Não sei o que se passa a nível geral mas nesta fase de devolução dos manuais escolares do 1º ano acontece de tudo um pouco.
- Pais que querem pagar os manuais utilizados pelos filhos e ficar com eles;
- Os que se recusam a entregar;
- Os que entregam sem condições para reutilização;
- Os que não querem saber do assunto.
E claro que foi criada mais uma plataforma para dar conta de tudo isto.
Mas pior é que para o ano muitos alunos que entrarem no 1º ano vão ter manuais com as respostas apagadas mas com as respostas visíveis, outros com as respostas apagadas e as correcções feitas a caneta e outros com os livros novos.
Nem imagino como vai ser a entrega destes manuais reciclados aos alunos do 1º ano. Muitos pais vão ver as condições dos manuais e vão preferir pagá-los do seu bolso.
E se calhar é mesmo isso que o ME pretende.
20 comentários
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Os miúdos do 1.º ano vão ter manuais novos. Não te preocupes.
Se calhar é isso mesmo. Arranjaram um modo de subsidiar as editoras já a pensar que isto, obviamente, iria acontecer.
Se estragaram pagam e se não devolverem em condições não recebem mais nada. (Não precisamos de ser picuinhas mas têm que estar minimamente cuidado) Nos outros países funciona porque é que aqui as crianças têm que ser desleixadas. Há que responsabilizar as crianças e os pais. Não podemos estar todos os anos a comprar milhares de manuais. Isto é que é a reutilização?!
No primeiro ciclo isto é um disparate… os miúdos têm de escrever, sublinhar, pintar… Como é que se ensina a estudar sem os alunos sublinharem, escreverem notas nas margens… etc, etc…
Então nos outros países os miúdos não aprendem? Há cadernos para desenhar e pintar. Agora vamos todos os anos pagar milhares de manuais?
Só quem não conhece os manuais do 1.º ano acha que eles são reutilizáveis. Não são!
No agrupamento onde estou, preenchemos uma grelha com o nome dos alunos que terão de devolver os livros e damos a nossa opinião se são reutilizáveis ou não. Considero que nenhum manual se encontra em condições de ser reutilizado, não por mau uso do aluno, não por falta de responsabilidade, mas porque os próprios manuais não foram concebidos para isso, pois os mesmos estão escritos pelo aluno (mesmo apagando nota-se sempre), pintados e muitos exercícios têm autocolantes e estão também corrigidos pelo professor. Se o objetivo das editoras /ministério da educação é a reutilização talvez fosse mais eficaz elaborarem um manual onde o aluno apenas lesse, com imagens, etc… e um livro de fichas para efetuar os exercícios.
É o que vamos responder no meu agrupamento: não estão em condições de serem reutilizados”.” Não por mau uso mas porque não foram feitos para serem reutilizados.
Pois é bonito ser simpático com o dinheiro dos outros. Quem deu esse parecer que pague o manual. Se ele não está em condições que pague o EE.
Mas quem é que pensou que isto ia correr bem?
Se os miúdos sujam e estragam a roupa que vestem, quem é que pensou que iriam entregar o livro que andaram a transportar durante um ano letivo em boas condições? Além disso, qual é o interesse de um manual se este não pode ser riscado?
Doutores, pedagogos e sabichões falam muito mas demonstram nestas medidas não perceber o que é a vida numa escola. Pensam que o mundo é feito de miúdos mimados e protegidos em colégios elitistas, como são os seus filhos.
Os manuais, tais como estão, não estão em condições de serem reutilizados. Só quem viva noutro planeta ou que não conheça minimamente o trabalho que se faz no 1.º ano (como os tipos do governo) é que pode achar que sim.
Toda esta política de ter de apagar os manuais utilizados pelos alunos, está a criar um descontentamento geral nos encarregados de educação. Eu queria que o Sr. ministro da educação se propusesse a apagar um manual utilizado por um aluno antes de tomar tais medidas. Certamente chegava à conclusão de que apagar um manual, que seja, demora imenso tempo, talvez um dia. Ora o trabalho também custa dinheiro e talvez fique mais caro apagar os manuais do que o custo dos livros. Eu como encarregado de educação preferiria ter comprado os manuais do que estar agora a apagar tudo para os devolver. Preferiria ter de comprar manuais novos e entrega-los em substituição dos utilizados pelo meu filho do que estar a apaga-los para os devolver.
Não podem penalizar ninguém… Não inventem multas ou pagamento dos manuais, nem no tribunal os apanham…
O Agrupamento deve registar que não se encontram em condições de reutilização.
O que a Margarida, a Zélia e outros neste blog dizem sobre este assunto é bem verdade. Só quem não trabalha no terreno com alunos do 1º ciclo e, principalmente, primeiros anos de escolaridade é que pensa que esta ideia é viável… Enfim, só num país de loucos. Com certeza que noutros países isso é possível, mas não terão os manuais construídos da forma que são editados em Portugal: com espaços para escrever, desenhar, colar autocolantes, treinar o traçado das letras, dos números…É assim que as crianças do primeiro ano e primeiro ciclo aprendem… Enfim… Estou farta de dizer tudo isso e muito mais, mas pode ser que os encarregados de educação façam força para que tudo isto mude, pois os políticos precisam de votos destes para alcançarem o poder… Revoltem-se, Encarregados de Educação… Da forma como tudo está, a reutilização é impossível… Eu ainda guardo os meus manuais da primária com alta estima e têm imenso valor sentimental!!! A propaganda politica era DAR os manuais e não EMPRESTAR… Mais uma vez enganados… Era ver os políticos a dizerem à boca cheia que estavam a DAR os manuais e que eu saiba DAR não é EMPRESTAR. Tudo à procura do VOTO. Tudo isto me causa uma revolta… Só pessoas que estão fechadas num gabinete sem saber o que se passa no terreno é que podem pensar uma coisa destas. Mas neste país é mesmo assim…
FAÇAM CHEGAR TUDO ISTO AO MINISTÉRIO…
Uma pouca vergonha. A minha filha e a mãe estão a apagar os manuais desde a manhã do dia de hoje e ainda não acabaram.
Devolver o quê?
Afinal, dão ou emprestam os manuais?
Também vão devolver o “dinheiro” aos Encarregados de Educação cujos educandos são escalão B e por isso pagaram parte dos livros? Será que entregam o que eles pagaram ou devolvem “metade” do livro pois pagaram a outra “metade”?
Compreendo que se deve ensinar o aluno a preservar todo o material escolar , mas dizer que se “dá e depois tirar” não me parece correto. Tudo isto não está bem esclarecido e com estes procedimentos a “escola” parece mais uma “biblioteca”!
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Em França o sistema funciona. Em Portugal é só colocar problemas.
Num país rico como a França os manuais são reutilizados. Em Portugal até os Senhores Professores colocam problemas à reutilização.
Portugal é pobre economicamente e, pelos vistos, é também um conjunto de Pobres de Espírito.
Os recursos do País (os impostos dos contribuintes) não são para desbaratar. A Escola deve promover uma cultura de RESPONSABILIDADE e de EXIGÊNCIA.
Neste momento, dos comentários que aqui li posso concluir que a ESCOLA PRIMÁRIA promove a cultura da IRRESPONSABILIDADE e do ESBANJAMENTO.
Os CONTRIBUINTES PAGAM.
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Tenho uma menina que vai para o 1º Ano e um menino que vai para o 5º Ano
e não sei o que fazer. Provavelmente compro os do 1º Ano, pois a minha filha gosta muito de pintar com marcadores. Quer ser pintora. Para o do 5º deram-me ordens para não comprar. Mas eu até prefiro comprar. Que treta
Olá bom dia.
Preciso de uma explicação sff. O meu filho está no 5º ano e tem escalão B foram-lhe atribuídos 3 manuais pela escola, a minha pergunta é se estes podem estar escritos como estão inclusive com o nome de anteriores alunos nº(s) e turmas.
Posso devolve-los á escola, onde posso encontrar a legislação .