conseguem? Sem eleições?! Hum?!
          A quadratura do círculo…
          E continua-se a discutir de forma personalizada: aquele que está em fim de mandato, aquele que é mau… pela argumentação expressa, há muitas mudanças a fazer… mormente naqueles que são formadores e educam pessoas.

        • Rui Manuel Fernandes Ferreira on 1 de Março de 2021 at 22:28
        • Responder

        Caro “docente”, poderei depreender pelas suas palavras que é com responsabilidade e boa-fé que os diretores se atravessam por colegas maus profissionais? É isso?

    • Alexandra on 1 de Março de 2021 at 18:37
    • Responder

    A 24 de fevereiro publuiquei aqui, em vários grupos de Professores no Fb e aos Sindicatos que o tráfico de influências e o corporativismo instalaram-se instalaram-se no Ensino público desde 2011 .
    Em democracia somos nós os profissionais do Ensino, nós os Docentes, que escolhemos os nossos pares para gerirem o Agrupamento de Escolas pelo método de Hondt, como foi até à data supra referida.
    Nós também somos e conseguimos ser um grande lobbie e para isso temos de erradicar o cliché “Dividir para reinar”.

    Deixemo-nos de queixumes e passemos à acção.
    Uma Ordem faz falta, independentemente dos receios pela orgãnica da mesma.
    A Lei nº2/2013, de 10 de Janeiro,e passo a citar:
    Uma ordem é, juridicamente, uma associação profissional, na qual o Governo delega poderes para promover a regulação da profissão, do ponto de vista ético e deontológico. Assim, a constituição de uma Ordem está condicionada à autorização do Estado (Governo), circunstância que supõe, para ser constituída, negociações políticas. Embora as Ordens não possam exercer as funções próprias dos sindicatos, é minha opinião que as duas federações sindicais de Professores moverão todas as influências possíveis para que nunca seja criada uma Ordem de Professores. Por algum motivo três organizações estão no terreno com esse propósito, duas delas há décadas, sem nada terem concretizado.
    Estamos a esquecermo-nos de outro grande lobbie que causa divisão na nossa classe, as duas federações sindicais.
    Então sugiro que quem ainda não consultou a lei sobre a implementação das Ordens, o façam para assim reflectirmos e agirmos com conhecimento de causa. Mais digo, com uma Ordem e dois Sindicatos estamos melhor servidos, tal como acontece com os Médicos e outros profissionais, para acabarmos/ erradicarmos com os maus hábitos instituídos na classe, nos Sindicatos com maior destacamento há 45 anos e assim erradicarmos com a a politiquice no seio do Ensino/Educação para se conseguir maior transparência.

    Também mais uma vez sensibilizo e sugiro a separação da Escola e as Autarquias, ou seja, as autarquias apenas se cingirem à manutenção das Escolas e espaços circundantes, de se responsabilizar pelo transporte dos alunos às respectivas Escolas e de acolher as crianças e jovens dos municípios nos espaços recreativos que foram construídos e são mantidos com o nosso dinheiro, o do erário público ao invés de as Escolas continuarem a serem cantinas sociais, os Docentes e pessoal não Docente deixarem de ser Assistentes Sociais. Compete sim às Assistentes Sociais e aos Técnicos da Educação que trabalham nas Comarcas e no Ministério da Educação exercerem essa função.
    Sendo as Escolas instituições cujo papel principal são as aprendizagens, a cultura e a socialização, devolver as Escolas aos Professores, isto é, serem as próprios Docentes responsáveis pelo currículo, pelos programas e dinamizarem o desenvolvimento da comunidade educativa circundante.
    Se estão interessados no que escrevo há sensivelmente há 1 década pesquisem através desta ligação e nas páginas dos grupos de Professores no no Fb.
    Saudações Democráticas.


  1. […] Os lobbies que dominam a escola… […]

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