Alto aí, pessoal, as crianças não podem ficar sozinhas em casa. Seria pior a emenda que o soneto. Se os pais têm de trabalhar fora, por razões de emprego ou de subsistência, as crianças têm de estar acompanhadas. A escola é a segunda família.
E mais ainda: se as crianças passam fome em casa, pelas mil razões conhecidas, não podem ficar sem comer dias e dias seguidos. A escola é o refúgio menos arriscado.
Mas todas as crianças que têm em casa todas as condições de acompanhamento e inclusive meios para poderem estudar e trabalhar longe da escola, devem ficar em casa, acompanhadas e orientadas pelos professores online ou por serviços competentes para o efeito.
As crianças podem ser menos vulneráveis, mas ao que parece são mais suscetíveis para a nova estirpe. Para elas pode não ser grave, mas serão elas a levar o vírus para casa e a transmitir aos familiares adultos e idosos. Quanto menos crianças atulharem as escolas, menos pessoas terão de atulhar os hospitais.
Basta de brincar com o fogo. O disparate de “abrir o Natal” deixou-nos a todos num sufoco. A economia pára e sofre? Sem saúde não há economia que nos valha.
Jan 11 2021
Lockdown na escola? – José Batista
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8 comentários
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Isto é uma autêntica brincadeira. É só chegar emails dos Diretores de Turma a informar dos alunos que estão confinados e isolados. Estou a falar de jovens adolescentes de 15, 16 e 17 anos. Não seria mais fácil, mais prudente e mais assertivo esta faixa etária de alunos, assim como os do Ensino Superior, estarem com aulas on-line?
As escolas têm que ensinar o ME a saber gerir e decidir. Aliás, por onde ande o ministro da Educação e os secretários de esctado?????
Parece-me que os ministros e os secretários de Estado querem aderir ao maléfico conceito da imunidade de grupo colocando os adolescentes, jovens, os seus pais e avós em risco………………Nunca fui adepta da filosofia do Stuart Mill.
Ouvi ontem um “homenzinho” dizer que os alunos estão mais seguros nas escolas, já que aí cumprem as regras sanitárias, mas, pelos vistos só as cumprem no espaço escolar. Até agora só ouvi falar dos alunos e respetivas famílias, nem uma palavra sobre os professores e assistentes operacionais. Será que estes, para o governo e partidos políticos, não contam? Eu não sou a favor do encerramento das escolas, apenas quero condições de trabalho dignas.
Claro que não contam! Nem sequer fazem parte do grupo prioritário para vacinação, como os polícias por exemplo.
Não é mau sinal porque eles são o fim de linha, a extinção do vírus.
Não sabia que os jovens não contagiam?
Pois claro, as crianças podem levar o vírus para casa e transmitir aos familiares adultos e idosos.
E o contrário? As crianças trazerem de casa o vírus e transmitir aos docentes e não docentes adultos?
Só se fala nas crianças, nos jovens e por isso a escola é segura. E os adultos que trabalham nas escolas? São carne para canhão?
Ai as escolas são seguras, são sim, no papel dos planos de contingência…Digam lá como senhores especialistas porque só numa escola do Alentejo estão 4/5 turmas do 1º ciclo e 3/4 turmas do 2º ciclo de “molho” com casos positivos nos alunos…lá vai por água abaixo a teoria da segurança dos mais novos e que só se poderá justificar o E@D a partir do secundário!
As escolas, como lugar seguro que são, onde os vírus não entram, pois não gostam de estudar, são preguiçosos, devíamos ir todos para lá, acabava-se logo com a pandemia. É um delírio acreditar que o SARS-Cov-2 fica à porta dos estabelecimentos de ensino. Com uma incidência tão elevada na comunidade, as escolas só deviam ficar abertas para os filhos de quem não pode confinar ou para quem não tem acesso à internet/PC. As aprendizagens podem-se recuperar, as vidas não. Com este confinamento , a única curva que vão achatar é a da economia.
A “Escola” (sem contar com operacionais, administrativos e docentes) é frequentada por pessoas – alunos – que vão dos 3 anos de idade até aos 60, 70, 80 anos.
Quando se fala em fechar escolas para passar a ensino on line, parece que é tudo o mesmo mas não é. Obviamente é diferente ter 8 ou 18 anos.
Os alunos universitários, os alunos do secundário, os alunos dos cursos EFA, pelo menos, podem realizar teletrabalho, tele-estudo e têm autonomia para estar em casa com ou sem a presença dos pais.