Novembro 2020 archive

O número de casos dos mais novos fazem as escolas “muito” seguras…

 

A Covid-19 tem aumentado a um ritmo mais acelerado nas idades mais novas. Na divisão por idades o grupo etário dos 10 aos 19 anos é claramente aquele onde o aumento tem sido mais expressivo, mais do que duplicando em apenas um mês. No final de setembro o país registava 4.216 jovens com estas idades que tinham sido contagiados, número que chegou aos 10.199 no final de outubro (+142%).

 

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E HÁ VIOLÊNCIA NA ESCOLA? – João Ruivo

E HÁ VIOLÊNCIA NA ESCOLA?

 

Não vale a pena fingir. Sempre houve bullying na escola! Todos guardamos memória disso. Na escola e no emprego, na família e no desporto, nos quartéis e nas igrejas, nos partidos e, até, nos mais insuspeitos grupos de amigos… Sempre o houve, onde e quando se agregaram pessoas e se formaram grupos onde coexistem fortes e fracos, chefes e chefiados, agressores e vitimados, ou seja, sempre e quando se desenvolveram relações de desigualdade na partilha do poder.

Em variadíssimas gerações, e por diversos motivos, os “caixa de óculos”, os “pencudos”, os “pés de chumbo”, as “mamalhudas”, os “gungunhana”, os “espinafres”, os “fanhosos”, os “minorcas”, os “graxistas”, os “dentolas”, os “cabelos de rato”, as “asas de corvo”, os “nerd”…, sempre foram motivo de jocosidade e, logo, também vítimas de processos de exclusão e de achincalhamento, verbal e quantas vezes físico, pelos seus pares. Outras vezes, dizia a voz dos sociólogos, tudo isso até favorecia a socialização do indivíduo pelo grupo.

Noutros tempos, pouco ou nada se sabia fora das paredes das instituições educativas; ou então, tudo se perdia entre regras de falsa etiqueta proporcionadas pela paridade e homogeneidade dos grupos sociais que tinham acesso à escola, sobretudo aos níveis de escolaridade mais avançados. Hoje, felizmente, sabe-se mais e, sobretudo, sabe-se melhor. Por exemplo, dizem-nos que 40 por cento das crianças portuguesas são vítimas de bullying. E, nesse escandaloso número, ainda nem se contabiliza a violência psicológica exercida por alguns jogos de consola ou on line, por alguns sites que as crianças e jovens visitam, pela divulgação de imagens nas redes sociais e até por alguns programas de televisão a que assistem, sem qualquer controle parental.

O que mudou, entretanto? Tanta coisa! Desde logo, a democratização do acesso ao ensino (uma escola para todos) trouxe para a escola muitos jovens de diferentes culturas sociais, de diferentes “tribos urbanas”, com as suas linguagens, gestos, símbolos, valores e vestuários diferenciadores em relação “ao outro” e identificadores “entre si”. É que, também se sabe que o bullying se desenvolve mais quando os indivíduos são forçados a coabitar, algumas vezes contra-vontade e noutras contra-natura, no mesmo espaço e ao mesmo tempo.

Depois, as lideranças começaram a centrar-se nos mais “desiguais” perante a maioria: a desigualdade dos que se auto-marginalizam face às regras, a dos manipuladores do poder, da força e da coacção psicológica, a dos detentores de uma enorme capacidade de mentir e de resistir. O impacto foi de tal ordem de grandeza que gerou, em inúmeros casos, que alguns professores tivessem perdido a governação objectiva das instituições em que trabalham. Isto, quando não são eles mesmos a motivação e o principal alvo da violência que aí se desenrola. Todos os dias…

Finalmente, tenhamos em conta que a exponencial evolução dos meios e dos processos de comunicação de massas (internet, telemóveis, PCs portáteis, fotografia e filme digitais…) permitiu que o bullying ultrapassasse rapidamente as portas da escola, do bairro, da cidade, do país… revelando-se um verdadeiro campeão de audiências nas redes sociais da internet – referimo-nos, claro está, ao cyberbullying, associado ao cybercrime.

Nesta sociedade que tarda a reencontrar-se e onde até a imbecilidade humana tem direito à globalização; onde, infelizmente, não sobram exemplos de coerência e de ética; onde as famílias se constituem mais com base no “ter” do que no “ser”; onde se permite que todos os dias se destrua um pouco mais deste planeta que é única casa de todos, não é de estranhar que desde muito cedo (92% das mães americanas inquiridas admitiram que os seus filhos, com menos de seis anos de idade, já tinham acesso e brincavam na internet…) se incrementem as tentações totalitárias, desumanas e irracionais e que estas se sobreponham ao prazer de brincar, de conviver e de aprender com o “outro”.

Por isso, hoje, a diferença situa-se na ténue fronteira da amplitude a que pode chegar a pressão dos pares sobre o indivíduo (o mal são os outros?), e da justificação que se quiser dar ao livre arbítrio que conduz à selecção da vítima e da motivação.

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Decreto-Lei n.º 94-A/2020 – Altera as medidas excecionais e temporárias relativas à pandemia da doença COVID-19

 

Decreto-Lei n.º 94-A/2020nde 3 de novembro

Altera as medidas excecionais e temporárias relativas à pandemia da doença COVID-19.

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Um Apelo Do Colega Jorge Santos – No meu quintal

 

Mais Um Apelo Do Colega Jorge Santos

CARTA ABERTA AO SENHOR PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Bom dia Sua Excelência, Senhor Presidente da República,

Com todo o respeito que me merece o mais alto cargo da Nação e a sua pessoa, permita-me, que dentro da minha humilde condição de simples cidadão e professor, tenha a ousadia de lhe fazer algumas perguntas, a saber:

Aproxima-se a 2ª vaga ou surto pandémico em grande força, coincidente com o vírus da gripe, resfriados, alergias, sinusites, rinites, asma, alergias aos pólenes, etc. Quando se unir ao coronavírus, já ser um cocktail “explosivo”. E as sequelas de quem positiva ou assintomaticamente acusou ser portador do coronavírus, quais serão daqui a 10, 15 ou 20 anos? Quanto vão custar aos próprios e ao erário público?

Sabe que muitos hospitais estão em pré-ruptura, como o admitiu o médico intensivista Tomás Lamas, ontem no Jornal da 8 na TVI?

Sabe que as camas e os ventiladores não vão chegar para todos? Sabe disso, melhor do que eu, porque não tenho acesso a tanta informação, como Vossa Excelência!

Sabe que existem professores a fazerem diariamente entre 150 a 200 quilómetros? Ou a fazerem 300 ou 400 quilómetros entre domingo à noite e sexta-feira à noite, para visitarem a sua família (filhos, maridos, esposas) e arrumarem/organizarem as suas casas ou apartamentos e preparem as agendas/rotinas das suas famílias?

Os líderes mais prudentes, sempre atuaram baseado no “mais vale prevenir, do que remediar” e desenharam políticas e decisões para “ontem” ou “anteontem” e não para “amanhã”!

Os enfermeiros (sempre na primeira linha da frente), os médicos e os bombeiros andam exaustos, e ainda “a procissão vai no adro.” Sabem que muitos filhos destes profissionais estão ao cuidado dos avós? E tantos outros, que dão o pequeno-almoço, o almoço, o lanche e o jantar aos netos!

Permitam-me um desabafo: que falta nos faz a informação de uma jornalista com o caráter e a personalidade da Senhora Ana Leal? Com todo o respeito pelos outros jornalistas independentes e de grande coragem que o País tem.

Aproximam-se dias chuvosos em que os alunos molham a roupa, os pés ou a cabeça, como aconteceu na recente Depressão Bárbara. Sabe que não existem aquecedores ou secadores para os alunos se aquecerem? Estes passam uma manhã ou uma tarde, ou ainda o dia todo (se vem de uma aldeia ou de montes) com os pés encharcados ou com a roupa molhada encostada à pele e aos ossos?

Como escreveu, José Saramago: “É preciso sair da ilha para ver a ilha.” Não basta conhecer a realidade através dos relatórios que chegam aos computadores. É preciso ir ao(s) terreno(s) mas protegido!

Os Pastorinhos de Fátima, Francisco Marto e Jacinta Marto, morreram antes dos 13 anos! Vossa Excelência que é crente como eu, sabe disso perfeitamente!

Volto a repetir, que a segunda vaga da Pneumónica ou da Gripe Espanhola, foi mais avassaladora, do que a primeira! O “Passado”, volta sempre para assombrar-nos, ainda que os “protagonistas” sejam outros. A História produziu e produz saber científico, que não pode ser ignorado.

Se concordamos que a Economia não pode parar, face à subida da dívida pública portuguesa (já em valores estratosféricos) não será melhor apurar os responsáveis por esta situação, nos últimos quarenta e tal anos?  Ou não interessa por causa das eleições que se aproximam?

Quem defende o Povo? Ou será que este só interessa para trabalhar, pagar impostos, votar, apagar “fogos bancários e florestais”?

Com os mais respeitosos cumprimentos:

Jorge Santos

P.S. Não sou filiado (nem nunca fui) em nenhum partido e nem tenho intenções político-partidárias! O que me move é a ciência e a procura incessante do melhor conhecimento.

Perdoe-me a minha dislexia e disortografia, mas sofro da mesma disfunção neurológica (dislexia e disortografia) tal como esses vultos maiores da Literatura e Ciência Mundial, Gabriel García Márquez, Agatha Christie, Churchill, Da Vinci ou Einstein, sem querer chegar aos calcanhares dessas sumidades.

 

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Falta de equipamento e internet ainda priva alunos de aulas

 

Falta de equipamento e internet priva alunos de aulas, denunciam ATEP e FENPROF

 

Há alunos de escolas públicas em isolamento profilático que estão privados de acompanhar as aulas por falta de equipamento e acesso à internet, denunciaram esta terça-feira a Associação Todos pela Escola Pública (ATEP) e a Federação Nacional dos Professores (FENPROF).

Em comunicado, as duas instituições reportam a existência de vários casos em escolas e agrupamentos dos concelhos do Porto, Matosinhos e Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto e no Alentejo.

“No Agrupamento de Escolas António Sérgio, em Vila Nova de Gaia, por exemplo, temos alunos em casa com dificuldade em acompanhar as aulas. A internet nem sempre funciona e a carência de câmaras para todos os alunos que necessitam é gritante. As sessões por videoconferência são descontinuadas e os professores perdem cerca de 20 minutos de aula a tentar retomar as ligações”, denuncia Mariana Pereira, vice-presidente da ATEP.

Citada num comunicado, aquela responsável adianta ainda que, no Agrupamento de Escolas Gonçalves Zarco, em Matosinhos, “a inexistência de equipamentos necessários para dar resposta às videoconferências origina o recurso aos telemóveis pessoais de professores e alunos”.

 

 

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Mapa das escolas portuguesas com registo de casos de Covid-19

A Renascença tem seguido de perto o evoluir da pandemia ao nível das escolas com dados oficiais e confirmados por fontes idóneas. Fica aqui mais uma atualização do mapa das escolas portuguesas com registo de casos de Covid – 19. Sim ,está incompleto, mas muito por culpa das próprias escolas…

[última atualização às 15h45 de 03 de novembro]

 

 

 

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As regras nas escolas são para manter

Palavra da D. Graça…

 

​​​As escolas “têm sido locais relativamente seguros”. “Têm acontecido casos mas não têm sido grande fonte de transmissão, sobretudo escolas com crianças mais pequenas, que de facto não contraem nem transmitem muito a doença”

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Resolução da Calamidade Publicada

E entra em vigor às 00:00 do dia 4 de Novembro.

Assim, a folga que existe em novembro é apenas das 06:00 do dia 3 de novembro até às 23:59 do mesmo dia, porque ao fim dos 15 dias deverá ser novamente renovada.

 

Resolução do Conselho de Ministros n º 92-A-2020 – Declara a situação de calamidade, no âmbito da pandemia da doença COVID-19

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ESCOLA DE LISBOA COM 11 CASOS DE INFEÇÃO POR COVID-19

 

ESCOLA BÁSICA DE LISBOA COM 11 CASOS DE INFEÇÃO POR COVID-19

Escola Básica de São Vicente, em Telheiras, Lisboa, tem um total de onze casos positivos de covid-19. Entre os casos confirmados, estão quatro alunos e quatro professores do primeiro ciclo.

A escola, que pertence ao Agrupamento de Escolas Virgílio Ferreira, tem ainda mais uma assistente operacional do primeiro ciclo infetada, estando quatro turmas deste nível de ensino em isolamento profilático. Ainda no mesmo nível de ensino, estão em isolamento profilático outra assistente operacional e mais dois professores.

TVI sabe que uma das docentes infetadas está internada nos cuidados intensivos do Hospital de Santa Maria. Contudo, a informação não foi confirmada de forma oficial, uma vez que a direção do agrupamento recusou prestar declarações.

De acordo com um comunicado enviado aos pais pela direção do Agrupamento de Escolas Virgílio Ferreira, há ainda na Escola Básica de São Vicente mais duas turmas do 9º ano em isolamento profilático, depois de dois alunos terem testado positivo.

Mas esta não é a única escola do agrupamento com casos positivos, embora seja “a situação mais preocupante”, de acordo com o documento enviado aos encarregados de educação na última madrugada. Apenas uma turma do primeiro ciclo está a ter aulas presenciais e, por recomendação da Direção Geral de Saúde (DGS), a Componente de Apoio à Família (CAF) foi encerrada.

Há casos em mais cinco escolas, incluindo a escola sede.

Na Escola Secundária Virgílio Ferreira, há um caso positivo de um aluno do 11º ano, com toda a turma em isolamento profilático, assim como mais três professores e um intérprete de Língua Gestual Portuguesa. Na mesma escola, há ainda quatro casos positivos entre alunos de uma turma do 12º ano, com toda a turma em isolamento profilático e ainda mais dois alunos em isolamento, por terem tido contacto direto com um dos alunos infetados.

Há ainda uma assistente operacional positiva na EB Prista Monteiro, com uma turma do Jardim de Infância em isolamento.

Na EB1 de Telheiras, o Centro de Apoio à Aprendizagem (CAA) foi encerrado, porque uma assistente operacional testou positiva. Todos os alunos do CAA, três professores de apoio ao CAA e dois elementos das atividades extracurriculares foram colocados em isolamento.

Ainda no mesmo agrupamento, na EB D. Luís da Cunha, uma criança testou positivo, levando ao isolamento de uma turma do Jardim de Infância, bem como de uma educadora, uma assistente operacional e de um elemento da componente de apoio à família.

Na EB de Telheiras, há dois alunos infetados (um do 7º ano e outro do 8º), com isolamento profilático de duas turmas.

No documento enviado aos pais, o Agrupamento de Escolas Virgílio Ferreira sublinha que está a trabalhar em estreita articulação com as autoridades de saúde e todos os procedimentos têm sido tomados em consonância com o que é recomendado pela Autoridade de Saúde Local, após avaliação dos casos reportados.

 

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Que confusão vai nas USP? Uns usam uns critérios e outros… não sei.

Têm-nos chegado mensagens sobre a aplicação de critérios para Isolamento Profilático nas escolas. Temos escolas onde só fica o aluno infetado, outras onde isolam toda a turma, por vezes só os alunos que se  sentam mais próximos. Fica a impressão que os critérios são “à vontade do freguês”. O mais estranho é que não há um critério nacional e os mais “brandos” são nos concelhos que mais casos têm. Vá-se lá entender isto…

Fica uma mensagem que nos chegou hoje e “explica” a confusão que por aí anda…

“Bom dia, venho desta forma contar o que se está a passar no agrupamento da XXXXXXXX. Sou professora de XXXXXXX. Realizei o teste covid e deu positivo. Ontem ,fui contatada pelo delegado de saúde de XXXXXXXXX, que posteriormente informou a Escola, que as turmas a quem dei aulas, (4) ficavam em casa em isolamento. Hoje, outro delegado, contrariando a indicação do colega, mandou todos para a Escola. Os encarregados de educação estão ao rubro.”

 

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Vem aí o Estado de Emergência por tempo indeterminado

 

O Governo propôs ao Presidente da República que seja declarado um Estado de Emergência com uma natureza “essencialmente preventiva”, que seria renovado quinzenalmente sempre ao longo do tempo em que a pandemia o justificasse.

 

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Melhor ser trabalhador não especializado ou professor colocado?

Melhor ser trabalhador não especializado ou professor colocado?

Seria justa a criação de um subsídio de alojamento para docentes contratados que fiquem colocados a mais de 50 quilómetros da sua morada fiscal e que possuam despesa comprovada (renda ou prestação bancária) com habitação.

Existem professores a recusar horários para trabalhar em supermercados. É esta a machete do Jornal de Notícias, do passado dia 17 de Outubro. A notícia devia-se a, no dia anterior, ter saído a sexta bolsa de recrutamento de docentes destinada a preencher as vagas para as quais ainda não se encontraram colocados. O jornal PÚBLICO conta que, até aí, faltavam preencher 1600 vagas, sendo Informática, Inglês, Geografia e História as disciplinas com menos candidatos à colocação.

O  problema não é novo nem surgiu com a covid-19, pese embora centenas de justificações para a recusa de horários usasse a pandemia como justificação. Reivindicações, protestos e manifestações por maior justiça remuneratória e laboral para os professores têm estado na ordem do dia desde que me lembro. Na quinta-feira, 20 de Outubro, inclusive, foram ouvidos na Assembleia da República os subscritores de uma petição com quase 5000 assinaturas que defende a alteração dos intervalos a concurso uma vez que, no actual modelo, existe uma grande discrepância entre os horários atribuídos e, inerentemente, nas declarações à Segurança Social. Vários são os colocados em horários entre 8 a 14 horas semanais — depois completos com outras tarefas da chamada “componente não lectiva” — com ordenados previstos entre os 555 e os 750 euros mensais.

Se devemos ter muita atenção a estes docentes com intervalos de horários muito reduzidos, a mesma atenção devemos ter a toda a classe contratada que, ano após ano, sujeita-se a ter que mudar de escola, de concelho, ou até de distrito. Se acredito que a municipalização dos concursos, em substituição do obsoleto concurso nacional, pudesse resolver parte dos problemas, entendo que não será este artigo que fará alterar o sistema tal como ele existe.

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Professores pedem melhorias na testagem nas escolas

 

PROFESSORES PEDEM MELHORIAS NA TESTAGEM E ISOLAMENTO DE CASOS NAS ESCOLAS

A Associação Sindical de Professores Licenciados (ASPL) pede ao Presidente da República que intervenha junto do Governo para que sejam melhorados aspetos fundamentais relativamente à testagem e isolamento de casos suspeitos e positivos de covid-19 nas escolas.

Numa carta aberta enviada no domingo ao Presidente da República, a ASPL diz estar preocupada com algumas situações que se vivem nas escolas e pede a Marcelo Rebelo de Sousa a sua intervenção junto do Governo por forma a melhorar aspetos fundamentais na estratégia de prevenção e mitigação da pandemia da covid-19.

A ASPL refere-se à testagem e isolamento profilático dos casos suspeitos e dos positivos, para além do distanciamento físico.

Relativamente à testagem e ao isolamento profilático, não se compreende como apenas são testados os alunos que estão sentados mais próximos (ao lado, e imediatamente à frente e atrás do(a)s aluno(a)s que testaram positivo ou são claramente suspeitos de estarem infetados)”, sublinha.

A Associação considera que seria mais avisado que, pelo menos, os contactos mais próximos, como sejam os restantes alunos das respetivas turmas e os seus professores, assim como os assistentes operacionais que com eles convivem, fossem para isolamento profilático e fossem testados.

“Lamentavelmente, não é o que acontece em muitas situações, continuando alunos, professores e assistentes operacionais, a frequentar a escola, como se nada tivesse acontecido!”, frisa.

 

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Escola da Ponte encerra devido a caso Covid

 

Avisam-se todos os pais e encarregados de educação e restante comunidade educativa que devido a ter sido detectado um caso positivo de COVID-19 na comunidade da Escola Básica da Ponte e tendo esta situação sido devidamente articulada com a Autoridade de Saúde Local, foi determinado por parte desta, atendendo à situação epidemiológica concelhia e regional, a suspensão das atividades letivas presenciais nesta escola durante 14 dias com o objetivo de isolar as cadeias de transmissão. Assim, as instalações da escola serão encerradas a partir de amanhã, dia 2 de novembro, aplicando-se o Plano de Contingência e o Ensino a Distância. Havendo condições para tal, a partir do dia 16 de novembro, serão reiniciadas as atividades letivas presenciais.
Perante esta situação, todos os alunos, assistentes técnicos/operacionais e orientadores educativos têm obrigatoriamente de cumprir o isolamento devendo permanecer no seu domicílio.

 

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A Música do Blog

… a entrar no mês de Novembro.

 

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CALAM-SE AS PALMAS

 

Calaram-se as palmas e fecharam-se as janelas.

Calaram-se as palmas e a Alice morreu.

Despiu a bata no final do turno, saiu do Hospital, conduziu até casa, mas antes, antes de chegar à meta, interrompeu a viagem.

Suicidou-se.

Eu não sei as razões para a Alice desistir de tudo isto.

Sei que se fartou de um país que a mandou emigrar e a cujo apelo resistiu.

Sei que se cansou excessivamente de palmas sem eco.

Sei que, pelo caminho perdeu a identidade, oculta num escafandro pesado de suor e da dor dos outros.

Sei que existem incontáveis Alices na minha profissão. Que chegam a casa destruídas por um dia de trabalho sem fim, por uma batalha invisível de quem salva vidas (e não apenas as do Covid) ou de quem mediu vezes demais a frequência cardíaca daqueles que não chegaram a ter segunda oportunidade.

Estou certa, porém, por ser esse o nosso superior desígnio, que a Alice se revestiu, como todos os enfermeiros, de infindável compaixão para aguentar ter dois braços apenas. Num cenário de incompreensível amadorismo político, a saúde ficou para trás. A saúde de quem a perde, a saúde de quem a deve salvar.

Provavelmente, todas as famílias portuguesas têm no seu seio, ou conhecem, um enfermeiro. Provavelmente, todas as famílias portuguesas bateram palmas à janela aos profissionais de saúde quando tudo isto começou.

Nós estávamos “na linha da frente”, grandes heróis, estes que se confrontam com o destino determinados a cuspir-lhe na face e prosseguir.

Mas prosseguir a que custo? Quando é que um penso rápido substitui um profissional qualificado, preparado, confiante? Quando é que medidas avulsas com uma estratégia utópica e fictícia na sua ação dão lugar à primazia da saúde num verdadeiro cenário de guerra?

Quando é que as palmas superam a inação política?

Regresso todos os dias a casa com a exaustão no corpo e o medo no peito. Beijo os meus filhos ao de leve porque nem sei bem se vim sozinha para casa. E tenho tanto, tanto receio do que trago no corpo e na mente.

Confesso, há imagens que não me abandonam. O desespero dos outros, de não salvar os outros, que foi o que nos fez abraçar a profissão, o desespero de não saber com o que conto no dia seguinte.

Podemos continuar a fingir que não se passa nada neste país e que os nossos enfermeiros e restantes profissionais de saúde apenas tratam das arrastadeiras. Mas há um peso que todos vamos pagar, mais depressa do que se imagina. Cada vez mais Alices estão entre nós. Exaustas, exauridas, cansadas de prosseguir na estrada. Bizarramente sozinhas no meio de um incompreensível caos.

Esgotámos um tempo precioso e já não podemos fingir que está tudo controlado.

Silêncio, por favor. Baixe-se o pano.

Chega de palmas.

Morreu um enfermeiro, morreu um de nós.

Talvez algum político, daqueles que assinam decretos que fazem lei de verdade, se lembre de nós  e nos dê a dignidade de sermos uma profissão de risco, honrando a nossa carreira e o nosso estatuto.

Talvez nesse dia perceba que não é com palmas e fintas infantis que se combatem guerras.

Talvez tudo o que baste seja apoiar verdadeiramente pessoas. Conceder-lhes o valor que têm e não fazer disso uma oportunidade para poupar mais trocos.

Talvez nesse dia perceba que a farda de anjos que caminham e sobrevivem nos escombros de si próprios não tem verdadeiramente preço, mas tem um custo.

E esse custo chama-se, simplesmente, Vida.

Natércia Lima (Enfermeira, mãe, filha)

 

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A falta pontual de professores por Cascais…

 

7 turmas do 1.º ciclo sem Inglês
6 turmas do 2.º ciclo sem Inglês
13 turmas do 3.º ciclo e Secundário sem Português
8 turmas do 3.º ciclo e Secundário sem Geografia
2 turmas do Secundário sem Matemática
5 turmas do 3.º ciclo sem Ciências/Biologia
e 4 turmas sem DT

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Cartoon da Época – Testagem Covid 19 – Paulo Serra

 

 

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“Seria grande falta de respeito” regresso ao ensino à distância – António Costa

Enalteceu… palavras leva-as o vento. Ninguém vive de elogios e as faltas de respeito já se amontoam há muito tempo para que um discurso de ocasião as apague. Os discursos políticos já só enganam os incautos e os ignorantes.

Falta de respeito são os anos de serviço que nos roubaram, as ultrapassagens que muitos de nós viram acontecer, a chantagem que todos ouvimos ser feita… Respeito é quando a justiça é feita. Mas continuamos a ser profissionais de excelência e a realizar a nossa missão, mesmo sem condições.

“Seria grande falta de respeito” regresso ao ensino à distância

O primeiro-ministro enalteceu hoje o trabalho da comunidade educativa na abertura do ano letivo, defendendo que “seria, no mínimo, uma grande falta de respeito” que a sociedade não se empenhasse para evitar um novo confinamento devido à pandemia.

“Temos de garantir a liberdade das nossas crianças e dos nossos jovens não terem de novo o seu ano letivo perturbado e poderem manter a sua atividade escolar normal”, afirmou António Costa.

 

 

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Resumo das medidas para Concelho de Risco Elevado

 

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“O Idiota”, de Jacques Prévert

 

“O Idiota”

 Ele diz que não com a cabeça
 mas diz sim com o coração
 ele diz sim ao que ama
 ele diz não ao professor
 ele levanta-se
 é questionado
 e todos os problemas são apresentados
 um riso súbito prende-o
 e ele apaga tudo
 as palavras as figuras
 os nomes as datas
 as frases e as ciladas
 e apesar das ameaças do professor
 sob o escárnio de prodigiosas crianças
 com giz de todas as cores
 no quadro negro da desgraça
 ele desenha o rosto da felicidade.

 

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