Sobre a Avaliação do 3.º Período

Cada escola está a adaptar os seus critérios de avaliação para o ensino@distancia e não existem orientações claras quanto à definição de regras. A autonomia das escolas e as decisões do Conselho Pedagógico são as orientações para que cada escola determine o seu modelo de avaliação de 3.º período.

Numa situação excecional, existem medidas e decisões excecionais para a definição desses critérios.

Ligar o complicómetro numa fase tão complicada para as escolas, para os professores e para os alunos é algo que não me parece lógico nem adequado.

Na minha escola, o Conselho Pedagógico optou por algo tão simples quanto isto:

  • Nenhum aluno pode ser prejudicado em relação ao nível do 2.º período;
  • Todos os alunos podem subir de nível caso cumpram pelo menos 75% das tarefas, com qualidade.

 

Para se perceber o funcionamento destas decisões a grelha de avaliação do 3.º período ficará assim adaptada:

A qualidade das tarefas é avaliada de forma qualitativa de muito insuficiente a muito bom. Compete a cada docente dentro do seu grupo disciplinar ter um modelo de avaliação interna para determinar a qualidade das tarefas. Todos sabemos que muitas vezes as tarefas são realizadas através de copy paste ou do apoio dos adultos. Neste caso avaliar a qualidade do trabalho dos alunos é imensamente complicado.

Os alunos só poderão ver alterado o nível com o cumprimento de 75% das tarefas. Como se vê no exemplo de cima apenas um aluno poderia ver a subida de nível pelo cumprimento do número de tarefas determinado pelo Conselho Pedagógico com uma avaliação qualitativa de BOM.

Foi este o modelo que segui, outras escolas poderão seguir outros modelos.

Este modelo criado pela minha escola pareceu-me o mais adequado para alguma justiça na avaliação de final de ano.

Podem em resposta a este artigo dizer o que se vai fazendo nas vossas escolas.

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59 comentários

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    • maria on 28 de Maio de 2020 at 13:50
    • Responder

    Parabéns por terem assumido clara e publicamente que nenhum aluno será prejudicado relativamente à classificação do 2º período. Há diretores que não são capazes de o fazer…

    • Cury1 on 28 de Maio de 2020 at 14:09
    • Responder

    Ridículo. Injusto.
    Atentem nos casos dos alunos n. °1 e n. °4. Só porque ao aluno n.° 1 foram pedidas menos tarefas para realizar, este aluno irá ser avaliado com nível 3 ?! Enquanto o seu colega com o nível 4?! (Nem estou aqui a colocar a questão de se atribuir um 4 quando aos dois grandes períodos de trabalho correspondeu um nível 3…)
    Só mais um reparo: no Ensino Básico, as notações devem ser de Não Satisfaz a Satisfaz Muito Bem. Não misturem o Básico com o Secundário!


    1. Isto é apenas um exemplo.
      O normal será que cada disciplina tenha pedido o mesmo número de tarefas. No entanto, pode acontecer diferenciação de tarefas para a mesma turma e a mesma disciplina.
      Obsviamente que nem respondo ao comentário das notações, porque parece-me que vive centrado apenas no que a sua escola decidiu.

        • Cury1 on 28 de Maio de 2020 at 16:29
        • Responder

        Esquecendo a questão das notações, continuo a afirmar que é uma forma de avaliação/ ponderação injusta, remetendo, de novo para o exemplo comparativo dos alunos 1 e 4. Apenas, tendo em conta, a falta de realização de uma tarefa, e, ambos terem obtido “Bom” nas restantes, distinguir assim estes dois alunos.

      • Maria Maria on 28 de Maio de 2020 at 16:10
      • Responder

      Cury,
      Não se chamam “notações”, mas sim “menções”.
      Estas, são definidas pelo Conselho Pedagógico de cada Agrupamento.
      Na minha escola, as menções são iguais, tanto para o básico, como para o secundário.
      Como é evidente, são aplicadas com as devidas adequações à escala de avaliação quantitativa, de cada ciclo de estudos.

        • Cury1 on 28 de Maio de 2020 at 16:33
        • Responder

        Maria, é aquilo que lhe quiser chamar. O que está aqui em causa é há designações próprias para cada Ciclo de ensino. E, no Ensino Básico, continuo a afirmar, deve ser diferente do Secundário.

      • Paulo Pereira on 28 de Maio de 2020 at 21:37
      • Responder

      As notações no Ensino Básico são definidas em Conselho Pedagógico, no início do ano lectivo.
      Conheço várias escolas que adoptam nomenclaturas diferentes das aqui referidas.
      E mais:
      Os intervalos percentuais de cada notação também não são universais.

      Convém notar também que, no Ensino Básico, a escala de NÍVEIS de 1 a 5 é QUALITATIVA.
      Pelo facto de ser uma escala qualitativa e cada nível ter um âmbito percentual diverso, é ERRADO fazer médias usando esta escala.
      As médias (simples e ponderadas) só se fazem com escalas QUANTITATIVAS, como é o caso do Ensino secundário (De 0 (Zero) a 20) ou escalas percentuais (De 0 (Zero) a 100).

      De referir que podem haver outras escalas QUANTITATIVAS, como por exemplo a escala de 0 (Zero) a 5, que nada tem que ver com os níveis de 1 a 5.
      Numa escala QUANTITATIVA de 0 a 5, o valor de 50% corresponde a 2,5.

      Este erro é recorrente nas escolas e também no ME!
      Se na vez de a escala de NÍVEIS por números e passasse a ser por letras (A, B, C, D, E) não haveria, decerto, esta confusão.

      E uma nota adicional: Matematicamente, 50% não é “positiva”. Só é “positiva” se for > 50%.
      (Exemplo: um bolo partido ao meio reduz-se a duas partes de 50%. Ora se a primeira parte for “negativa”, os 50% estão lá contidos.
      Ah, pois é!

        • motta on 28 de Maio de 2020 at 21:58
        • Responder

        Aleluia|
        Parece-me que é a primeira vez que alguém, além de mim (o que eu sofri até agora!), sabe que os níveis de 1 a 5 (no básico) constituem uma escala qualitativa. Os disparates que por aí se continuam a ver, como fazer médias e outros que tais. Ainda tentei fazer a média de A+B+C+D+E, mas nunca cheguei lá…

          • Paulo Pereira on 28 de Maio de 2020 at 22:52

          @Motta:
          Grande é a formatação das muitas cabecinhas que se dizem professores.
          Então se tal professor for um “titular”, estas verdades básicas não entram mesmo.
          Até mesmo os mais “despachaditos” não querem sequer parar um pouco para pensar sobre o assunto, o que é triste…
          Pelo contrário, até sou vítima de enxovalho e desconsideração.
          É a treta que temos…

          • Maria Maria on 29 de Maio de 2020 at 19:54

          Colegas,
          Se consideram a avaliação de 1 a 5 qualitativa, estão perante uma variável qualitativa ordinal, e é passível de tratamento estatístico em todo o mundo, não apenas no ME.
          A distinção entre variável qualitativa e e quantitativa é mais flexível do que descrevem.
          Uma variável originalmente quantitativa pode ser apurada de forma qualitativa. Por exemplo, a idade (em anos) é quantitativa e a faixa etária (0 a 5 anos, 6 a 10 anos, etc.), é qualitativa.
          No entanto, gostei de ler as vossas reflexões.

          • motta on 29 de Maio de 2020 at 22:32

          Maria
          Sim ,todos sabemos da estatística paramétrica, não paramétrica, escalas nominais, ordinais, de intervalos… e por aí adiante. Obviamente que variáveis e séries qualitativas têm tratamento estatístico. Pois claro!
          O que aflige é ver colegas a tentar encaixar os dados da avaliação 1 a 5 nas suas benditas e sacrossantas folhas Excel, apenas nas suas funções mais básicas. Nunca lhes passou pela cabeça analisar os dados da avaliação dos alunos, por exemplo com um t de student ou uma correlação de Spearman…

    • Marina on 28 de Maio de 2020 at 15:05
    • Responder

    E um aluno que não tenha feito qualquer tarefa solicitada?


    1. Assumimos um princípio.

    • Maria on 28 de Maio de 2020 at 15:30
    • Responder

    Esse método é o mais injusto que consigo imaginar. Beneficiam os alunos com pais atentos e que lhes realizam as tarefas ou com explicadores, mesmo que nada tenham aprendido ou feito durante todo o período. A unica forma justa de avaliar é o questionamento oral durante as aulas síncronas.

      • Cury1 on 28 de Maio de 2020 at 16:36
      • Responder

      Também.

      • Paulo Pereira on 28 de Maio de 2020 at 21:54
      • Responder

      Pois. O problema de ser feita uma proposta de forma simples acarreta o risco de ser avaliada de forma simplista e “bota-abaixista”.
      Até aparecer uma avaliação final proposta, o docente fez o seu papel de fazer as avaliações parcelares com a informação que recebe.

      Pessoalmente, o critério porventura mais justo seria o de calcular uma média ponderada.
      Porém, a bem do rigor, os alunos deveriam ser avaliados numa escala percentual.
      Simplificando (e as simplificações são sempre injustas), o nível atribuído no 1.º e 2.º Períodos deveriam ser convertidos num valor médio percentual.
      Só dessa forma se pode uniformizar o procedimento, desde que o 3.º Período tenha também uma média percentual.
      Mas aqui pode-se levantar a questão sobre qual o peso da avaliação do 3.º Período relativamente aos restantes períodos.
      A conversão em “Nível” (de 1 a 5) é feita através da conversão do valor percentual definido pela Escola no início do 1.º Período.

      Nestas questões, convém pensar um pouco para depois simplificar.
      O “complicómetro” é um adjectivo para simplistas.
      Não se pretende que o trabalho complicado seja feito pelos docentes, mas por uma equipa que PENSA sobre o assunto de forma coerente e objectiva, e o apresenta, de forma esquematizada, aos docentes.

      Pessoalmente, nunca acreditei que se resolvesse fosse o que fosse, de forma ponderada, num Conselho Pedagógico, sem que, previamente, se reunissem equipas de trabalho para estudar os assuntos complexos a debater.

      As dinâmicas subjacentes a Reuniões de Câmara Municipal, ou mesmo deliberações na Assembleia da República não se fazem em cima do joelho. Há o necessário trabalho de bastidores, como as comissões e equipas de trabalho.
      É complicado? Nem por isso.
      As coisas bem feitas fazem-se deste modo.
      Se dá trabalho?
      Mas o que se faz sem trabalho?

    • Alexandra Almeida on 28 de Maio de 2020 at 15:36
    • Responder

    Concordo com a pergunta da Mariana: E quem não fez nada?
    Tenho 2 alunos que se viram com 3/3 e NUNCA, repito: NUNCA até agora, enviaram as tarefas (1 por semana) nem NUNCA compareceram a nenhuma aula síncrona.
    Apetecia-me dar-lhes 2! Porém, não posso…
    Mas vou tentar não atribuir nota do 3º período porque nada fizeram.

    Eu fui defensora de que houvesse avaliação do 3º período para confirmar ou retificar algum nível 2 atribuído na Páscoa. Mas dizer que alunos que tiveram 2/3 e que agora têm andado a brincar não podem passar para 2, não me parece justo.


    1. 7 meses de estudo e tem nota 3
      3 meses de estudo a fingir e tem 2 ??!!!

      Alexandra vc nao está boa da cabeça

      Alexandra sabia que se um aluno colocasse atestado medico paa todo o 3 periodo vc era obrigada a dar a nota do 3 periodo?

      Alexnadra espero nunca a encontrar como colega

        • Roberto Paulo on 28 de Maio de 2020 at 16:51
        • Responder

        Vamos colocar ao contrário?

        7 meses de estudo (ou falta dele, neste caso) e tem nota 2; 3 meses de estudo a fingir e tem 3??!!!

        Olhe, não sou a Alexandra, mas, se fosse, responder-lhe-ia que seria eu a não a querer ter como colega. A cara é uma analfabeta funcional no que diz respeito ao uso da língua portuguesa.

        Como é que o Estado português pode ter ao seu serviço ditos professores que comunicam assim com os seus alunos? Desgraçados dos professores de Português: eles bem devem tentar ensinar os seus alunos, mas depois têm de levar com algumas Lenas que destroem todo o seu esforço.

          • Ruben on 28 de Maio de 2020 at 20:17

          Mas ela até parece ser muito boa. Eu não me importava nada de a ter como colega. 12 meses por ano!

          • Roberto Paulo on 28 de Maio de 2020 at 20:38

          Ruben, seu marialva!

        • Alexandra Almeida on 28 de Maio de 2020 at 22:12
        • Responder

        Respondo à Lena:
        Quem não está boa da cabeça será a colega!
        São alunos não carenciados, têm TUDO. A DT já falou com a mãe de ambos… Uma diz que: “Ah, eu vou falar com ele”, e nada. A outra está incomunicável…
        Acresce que todas as semanas lhes envio e-mails com a correção das tarefas que supostamente deviam ter feito. Nem respondem!Quer dizer: Estão a gozar comigo e eu sou maluca?
        Descanse, Lena, nunca me encontrará como colega! De hoje a 1 ano já terei pedido a aposentação!
        Mas digo-lhe: Receio pelo futuro do ensino com professores como V. Exª.

        • Isaura Ribeiro on 16 de Junho de 2020 at 10:21
        • Responder

        Não concordo nada consigo!!!

        • Isaura Ribeiro on 16 de Junho de 2020 at 10:22
        • Responder

        Como é possível pensar dessa forma!!!??

      • Paulo Pereira on 28 de Maio de 2020 at 22:13
      • Responder

      O critério para atribuír Nível 3 a quem não fez nada no 3.º Período é simples:
      O 1.º e 2.º Períodos correspondem a mais de metade do ano lectivo.

      Porém, há um detalhe:
      Se o aluno tem dois Níveis iguais a “3”, e considerando que o Nível “3” médio corresponde a 65%, caso nada tenha feito no 3.º Período, a média do 3.º Período é de 43%.
      Convertendo, tem Nível “2”.
      Com água-benta, passa a Nível “3”.

      Para avaliações baseadas em “Níveis” e não em valores percentuais, pode haver situações de injustiça para bons alunos e para maus alunos.
      No caso de maus alunos que pouco trabalham, é corrente atribuir Nível “3” “por incentivo”. Porém, o aluno tem uma média percentual de 40% a 45%. Ou mesmo de 50%.

      Ora quando se olha para um Nível “3”, só o professor que o atribuiu sabe a correspondencia percentual de tal nível.

      Concluindo:
      Não vale a pena ter complexos de culpa, pois o que o Conselho de Turma decidir é final.
      Para quê stressar?
      Já sabemos como são feitas as atribuições de Níveis no Ensino Básico, não é verdade?…

    • Roberto Paulo on 28 de Maio de 2020 at 16:39
    • Responder

    É uma decisão – a apresentada – que vai no sentido geral do ensino em Portugal.
    Desde logo, vai no sentido de enterrar os professores em burrocracia: contar as atividades que enviaram aos alunos, contar as que fizeram e não fizeram e depois fazer uma apreciação etérea da qualidade das mesmas.

    A seguir vem a velha questão de não prejudicar nenhum aluno, ou seja, beneficiar os calões, os que não trabalham, não se esforçam, pouco ou nada fazem/fizeram durante este período. Este é o conceito de «prejuízo» / «benefício» que reina em Portugal e que os professores, concordem ou não, são forçados a aplicar por imposição dessa coisa chamada diretores.

    Pergunta: não deveriam os alunos ter sido informados disto há 6 ou 7 semanas? É que muitos poupavam-se à crueldade de andar a trabalhar para o boneco.

    • Alves on 28 de Maio de 2020 at 16:42
    • Responder

    Então e não avaliam a assiduidade e participação nas sessões síncronas?


    1. sabes la tu quem está nas sincronas
      ate podem colocar um video com a cara deles a mexer em frente à câmara

        • Alves on 28 de Maio de 2020 at 17:29
        • Responder

        Ai, é?
        E se dialogares com o “video”, ele responde?
        E não é “sincronas”, diz-se, e escreve-se, síncronas.
        Inocente!

          • Mena on 28 de Maio de 2020 at 17:51

          ‘es um triste
          achas que falas com todos?

          arranja uma vida

    • Jorge on 28 de Maio de 2020 at 16:51
    • Responder

    Não há, repito, não há uma base minimamente séria e transparente que permita garantir a necessária fiabilidade e o exigido rigor de uma avaliação de carácter sumativo, com o objetivo de classificar os alunos, neste processo de E@D em vigor e aplicado neste 3º período letivo.
    Qualquer tentativa de aplicar fórmulas, percentagens, classificações de trabalhos enviados online carece da mais elementar prova de verificação das condições de realização da tarefa por parte de cada aluno.
    A avaliação com a finalidade de classificação no E@D é um tema de enorme sensibilidade e controvérsia, com um escasso uso nas instituições de ensino superior (que estão bem mais avançadas neste processo que as nossas escolas básicas e secundárias) e ainda longe de se tornar universal e consensual.
    Nos Estados Unidos, é bem verdade que a sua aplicação está em crescimento mas vejam estes sites (de empresas contratadas pelas universidades) e constatem como eles levam “a sério” a avaliação a distância:
    https://examity.com/
    https://proctorexam.com/

    Não podemos ir atrás desta “cantiga” de quem nos governa e olhar para este processo como algo neutro, perfeitamente ao alcance do corpo docente do básico/secundário (se falhar, a culpa é nossa!), de fácil implementação (qualquer escola consegue fazer isto!)…

    Estamos a falar de algo que não está suficientemente testado, que exige processos e protocolos de grande exigência e de um conjunto de condições normativas e materiais que estão longe, mas imensamente longe, de estarem reunidas.

    Não se metam em trabalhos: não se desçam classificações (em relação ao 2º período) mesmo que tal signifique engolir um sapo, e a subir (ligeiramente) que o façam em circunstâncias muito particulares (grande empenho e iniciativa por parte de um aluno que estava, no 2º período, na “fronteira” entre duas classificações, ou que lhe permita aceder a uma bolsa de estudos, ao quadro de mérito…).

    Não vai ser fácil!!

    • fernandasobralinho on 28 de Maio de 2020 at 16:54
    • Responder

    Como a minha escola ainda não de decidiu, não comento essa parte.
    Quanto às notações/menções, devem estar a referir a nomenclatura das avaliações qualitativas. Cada cabeça/escola sua sentença e o disparate é consonante com os egos de cada um…
    Porque razão no básico tem que ser diferente do secundário? Porque uns têm o ego maior que os outros?
    Salvo disciplinas que só existem no currículo do ensino secundário, outras são comuns ao 3º ciclo/secundário, sendo o mesmo grupo de recrutamento dos professores…
    Pensava que, com os agrupamentos, a parvoíce de sermos do quadro de escola tinha desaparecido ao passarmos a quadro de agrupamento…tenham básico e/ou secundário…enfim…

      • Maria Maria on 29 de Maio de 2020 at 21:22
      • Responder

      Muito bem Fernanda!
      Os egos empolam, à conta dos Diretores elegerem uns quantos iluminados para o secundário, a maioria das vezes baseados em critérios obscuros.
      Com a minha Diretora é assim: todos os horários são mistos. Exceto Filosofia, por exemplo.
      Quem vem para professor é porque gosta de ensinar.
      O nível interessa para quê?


  1. avaliacao qualitativa cada escola faz como quer
    alias os alunos estao a caaaaggaar-se para ela

    a quantitativa principalmente no secundario é a que conta para medias, logo essa nunca se poderá baixar, não sao 2 meses de pseudo-aulas efetivas que o irá fazer

    subir …ok … os alunos nao se importam, mas como saber quem realmente fez os trabalhos?

    • Matilde on 28 de Maio de 2020 at 17:06
    • Responder

    “Ligar o complicómetro numa fase tão complicada para as escolas, para os professores e para os alunos é algo que não me parece lógico nem adequado.”

    Arlindo, a sua afirmação expressa exactamente o tipo de procedimento que deveria observar-se em todas as escolas, traduzido pela palavra: “Simplificar”…

    O problema é que existem muitas pessoas a quem a palavra “simplificar” provoca, quase sempre, alguma “urticária” ou outras reacções alérgicas similares… 🙂

    A inflexibilidade ou rigidez cognitiva, tão típica nessas pessoas, não lhes permite adaptar-se e reajustar-se adequadamente, nem em termos de conduta nem em termos de pensamento, a novas situações, a alternativas ou a situações inesperadas… Seguem o registo que sempre tiveram, numa espécie de automatismo que pode ser visto como um acto involuntário, na medida em que parece não depender da vontade própria…

    Essas pessoas, tendem também, amiúde, a considerar a palavra “simplificar” como um sinónimo de “trabalhar menos e pior”. Ou seja, o preconceito em relação a essa palavra é, por si só e quase sempre, suficiente para impedir ou obstaculizar a mudança e manter a relutância em relação ao que é preciso alterar, em função de novas circunstâncias.
    Curiosamente, ou não, geralmente essas mesmas pessoas são também aquelas que mais se queixam sobre as dificuldades existentes no desempenho das suas funções, nomeadamente o número infindável de tarefas empreendidas e a empreender… Porque será?

    Se continuar a ser assim, auguram-se muitos entraves e muita resistência face à imperiosa necessidade de simplificar procedimentos… A decisão de simplificar ou de atulhar tudo e todos com grelhas e mais grelhas e mais folhas excel, depende de cada escola, nomeadamente dos órgãos competentes para esse efeito…

    Independentemente disso, não pode deixar de se saudar a coragem e a frontalidade com que assumiu este desígnio…

    (Sobre os critérios de avaliação em si mesmos, não me posso pronunciar, porque, em rigor, não tenho o conhecimento factual necessário para o poder fazer…).

      • Roberto Paulo on 28 de Maio de 2020 at 17:21
      • Responder

      Faltava a prédica diária, acompanhada da dose habitual de soberba intelectual.

        • Matilde on 28 de Maio de 2020 at 18:25
        • Responder

        Aviso:
        A leitura dos comentários em causa pode causar habituação e/ou eventuais efeitos colaterais irreversíveis, tais como a eventual assimilação/interiorização de alguma(s) ideia(s) defendida(s) nos mesmos…
        Para não correr esses riscos, desaconselha-se a respectiva leitura ou, em alternativa, ignorá-los liminarmente… 🙂

          • Matilde on 28 de Maio de 2020 at 18:33

          A minha “soberba intelectual” acabou de me pregar uma partida 🙂 :

          Correcção: pode provocar, em vez de pode causar…

          • Roberto Paulo on 28 de Maio de 2020 at 20:42

          Ó diabo, que agora já se conversa em circuito fechado!

          Ná, não causa habituação, porque vacino-me sempre contra os vendedores de pseudo-ideias.

        • Matilde on 28 de Maio de 2020 at 21:45
        • Responder

        “Conversar em circuito fechado” sempre pode estimular a introspecção e o pensamento reflexivo e isso já um benefício a ser tido em consideração…; 🙂

        A crença em vacinas profiláticas da habituação só pode ser entendida como uma questão de Fé, sem qualquer correspondência com evidências científicas: lamenta-se, mas não se conhecem quaisquer vacinas preventivas ou curativas para a habituação/dependência. Assim sendo, aconselha-se, reiteradamente, a abstinência ou um consumo muito moderado de determinadas leituras..; 🙂

        Os “vendedores de pseudo-ideias” são, de facto, um flagelo a evitar… Também fujo deles o mais que posso, mas, infelizmente, nem sempre sou bem sucedida… 🙂

          • Roberto Paulo on 28 de Maio de 2020 at 22:26

          Ensimesmanento? Primeiro passo para o hospício.

          As vacinas que tomo são absolutamente efetivas, porque não pertencem ao mundo-chão, antes se situam em terraços que escondem coisas verdadeiramente belas.

          E lá voltamos ao contágio nocivo, embora cada um deva assumir a responsabilidade dos seus atos e opções, em vez de culpar o ocasional transeunte.

          E mais não digo, que no meu tempo sujeito e predicado não se divorciavam pela pontuação.

      • Paulo Pereira on 28 de Maio de 2020 at 22:30
      • Responder

      O pensamento introspectivo aliado à criatividade e o “pensar fora da caixa” pode resultar em soluções práticas e simples.

      Porém, se se considerar que “pensar” sobre uma situação atípica para apresentar soluções de contingência é sinónimo de “complicómetro”, é triste.

      Obviamente que se deve pensar muito seriamente sobre o modo como cada Escola/Agrupamento irá definir procedimentos para implementar uma avaliação mínimamente justa e com o mínimo de coerência.
      E a validação das soluções propostas está na justa proporção da competência e seriedade de quem está num Conselho Pedagógico e de quem preside.

      É detestável apresentar soluções “em cima do joelho”. As coisas devem ser previamente pensadas!
      Seria patético se, quando alguém questionar o critério adoptado para a avaliação dos alunos, não houver uma resposta consistente.
      Dizer, simplesmente, que foi o Conselho Pedagógico que aprovou, pode não ser suficiente.
      E, no extremo, pode resultar numa queixa à DGAE ou afins.

    • Nuno Costa on 28 de Maio de 2020 at 17:30
    • Responder

    Arlindo, não partilhe nada com esta gente. Há sempre defeitos. Nada está bem. Mande-os todos para a pqop. Professores = classe de caca e desunida onde predomina o chicoespertismo.


    1. Se o seu nome é o verdadeiro e trabalha num cargo de Direção de Escola, simplesmente, apenas quero dizer-lhe que é uma excelente pessoa e um excelente profissional, pois já tive o prazer de contactar consigo. Quanto ao colega Arlindo, esqueça os pseudodefeitos que apresentam ao que partilha, aproveite o que for crítica construtiva e que possa servir de mais valia e continue a fazer o seu melhor.


  2. Não concebo a possibilidade de as regras serem alteradas no final do ano.
    Na penúltima semana de aulas do 2º período, antecipando já o inevitável encerramento das escolas, informei os meus alunos das condições de avaliação – os critérios da disciplina seriam cumpridos e eu teria especial atenção à possibilidade de essa ser a avaliação final do ano. Assim foi feito (como também o seria num ano normal).

    Com o reinício do 3º período, e à falta de orientações superiores claras, informei os meus alunos que o ensino à distância impossibilitava uma avaliação sumativa rigorosa e equitativa, pelo que apenas seria considerada a participação nas tarefas e o domínio das atitudes (10 ou 15% no total).
    Assim, todos entenderam que dificilmente a classificação do 2º período seria alterada. Para que tal acontecesse seria necessário um caso extremo de participação nula e sem justificação. Também todos entenderam que deverão tentar fazer o melhor possível e que, ainda assim, a classificação dificilmente subirá. O regresso às aulas presenciais não justificou alterar estas condições, pelo que se mantiveram.

    Estes foram os compromissos com os meus alunos e isto será o que vou manter. Nunca podia estar a trabalhar, até perto do final do ano, sem ter critérios e compromissos claros de avaliação.

    Cheguei a temer que muitos alunos desligassem das atividades propostas. Mas em duas das minhas turmas nunca tive menos de 93% de concretização das tarefas e, em mais de metade das seis semanas já concluídas, 100% de tarefas foram realizadas. Numa dessas turmas verifica-se 100% de participação nas aulas presenciais retomadas, com as tarefas da disciplina a serem posteriormente realizadas à distância.

    Tenho um imenso orgulho no compromisso e responsabilidade destes jovens. Espero que esta deriva de última hora, procurando definir critérios que há muito estão definidos e tentando apressadamente mostrar trabalho, rigor e responsabilidade, não transforme esse orgulho num enorme sentimento de injustiça.

      • Ana Costa on 28 de Maio de 2020 at 18:44
      • Responder

      Estou a dar ano de exame, voltei às aulas presenciais e fiz exatamente o mesmo – para avaliação sumativa só conta a atitude, todos os trabalhos solicitados foram formativos. Refiro também que até as aulas iniciarem, todos os alunos cumpriram as tarefas que solicitei (claro que sendo ano de exame, o empenho dos alunos será diferente do dos alunos do básico). O facto de serem apenas formativas foi uma mais-valia porque os alunos sabiam que as podiam entregar com erros, para que eu entendesse as suas dificuldades; se fossem sumativas, eu estaria a corrigir o trabalho dos explicadores. Os alunos já estão suficientemente pressionados e a viver um realidade muito alternativa para que ainda se sintam angustiados com a perspectiva de serem prejudicados nesta fase…

      • Cury1 on 28 de Maio de 2020 at 18:53
      • Responder

      Muito bem.

    • N. Ribeiro on 28 de Maio de 2020 at 18:14
    • Responder

    Mas alguém já pensou nas disciplinas semestrais?
    … era melhor nunca terem sido criadas. Que chatice.

      • Paulo Pereira on 28 de Maio de 2020 at 22:38
      • Responder

      Antes disciplinas semestrais que quinzenais!

      Há escolas que adoptam o regime quinzenal, o que é uma aberração para alunos e professores, pois perde-se o ritmo.

      Quanto ao segundo semestre das disciplinas semestrais, que dizer?
      Não ponho em causa a sua criação, pois até considero adequada.

      Porém, nunca convém esquecer que este ano lectivo, e provavelmente o próximo, são de excepção.
      Que isso não seja argumento para contestar aulas semestrais.

        • Falcão on 28 de Maio de 2020 at 23:16
        • Responder

        As disciplinas semestrais são uma invenção engraçada. Mas mesmo muito engraçada.

        Único senão: o programa terá de ser abordado DUAS VEZES em cada ano letivo! Para quem tem 10 ou mais turmas, deve ser uma coisa mesmo engraçada!

        Por muito construtivista ou conectivista que seja, terá sempre de cumprir o programa, a dobrar, em cada ano letivo, e em cada turma!

        Estou enganado? Creio que não! Mas estou sempre aberto a novas ideias. Façam favor.

        • N. Ribeiro on 28 de Maio de 2020 at 23:39
        • Responder

        Estava a falar na dificuldade acrescida de avaliar as disciplinas do segundo semestre.

        Mês e meio presencial..não dá para aplicar a lógica dos 3 períodos.


  3. Quanto ao modelo apresentado parece-me um modelo sensato, pelo menos para o Ensino Básico.
    Já quanto aos anos terminais do Ensino Secundário essa simples contabilização das tarefas não pode ser tão determinante. Para além disso há disciplinas muito distintas de outras.

    • Rui Manuel Fernandes Ferreira on 28 de Maio de 2020 at 19:07
    • Responder

    Como é que os Conselhos Pedagógicos podem decidir sobre matérias reguladas por articulados legais hierarquicamente superiores, neste caso em concreto o Estatuto da Carreira Docente, no que aos direitos dos docentes diz respeito? Uma coisa é definir critérios de avaliação outra bem diferente é aprovar grelhas e impor a todos os professores da escola/agrupamento a sua implementação. Será em favor da uniformização? Se sim, uniformizamos aquilo que vezes sem conta juramos que é diferente e por isso diferenciamos e flexibilizamos? Se sim, só tenderá a aplicar-se dentro daquela escola/agrupamento, correndo-se o risco de, na prática, cada um faça o seu ajuste informal mediante a sua crença.
    ECD, n.º 2 do artigo 5.º, c) O direito à autonomia técnica e científica e à liberdade de escolha dos métodos de ensino, das tecnologias e técnicas de educação e dos tipos de meios auxiliares de ensino mais adequados, no respeito pelo currículo nacional, pelos programas e pelas orientações programáticas curriculares ou pedagógicas em vigor.
    Se pelos comentários já dá para ver o resultado, agora imaginem no seio de toda a classe docente.
    As notas do 3.º período devem ser as atribuídas no 2.º. Para o ano há mais escola.

      • Falcão on 28 de Maio de 2020 at 23:20
      • Responder

      Tanta uniformização levou a que a fruta deixasse de ter sabor.
      Está a acontecer o mesmo nas escolas…

    • Luís on 28 de Maio de 2020 at 19:45
    • Responder

    Excelente proposta no sentido de reunir informação sobre o que foi feito pelo aluno.
    Bom senso é requerido!
    Cada professor sabe o trabalho que fez e saberá reconhecer a excepção: alguns poucos alunos que se esforçaram.
    Temos que ser os primeiros a não incentivar o trabalho pela nota apenas: um aluno que rentabilize o tempo vai enfrentar melhor o próximo ano, os exames, a universidade, o trabalho,….

    O grande problema é não educarmos: se um aluno não trabalhou e tinha condições, tem que ser confrontado com isso. Os esforçados têm que ser aliviados ou fazer coisas que gostem. Isto no E@D é mais fácil…. Mas no presencial deveria ser igual!

    Obrigado pela partilha!
    Um último pedido – Por favor mantenham o nível!

    • Maria Maria on 28 de Maio de 2020 at 20:08
    • Responder

    Cury
    Não chamo menções, porque quero.
    Informe-se, para saber a diferença entre notação e menção.
    Distinguir básico e secundário neste particular, é artificial.
    Nas universidades, não se distinguiam as menções de mestrado e doutoramento.

      • Cury1 on 28 de Maio de 2020 at 22:21
      • Responder

      Maria, leia a excelente explicação, aqui, do Paulo Pereira.

      Dou por encerrado este assunto.

    • Amaral on 28 de Maio de 2020 at 20:25
    • Responder

    Esta frase é linda “não incentivar o trabalho pela nota apenas”, só que na vida REAL qualquer aluno e EE troca-a facilmente por um 20.
    Entrar no curso que se quer na universidade está no topo das propriedades. Qualquer aluno ou EE prefere a nota ao conhecimento, dizer o contrário é só politicamente correto ou então é vindo de alguém que já tirou o curso desejado.

    • Cury1 on 28 de Maio de 2020 at 22:09
    • Responder

    Obrigada pela excelente explicação.

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