Opinião de um E.E – A bandalheira, a desresponsabilização e a ineficiência da escola pública

Escreve sobre assuntos que diz entender, não sei se saberá tudo ou todas as versões da mesma história. Concordo com parte das opiniões, mas considero que em outras não vai muito além de meras suposições. Mesmo assim considero que um Encarregado de Educação tem direito a ter opinião sobre o ensino dos seus educando e deixo-vos aqui esta opinião de alguém fora do sistema e ao mesmo tempo dentro.

(Quanto à responsabilização, esse, cai sempre em cima dos mesmos.)

 

A bandalheira, a desresponsabilização e a ineficiência da escola pública

Se há coisa em que eu gostava que a tecnologia fosse intrusiva era em relação à vida escolar do meu filho. Mas nestas coisas não basta ter as ideias, não basta ter a vontade, não basta ter o poder, é preciso muito mais do que isso para derrubar a máquina instalada.

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2019/10/opiniao-de-um-e-e-a-bandalheira-a-desresponsabilizacao-e-a-ineficiencia-da-escola-publica/

21 comentários

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    • Paulo Anjo Santos on 10 de Outubro de 2019 at 19:48
    • Responder

    O texto refere algo com algo que já defendo há bastante tempo e que seria um passo importante para a profissão melhorar a imagem que tem na sociedade. Deveria haver mais proximidade entre os pais e os professores. Obviamente que muita coisa teria de ser considerada, já temos muito trabalho, se tivermos de responder constantemente a perguntas dos pais (e certamente que algumas serão parvas) ainda ficaremos mais sobrecarregados de trabalho. Mas o assunto parece-me importante, no mundo em que vivemos a informação deveria circular com mais facilidade, os pais têm direito a ter mais e melhor informação.

    Quanto às colocações dos professores, concordo inteiramente que deveria ser mais célere… mas isso implicaria também mais financiamento, sobretudo porque uma boa parte do problema ficaria resolvido se tivessem mais professores nos quadros.

    • Fernanda on 10 de Outubro de 2019 at 21:17
    • Responder

    “Eu quero”, “eu quero”, “eu quero”…
    Eles ficaram adultos… E já são pais.
    E os que estão a crescer serão da casta “eu mando”…

      • Paulo Anjo Santos on 10 de Outubro de 2019 at 21:32
      • Responder

      Mas convém ouvir e refletir sobre o que os outros pensam, caso contrário continuaremos a falar sozinhos… e a não conseguir nada do que queremos, por mais razão que tenhamos!

      • Maria on 11 de Outubro de 2019 at 8:09
      • Responder

      Quer q a escola faça tudo… até lhe pode arrumar a casa,,, se quer saber o q o seu faz veja os seus cadernos e livros, faça lhe perguntas sobre a escola… relaciona se mais com o miúdo e confie mais na escola… nunca precisei de ir à escola para saber o desempenho dos meus filhos.. abra a pestana pois tem andado distante do seu filho. Assumaais o papel de pai e de formador!!! Os professores sabem quais as suas funções e fazem nas bem…não é fácil ser pai… empenhe se mais

        • Manuel on 11 de Outubro de 2019 at 21:53
        • Responder

        Precisamente!
        Tirou- me as palavras da boca!

        • AAF on 13 de Outubro de 2019 at 16:47
        • Responder

        Completamente de acordo… e mais, não acredite em tudo o que o seu filho lhe possa dizer do seu dia na escola. Vá lá mais vezes, pergunte aos Profs que o acompanham. O contacto com a realidade, neste mundo alienado devido bastante à utilização excessiva dos computadores, muitas vezes desvirtua o nosso quotidiano e por vezes leva-nos a perceções erróneas da realidade em que vivem os nossos educandos.

    • Lino on 10 de Outubro de 2019 at 21:35
    • Responder

    É só rir…
    Coitado do pai … é um miúdo!
    Tb queria muita coisa, um Ferrari amarelo.

    • Ser prof. não é para todos on 11 de Outubro de 2019 at 9:33
    • Responder

    Bandalheira, como refere o título, começa logo por certos pais, uns bandalhos, que permitem que a bandalheira dos seus lares casa entre pelas escolas adentro. E depois… os professores que respondam por isso!
    Mas a informática resolve lol

    • P.da Silva on 11 de Outubro de 2019 at 9:49
    • Responder

    Se elas, as crianças, já chegassem à Escola bem educadinhas, simplesmente habituadas a cumprir e respeitar regras de saber-estar e o trabalho do professor, a Família estaria a fazer bem o seu papel educador e as aprendizagens seriam mais fáceis e profícuas, as metas educativas (?) mais fáceis de alcançar. Ensinar, o professor, e aprender, o aluno, exige comportamentos específicos que, infelizmente, se têm mostrado, tantas vezes, inconciliáveis terminando, também muitas vezes, em indisciplina e desmotivação de parte a parte.
    Quanto à comunicação Escola/Pais, concordo que ela deve ser facilitada e melhorada e a tecnologia pode ser a resposta. Os Pais podem ser agentes de mudança nas Escolas pois têm assento nos Conselhos de Escola e são sempre, bem ou mal, mais ouvidos pela Tutela e Diretores que professores ou outros agentes educativos. Pais, proponham essas mudanças e lutem por elas e não se desculpabilizem (como muitas vezes acontece, com as ausências (faltas) dos professores, a maioria das vezes por doença) na ineficiência da Escola Pública.
    É tão fácil, em Portugal, bater na Escola Pública para, indiretamente, louvar os “milagres pedagógicos ” dos Colégios Privados. Srs/pais “batam” em políticos e ministros da educação que nada mais têm feito do que culpar os professores pelo mau funcionamento da Escola em Portugal.

    NB: Também sou pai, com filhos na Escola Pública.

    • Paulo Anjo Santos on 11 de Outubro de 2019 at 12:53
    • Responder

    Sinceramente fico um bocado desiludido com tantas reações muito críticas do texto. Eu sei que estamos cheios de trabalho, sei que nem tudo é atendível, muito do que está no texto é criticável até… mas daí a achar que não há lá nada que nos deva fazer refletir e eventualmente pensar em formas de se poder dar alguma resposta, mesmo que não seja a que no texto é sugerida… enfim, compreendo ainda melhor porque é que a opinião pública tem tão má opinião dos professores… não estou a dizer que tenham razão em ter essa opinião, isso é outra coisa, mas compreendo porque é que há um desfasamento tão grande entre opiniões… e se não estamos dispostos a fazer nada para alterar isso, se continuarmos a manter a mesma rigidez e inflexibilidade, continuaremos a ser vistos da mesma forma, ou dificilmente ela se alterará por si só… e aqui a comparação com o privado dá-lhes uma clara vantagem, independentemente de eu também não concordar com a pressão que nos privados os pais podem exercer sobre os professores… mas nem tanto ao mar nem tanto à terra, penso que deve haver um equilíbrio nestas coisas!

    Eu já lidei com todo o tipo de pais, e acredito que haja alguns que não haja conversa possível, mas eu nunca apanhei nenhum que, explicadas as coisas com calma, não venham a reconhecer as culpas e falhas suas e dos seus educandos. Colocar um muro inflexível que nos “protege” artificialmente não me parece que seja a solução… mas é apenas a minha opinião.

    • Sandra on 11 de Outubro de 2019 at 14:23
    • Responder

    «Sinceramente fico um bocado … » desiludida, pois na maioria das Escolas onde passei, e são tantas, somos tão céleres na comunicação das mais variadas situações aos EE, acerca da vida dos seus educandos, e raramente a comunicação é feita pela caderneta. Telefone, telemóvel, email, plataformas…
    A sério?! Estamos sempre a dar força a casos pontuais. Estes desabafos que o Sr. faz, no blogue, é para ter público. Por que motivo não tenta alterar as «coisas» na própria Escola?
    Quanto aos atestados, mais virão. Ao olhar à minha volta vejo muita gente desmotivada. Muitas vezes, eu! Seremos todos manhosos, a querer ficar em casa? (Ainda não meti atestado) Estou farta que nos «casquem». Dou aulas a alunos do secundário, poucos são aqueles que querem esta profissão cheia de privilégios.
    Relativamente à colocação dos professores, quem é do ramo sabe que o primeiro atestado é menor e não podem chamar alguém e depois o processo atrasa. Infelizmente, é assim que o nosso Estado funciona. É necessário fazer alguma coisa.
    No entanto, estes EE que vêm para os blogues protestarem podem e devem fazê-lo para as Instituições devidas. Espero que não se fiquem por estes desabafos (pegou moda apregoar nos blogues e redes sociais, às custas das quais vivem, mas vejo-os a fazer muito pouco. Caso contrário, muito nas Escolas já teria mudado para melhor).
    Desculpem, caros comentadores que dizem que a comunicação entre pais e professores não existe. Não é verdade. Não sei qual é a vossa realidade? Quando li o artigo, imaginei-me num call center (com todo o respeito por quem lá trabalha), digital, a enviar todo o tipo de informação dobre os alunos das minhas 10 turmas. O que tenho a comunicar faço-o rapidamnte aos respetivos DT e estes, na maioria dos casos, contacta imediatamente os EE. Não percebo!
    Para terminar só mais duas «coisas…»
    Primeiro, édo conhecimento geral que há instituições privadas (e não me refiro só a Escolas Privadas) onde muita gente trabalha mal, onde muita gente entrou por conhecimentos («cunhas), onde ganham dinheiro que não é declarado e … poderia continuar a atacar. Mas fico por aqui, pois tenho consciência e experiência que numas e noutras há bons e maus profissionais, pessoas que se envolvem mais e outras menos, pessoas assíduas e outras que faltam. Portanto, isto é conversa deitada fora. Passa por nós não aceitarmos estas situações.
    Em segundo, sou mãe de dois filhos que frequentam a Escola Pública.
    A todos os professores que desempenham com entrega e consciência a sua profissão, a minha admiração e coragem para continuarmos.

      • Paulo Anjo Santos on 11 de Outubro de 2019 at 16:23
      • Responder

      Obviamente que para muitos encarregados de educação, o ideal é não os chatearem e por mais que os contactemos não serve de nada. Mas há muitos outros, e esses também merecem respostas.
      Em relação à colocação de professores também já falei disso, o ideal seria ter mais gente nos quadros e ser mais célere nas substituição, isso custa dinheiro e os sucessivos governos não têm estado para isso, a opinião pública também não tem penalizado muito essa situação… fossem os portugueses em geral mais exigentes nessa área e estaria o sistema bem melhor.

    • Marisa on 11 de Outubro de 2019 at 15:02
    • Responder

    Este texto de opinião dá-me mesmo vontade de responder. O senhor que escreve tem razões, como tantos portugueses, porque todos temos razões e opiniões, legitimamente….e sem ironias, mesmo! Mas acho que há uma tendência para a opinião pública achar que pode opinar e querer, quando se trata de professores. Sou uma pessoa aberta e acho que o caminho é mesmo o de perceber onde é como melhorar, mas porque raio é que continuamos abaixar as calças ao que dizem os pais e os vizinhos e afins? Não sou DT, mas lido com colegas que roubam parte do seu tempo em que deveriam estar com a família, para tratar de situações com os EEs ….e fico-me por aqui! É a primeira vez que me manifesto publicamente relativamente à opinião dos pais sobre a escola e digo CHEGA! ….chega para os pais e para muitos colegas… e agora podem atacar-me! …só mais uma coisinha e esta é para rir: não entende porque os pais não têm acesso aos e-mails pessoais dos professores??? E já agora, eu sou filha de uma enfermeira, mas isso não me dá o direito de opinar publicamente e escrever sobre os enfermeiros, ainda que me reserve ao meu direito de ter opinião sobre…porque existem sempre razões e motivações para determinadas dinâmicas, e é necessário conhecê-las, de preferência, estando lá dentro. Mas tb sei que assim o assunto não teria tanta piada….

      • Paulo Anjo Santos on 11 de Outubro de 2019 at 16:18
      • Responder

      Eu tenho sido DT todos os anos e os pais sempre me puderam contactar por e-mail, o profissional, não o pessoal obviamente. Dá algum trabalho sim, mas parece-me claramente preferível resolver muitas pequenas coisas por essa via do que obrigar os pais a virem à escola no horário de atendimento, há assuntos em que isso é necessário, muitos não… ganha-se em eficiência e na imagem que se passa para os pais.

    • Rui Filipe on 11 de Outubro de 2019 at 16:02
    • Responder

    Por que será que no tempo dos seus pais e ainda mais, dos seus avós as coisas não eram assim: tanta indisciplina dos alunos e até de parte de EE?
    Por que será, que os maiores pacientes dos psiquiatras são professores?
    Eu vou tentar, apontar-lhe algumas razões.
    Nesses tempos . as escolas eram de facto escolas, não eram mais depressa depósitos de crianças e jovens adolescentes.
    Nesses tempos, os professores usavam cana da Índia e palmatórias ( eu não defendo isso), mas havia respeito, quer por parte dos alunos, quer por parte dos EE.
    No futuro, quem tiver possibilidades irá colocar os seus educandos no privado. Na escola pública ficarão, maioritariamente ,os que não puderem colocar os filhos no privado. No público, qd os meninos ou os pais são indisciplinados, o Sr/a diretor/a, simplesmente convida-os a sair.
    E irá ver, que assim as coisas irão funcionar melhor.

      • Ruben lopes on 11 de Outubro de 2019 at 19:24
      • Responder

      Estou totalmente de acordo. Já sou professor há 39anos e tenho 64 de idade. Já passei por todos os cargos e mais alguns!!! Os alunos de ontem, não são os alunos de hoje! HOJE, falta-lhe educação e respeito não só para com os professores como para com a sociedade em geral…e aos pais deles, ndm se fala!!!

    • Ser prof. não é para todos on 11 de Outubro de 2019 at 16:07
    • Responder

    Com tanto comentador de bancada é de admirar como não temos tido ministros da educação competentes no governo.

    • Rui Filipe on 11 de Outubro de 2019 at 16:24
    • Responder

    Queria dizer, no privado qd os meninos ou os EE. são indisciplinados …
    Pelo engano peço desculpa.

    • Maria Professora on 11 de Outubro de 2019 at 17:41
    • Responder

    Esta preocupação, como pai, fica-lhe bem, só que deve direcionar as suas críticas para quem manda! Os professores cumprem diretrizes e o tempo para exercer o cargo é muito insuficiente. Eu faço sempre esse trabalho em casa, depois das aulas, pois com 7 turmas e tantos outros assuntos para tratar na escola, só à noite!
    Eu sou Diretora de Turma há 30 anos e a dificuldade de exercer este cargo tem vindo a piorar de ano para ano. Por vontade própria há muito que não o desempenharia, mas cumpro ordens!
    Como já alguém referiu, em todas as profissões há uns que são mais cumpridores que outros, seja no público ou no privado. No meu caso, há muito que criei um email para a função, através do qual contacto e sou contactada pelos EE. Eu comunico diariamente os incidentes da turma aos EE, aqueles que têm email. Há muitos que não têm. Mas também posso dizer que há pais que não gostam de receber “más notícias”, pois acham que o professor é que tem que resolver o assunto em sala de aula.
    Mas o insólito de muitas situações. é que quero contactar alguns EE e não tenho como, pois mudam de telemóvel e não avisam, convocados por correio não ligam e passam o ano sem virem à escola!
    Os problemas da Escola, hoje, não são os problemas do ensino: são os problemas que os alunos carregam e que resultam da impotência, impreparação ou falta de vontade/impossibilidade(não sei!) das famílias educarem os seus rebentos !São a falta de valores verdadeiramente estruturantes da sociedade atual!
    A escola é um depósito desde a 1ª idade! Mas depois eles crescem e pagam-lhes com a mesma moeda: lar com eles, depósito da 3ª idade! Enfim, os problemas que temos na escola resultam da incapacidade das famílias ou da sociedade de resolverem o que a cada uma compete. Hoje tudo compete à escola: ensinar, educar, (educ.sexual, rodoviária,cívica, para a economia…) socializar, cuidar, alimentar.. . foram-nos sendo atribuídas cada vez mais funções, sendo que não nos dão nem tempo, nem estímulo para tanta dedicação!
    Se cada DT fosse fazer tudo aquilo que precisava para ajudar cada aluno, não dava aulas!
    E já agora, como nos tratam os pais? À pancada! E a sociedade? Denegrindo! Espezinhando! Gostaria de ver muitos dos que opinam a dar uma aula a certas turmas! E convido tantas vezes os pais a virem assistir às aulas dos seus filhos! Nunca veio nenhum!
    Verdadeiramente, SER PROFESSOR NÃO É PARA TODOS! Acarinhem mais os professores,valorizem mais o nosso trabalho, eduquem-nos em casa para o respeito e para a importância da escola e do conhecimento!

    • Maria on 11 de Outubro de 2019 at 17:54
    • Responder

    Ainda gostaria de saber qual o seu trabalho!!! Pelos vistos pode no seu local de trabalho receber telefonemas e conversar de assuntos q não o seu trabalho!!!!
    A sua entidade patronal ou é muito generosa ou estaria disposto a receber chamas a toda a hora!!! E os professores dispostos a conversar e passávamos o dia nisto!!! Vá para o PAN e trate mas ê dos animais q de filhos não percebe nada!!! Educar não é consigo mas com os outros,… trabalhar para si ê estar a comunicar a vida dos outros.. parece me q precisa de comprar um gato ou inscrever se. O centro de emprego pois parece andar à deriva!!!

    • J.F. on 14 de Outubro de 2019 at 3:16
    • Responder

    Este E.E. começa com alguns “erros” básicos e a partir daqui … tudo o resto é enviesado…
    1- Confunde duas Entidades absolutamente distintas que no seu papel, quer no seu poder, quer nas suas atribuições e competências legalmente definidas: A administração Central-Regional e as ESCOLAS!

    2 – Ou porque não sabe (e dever-se-ia ter informado) ou porque como acusa no título, também ele não quer assumir responsabilidades. “Baralha e volta a dar” sem apontar, em concreto, o dedo a que de dever!

    3- A maioria das questões da ineficiência que menciona são da directa responsabilidade da Administração Central-Regional mas não os acusa (Já agora, a máquina burocrática central da administração educativa é dos maiores entraves- refere-o, de facto, mas não é porque não saibam, porque desconheçam, porque lhes faltam os recursos tecnológicos (e não só) para servir melhor: é porque, por variadas razões, OS SEUS INTERESSES SÃO OUTROS QUE NÃO O BOM funcionamento das escolas e boas condições de trabalho e de aprendizagem dos alunos)!

    4- Plataformas??? Sabe do que fala??? Deve ser dos ministérios com mais e mais e mais e diversificadas plataformas… é plataforma para tudo… Afinal, os negócios têm que ser alimentados… pedem, muitas vezes as mesmas informações, nem sempre são compatíveis, se tentar migrar os dados de uma para a outra – são erros que não acabam, são informações que se perdem… (e já não falo da segurança dos dados pessoais – professores, funcionários, alunos, pais,…)…
    Creio que a maioria das escolas já funciona com cartões electrónicos e, logo, programas para a gestão/informação de alunos, das turmas, professores, DT´s e pais. Sabe porque razão não recebe de imediato um sms a informar que o seu filho não está na aula? -porque custa dinheiro colocar à porta de cada sala um detector para o cartão!Houve escolas (do meu conhecimento, muito poucas que conseguiram ir além nas possibilidades dos programas … pois … mas não se preocupe que a moda a implementar é o “E360” e se pensa que é para ser mais funcional às necessidades das escolas (professores/ DT´salunos/pais…) está muito equivocado – é uma massiva base de dados sobretudo para o ME (O verdadeiro “big brother” sobre todos nós).
    – Sabe porque acontecem situações mais ou menos graves no interior e periferias das escolas? -porque os sistemas de vigilância (contratos/actualizações e manutenção) custam dinheiro! Sabe da falta de funcionários e como funciona o sistema? – pois custa dinheiro e o formato actual sai muito mais baratinho …. deve ser dinheiro para contratualizar as obras de uma IP qualquer a um amigo do sistema…

    5- Quando os serviços centrais não funcionam para dar respostas claras e imediatas às escolas… quando as inspecções deveriam ser entidades independentes e funcionam, agora, em “trabalho colaborativo” com o governo, deduza-se, então para quê…

    6- Gostaria de ter informação o tão imediato quanto possível? – compreendo! Lembro-me que em França, há alguns anos e hoje não sei) TODOS os professores (para além do DT) tinham no seu horário horas para receber pais de qualquer uma das suas turmas para informações/esclarecimentos relativos a situações na sua disciplina… mas, sabe, custa dinheiro! E, também não é com as plataformas que lá chega e não me apetece explicar porquê… para além de que, como tudo na vida, quando não depende do próprio temos, mesmo, que esperar… e, então, num país burocrático como este… Pergunto-me qual será o serviço público mais rápido, mais eficiente e com prazos de espera mais curtos que a Escola??? É, que com todos os muitos condicionalismos, considero MESMO, que a Escola é a entidade pública mais funcional neste País!

    7- Por fim… a história da caderneta (que pessoalmente acho um óptimo meio de, rapidamente, qualquer professor enviar informação relevante sobre o jovem) parece-me, por um lado uma atitude de desresponsabilização do jovem e por outro, de um deslumbramento que marca muito uma actual geração de país que colocam nas “tecnologias” o papel de educadores que lhes pertence a si!

    – Identificar os problemas, encontrar soluções ??? – Caro EE , OS PROBLEMAS HÁ MUITO ESTÃO IDENTIFICADOS (a quantidade de grupos de trabalho, observatórios, parcerias e afins são quase intermináveis – exagerando um pouco – e concluem sempre o que todos sabem… perceber-me-á, decerto). E, já agora o grande obstáculo não são nem os sindicatos, nem os professores! São as questões políticas e financeiras!

    Tenho pena que não tivesse apontado as “espingardas” da “bandalheira, desresponsabilização e ineficiência da escola pública” para o lado que efectivamente as legisla, implementa e impõe! Nas escolas há quem tente resistir, pois nas escolas ainda há aqueles que são professores e que vivem para a sua sala de aula a ensinar aquilo que sabem e podem ensinar – aquilo em que se especializaram e que ainda lhes dá prazer, se lhes sobrar algum tempo e disponibilidade emocional, actualizarem-se!

    Termino dizendo-lhe que, na minha opinião, professores e alunos são a mesma face da moeda! E, enquanto não se perceber isso… ganha o mesmo de sempre: “a bandalheira, a desresponsabilização, a ineficiência”, o faz-de-conta e o baixo-custo.

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