9 de Março de 2017 archive

Teremos outro 08/03/08? (que já só é uma memória)

 

Há pouco mais de um ano “anunciava-se” que esta legislatura ministerial seria imaculada quanto a manifestações. De facto, até já houve manifestações a favor de uma política que valorizava a Escola Pública, que alguns viram como de apoio à equipa.

Hoje, 9 anos depois de um marco incontornável da luta dos professores, anuncia-se o possível regresso à luta.

Olhando para trás, para a luta que se travava então, verifico, com revolta, que aquela batalha não foi mais do que isso, uma batalha. Uma batalha em que não se chegou a definir quem saiu vitorioso e que as suas conquistas se foram esfumando ao longo dos anos. Dizem que foram os professores. Sim, em muito aspetos saíram vitoriosos, nem que não seja pelo poder de união que conseguiram e que foi visto por todos.

Se há 9 anos tínhamos razões para sair à rua, hoje, voltamos a ter o que ontem já tínhamos. Como alguém me dizia, há pouco tempo, só nos falta o retorno do Professor Titular. A verdade é que temos deixado andar. Ninguém parece perceber que empurramos com a barriga um mal que em breve as gerações vindouras vão ter que pagar. Tudo isso em nome da pseudosustentabilidade. Temo-nos demitido de intervir no nosso próprio futuro enquanto professores. Temo-nos contentado com as migalhas que caem das barbas dos outros. Deitamo-nos nos louros, com que um dia julgamos ter sido coroados.

Temos tanto porque continuar a lutar. A Aposentação, as carreiras (esta foi a novidade desta semana que, na verdade, já se esperava), o descongelamento, a gestão…(quem não tem razões, é só escolher)

Nós não somos nenhum museu de memórias para vivermos delas… teremos um novo dia?

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Sobre o Ensino Profissional…

 

O nosso ensino profissional tem falhas graves. Não me venham com conversas de que é a preparação para o mercado de trabalho ou o ensinar uma profissão. E isto acontece porquê? Porque está mal organizado, mal direcionado, não responde às necessidades das comunidades e porque é visto como ensino de segunda. Só vai para o ensino profissional quem não é capaz de mais. Sim, é este o pensamento. A prova tenho-a à minha frente. Uma mãe que escreve sobre as expectativas que tem em relação à filha: “Pelo menos, que tire um curso profissional para poder trabalhar.”

“Pelo menos”… O nosso ensino profissional é visto como, o pelo menos. Enquanto assim for…

 

Governo diz que é preciso acabar com o preconceito no ensino profissional

“Portugal ainda não meteu na cabeça que o 12.º ano do curso de pastelaria é tão válido e tão digno como o 12.º ano do curso de línguas e humanidades”, diz o secretário de Estado da Educação.

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“A Escola que temos e a Escola que Queremos”

 

Vencedor de vários prémios de inovação pedagógica da Microsoft, Rui Lima, professor do Colégio Monte Flor, lança esta quinta-feira o livro “A Escola que temos e a Escola que Queremos”

(clicar na imagem para ler entrevista)

É uma leitura interessante que nos revela uma visão da escola diferente da que vemos e vivemos no dia a dia. Um conceito de sala de aula e de um “dar aula” diferente, ao alcance de qualquer um que esteja disponível à mudança.

A consciência da necessidade de mudança é o primeiro passa para a efetivar.

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Vamos Longe

(…)Portugal é o país da União Europeia com a taxa de fertilidade mais baixa e ainda aquele onde se regista o menor número de nascimentos nos anos entre 2001 e 2015. (…)

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Da Gosma Tóxica

Por aqui Neutralização | O Meu Quintal.

 

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Professora de Chaves em tratamento oncológico obrigada a regressar ao trabalho

Sem comentários.

Com áudio da Antena 1:

(…) Uma professora de Chaves, que está em tratamento oncológico, diz que está há mais de um ano à espera de uma junta médica e agora foi obrigada a regressar ao trabalho.

O Ministério da Educação disse que o “caso está a ser devidamente analisado pelos serviços de modo a encontrar-se a melhor solução”

 

E por aqui no CM:

(…) Uma professora de Chaves, doente oncológica em tratamento, queixou-se de ser obrigada a regressar ao trabalho e de estar há mais de um ano à espera de uma junta médica que disse ser necessária para prolongar a baixa. Cristina Santos, uma professora de línguas de 54 anos residente em Chaves, foi chamada para regressar à Escola Secundária Júlio Martins, apesar de estar em plena fase de tratamento a um linfoma folicular, detetado em 2015. Depois de descoberta a doença, a docente colocou três baixas consecutivas até dezembro desse ano, altura em que disse ter sido informada de que seria chamada a uma junta médica do sistema de saúde ADSE (Direção-Geral de Proteção Social aos Funcionários e Agentes da Administração Pública). Só que, segundo Cristina Santos, durante todo este tempo “nunca” foi chamada para essa junta médica, uma situação que disse ser “incompreensível e ridícula”. A responsável garantiu que toda a sua documentação clínica já foi enviada para a Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGESTE), entre relatórios, atestados e até a baixa dada pela junta da Adminitração Regional de Saúde (ARS) Norte. No entanto, agora, que atingiu os 18 meses de período de baixa afirmou que foi contactada pela escola, em nome da DGESTE, que lhe deu instruções para voltar ao serviço alegando que atingia o limite máximo de faltas por doença. A professora apresentou-se na escola, só que, segundo frisou aos jornalistas, o “pesadelo burocrático mantêm-se”. Isto porque, no estabelecimento de ensino foi informada que tem, agora, três hipóteses. “Ou me apresento ao serviço munida de um atestado médico que me diga que estou em condições, e os outros atestados médicos que eu tenho não dizem isso, ou eu vou para a aposentação antecipada e eu não reúno as condições mínimas ou vou com uma licença sem vencimento e assim não posso viver”, afirmou. Na escola, Cristina Santos disse ter encontrado “bom acolhimento” e “disponibilidade” para ser colocada em serviços que exijam menos esforços e que sejam menos cansativos. No entanto, ressalvou não se sentir em condições para ir trabalhar. “A lei garante-me que eu tenho direito a uma prorrogação dos 18 meses por se tratar de uma doença incapacitante que exige tratamento prolongado”, acrescentou ainda. Depois dos tratamentos mais agressivos, a doença estabilizou, mas Cristina tem já tratamentos marcados até julho de 2018. A doente faz quimioterapia de manutenção, de três em três meses. “Isto é um pesadelo. A doença e agora esta burocracia, as papeladas, este entendimento legislativo, isto é que é um pesadelo realmente, porque dar aulas é um prazer”, salientou. Contactada pela agência Lusa, fonte do Ministério da Educação disse que o “caso está a ser devidamente analisado pelos serviços da DGESTE de modo a encontrar-se a melhor solução”.

 

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