Se escolas fecharem, mais se reduz a transmissão

 

Se escolas fecharem, mais se reduz a transmissão

Uma certeza: se nada for feito relativamente às escolas, “mantendo-se o valor do R [que determina a transmissibilidade do vírus], o número de hospitalizações e de casos vai aumentar de forma exponencial”, explicou Baltazar Nunes na reunião do Infarmed, a partir de uma modelação que foi realizada pela Faculdade de Ciências da Universidade Nova de Lisboa e pela Universidade de Trás-os-Montes. 

Os investigadores ponderaram três cenários: as escolas manterem-se abertas com um nível de contactos igual ao período pré-pandemia; outro em que se impõem o ensino a distância a partir dos 15 anos; e o último, em que todas as escolas são fechadas e se reduzem “todos os contactos associados às escolas”.

Segundo Baltazar Nunes, “se implementarmos medidas por um período de duas semanas, aparentemente passado esse período, o R volta a apróximar-se de 1 em todos os cenários — exceto no fecho das escolas, que tem maior efeito prolongado no tempo. Se for por um mês, há uma redução mais generalizada em todos os cenários”, explicou o especialista. Ainda que, disse, “é claro que, quanto maior for o confinamento maior, será a redução da transmissão.”

E se se fechar a transmissão noutros locais, mantendo as escolas abertas, “observa-se o valor do R abaixo de 1, mas não é tão pronunciada como se estas fecharem.”

A conclusão do especialista da Escola Nacional de Saúde Pública foi apresentada na reunião que junta peritos e responsáveis políticos nacionais (incluindo os candidatos presidenciais) numa reunião no Infarmed na manhã desta terça-feira, 12 de janeiro. 

   

 

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5 comentários

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    • Truecolors on 12 de Janeiro de 2021 at 11:59
    • Responder

    Fecho de todas as escolas!!!

    Temo por mim e pelos meus filhos!
    Os hospitais estão sobrelotados!

    • Margarida on 12 de Janeiro de 2021 at 12:15
    • Responder

    houve um trabalho sério por parte da maior parte dos professores e escolas durante o ensino à distância. No entanto, sabemos que as aprendizagens não tiverem, nem de perto, nem de longe, o mesmo sucesso. No entanto houve escolas onde o ensino à distância nem uma VERGONHA foi, pois não existiu. Descartarm o seu trabalho para a telescola. E estou a falar de escolas onde todos os alunos tinha meios tecnológicos, próprios ou cedidos pela câmara e junta. E mesmo assim a escola apenas enviou fichas para os alunos do 1.º ciclo fazerem com os pais. Contacto com o professor? Que é isso? Sentimento de pertença a turma???

    Quanto a se manterem as escolas abertas, dada a situação atual, é necessário reduzir a mobilidade e enviar o secundário para casa pelo menos 2 semanas. Mas não é para ir para a Serra da Estrela, como vi na televisão há uns dias, um autarca da zona a incentivar os turistas de todo o país a chegar lá antes das 23:00 e a sair na segunda de madrugada.

    • Margarida on 12 de Janeiro de 2021 at 12:20
    • Responder

    A notícia com os conselhos para contornar as regras:

    https://www.rtp.pt/noticias/pais/manteigas-e-um-dos-25-municipios-que-estao-fora-da-lista-de-risco-elevado-de-contagio-de-covid-19_v1288284

    • João on 12 de Janeiro de 2021 at 14:17
    • Responder

    Não é bom cuspir assim para o alto … São pessoas como a Margarida que alimentam que se continue a exigir cada vez mais papeis e papeis e justificações para tudo. e mais alguma coisa . …
    Se quiser que eu explique melhor, é só dizer!

    • micas on 12 de Janeiro de 2021 at 16:51
    • Responder

    mas o que tem o ensino à distancia com o confinamento geral?
    O confinamento faz-se por necessidade. Para os hospitais terem vagas para doenças normais.

    Ninguem quer confinamento … mas nao é isso que está em questao … aqui a questao é a doença e termos vagas para sermos tratados.
    Agora se ha aulas … se ha cabeleireiros .. se ha lojas de roupa … nao interessa … o governo que gaste o €€€ dos fundos perdidos. nao ha aumento de divida nem deficit. Se nao o gastam para isto gastam para quÊ?

    O ensino á distancia deixou de ter essa denominacao e em maio passou a ser “ensino remoto de emergência ”
    ERE

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