TRIPLO CORTE DAS PENSÕES, AUMENTO DA IDADE DE REFORMA E DE APOSENTAÇÃO, UMA LEI DE ATUALIZAÇÃO DAS PENSÕES QUE DETERMINA AUMENTOS DE MISÉRIA, FAZEM CRESCER A POBREZA EM PORTUGAL
Neste estudo, utilizando dados da Segurança Social, mostramos que o número de reformados a receber pensões baixas (até 419€) aumentou entre 2009 e 2015 (passou de 1.375.282 parar 1.396.394); que a percentagem de reformados a receber pensões de miséria até 262€ cresceu de 11,2% para 13,3% do total dos pensionistas durante o mesmo período; que as pensões médias continuam a ser muito baixas (velhice: 434€; invalidez: 370€; e sobrevivência: 228,9€, sendo estes dois últimos valores inferiores ao limiar da pobreza); que a pensão média de velhice aumentou, entre 2010 e 2015, apena metade da subida da inflação; que as pensões mínimas, de valores muito inferiores ao limiar da pobreza, aumentaram em média entre 2,4€ e 3,1€/ano durante o governo PSD/CDS, e entre 0,9€ e 1,2€ por ano com o governo do PS de Costa, o que não deixa de ser insólito e inaceitável. E que se não fosse o aumento extraordinário de 10€ nas pensões que terá lugar só a partir de Agosto deste ano, e abrangendo apenas os reformados e aposentados com pensões até 633€, aumento este imposto a este governo pelos partidos de esquerda, a situação seria ainda mais dramática e inaceitável. Em 2018, enfrentar-se-á o mesmo problema já que a lei que determina estes aumentos de miséria (a Lei 53-B/2006) continua em vigor, e Vieira da Silva teima em não alterá-la.
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