Análise do Prós e Contras, por Maurício Brito

Bom dia.

Apenas algumas notas sobre o Prós e Contras de ontem:

– Num programa que naturalmente surge devido aos episódios de violência que tiveram eco em certos OCS nas últimas semanas, e apesar dos intervenientes da plateia serem todos professores, penso que o painel não deveria ter apenas o “docente do ano” – como que a representar toda uma classe -, mas outros professores, que estão no terreno e que já produziram opinião publicada sobre o assunto. Admito que os convites possam ter sido feitos e recusados mas não me parece que pelo menos duas das figuras do painel (estou a pensar no economista e na investigadora) merecessem ocupar um lugar que faria muito mais sentido ser do Luís Sottomaior Braga, que juntamente com o colega de Geografia teve das melhores prestações. Fica no ar a eterna impressão de que quando o assunto é sobre Educação, os professores são apenas chamados para “relatar” enquanto que ditos especialistas de outras áreas são os preferidos para explicar os fenómenos

– Inaceitável – mas ao mesmo tempo sintomática de algo muito perverso – foi a ausência de um representante do Ministério da Educação. Quando o assunto for meritocracia, flexibilizōes inclusivas e alterações ao ECD, certamente que teremos vários a colocarem-se em pontas dos pés para receber o convite e estar presente.

E sim, muito do fundamental ficou por dizer.

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2019/11/analise-do-pros-e-contras-por-mauricio-brito/

16 comentários

Passar directamente para o formulário dos comentários,

    • Fernanda S. on 5 de Novembro de 2019 at 9:36
    • Responder

    Mas isto já ñ nos surpreende, sempre mais da mesma fantochada do costume, pra inglês ver…

    • Fartinho Fernandes on 5 de Novembro de 2019 at 12:43
    • Responder

    O debate de ontem mostrou como a propaganda colonizou a maior parte dos professores, dos não docentes nem falo, e os tornou agentes involuntários da concepções pós-modernas do ultra-liberalismo. A maior parte das análises foram realizadas como se a função da escola nao fosse um local de transmissão de conhecimento, mas uma instituição existencialista cuja principal missão é remediar questões de ordem sócio-económica que são competência dos políticos. Por outro lado fala-se, preferencialmente, das escolas com os maiores problemas e a soluções apontadas são uma espécie de recreio : para os pobrezinhos as soluções é um currículo mínimo; teatro; desporto; e RAP… Das elites nem sequer interessa falar essas , para além das artes ditas como nobres, terão , nas suas escolas de elite, direito à formação académica curricular máxima e formação, por exemplo, em Latim e Grego… Não será por mero acaso que a senhora secretária de Estado, Alexandra Leitão, tem os seus rebentos no Colégio Alemão…. Dêem-se ao trabalho de verificar onde são formados muitos dos rebentos da actual governaça e das anteriores… Para esses meninos não há flexibilidade, como não a há nas Escolas Públicas frequentadas pelos mais ricos e classe média alta!!! Aí não há problema para algumas aulas ”chatas” e para hábitos de estudo bem consolidados… Bem sabem que se querem ser admitidos, como querem, nas universidades de topo no estrangeiro não podem ter conhecimentos medíocres… Tudo o resto é conversa para os filhos dos outros…
    Outra das questões inacreditáveis é que parece que, por haver famílias desestruturadas , ou problemas sociais, há um direito de alguns alunos ao tabefe ao professor… Se há problemas socais criem programas para os resolver! Violência sobre professores não poderá ter outro tratamento, seja qual for o motivo, não poderá não ter senão que não seja uma resposta firme e com consequências! Bem sei que a punição não colhe num mundo sem valores e que acha que alguns elementos são sacos de pancada por problemas criados a montante das escola.
    Outra mentira diversas vezes proferida é que os meninos são violentos porque, coitadinhos, não têm aulas motivadoras! Tenham, mas é vergonha na cara…. Uma coisa é não estarem motivados, outra coisa é terem interiorizado que podem agredir alguém porque algo não lhe agrada…
    Mais mentira quando vários de nós sabemos que há professores que fazem o pino para motivar os alunos, são dedicados e envolventes e mesmo assim continuamente ameaçados… Também não é verdade que a violência surja só em meios pobres o que não falta são meninos das classe se médias e altas, a quem tudo é permitido , a serem violentos, extremamente violentos, com a conivência e o relaxo educativo de muitos papás!!! Falta é educação e deveres , quando só sabem ler a cartilha dos direitos!!!

      • Jack on 5 de Novembro de 2019 at 14:21
      • Responder

      Oo resultado está à vista: pais e filhos desatremados existenciais e zombies neurasténicos seja de que estrato for . Nas televisões, cartazes, jornais e outros, assiste-se a banhos de publicidade repugnantes; programas e filmes nauseabundos; a palavra Amor tratada com os pés, lá no meio do lamaçal ; a palavra Respeito entendem-na como se fosse uma marca de qualquer objecto. É tudo interpretado à luz de outros interesses . O que esperar ?? Só um estrondoso murro na mesa!!!

    • Alberto Miranda on 5 de Novembro de 2019 at 13:40
    • Responder

    O tema principal do programa acabou completamente desvirtuado na segunda parte…Com um final feliz: todos têm professores fantásticos e funcionários fabulosos (quem anda no ensino sabe muito bem da grande carência de auxiliares da educação nas escolas).
    A verdade é que todos os dias há agressões a professores e funcionários nas escolas.
    Para resolve este cancro na Escola Pública devia-se começar pela implementação das seguintes medidas: um aluno que agredisse um professor ou funcionário da escola era imediatamente expulso, perdia a frequência do ano letico e o abono de família era imediatamete cortado.

    • Jack on 5 de Novembro de 2019 at 14:21
    • Responder

    O resultado está à vista: pais e filhos desatremados existenciais e zombies neurasténicos seja de que estrato for . Nas televisões, cartazes, jornais e outros, assiste-se a banhos de publicidade repugnantes; programas e filmes nauseabundos; a palavra Amor tratada com os pés, lá no meio do lamaçal ; a palavra Respeito entendem-na como se fosse uma marca de qualquer objecto. É tudo interpretado à luz de outros interesses . O que esperar ?? Só um estrondoso murro na mesa!!!

    • Sara on 5 de Novembro de 2019 at 14:53
    • Responder

    Não teve pés nem cabeça! Afinal parece que não há pressão alguma e que os professores são os maus da fita que não percebem que o problema está nas dificuldades e carências dos alunos. Os meninos não tem culpa, são apenas vítimas de contextos sociais violentos e os professores é que não sabem lidar com eles. O facto de aulas de 50 só renderem 20 não tem nada haver com o mau comportamento dos alunos!! E os professores não são nada pressionandos a passar alunos com notas negativas! Nadinha!!

    • Pardal on 5 de Novembro de 2019 at 15:51
    • Responder


    Assisti com interesse ao Prós e Contras.

    Antes de mais diga-se que a plateia era constituída por professores.

    O que vi foi um conjunto de intervenções que demonstraram que a Escola Pública é um lugar seguro e de aprendizagem florescente. Vi uma plateia constituída por professores sorridente e a aplaudir as diferentes intervenções que deram conta que a violência é um fenómeno residual e sem qualquer expressão.

    As Escolas são lugares calmos, tranquilos em que decorre aprendizagem.

    Tudo isto é contrário ao que tem vindo a público na comunicação social e neste e noutros Blogues de educação.

      • Caça pardais on 5 de Novembro de 2019 at 16:33
      • Responder

      Olá pardal!
      Nota-se que és muito observador. 😎
      Estou a detetar um pouco de inveja?!? Não me digas, querias ter sido convidado!
      Aí sim, todos os sorrisos seriam para ti (ou será que se estariam a rir de ti?).
      😅😃😂😊😏😳😜🤗😋😉🙂😃😆😌😉🤓
      Ai, ai pardal!!! Que sentimento tão feio. Já não chegava teres inveja dos colegas que dão efetivamente aulas (que não é o teu caso)?
      Só nos resta ter pena de ti. Para além de seres frustado também és invejoso.

      • Alberto Miranda on 5 de Novembro de 2019 at 17:23
      • Responder

      Caro senhor,
      Experimente ir dar umas aulas ao Agrupamento de Escolas do Cerco (cidade do Porto) para verificar o maravilhoso mundo em que vive a Escola Pública (realço que esta situação é devido ao pouco investimento do Estado na Educação). Já agora, relato uma ocorrência que não veio nos meios de comunicação social: na primeira semana de aulas do atual ano letivo, uma professora desse Agrupamento foi violentamente agredida por uma senhora de etnia cigana…ninguém fala disso…).

      • Pardaleca on 5 de Novembro de 2019 at 17:53
      • Responder

      Pardalinho és um quiducho! Tens um ar tão citadino. Deves percorrer os corredores do poder. Também és xuxalista, resta saber se da escola costista ou socratista. Beijinhos quiducho!

    • Ferreira on 5 de Novembro de 2019 at 16:12
    • Responder

    Feira de vaidades , só vi hipocrisia com exceção do colega Luís Braga e em parte o colega de geografia. Para os “inteletuais” teóricos da educação a disciplina obrigatória de teatro será a solução milagrosa para os casos de mau comportamento e violência……por favor poupem-me a tanto idiota….estes “inteletuais ” que vão dar aulas aos bairros sociais do Porto e Lisboa e que nem a polícia entra e vejam se o teatro diminui a violência…. para teatro já temos vários politicos especialistas nisso…. Em resumo as agressões e insultos são residuais e só acontecem com professores contratados e/ou professores que não sabem controlar os mal comportados e delinquentes. Os professores são os maus da fita que não percebem que o problema está nas dificuldades e carências dos alunos. Os alunos e pais violentos não tem culpa, são apenas vítimas de contextos sociais violentos e os professores é que não sabem lidar com eles.

    • Ana Marques on 5 de Novembro de 2019 at 17:50
    • Responder

    Tendo assistido a parte do programa depressa percebi que o Tema Central do mesmo estava constantemente a ser desviado, apesar de a Fátima fazer questão de o “puxar” rapidamente para a conversa! Assim, acabei por desistir de assistir à incapacidade dos professores (eu própria professora) de assumirem de uma vez por todas que não conseguem controlar os alunos dentro da sua sala de aula! E quem disser o contrário está a mentir! Basta perguntar a qualquer aluno como são os seus comportamentos em qualquer disciplina e claro está que os alunos vão dizer a verdade!
    Colegas assumam de uma vez por todas que o nosso trabalho está caótico, porque as condições de trabalho são violentas e isto não tem ponta por onde se lhe pegue! Deixem – se de fazer de “coitadinhos” ao lado dos alunos “coitadinhos” e fazer de conta que está tudo bem e exijam condições normais de trabalho, a que todos os trabalhadores têm direito! Eu já me encontro a fazer por isso!

    • Raquel Sofia Lobo on 6 de Novembro de 2019 at 13:05
    • Responder

    Um Economista que tem o desplante de afirmar:” Estatisticamente é irrelevante o número de professores que levam porrada!”, merece algum crédito da parte dos professores??? Melhor, merece credibilidade da sociedade portuguesa, em geral??
    O professor considerado o melhor do ano, merece ter esse estatuto depois de proferir e passo a citar:” Não há nada que um aluno diga, que possa ofender um professor!” Nada??? Quando somos constantemente enxovalhados, quer por alunos, Encarregados de Educação, sociedade…. Mas que raio de teorias são estas????
    Parabéns aos colegas da plateia que apesar do pouco tempo que tiveram para falar, conseguiram tocar nos pontos relevantes. Quanto aos demais, o assunto em questão, violência para com os professores ficou posto de lado.
    Como professora tudo isto me entristece imenso…

    • Raquel Sofia Lobo on 6 de Novembro de 2019 at 13:11
    • Responder

    De realçar que quando menciono os colegas da plateia, refiro-me ao colega de Geografia e ao colega Luís Braga. Jamais aos restantes!

    • Lúcia on 6 de Novembro de 2019 at 14:46
    • Responder

    Também vi, ouvi e fiquei incrédula!!! Os senhores da plateia não conhecem a realidade nua e crua das situações bárbaras que acontecem diariamente nas escolas deste Portugal à beira mar plantado. Ficou-se com a sensação de que tudo de mau que acontece nas escolas não passa da má gestão dos professores. Somos uma vergonha, na opinião geral da sociedade. Talvez um dia chorem por nós!
    Prós e Contras tentou mas, chumbou na sua prestação.

      • sky on 6 de Novembro de 2019 at 16:37
      • Responder

      A colega diz e diz muitíssimo bem: “Talvez um dia chorem por nós”.
      Muitos já choraram de certeza, porque já perceberam que produziram monstros já há muitos anos. E já estão a ser agredidos pelos monstros que criaram. Que tenham um pingo de vergonha! A “vacina” principal da Educação já deve/devia ter sido aplicada em casa. Eles são incapazes de os educar. Muitas vezes tem sido a escola a salvar muitos deles . Perguntamos: O que é isto?

Responder a Caça pardais Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado.

WP2Social Auto Publish Powered By : XYZScripts.com
Seguir

Recebe os novos artigos no teu email

Junta-te a outros seguidores: