Foram retirados do concurso da contratação inicial 4.409 candidaturas, sendo que a maioria das candidaturas retiradas do concurso (2.204) foi porque os docentes não submeteram as preferências. Seguiu-se depois, muito perto, o número de candidaturas que foram retiradas das listas (2.191) por os docentes terem obrido renovação de contrato.
Ao todo existiram 118 desistências do concurso de acordo com a distribuição do quadro II por grupo de recrutamento.
Uma boa ação não apaga toda uma vida de pecado. O arrependimento tem de ser sincero e sem segundas intenções.
O brilharete que nos querem enfiar pelos olhos a dentro a um mês e meio das eleições não apaga os erros do passado. Ainda estamos para ver a que custo as listas saíram tão cedo este ano. Fala-se em surdina de crédito horário para o desporto escolar e para as turmas do 1.º ano dos cursos profissionais, mas fala-se baixinho para não acordar o monstro.
Após anos de incompetência na colocação de professores, em ano de eleições legislativas foram todos colocados não só a horas, mas muito antes do tempo previsto. O Governo celebrou – mas, tirando esta medida eleitoralista, Costa pouco mais fez pela educação em quatro anos. Pior: os danos causados por uma política educativa desastrosa são praticamente irreparáveis.
As aulas vão começar a horas, e todos os alunos vão ter professores. Numa amostra da competência que só um ano de eleições pode forçar, o Ministério da Educação terminou o processo de colocação de docentes em meados de Agosto, algo que em outros anos aconteceu muito mais tarde, geralmente com efeitos caóticos.