Título: “Death Of A Fahter” | Autores: “Somnth Pal “
Quando o pai de Babu morre, ele é preso em uma teia de antigos rituais e formalidades sociais. Enquanto busca oportunidades de lidar com a perda de seu pai, a morte acaba sendo apenas mais uma rotina mundana para Babu.
Universalização da escola digital arranca com a disponibilização de cem mil computadores e de plano de formação
A primeira fase do processo de universalização da escola digital está em curso, incluindo o acesso e a utilização de recursos didáticos e educativos digitais, e conta, já no 1.º período letivo, com a disponibilização dos primeiros cem mil computadores.
A prioridade de fornecimento dos primeiros equipamentos são os alunos abrangidos por apoios no âmbito da Ação Social Escolar, tendo os computadores tipologia diferenciada por ciclo de ensino e acesso à internet por banda larga móvel.
Este programa assenta em quatro pilares: equipamentos, conectividade, capacitação dos professores e recursos pedagógicos digitais.
Tal como referido no Programa de Estabilização Económica e Social (PEES), a universalização da escola digital, com um investimento total de 400 milhões de euros, será cumprida de forma faseada, tendo como objetivo alcançar todos os alunos e docentes das escolas públicas.
O Ministério da Educação deu início a um conjunto de diferentes iniciativas-chave com o objetivo de construir as várias vertentes deste programa de forma sólida, incluindo:
o Um diagnóstico do nível de competência dos professores que permitirá direcionar o programa para a sua formação e capacitação;
– A formação de formadores que permitirá capacitar um elevado número de professores;
– A criação de planos de transição digital para cada agrupamento de escolas;
– A criação da figura do “Embaixador Digital” nos Centros de Formação (CFAE), com o objetivo de dinamizar a implementação dos planos de transição digital locais;
– Um programa piloto de desmaterialização de manuais escolares.
As escolas não estão preparadas. Por mais que os professores, AO’s e AT’,s se esforcem para garantir todas as medidas de segurança, isso, não chega para que o ano corra minimamente bem.
As lacunas existentes são imensas. Desde o tamanho das salas de aula, à falta de outros materiais (mesas, cadeiras…), a falta de AO.s… Tudo isto faz com que o perigo de contágio esteja em todo lado.
A comunidade educativa tem que colaborar em todos os sentidos. O respeito pelas regras que as escolas estão a implementar tem que ser levado a sério por todos. Num ano excecional, o ME tem que afrouxar as velhas práticas restritivas e permitir que os recursos humanos aumentem para que todas as medidas, possíveis, sejam cumpridas e os recursos materiais possam existir.
Os Encarregados de Educação têm que fazer o seu trabalho de casa e colaborar com as escolas, incentivando os seus educandos no cumprimento das regras e dando, eles próprios, o exemplo. O aglomeramento de pais à porta das escolas não pode existir, a obtenção de informações quanto ao funcionamento das escolas tem que ser uma prática, o contato com os docentes tem que ser recorrente.
A escola está a fazer os possíveis e os impossíveis para que tudo corra bem, mas sozinha nada consegue…
A poucos dias do início das aulas, pais e encarregados de educação estão confiantes que as condições de segurança estão garantidas para as escolas retomarem o ensino presencial e reconhecem que a mobilidade dos alunos fora desse espaço controlado é mais preocupante.
“Parece que se está a criar a ideia de que a escola é o único sítio onde há perigo. Eu acredito que é nas escolas onde tudo está mais bem preparado e é mais seguro”, disse à Lusa o presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), Jorge Ascenção.
Para o representante dos pais, as escolas organizaram-se e aplicaram as medidas necessárias para assegurar, tanto quanto possível, a segurança e minimizar o risco de contágio dentro do espaço escolar.
No entanto, Jorge Ascenção acrescenta que o sucesso do regresso às aulas “está muito mais dependente dos comportamentos, das atitudes e dos cuidados que cada um adota” e aí as famílias têm o papel importante de explicar aos filhos que os cuidados a ter dentro da escola devem ser mantidos depois do toque de saída.
Também o presidente da Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE), Rui Martins, considerou que, com a abertura do ano letivo, não é nas escolas que está o maior risco.
“A nossa preocupação tem mais a ver com a envolvência, porque a escola parece-nos que está organizada e confiamos nos professores em relação a essa organização”, explicou, referindo que a questão dos transportes é aquela que mais preocupa.
À semelhança do presidente da Confap, também Rui Martins sublinha o papel e a responsabilidade dos pais que, por outro lado, também terão o desafio adicional de reorganizarem as suas rotinas e se adaptarem a algumas das mudanças que as escolas implementaram para o próximo ano.
“Por exemplo, o facto de haver famílias com mais de um filho na escola, com horários desfasados. Tudo isto vai ser um mundo novo para as famílias ao qual não estávamos habituados”, referiu.
No próximo ano letivo, que arranca entre 14 e 17 de setembro, as escolas vão retomar o ensino presencial, que será o regime regra em plena pandemia da covid-19, que em meados de março obrigou ao encerramento de todos os estabelecimentos de ensino.
Agora, o encerramento vai ser uma medida de último recurso, aplicada apenas em situações de elevado risco, e os dois representantes dos pais acompanham essa opção, reconhecendo, ainda assim, que a identificação de casos positivos no contexto escolar é uma inevitabilidade.
“Vão acontecer casos, e esperemos que sejam o menos possível. Mas todos nós temos de ter calma e contribuir para que tudo venha a correr bem”, referiu Rui Martins da CNIPE.
No mesmo sentido, Jorge Ascenção considerou que “não faria sentido, ao primeiro sinal, fechar logo tudo”, acrescentando que esse primeiro sinal vai surgir inevitavelmente e, nessa altura, será necessário agir depressa para controlar a situação, mas mantendo a calma.
Mário Carvalho é professor há 38 anos numa escola EB 2/3 e doente de risco: “Sou diabético e cardíaco mas é a diabetes que me preocupa mais porque é uma doença metabólica e tenho receio das sequelas”, admite.
É professor de Cências da Natureza nos 5.º e 6.º anos e, pelas características da disciplina que leciona, faz experiências com os alunos, lado a lado, uma situação que será impossível praticar no atual contexto. Terá de ser ele mesmo a conduzir o processo, à distância, sem se aproximar muito dos alunos. “Há logo uma limitação que é o facto de não serem os alunos a executar [a experiência], que é uma limitação muito séria.”
Na escola onde leciona considera ser impossível haver distanciamento entre os alunos. Não há espaço suficiente para colocar apenas um estudante por secretária com turmas tão grandes.
Mário Carvalho considera que a mobilidade do próprio professor dentro da sala de aula estará muito limitada. “Isso trará impactos no desempenho didático e pedagógico”, sublinha
Este docente tem 62 anos e lembra que, quando começou a carreira, previa estar reformado aos 61 anos de idade.
Mesmo com a sua situação clinica – ser portador de duas doenças crónicas -, colocar atestado médico será a última opção porque está em causa a redução do seu salário. “Penso que as pessoas terão tendência para sacrificar a sua segurança, apesar do risco que correm”.
Como diabético e cardíaco, Mário Carvalho vai começar o ano com o coração nas mãos e com muito receio. “Claro que tenho receio. Tenho de pensar que é a minha vida que está em risco”, lamenta.
O professor deixa um conselho ao Ministério da Educação: aos professores de risco com mais idade devia ser concedida reforma antecipada. Quanto aos outros, os mais novos, as escolas poderiam arranjar trabalho que não implicasse a interação com muitas pessoas.