Texto enviado ao Diretor do meu agrupamento e às entidades listadas
De: Luis Sottomaior Braga
Enviada: 25 de janeiro de 2021 19:47
Assunto: Não consentimento de docente (s) para cedência de equipamento pessoal para ensino à distância
Importância: Alta
Ex. mo Senhor Diretor do Agrupamento Ex. mo Senhor Presidente do Conselho Geral Cc. Suas Excelências o Senhor Presidente da República, Primeiro-ministro, Ministro da educação, Ministro da Transição Digital, Diretora Geral da Saúde, grupos parlamentares da Assembleia da República, Sindicatos representativos dos Professores, Associações representativas de pais e diretores escolares, Comissão Nacional de Proteção de dados, Comunicação Social Sua Excelência o Ministro da Educação veio anunciar, nesta data, que as “escolas devem começar a preparar” a realização breve de educação à distância, nos moldes em que decorreu de Março a Julho de 2020. Perante tal anúncio, como docente a ser colocado em teletrabalho, cumpre-me informar o seguinte:
1. A legislação sobre teletrabalho (e para os docentes, aulas à distância são teletrabalho) prevê que o equipamento necessário deva ser fornecido pela entidade empregadora, só podendo ser utilizado equipamento dos trabalhadores com o consentimento expresso destes. Tal consentimento é livre decisão do trabalhador, como é normal, sendo computadores e outros equipamentos sua propriedade que têm o direito de gerir sem coação de nenhum tipo.
2. Na eventualidade de o Governo decidir teletrabalho para os docentes não consinto no uso do meu equipamento (seja computador ou telemóvel). Não tenho de prestar contas a nenhum poder público das decisões que tomo sobre equipamentos que paguei, custeio a manutenção, pago seguros e consumíveis e que até já pus gratuitamente ao serviço do Estado, em emergência, durante 4 meses, liberalidade que agora recuso. O direito de propriedade não está suspenso ou limitado pelo estado de emergência.
3. Acresce que o uso gratuito pelo Estado de equipamentos dos trabalhadores contraria, criando desigualdade, o que o mesmo Estado exige aos empregadores privados.
4. Além disso, assumir o uso do meu equipamento para um serviço público, em que estão implicados os dados dos alunos (menores de idade, com dados pessoais incluídos numa categoria sensível face ao RGPD), implica assumir uma responsabilidade, que não me cabe, nem sou capaz tecnicamente de garantir. Em caso de violação de dados, o uso do meu equipamento pode significar pesados custos e problemas jurídicos que só um equipamento fornecido pela entidade empregadora, com segurança garantida por esta, permite afastar.
5. Dado que a escola prevê na preparação para o ensino à distância, o uso gratuito e tacitamente assumido, sem ter sido apurado o meu consentimento, dos equipamentos dos docentes solicito que me informe sobre as soluções alternativas que proporcionará perante esta tomada de posição.
Com os melhores cumprimentos,
Luís Sottomaior Braga Docente do 2o ciclo do Ensino Básico (professor do quadro de agrupamento)
58 comentários
Passar directamente para o formulário dos comentários,
Haja quem ponha os pontos nos “i’s”. Obrigada a esse professor!
Todos os professores deveriam tomar esta decisão!
Não é só o nosso equipamento que está a ser utilizado, também a nossa Internet e a nossa eletricidade.
Estes consumos que correspondem a horas de uso, feitos em benefício do serviço público são pagos por nós.
As instituições têm que garantir os equipamentos para se poder trabalhar a partir de casa.
Então para que servem os impostos que pagamos ao Estado?
Será que poderíamos utilizar essa carta como minuta para cartas de teor semelhante?
Vais ter avaliação negativa do sôr diretor… 😂😂😂
não precisa de ser negativa: basta não ter quota para MB/E no 4º ou 6º escalão e já fica com a carreira destruída…
Apesar de concordar, não é altura para fazer ondas. A prioridade é parar a pandemia e neste momento, sim, cedo o meu equipamento pessoal ao serviço do ensino à distância que considero imprescindível. Numa fase posterior, e porque o computador é uma ferramenta de trabalho, deve ser fornecida pela entidade empregadora, tal como até está previsto num futuro próximo. O que não cedo é o direito de preservar a minha saúde e a dos que me rodeiam
A pandemia não começou agora!!!
Tem já um ano!! Preparassem-se.
É por lambe-botas destes, à espera de serem pagos com o xalente, pelo comissário político, que outros estarão anos na fila das vagas.
Muito bem Margarida!
Muito esclarecida na separação das águas. Este não é o momento para desfocar do que é prioritário!
Que bom que é podermos falar assim!
Os docentes que não consentirem ficam na escola a trabalhar… ficam com uma sala só para si e ainda podem cuidar dos alunos que cujos pais têm profissões essenciais, alunos com medidas adicionais, etc.
Nada mais simples.
Para quê complicar algo tão básico?
«e ainda podem cuidar dos alunos que cujos pais têm profissões essenciais, alunos com medidas adicionais, etc.»
Comentário típico do carneiro típico das escolas.
«e ainda podem cuidar dos alunos que cujos pais têm profissões essenciais, alunos com medidas adicionais, etc.»
Comentário típico do yes men das escolas.
mas tem de haver profs nomeados para isso, quer trabalhem em casa ou não, e portanto, não tem relação com ‘yes man’. A questão é: qual a compensação para os nomeados?
E os professores que estão nos grupos de risco?
Para que não haja problemas com vingançasZinhas, pq não os sindicatos IMPOREM este pedido a nível nacional? Na TV, no Presidente, nas comissões, etc etc….
Afinal por onde andam esses gajos? Esta carta a nível pessoal só dá azo a confusões e vinganças por parte das direções.
Palhaçada. Queres é repetir a receita do ano passado, ou seja nada!
Devias era devolver ao Estado (que somos nós) o que já gastaste em vão.
Vês algum professor do ensino superior com essas tretas num momento tão difícil? E só és do 2. Ciclo. Faz o teu trabalho e ajuda como toda a gente e deixa-te de tretas tu e essa turma irritante do Arlindo. Começa já a trabalhar a sério. Aproveita e estuda também um pouquinho, nota-se na escrita e no pensamento (para o caso de pensares que escreves e pensas mesmo bem). Precisas muito.
Com o seu comentário, começo a sentir orgulho em ser professora. Há muita falta de preparação no que concerne à docência.
Ena! O PS dá-se ao trabalho de ler este blog…
Se não forem trabalhar para a escola e usarem os vossos recursos em casa, muitos poupam em transportes e combustível. Além disso ajudam a travar a pandemia. Vai ser um braço de ferro numa altura má. Quando muito pedir um pequeno subsídio para os gastos com os recursos.
Gastas em aquecimento, luz, gás, água, internet.
Achas que poupas?
Vou poupar 400€ em portagens e combustível, para não falar do desgaste do carro. Dá para pagar muito de luz, gás, água… Santa paciência para tanta mesquinhez!
E muitos que estão colocados longe até podem ficar em casa com a família. Pensem bem. Vivemos tempos muito difíceis e acho que devem ajudar na medida do possível. Tal como fizeram no primeiro confinamento. Pode ser que depois o karma vos traga melhores condições de trabalho.
Há que ter solidariedade. Muitos portugueses perderam o emprego. e estão a passar por uma altura muito difícil. Devemos continuar a trabalhar em casa. Os professores que não têm computador ou não têm condições para trabalho à distância podem trabalhar na escola. Além disso existem os alunos filhos de profissionais prioritários .
Ora, alguém de sábio que consegue raciocinar. As escolas têm computadores para os docentes trabalharem.
Têm? De certeza? A minha e as 10 escolas mais perto da minha têm computadores de museu que não dá para trabalhar nas plataformas atuais, não tem net com potência suficiente…. Poupar no quê? Em despesas que não deveríamos ter que fazer?
Não não têm.
O autor que vá para a escola trabalhar, assim garante a sua privacidade na Internet já que não usa a sua ligação nem equipamento. Todo esse software de videoconferência envia endereço IP, endereço MAC, informações do sistema operativo, ambiente gráfico, etc., são muitos dados. Se não houver condições na escola, problema da escola.
Agora, a questão dos dados pessoais é engraçada. Os dados pessoais dos alunos são importantes, mas só se lembraram disso agora? Quando comunicam internamente usando software de terceiros (Google, Microsoft, etc.) em cujos servidores os milhares de documentos com dados pessoais ficam guardados e sujeitos a análise (como eles fazem a tudo o que lhes passa nos servidores, desde emails a anexos), não se lembram disso? E outra questão: os dados pessoais dos profs não interessam para nada? Estão bem com divulgar a vossa voz e trombeta pacificamente? O RGPD só se aplica aos alunos? Atvidades letivas síncronas são obrigatoriamente com voz e trombeta? nao podem ser apenas com chat? E o direito à imagem dos alunos quando estiverem em videoconferência? ou os RI das escolas estão acima do RGPD?
Sim. Seria uma excelente ideia o colega permitir o uso da sua carta como missiva que TODOS devíamos enviar ao patrão Estado. Exige para o privado, mas não dá o exemplo.
Os profes são uma de uma estirpe estranha. Resumindo:
1º Ah e tal… é o vírus, devemos/temos que estar em casa;
2º Depois de estar em casa… não quero dar aulas pela net;
3º Também não quero regressar às salas vazias;
4º Enfim, venha o guito que a Economia aguenta-se.
Se não sabe do que fala, fique calado!! Falar de cor e só porque sim é porque tem algo recalcado…trate-se!
Sim, estivemos expostos diariamente aos vírus (so os alunos acima dos 10 anos usaram máscara nas escolas), aguentamos temperaturas baixíssimas nas salas para fazer arejar o espaço com 25 alunos… Qualquer um diria não ter condições (na sua empresa certamente estava melhor do que nós), em casa temos os nossos filhos com aulas online como todas as outras pessoas, usamos o material que temos pago por nós, dividido por nós e os nossos filhos e, convém salientar que, se estragar precisamos de dois meses de salário para pagar um equipamento em condições. Como sustentamos a família para dispender do nosso salário para comprar material de trabalho? Está disponível para passar estas condições para trabalhar? Deviam cloná-lo! É um bem essencial à sociedade.
Palermas uma vez, palermas para sempre…
O estado exige aos privados e cumpre junto de muitos outros serviços, que não a educação. Conheço várias situações (oficiais de justiça, por exemplo) que trabalham em casa com computadores do serviço. O estado tem filhos e enteados e os professores estarão sempre no fim da fila.
Tem toda a razão. E já agora diga aos milhares de funcionários da saúde que estão a trabalhar o dobro do horário que parem imediatamente. E a talho de foice, o mesmo para bombeiros, forças de segurança e outros agentes de serviços essenciais. E não se esqueça ainda de pedir o apoio, neste seu protesto, a todos aqueles que já perderam o emprego ou que viram o ordenado reduzido.
Haja decoro. Há momentos para tudo e, com toda a certeza, este não é o momento para criar obstáculos ou dificuldades. Há quem diga presente e há quem deserte. Se em tempos como estes não percebe o significado de “altruísmo”, “dignidade” e “solidariedade”, então nunca perceberá.
Algum, dos que agora perderam o emprego (e dos outros), se preocupou quando eu, professor, perdi o meu, há uma dúzia de anos?
Os comentários eram sistematicamente “é porque não fazem falta”.
Agora é a minha vez…perdeu o emprego… “ é porque não faz falta”.
Tu também não fazes falta e andas a arrastar-te pelas escolas… e nem lá conseguiste aprender nada. Lamentável. Não deves ser professor! Sabes que existe mesmo calma. Desses ser capaz de interpretar isso., pelo menos.
Estuda um pouco de ética.
Têm? De certeza? A minha e as 10 escolas mais perto da minha têm computadores de museu que não dá para trabalhar nas plataformas atuais, não tem net com potência suficiente…. Poupar no quê? Em despesas que não deveríamos ter que fazer?
O meu agrupamento disponibiliza salas com PC e net para quem não quer ou não pode usar os seus materiais e em alguns casos disponibiliza portáteis e tablets.
Obviamente não é a situação ideal, mas em quase 30 anos de ensino sempre utilizei o meu PC em casa. Será que o desgaste é assim tão superior?
O que se poupa em tempo de deslocação e muitos de nós em gasolina e portagens diariamente compensa certamente. É o correto ???? NÃO, mas sejamos um pouco mais humanos nesta altura de pandemia e menos incorretos como acusamos o MEC de ser para connosco….
Bem haja a todos e protejam-se!!!
Eis o Cristo do Sec XXI.
Parabéns.
fica bem ser humano e solidário em situação de catástrofe mas isso não significa que possa ser usada como chantagem impondo condições que eliminem direitos básicos, sendo muito perigoso se tal for aceite pacificamente.
Luís Sottomaior sabe do que fala e sabe como falar e que oportunidade utilizar para também fazer o mesmo que a insensibilidade dos sucessivos governos têm feito aos docentes: apertar!
Independentemente daquilo que refere a professora Margarida, que também tem razão, a verdade é que nada há que diga que um docente tem de ter equipamento tecnológico para enfrentar o tal ensino à distância e, por caso até conheço um docente que não tem nem sabe nada de informática. E deve acrescentar-se que quem tenha um com pouca qualidade, que não lhe permita o desempenho da função, aufira vencimento suficiente para ir comprar um, assim de rajada, e não se endividar.
Tem ainda razão o Sr Sorceress. Nem vejo qualquer problema em que um docente fique na escola a lecionar o tal ensino à distância, só que, pelo que conheço duvido que muitas escolas tenham computadores com câmaras que permitam o contato com os alunos.
Os sucessivos governos descredibilizaram a classe, nobre, docente, não é de admirar, pois, que haja apreensão e pouca disponibilidade para dar o corpo às balas. É que governos, políticos e mesmo diretores com ambições políticas hão de sempre existir, professores abnegados começam a morrer.
O Luís tem TOTAL razão. Mas está para além do 7.° escalão, penso eu.
Se estivesse abaixo… ficaria anos numa lista à espera de vaga…
Há medo nas escolas, sim. E não é da covid.
Não se esqueçam que as escolas estão infetadas por diretores FASCISTAS, que ameaçam, amordaçam e perseguem as vozes dissonantes. A igec é conivente, branqueia até as denúncias.
Um salazarento MEDO infeta o ambiente as escolas. Todos sabem que, sem eleições, os atuais reitores/diretores ( HÁ UM VENTURA EM CADA UM DELES) e as suas metastases tem garantidos outros 48 anos de poder…
Regressasse a democracia às escolas e os atuais reitores nem o número mínimo de proponentes para se candidatarem conseguiriam.
Tudo com a benção dos marxistas e estalinistas do pcp e Bloco, que não são mais que fascistas de esquerda.
O Luís Braga está no 4º escalão já o disse publicamente várias vezes!
São os sindicatos que deviam estar agora a exigir ao governo material informático e condições de trabalho,…. sim e isso não é deixar de ser solidário com o resto do país. Libertem nos das burocracias, dos milhares de papéis, planos, evideenccias e mais evidencias exigidas pelos diretores, só para nos esgotarem, porque todos sabemos que o ensino a distância só serve para entreter os meninos e desgastar os professores. Sim, é agora que os sindicatos nos podem/devem defender até voltaremos a Escola.
Concordo com a libertação dos papéis, pois de facto a burocracia associada ao ensino à distância é de loucos. Agora que o ensino à distância só serve para entreter os meninos, discordo na íntegra. Qual é a idade dos seus alunos/meninos. Os meus do secundário trabalham, não ficam apenas entretidos. Claramente é um trabalho exigente.
Oh Há medo, sim: O que é que o “Chega” tem a ver com os diretores fascistas que intimidam os professores’ nas escolas? Que eu saiba não foi o “Chega” que os lá colocou e que os lá manterá nos próximos largos anos.
Ah já sei: “Se fosse o Chega seria ainda pior…” Tá bem, tá!
🙂 Exige-se que os professores tenham argumentos minimamente racionais.
Se no Sec. XXI temos professores que não percebem nada de informática….devem mudar de profissão!
Ora nem mais! Assino por baixo! Quem estiver interessado, que se inscreva… a começar pelo senhor Sottomaior… com 2 ts…
Assino por baixo do conselho que deu o/a Sorceress.
Sugiro que se faça uma petição no site petição pública
Mais uma enorme quantidade de comentários sem nexo, sentido.
Estou a “110%” de acordo com o professor.
Ninguém é obrigado a ceder o próprio equipamento para o teletrabalho.
Para aqueles que acham que sim, a minha pergunta é:
Também cedem o carro ? Ou a casa? Ou a conta bancária?
Pois é, pimenta no cú dos outros é refresco…
O país arrasado com a pandemia, desemprego como nunca se viu, pessoas a passar fome. E o colega professor, que tem emprego e salário que não atrasa no fim do mês, tem a coragem de chantagear a escola por um mísero telemóvel. Há usados por 50 Euros no OLX. Imagina um entregador da Glovo, que não tem direitos nem contrato de trabalho, tem que comprar a própria Mota e o combustível. Reflitam, colegas. O mar não está para peixe para ninguém, e sacrifícios estão a ser feitos por todos. Talvez nós ainda não tenhamos provado o sabor amargo da crise que aí está.
Caro prof, sei bem que a responsabilidade dos alunos do secundário é , por norma, boa,, pois também trabalho com eles. Já os de 7,8.. sim,reafirmo que é muito difícil mante los
ligados e os resultados das aprendizagens reais são fracos .Até porque muitasvezes estão sozinhos , sem qualquer apoio em casa, sem meios informáticos, sem ambiente, a tomar conta de irmãos mais novos… muito Fazem eles! O que eu digo é que esqueçam as burocracias de um ensino de último recurso!
Estou a “100000000000000000000%” de acordo com o professor Luis Sottomaior Braga.
Quero deixar aqui expresso todo o meu apoio pela sua coragem na defesa dos direitos da classe docente.
A maior parte dos comentários que aqui pude ler, não só me entristecem como me deixam indignado.
Ver aqui pessoas que não defendem os seus direitos e que se deixam espezinhar aceitando toda “a merda que lhe dão a comer” é vergonhoso.
Não estamos numa emergência (como já aconteceu no ano anterior) estamos a preparar os próximos tempos de ensino à distância com as melhores e corretas condições.
Quem não defende e faz valer os seus direitos não pode ser boa gente.
Ninguém pode ser obrigado a ceder o próprio equipamento para o teletrabalho em nenhuma profissão.
EU NÃO O VOU FAZER. Farei o ensino à distância, a partir da escola.
Para aqueles que acham que sim, a minha pergunta é:
Também vão continuar a ceder a todos os roubos que já sofremos “na contagem do tempo de serviço” – “nas progressões na carreira”…etc… Parece que sim.. Então não se queixem.
Louvo a coragem do Luís Braga, é uma causa justa! é avançar com outras ações para levar isto avante. Terá certamente o apoio de muitos…
Só se fala nas crianças e nos estudantes que são os grandes prejudicados pelo fecho das escolas. E as pessoas que lá trabalham são gente ou não? Os profetas da desgraça que acham que os professores não devem se queixar deviam ir ás escolas. Se a pandemia foi minimizada nas escolas de quem foi o trabalho? O senhor ministro da educação andou com o badalo n mão a afirmar que as escolas não fechavam, qual deus que tudo controla e tudo resolve. Tem um pouco de dó dos professores e dos outros profissionais de educação que também andam cansados. Tudo fazemos em prol dos nossas crianças/alunos. Deem o mérito a quem o merece, não é justo descer um Muito Bom bem merecido numa avaliação de desempenho só porque existem quotas.
Concordo. Lamento que os sindicatos não assumam uma posição público marcante sobre este aspeto, na defesa dos direitos e das condições de trabalho dos professores.
Depois de ler os diferentes comentários, não posso deixar de estar ao lado dos que se querem solidarizar com todos os que estão a viver momentos difíceis e, por essa razão, não criar neste momento este tipo de problema. Ultrapassada esta fase, muito provavelmente será um direito a ter em conta e lutar por ele.
Não posso também deixar de referir o nível a que desceram alguns comentários, principalmente dos que se sentem lesados nas suas finanças pessoais.
Quanto aos professores que dizem não perceber nada de informática, com todo o respeito, aproveitem para se reformar.
A reclamação de Luís Sottomayor é a de um direito legítimo.
Não é uma uma vingançazinha e egoísmo dos professores num momento tão complicado.
É lamentável ler comentários de ataque pessoal aos professores que reclamam um seu direito, tentando reduzir a reclamação a uma mesquinhez nada altruísta e de quem não quer fazer nada.
Contudo, apenas li um comentário referir a responsabilidade política, técnica e moral em toda a situação. Refiro também:
– O PM Costa que prometeu, logo em março ou abril/2020, computadores, internet e planos a disponibilizar no início do novo ano letivo e mentiu;
– O SE Costa, que afirmou várias vezes que no ensino não há teletrabalho, para impedir professores em grupos de risco de trabalharem a partir de casa (e a maioria desses -e dos outros – foram para a escola, contra conselho médico, por causa dos seus alunos). Ora, o SE Costa, tal como se vê agora, mentiu;
– O ME Tiago, que só no final de dezembro fechou o processo de compra de computadores para alunos, por cerca de 100 M€ (o que foi feito dos outros 300M€?). Contudo, disse sempre que o processo estava mais que resolvido e, como se vê, mentiu;
-O ME, que devia ter logo promovido ações de formação de carácter técnico para que todos os docentes estarem preparados para enfrentar com confiança o E@D (e que não precisam de mais e mais ações sobre motivação e inclusão);
-O ME Tiago e o SE Costa, que nunca questionaram que nunca refletiu sobre o que é ou deve ser o E@D, em vez de trasladar o ensino presencial para trás de um ecrã, com uma catadupa de horas síncronas;
– A SE Ramires, que nunca deu informações sobre a articulação do E@D com o RGPD;
– O ME, que nunca se dignou mandar as escolas questionar se os professores tinham ou não competências e equipamentos informáticos para um mais que previsível E@D (por muito que negassem a eventualidade, por não a quererem)
– A DGS, que redigiu orientações para o retomar das aulas presenciais totalmente contrárias às da OMS e às que dava a lojas, restaurantes e outros serviços, baseando-se numa suposta falta de evidência científica dos riscos de exposição das crianças ao vírus,
– O presidente da ANDAEP, Filinto Lima, que afirmou reiteradamente que as escolas estavam preparadas para o ensino presencial, o que é mentira; e que afirmou que as escolas estavam preparadas para o ensino não presencial, o que também é mentira.
Gostaria que questionássemos se estes chorrilhos de mentiras surgiram por convergência de incompetências ou de velhacaria… é que parece demais…
Eu, professor, posso escolher fornecer ou não os equipamentos pagos por mim e as competências que procurei desenvolver por mim.
Compreendo quem o faça e um argumento aceitável é, obviamente, a questão pessoal de quem está colocado longe de casa, ou tem filhos pequenos sem escola, mas os outros argumentos são pobres e/ou ad hominem, resvalando para uma suposta superioridade moral/ altruísmo de quem o faz.
Também compreendo quem não o faça e um argumento aceitável é a questão pessoal de não admitir colocar ao serviço do ME aquilo que o mesmo ME nunca comparticipou (assim como há muitos anos nem sequer livros comparticipa, nem sequer os que são aconselhados nos programas das disciplinas). Também é aceitável o argumento de quem não tem equipamentos atualizados nem quererem ir a correr comprá-los…
Thanks for expressing your ideas right here. The other element is that if a problem takes place with a laptop motherboard, people today should not consider the risk connected with repairing it themselves because if it is not done right it can lead to permanent damage to the whole laptop. In most cases, it is safe to approach a dealer of the laptop for any repair of motherboard. They’ve got technicians who definitely have an know-how in dealing with notebook motherboard challenges and can get the right prognosis and perform repairs.