A Nota Informativa tem muito que se lhe diga, mas os sindicatos estão, a esta hora, a analisar para “responder” ao ME.
O que se pode dizer de imediato é que a legislação sobre a avaliação dos alunos não sofre qualquer alteração e que, ainda, é necessária uma reunião para validar as avaliações dos alunos. Logo, podemos concluir que, a Nota Informativa não obriga à realização da reunião, mas sim à recolha dos elementos, o que não valida, só por si, os mesmos.
Uma nota informativa não altera um despacho normativo ou uma portaria.
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Aberto o concurso de afetação – formulário de candidatura ao Concurso Interno de Afetação 2018/2019, entre 11 e 15 de junho, acrescido de dilação de 2 dias úteis..
Com o adiamento de milhares de reuniões por todo o país ficam completamente comprometidas as datas das provas de equivalência à frequência dos ensino Básico e Secundário.
Estas são provas realizadas a nível de escola e tem um calendário definido pelo ME para a sua realização.
A partir do dia 18 de Junho já existem estas provas marcadas em muitas escolas para alunos auto-propostos. No entanto, os alunos só se podem auto-propor se conhecerem os resultados da sua avaliação nos anos finais de ciclo.
Será que a opção vai ser arrastar a realização destas provas apenas para a 2.ª fase?
O Alexandre Henriques tem vindo a atualizar a lista de escolas que estão a fazer greve às reuniões de avaliação no período de 4 a 15 de Junho.
Até ontem às 15 horas estavam contabilizadas 285 escolas que não fizeram reuniões de avaliação dos 9.º 11.º e 12.º ano.
Ainda não se sabe todas as implicações que estas greves podem ter para os alunos que vão a exame, mas que vai complicar a vida das escolas, das famílias e dos alunos isso vai.
Às vezes ficamos muito adultos, muito sérios. Muito cheios de nós próprios. O azedume, o olhar baço, nasce assim. Dos dias repetitivos de perda. Dos filhos que entregamos à escola e às redes sociais. Que corremos o risco de ir perdendo com a desculpa do tempo. E há uma vergonha mal dissimulada sempre que damos por nós a achar que somos ridículos quando eles nos pedem coisas simples que vamos deixando para trás. Saltar à corda.
– Papá (o mais novo trata-me sempre assim quando fica sem jeito, quando não é bem um pedido, é um apelo desesperado, e dá um estalido com a língua como fazemos quando tentamos falar castelhano),…tenho provas de aferição e não sei saltar à corda.
A inquietação do pedido não tem culpa direta na escola, onde os resultados da Educação Física no 1.0 Ciclo deviam deixar os pais corar de vergonha. A maioria das crianças não só não sabem fazer uma coisa tão simples quanto saltar à corda, como 40% se mostram incapazes de dar uma cambalhota para a frente mantendo a direção e levantando-se com os pés juntos. E 31% não conseguem sequer participar num jogo infantil de grupo.
Não. A culpa não é dos professores assoberbados de programas exigentes para cumprir, embora muitos exerçam a profissão porque sim. Experimentem, pais, dar uma aula na turma dos vossos filhos para perceberem o desespero de quem ensina. Nem é só da falta de condições de muitas escolas, dos horários letivos por preencher, ou dos tablets e telemóveis e jogos de consolas com que encharcamos o tempo dos nossos filhos. A culpa é da culpa da falta de tempo. Estendam agora os resultados da corda à Matemática, ao Português, à História. Ou a áreas que descuramos, no vício das metas curriculares e da pressa, como a Música e a Expressão Plástica. É pobre a nossa herança.
Mobilisés depuis plusieurs mois, les enseignants portugais réclament le rattrapage de leurs salaires, gelés durant neuf ans. “Nous n’avons pas l’argent”, leur a répondu le Premier ministre, dont la majorité se retrouve menacée à un an des élections législatives.
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Intervenção do 1.º ministro há um ano na Assembleia da República
Só para recordar. Faz hoje, dia 8 de junho, precisamente um ano que o 1.º ministro teve esta intervenção na A. R. quanto à aposentação:
“…relativamente à idade de reforma, como sabe, aquilo que é entendimento pacífico é que não deve haver alterações nessa idade, deve haver sim, uma alteração e criar condições, para que possa haver um conteúdo funcional distinto, em particular, relativamente àquelas situações onde há efectivamente discriminação, que tem a ver com situações de monodocência que não beneficiam de redução de horário.”
Assistimos, pela 1.ª vez, se a memória não me atraiçoa, a um 1.º ministro a reconhecer que há discriminação com os monodocentes. Senti um enorme gáudio quando ouvi em direto o 1.º ministro a proferir estas palavras. Pus muitas reticências se estas palavras iriam contribuir para um tratamento de equidade para com os professores do 1.º ciclo e educadores de infância que há muito anseiam e merecem.
A 14 de junho, na senda dessa lógica, nas reuniões do ME com os sindicatos foi assumido pela tutela o compromisso relativamente à aposentação de assegurar para os trabalhadores docentes, o paralelismo de eventual tratamento diferenciado.
E de então para cá o que fizeram os sindicatos. Que eu tenha conhecimento remeteram-se ao silêncio sobre esta intervenção, com honrosa exceção de dois sindicatos que defenderam um regime especial de aposentação para os monodocentes.
Sinceramente é manifestamente pouco, no universo de sindicatos de professores, só dois pugnarem pela concretização deste parecer de António Costa. Em meu entender, caso os professores do 1.º ciclo e educadores de infância merecessem o devido respeito da maioria dos sindicatos, todos eles não mais se calariam enquanto a promessa do 1.º ministro não fosse realizada. Se já vimos compromissos assinados e o governo a não cumprir, veja-se o caso recente da contagem integral do tempo de serviço, então se a maioria dos nossos representantes continuarem calados sobre este assunto, é óbvio que estas palavras cairão em saco roto. Não se esqueçam, os professores do 1.º ciclo e educadores de infância precisam dos sindicatos, que são os seus representantes legais, mas os sindicatos também precisam destes profissionais da educação.
Seria bom se passassem a ter outra postura e defender todos os professores no sentido de se gerar uma opinião consensual por um regime especial de aposentação para os docentes e de um regime específico para os professores do 1º ciclo e educadores de infância ou por outras medidas similares.
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Resposta da DGAE a uma docente QZP já colocada no ano letivo 2017/2018 em Mobilidade por Doença e que fez a pergunta para saber qual a opção certa a escolher.
A sério, ando meio chateado porque se antes mal eu abria a boca me falavam logo no Mário Nogueira, agora com aquela barba estamos cada vez mais iguais em quase tudo. Menos no imenso quase que tem a ver com o desnorte da Fenprof em relação à greve do S.TO.P. (que nem sequer têm a dignidade de nomear).
Fica aqui informação enviada pelo Agrupamento de Escolas Mães D’Água sobre a notícia colocada aqui e que tinha sido veiculada pela TVI sobre a alegada injustificação de falta a um docente por ter feito greve às reuniões de avaliação.
Tal não aconteceu e o Agrupamento de Escolas Mães D’Água tem o seu direito de ver essa informação esclarecida aqui tal e qual chegou ao e-mail do blog.