Confesso o meu carinho, especialmente, pelo documento “Pares de Oportunidade”. Outrora, perderia uma meia hora a desmontar a parolice de alguns dos parâmetros alinhavados, por muito “boas intenções” que pretendam ter. Nos tempos que correm, apenas me ocorre dizer que a palhaçada anda de vento em popa e com o “descongelamento” teremos de volta os grelhadores a fogo muito rápido.
Este recenseamento de docentes pede pela primeira vez a data de ingresso na carreira dos professores que se encontram em exercício.
Os mais novos nem imaginam como era a vinculação de professores nos anos 70 e 80 e 90 (principalmente na educação pré-escolar e no 1.º ciclo).
Não tenho de momento muito tempo para verificar as datas de transição e as condições de ingresso na nossa história recente, mas no princípio da nossa democracia não havia as listas que agora existem, nem os concursos como agora são.
Havia alturas que os professores não recebiam vencimento nos meses de “férias”, nem o tempo de serviço era contabilizado a partir do dia 1 de Setembro. Só com o estatuto da carreira docente de 1989 é que a contabilização do tempo de serviço começou a contar a partir do dia 1 de Setembro de cada ano e ainda faltavam quase 20 anos para os professores terem direito ao subsídio de desemprego. Até aí o tempo de serviço era contabilizado a partir de Outubro.
Até essa altura o vinculo passava pelos quadros de vinculação distrital e para se obter o vinculo era necessário um tempo de serviço de 180 dias. Os professores podiam ser do “quadro” e não ter escola de colocação. E quando eram nomeados como docentes do “quadro” podiam tomar posse em local diferente daquele onde podiam estar a trabalhar. Por isso nos registos biográficos mais antigos existem diversas colunas, como a a data de publicação em Diário da República, a data de nomeação e a data de tomada de posse. Atualmente nada disso existe.
Quem preenche o recenseamento docente e se depara com questões destas para docentes que vincularam nos anos 70, 80 ou 90 vai encontrar alguma dificuldade em saber ao certo qual a data de ingresso de um docente na carreira.
Possivelmente com relatos de docentes que vincularam nessa altura possa servir para dar a conhecer melhor como era a entrada na carreira nessa época.
Fica aqui o desafio para na caixa de comentários para se fazer a história destas vinculações antigas.
Na Reserva de Recrutamento 16 foram colocados 455 docentes contratados de acordo com a seguinte distribuição por grupo de recrutamento, duração do contrato e número de horas.
Ontem foi dada posse ao novo CE, pelo punho do Tiago Brandão.
O CE é um órgão consultivo do ME representante dos estabelecimentos de ensino público. Esse órgão é constituído por diretores das várias zonas pedagógicas. Já aqui demos conta dos resultados e das listas vencedoras.
Felicitam-se os vencedores e deseja-se–lhes um bom trabalho em prol da educação pública.
Fica aqui a fotografia oficial da tomada de posse… (é notória a falta de espaço para albergar tanta gente, que nunca falte poder de intervenção)