A Escola Básica 2/3 de Penedono , em Viseu, com cerca de 200 alunos, não vai abrir na segunda-feira, depois de uma das três cozinheiras da cantina ter testado positivo para covid-19.
Este caso, conhecido na sexta-feira, dita assim o primeiro encerramento de uma escola neste ano letivo por causa da covid-19.
O diretor do Agrupamento de Escolas do concelho, Romeu Santos, residente em Sernancelhe, onde é Provedor da Santa Casa da Misericórdia, também está infetado desde o início deste mês, mantendo-se ainda em casa a recuperar.
Os elementos da direção escolar, professores e restantes funcionários fizeram o teste, com resultado negativo para todos, exceto a referida cozinheira, que não tem contacto direto com os alunos.
“O que sabemos é que a escola vai estar encerrada segunda-feira para desinfeção, mas terça-feira deveremos voltar a trabalhar”, afirmou ao JN um professor da escola, Luís Figueiredo,
“Sem cantina, a escola não funciona “, adianta o professor. O edifício ao lado, que alberga os alunos do ensino básico e do pré-escolar, também vai estar fechado, uma vez que as refeições saem do mesmo refeitório.
Carlos Esteves, presidente da Câmara de Penedono, realça que este é o primeiro caso de covid-19 num habitante do concelho. “Fui informado, na sequência do testes mandados fazer pela Autoridade de Saúde do ACES Douro Sul, aos assistentes operacionais e aos assistentes técnicos da Escola EB 2,3 do Agrupamento de Escolas do nosso concelho , e um dos testes deu resultado positivo”, lê-se num comunicado divulgado no Facebook do município. No documento, o autarca lamenta não ter sido informado pelas autoridades de Saúde.
A solução é simples e não muito cara. Os professores nessas condições – e eu até posso ser um deles – adquirem um equipamento completo de protecção ( não é difícil arranjar ou mesmo confeccionar um que não precisa respeitar as exigências dos verdadeiros ) coberturas para os sapatos, luvas, etc e apresentam-se assim para dar aulas. Simples.
Conseguem imaginar a repercussão deste acto?
Já imaginaram isso nos telejornais?
Já imaginaram a reacção dos alunos?
E dos pais dos alunos?
E dos senhores directores, nomeadamente aqueles que são directores porque como ex-professores de trabalhos manuais ou do ensino primário, nunca poderiam atingir um cargo tão elevado ( no entender deles)!
Meus caros, deixem-se de choradeiras e ajam como gente crescida, com formação superior (ao contrário de muitos desses arrivistas directores) sentido crítico e não, apenas, carneirada bem amestrada e temente ao São superior hierárquico. Cresçam e se estiverem afim de se comportarem como gente crescida e não quiserem ter que arcar com o ónus de agirem sózinhos, digam isso aqui.
Comecemos aqui a organizar acções conjuntas -não litúrgicas – que respondam de forma efectiva e intransigente -sempre no respeito pela lei que os nossos governantes desprezam – sem bandeirolas na mão mas com determinação e inteligência nos procedimentos.
Eu estou preparado e tu?
Provavelmente lá para Junho, quando sair a lista dos professores que entraram nos quadros, os jornais (e sindicatos) darão destaque às idades desses professores. E os números que aparecerem nessa altura não serão muito diferentes daqueles que são apresentados neste artigo.
Sendo assim a média das idades (em setembro de 2021) desses professores rondará os 45 anos, havendo no entanto grupos onde os valores ultrapassam os 50 anos. Também a norte (como é sabido) as idades são superiores. Parece-me óbvio, com base nestes dados, que o rejuvenescimento da classe será uma empreitada muito complicada!!!
Mais do que a idade (importante para os jornais) sabemos que é a graduação que determina a nossa posição na lista e por isso apresento a média das graduações dos candidatos nos diferentes grupos e QZP’s.
Desta forma, nos QZP’s 1, 3 e 4 a graduação está acima de 31 enquanto que nos QZP’s 7, 8, 9 e 10 a graduação é inferior a 27. Isto significa que para vincular a norte os candidatos têm, em média, mais 4/5 anos de serviço.
Os programas continuam imutáveis há anos, continua-se a ensinar o que se ensinava há 30 anos e, como se ensinava há tantos anos, fala-se do olho de Camões, daquele que nunca regressou, de equações que de nada nos servirão, pois nunca mais servirão um qualquer objetivo e estudam-se as flores em vez de se ensinar a adorar a sua beleza.
Continua-se, taxativamente, a seguir o manual que nos impingiram de como era e devia de ser a educação neste retângulo que, agora, também pode ser um quadrado.
Fala-se de flexibilidade, é a moda do agora, mas ninguém entende onde flexibilizar, nem está disponível a flexibilizar por flexibilizar. O programa não é flexível, é obrigatório, tem de se cumprir, daquela forma que há tantos anos nos disseram que era para cumprir, todo.
O programa não muda, continua extenso, não tem em conta os interesses de a quem é transmitido. Sim, transmitido. Não é ensinado. Ninguém está disposto a aprender algo com o qual não se identifica, em que não se revê, que não entende para que lhe servirá.
Fala-se, agora, muito em espirito critico. Por muito que se fale disso, isso não se ensina, adquire-se através da experiência. E é experiência que um futuro programa deverá ter em conta. Qual flexibilização que ninguém quer aplicar e de que todos têm medo…
A fábrica de torneiras que, hoje e ontem, a escola foi e é, tem, um dia, de se tornar num campo de pasto onde as ovelhas deixem de ter a coloração branco sujo e passem a ser ovelhas negras, todas elas livres de abandonar o rebanho quando e como quiserem.
E para quem o definir, para quem o impingir, o tal programa flexível, ou, antes, livre, fica a inspiração que há tantos anos me levou por aí…
“Vem por aqui” — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: “vem por aqui!”
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali…
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos…
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: “vem por aqui!”?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí…
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?…
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos…
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios…
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios…
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: “vem por aqui”!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou…
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!
O SPZC elaborou dois documentos bastante completos. A Declaração Médica a preencher pelo médico de família ou outro e o oficio ao Diretor do Agrupamento de Escolas.