Esta história é verídica. Chegou-nos por email há uns dias…
Não me vou alargar muito nos pormenores ou identificação, mas fica o alerta para outros docentes que se calam perante estas situações e não fazem exemplo dos seus agressores.
A história pode ser contada da seguinte forma:
Decorria uma aula normalmente em que um docente passa uns exercícios no quadro, explica-os e pede aos alunos para os passarem para os seus cadernos. Conforme foram acabando a tarefa o professor foi verificando se a tarefa tinha sido completada. O docente constata que uma aluna já com o caderno fechado estaria na “galhofa” com o colega de carteira e pede para ver se esta tinha completado a tarefa, verifica que não o tinha feito. Chama a aluna à atenção para a sua conduta reprendendo-a e informando-a que iria proceder ao registo da falta e a aluna levantou-se, sem emitir qualquer resposta abandonando a sala de aula.
Passados uns minutos reaparece à porta da sala acompanhada pela sua encarregada de educação, que de imediato e gesticulando lhe ordenou “venha já comigo à direção”. Após o professor lhe ter explicado que estava em aula e não podia, naquele momento abandonar a sala nem a encarregada de educação podia estar ali, a encarregada de educação continuou exaltada dirigindo-se ao docente nos seguintes termos; “Não vou sujar as mãos em merda como você(…)”, “(…) filho da puta (…) e (…) cabrão de merda (…), pelo meio ainda o apodou de racista. Entretanto tinha chegado uma assistente operacional que, colocando-se de permeio, evitou que houvesse uma agressão física ao docente. Refira-se que o docente ainda se encontrava à espera de uma operação à coluna e ficou provado em tribunal que manteve sempre uma postura defensiva, correta e colocou as mãos atrás das costas para proteger a parte do corpo a que tinha debilitada.
É chamada a PSP que toma conta da ocorrência e identifica a encarregada de educação.
O professor não deixou cair a queixa e seguiu para afrente com o processo. A encarregada de educação, entretanto apresenta queixa contra o docente por agressões sofridas e afirmando que o mesmo lhe tinha cuspido na cara.
O Tribunal deu como provado que a encarregada de educação agiu de forma consciente e deliberada, visando atingir o bom nome, honra, dignidade e consideração profissional do visado, no exercício das suas funções e por causa delas, em frente a todos os seus alunos. A encarregada de educação foi condenada a uma pena de multa de 90 dias por injúrias agravadas à taxa de 6€ por dia.
Quanto à denúncia caluniosa, o tribunal condenou a encarregada de educação a uma pena de multa de 180 dias à taxa de 6€ por dia.
O tribunal teve em conta determinados fatores para condenar a encarregada de educação e apenas determinar os 240 dias de multa pelos crimes que lhe foram imputados.
Resumindo, 240 dias a 6€ por dia dá a módica quantia de 1440€ e fica obrigada a suportar as custas do processo.
Este caso que sirva de exemplo para professores e outros encarregados de educação que se lembrem de não pensar antes de atuar e se acreditem em tudo o que os filhos lhe dizem sem questionar ou querer saber a versão dos professores.
Este docente é um exemplo a seguir.