Abandono escolar baixou, mas jovens gostam pouco da escola
Reduzimos o abandono escolar, aumentámos a taxa de emprego dos recém-diplomados, temos mais crianças na pré-escola e há mais estudantes no ensino profissional, embora ainda abaixo da meta prevista.
Há, contudo, um dado que estraga o retrato: quase um terço dos alunos de 11, 13 e 15 anos não gosta da escola. E a segunda coisa de que menos gostam é das aulas.
“Isso é o que me preocupa mais”, admite Maria Emília Brederode dos Santos, presidente do CNE. “Todos os indicadores têm vindo a melhorar e em 2019 tivemos os melhores resultados de décadas – chegámos quase às metas para 2020. Mas também temos essa informação que é muito delicada e que tem de ser muito tida em conta”, acrescenta.
Em declarações à Renascença, Maria Emília Brederode considera que este desinteresse dos jovens estará “muito ligado à ênfase que a escola está a dar aos resultados académicos”, em detrimento “do lado socioemocional, que não está a ser tão tido em conta”.
É preciso estimular os jovens, defende. O ensino em Portugal ainda assenta muito no princípio do “conhecer e reproduzir”, quando devemos “procurar que as aulas e as aprendizagens sejam mais um desafio ao raciocínio e à criatividade de cada um e menos apenas uma reprodução do que já existe e que já se sabe e que já está no computador e no telemóvel”.
Além disso, Maria Emília Brederode dos Santos mostra-se muito preocupada com a reduzida atividade física dos estudantes portugueses, sobretudo, entre as raparigas.
7 comentários
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Até quando esta senhora vai ter palco para nos continuar a ofender?
Ainda não tem a escola que quer?
Não estamos a falar de alunos que fizeram todo ou praticamente todo o seu percurso escolar no reinado Geringonça.1 e Geg.2?
Não é o Costa e ela quem manda?
A responsabilidade é sempre alheia.
Acham-se superiores e odeiam-nos!
Esta idosa Maria Emília Brederote, sem currículo digno de registo (acho que andou naquela cena dos States dos anos 80…a tirar uma pós graduação das manhosas…) pensa que é uma iminência. Só que a coitada nem já vê o ridículo a que gosta de ser exposta, de tão eminência parda que é.
Tudo falso… Nos estudos internacionais os alunos portugueses são dos que mais gostam da escola e os que menos gostam os da da Finlândia… Esta senhora continua numa campanha contra a Escola Pública de qualidade, contra os professores, apoiando o SE Costa, e perfilhando um modelo de escola bacoco, defendida por Arianas Cosmes e companhia…
Acreditar que se conhece através do computador e do telemóvel é uma das barbaridades ignorantes que uns quantos desta escola do faz de conta gostam de usar como argumento…
Refiro-me apenas a “não gostarem da escola”. É normal, ainda mais quando é obrigatória.
Obviamente, em tempos idos, a maioria dos que não gostavam da escola saiam (sabemos que havia outras razões, mas aqui o que está em causa é apenas o gosto). Querer que os jovens em geral gostem da escola é importante, mas não é fundamental, e muito menos que todos gostem da escola, o que é impossível. Tal como na vida activa, adulta, muitas vezes a obrigação se sobrepõe ao facto de gostar mais ou menos dessa responsabilidade.
Mal estará a escola se pretender entrar no concurso da popularidade, de quem tem mais gostos. Rivalizar com a preguiça, com a patetice, com o apetecer e não apetecer, querer e não querer, com as múltiplas atividades de lazer e entretenimento à disposição, rivalizar com o mundo de prazer à disposição que não exige esforço de aprendizagem é uma competição que a escola não deve pensar sequer em entrar. Não é essa a sua função.
Mal da escola se entrar no concurso da popularidade de quem tem mais gostos. Rivalizar com os múltiplos factores de prazer, lazer e entretenimento, presentes no mundo, extrínsecos ao esforço de aprender, para além da possível preguiça, e /ou falta de vontade de cada pessoa é uma competição que a escola não deve entrar. Não é essa a sua função.