18 de Fevereiro de 2017 archive

Grupos de Recrutamento Onde Mais Professores Qualificados Existem Para uma Reforma Curricular

Pensar numa reforma curricular e em mudanças estruturais no currículo deve ser também acompanhada de dados que permitam verificar se existem docentes qualificados em número suficiente para dar resposta a qualquer alteração que mude a carga horária das disciplinas.

Após a publicação da Reserva de Recrutamento 21 existem 10.465 candidaturas por colocar que são de 7.510 docentes. Bem sei que muitos docentes já colocados em oferta de escola e que terminaram o contrato não podem regressar à Reserva de Recrutamento e poderiam crescer estes números. Para o ano isso vai acontecer com a possibilidade do regresso à Reserva dos docentes também colocados em contratação de escola.

Mas analisemos os dados que existem actualmente, colocando de parte o grupo 100 – Educação Pré-escolar porque não é uma reforma cuticular neste nível de ensino que mudará o excesso de Educadores por colocar neste grupo.

Existem 4 grupos de recrutamento que tem ainda por colocar em contratação mais de 30% dos candidatos iniciais.

  • 260 e 620 – Educação Física
  • 410 – Filosofia
  • 510 – Física e Química

Qualquer alteração que implique um acréscimo de horas nestas disciplinas não será preocupante em termos de docentes qualificados.E aqui só temos uma disciplina ligada às Ciências Sociais.

As disciplinas de História e Geografia, no caso de terem acréscimo de horas começa a não ter docentes qualificados em número suficiente para qualquer acréscimo e a formação inicial nestas disciplinas terá de ser relançada.

 

 

 

 

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Ciências Sociais Vão Ganhar Horas

Governo vai reformular currículos das escolas. Ciências Sociais vão ganhar horas

 

 

Cidadania e área de projecto vão regressar aos currículos escolares.

 

 

O Governo vai reintroduzir as áreas de cidadania e de projecto nos currículos escolares. Há disciplinas que vão perder carga horária porque a ideia não é aumentar o número de horas que os alunos passam na escola. O secretário de Estado da Educação diz ainda ao Expresso que haverá ainda um reforço das ciências sociais.

“Tenho de emagrecer o currículo actual e fazer um reequilíbrio entre áreas”, disse o secretário de Estado da Educação ao semanário Expresso.

Ao mesmo jornal, o governante diz que há disciplinas como a Geografia e a História que têm poucas horas, tal como a Educação Física. Questionado sobre se as áreas sacrificadas são a Matemática e o Português, João Costa respondeu que “algumas terão de perder”.

Em declarações à Renascença, a presidente da associação de professores de Matemática, Lurdes Figueiral, está ao lado da vontade do Governo. “O que é mais importante é nos proporcionarmos aos alunos um currículo equilibrado nos primeiros anos de aprendizagem. O privilegiar do português e da matemática que tem havido nos últimos anos prejudicou o equilíbrio, e no caso da matemática foi claríssimo prejudicou a relação dos alunos com a disciplina. Não se trata de uma contagem de horas como quem conta espingardas.”

O Governo quer ainda reforçar as horas curriculares de projectos interdisciplinares que impliquem um trabalho entre professores e conteúdos de disciplinas diferentes. Trata-se de dar novo fôlego à área Projecto que segundo o secretário de Estado trouxe muitos bons trabalhos mas não foi plenamente assumida como curricular, e como não contava para a nota final foi desvalorizada.

O que se pretende é que estas actividades sejam agora valorizadas e sejam tão importantes como as aulas tradicionais, sendo sujeitas a uma avaliação tão válida quanto a de um teste escrito.

“Os testes são instrumentos de avaliação muito importantes, mas não podem ser os únicos”, argumenta o secretário de Estado.

Outra área a que o Executivo quer dar força é a da Formação Cívica que foi introduzida em 2001 mas desapareceu em 2012 com o ex-ministro da Educação, Nuno Crato. A forma como esta temática será abordada nas escolas ainda está a ser trabalhada como a secretária de Estado da Igualdade.

“Neste momento é algo que se faz nas escolas de forma voluntária. Mas para nós é evidente que o horário dos alunos tem de complementar. Se não, não vai acontecer”, resume João Costa ao Expresso.

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Supervisão pedagógica entre pares? Que é isso?

Muitos têm sido os docentes que têm demonstrado uma certa apreensão em relação à supervisão pedagógica entre pares. Se o CP aprovou, que remédio têm…

Mas convém dizer que, ao falar-se disto, tem que se falar de processos de regulação do ensino e da aprendizagem, da reflexão e investigação sobre a ação educativa e de melhoria de práticas pedagógicas, não só dentro da sala de aula. Ou seja, criar espaços e oportunidades para a construção do conhecimento não só a nível profissional, mas também, de limites pessoais, desenvolver o profissionalismo dentro e fora de sala e aula, refletir sobre a profissão e sobre a sala de aula enquanto espaço de pedagogia, partilhar experiências (isto será o mais importante, a meu ver…), formas de olhar o ensino, as aprendizagens e a sua avaliação. Nada mais do que isto… apenas uma reunião de trabalho colaborativo.

Tretas de quem não tem mais nada para fazer e quer chatear quem trabalha. ( já fazemos isto informalmente há anos) Mais uma daquelas “coisas” bonitas para mostrar à IGE.( temos que ter evidências) Mas nem me oponho, desde que não venha sobrecarregar ainda mais os docentes, nem ocupar o seu tempo de preparação de aulas e atrasar a entrega de testes e outros trabalhos aos alunos.

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