Um conselho vale o que vale, cada um é livre de aceitar segui-lo ou não, mas o que acontece a quem o seguir?
A Saúde 24 aconselha a permanência em casa durante um período de três dias, mas quem justifica essas faltas?
Como estão a proceder os agrupamentos? Quem passa o atestado médico? A Saúde 24 assegura a informação ao médico de família e o “doente” vai buscar o atestado à Unidade de Saúde Familiar, ou é o “doente” com “sintomas gripais” que tem que marcar uma consulta?
Há procedimentos que ficaram com a “solução” a meio…
Como estão a proceder nos vossos Agrupamentos? Deixem os vossos comentários…
Informo V.ª Exa. de que está disponível até às 18h do dia 06 de outubro, na plataforma SIGRHE, no separador SITUAÇÃO PROFISSIONAL, um formulário eletrónico para recolha dos dados relativos aos requisitos cumulativos para a dispensa do período probatório, de acordo com a Nota Informativa e as Perguntas Frequentes em anexo.
Assim, caso no AE/ENA de V.ª Ex.ª estejam colocados docentes que ingressaram na carreira em resultado das listas de colocação no concurso externo e no concurso de mobilidade interna de 2020/2021, publicadas em agosto de 2020, deverá V.ª Ex.ª aceder à plataforma SIGRHE e selecionar o separador PERÍODO PROBATÓRIO:
Após selecionar o nome do docente, deverá pressionar o lápis amarelo e, para cada uma das questões apresentadas, selecionar a hipótese aplicável ao docente.
Seguidamente, deverá pressionar o botão confirmar/gravar dados.
Para submeter, é necessário inserir a password e pressionar o botão submeter.
No período em que o questionário está disponível é possível reverter a submissão de um registo para corrigir/alterar dados já submetidos.
A comunicação social noticiou no últimos dias que a maioria dos professores tem idade superior a 50 anos e que haverá falta de docentes durante o presente ano letivo.
Estes dois problemas estão completamente ligados entre si. Por um lado é necessário rejuvenescer a classe docente, por outro lado, se permitirem um aposentação mais cedo haverá problemas na sua substituição, em algumas disciplinas.
A solução é fácil? Não. É possível resolver o problema? Sim.
A questão toda está no “Como?”. A resposta é de uma simplicidade admirável: Tornar a profissão docente mais atrativa.
No curto prazo é necessário fazer regressar ao concurso os muitos professores profissionalizados que enveredaram por outras profissões durante a crise anterior. Modificar os intervalos de horários, subindo para umas 12h semanais o horário mais pequeno. Abrir todas as vagas possíveis no quadro definitivo.
A longo prazo será necessário trabalhar com as Universidades para reabrir os cursos específicos para a docência. Reabilitar a imagem dos professores (talvez a parte mais difícil depois de anos a fazerem o contrário). Repensar o concurso nacional e o tamanho dos QZPs.
Obviamente que será necessário algum dinheiro para realizar estas propostas, mas se não se fizer nada vamos regressar ao tempo dos anos 80 e ter pessoas a lecionar sem formação própria para o efeito.
Não é de admirar. Já todos estávamos à espera, afinal de contas o ensino presencial está de regresso e veio para ficar (dê por onde der).
Não me entendam mal, eu sou a favor que a emissão continue. Pode ser que alguns dos alunos que cumprem ou terão de cumprir quarentena aproveitem (pelo menos os interessados ou com pais responsáveis). Sempre pode ser que evitemos de construir uns quantos planos de recuperação de aprendizagens por via das quarentenas que por aí proliferam.
Começou um ano lectivo marcado pelo sacrifício de boa parte das necessidades de crescimento de crianças e jovens à decantada segurança sanitária. Os alunos regressados à escola tiveram certamente dificuldade em reconhecer os rostos dos colegas e dos professores, parcialmente tapados por máscaras sanitárias. A comunicação verbal, elemento essencial em aula, sairá fortemente limitada pelas máscaras, dificultando as aprendizagens. A quase supressão dos recreios, as limitações de todo o tipo de convívio e de contacto físico, as restrições ao uso das casas de banho, bares e refeitórios, não contribuirão para o bem-estar dos alunos.
A perturbação angustiante da nossa vida social e das nossas emoções, causada pelo cemitério de números e dados estatísticos sobre a covid-19, pobremente contextualizados e explicados, em que se transformaram os noticiários televisivos, terá consequências de caráter permanente.
Uma informação séria relacionaria sempre o aumento do número de infectados com o incremento do número de testes aplicados. Com efeito, a duplicação desse número não quer dizer, necessariamente, que tenha aumentado a disseminação do vírus. Uma informação séria daria mais importância à evolução do número de mortos e internados que ao número de infectados. Com efeito, se este número aumenta e aqueles diminuem, uma leitura possível é que o vírus esteja a perder perigosidade. Uma informação séria alarmaria menos e relativizaria mais. Por exemplo, poderia recordar-nos dados fornecidos por Graça Freitas (30.1.19), sobre a epidemia de gripe de então: taxa de incidência de 89,3 casos por 100 mil habitantes, quando hoje 20 por 100 mil nos atiram para o índex de país perigoso; 12.380 óbitos no mês de Janeiro; 23 pessoas internadas em cuidados intensivos numa só semana.
Muita informação do mesmo tipo, despejada continuamente sobre as pessoas, acaba desempenhando o papel de trolls perniciosos, apostados em moldar as nossas emoções e fomentar o medo, para nos dispor a aceitar regras, sem lhes questionar a validade.
As zaragatoas nas ventas de quem não tem sintomas, procurando um coronavírus em cada esquina, trouxeram aos trabalhadores com piores salários (restaurantes e zonas turísticas) desemprego e layoff e às empresas com crónicas fragilidades financeiras (a maioria) uma espiral de falências. Já em finais de Abril, os números divulgados pelo Banco de Portugal eram assustadores e ainda a procissão ia no adro. O medo transformou os lares dos velhos em prisões e condenou-os a penas que não podem entender. O medo encerrou os parques infantis ao ar livre, castrando imbecilmente as crianças do direito de brincarem. As múltiplas proibições e obrigações, redefinidas hora-a-hora por catadupas de informações inúteis, incoerentes e contraditórias, são impostas pelas novas brigadas dos costumes sanitários, que despejam álcool-gel na inteligência dos cidadãos, enquanto o vírus comtempla o esplendor da desumanização que os humanos criaram e o pivot da pátria é expulso da comissão de honra de Luí Filipe Vieira.
Poucos parecem reflectir sobre o preocupante modo de governar pelo medo, a pretexto da segurança sanitária, aceitando as constantes restrições à liberdade, decididas sem respeito pela legalidade constitucional, num apagar sistemático das interacções sociais fundadoras do relacionamento humano.
O medo é um fenómeno psicológico caracterizado pela tomada de consciência de que estamos expostos a um perigo, seja ele real ou imaginário. Quem não se lembra do papão e do escuro, ameaças da nossa infância, ou dos espectros recentes dos vários fins do mundo, dos choques apocalípticos dos meteoros com a terra, do terrível bug informático, que sorveria toda a organização da nossa sociedade no virar do milénio, ou dos sucessivos anúncios da iminente terceira guerra mundial?
Só a inteligência e a análise serena dos factos nos pode ajudar a distinguir o medo legítimo e razoável do medo despropositado e exagerado, originado por coisas que acabam por nunca acontecer. O medo favorece a ascensão dos piores, corrói a lucidez e é terreno fértil para demonizar os que não vão na onda da histeria colectiva. A continuarmos assim, não me surpreenderá que eu ainda viva para lutar contra vacinações obrigatórias, impostas a sociedades sem vontade própria e alimentadas por sistemas de ensino meramente utilitários.
In Público de 30.9.20
Esta é uma história de amor difícil. O filme mostra uma pessoa intrigada dentro de si. Um dia ele descobre alguém com seu Amor, mas não é um simples adultério – o amante tem a mesma cara do herói …
Os alunos portugueses foram os únicos da OCDE que têm vindo a melhorar significativamente os seus desempenhos a Leitura, Matemática e Ciências, segundo uma análise que compara o desempenho académico de jovens de 15 anos desde 2010.
Esta é uma das conclusões da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) com base nos resultados que os alunos de 15 anos têm nos testes PISA (Programme for International Student Assessment), desde 2010.
Na última década, os gastos médios por aluno nos países da OCDE aumentaram mais de 15% mas este investimento não se traduziu em grandes melhorias de desempenhos escolares, revela o relatório divulgado esta terça-feira.
A única exceção é Portugal. O país destaca-se por ser o único país da OCDE que conseguiu que os seus alunos “melhorassem significativamente” os seus conhecimentos ao longo dos anos a Leitura, Matemática e Ciências.
Os resultados foram divulgados esta terça-feira na publicação “Effective Policies, Successful Schools” (Políticas Efectivas, Escolas de Sucesso), que constitui o quinto e último volume de série PISA 2018, que agrega dados de 79 países e economias.
Nesta comparação entre o dinheiro investido e os resultados académicos, o secretário-geral da OCDE, Angek Gurría, chama também a atenção para o caso de sucesso registado em quatro províncias da China: Pequim, Xangai, Jiansgsu e Zheijiang.
Os alunos chineses obtiveram melhores resultados a Matemática e Ciências, quando comparados com os restantes alunos dos outros 78 sistemas de ensino analisados.
Além disso, numa análise comparativa entre estudantes de diferentes meios sócio-económicos, os chineses mais carenciados conseguiram ter melhores resultados do que o aluno médio da OCDE. O grupo de 10% de alunos desfavorecidos chineses estão ao mesmo nível de desempenho que o grupo dos 10% de alunos favorecidos de alguns países da OCDE.
Os alunos portugueses não andam ao molho, mas também não andam separados e sem qualquer contato com os colegas de turma. São as tais “bolhas”. No recreio os alunos brincam e sociabilizam com os colegas de turma por uma questão de controle no caso de contágio. As regras assim o definem. As escolas tudo fazem para que assim seja e não se tornem fontes de surtos para a sociedade. (O que se passa fora dos portões da escola já são outros quinhentos…)
Mas, há sempre quem tente denegrir, da pior forma, a imagem das escolas… para isso já temos os políticos, não necessitamos de “idiotas”.