Quase metade das novas vagas são para professores de 1º. Ciclo, Educação Especial e Matemática
É nos concelhos de Lisboa e Vale do Tejo, Porto e Alto Minho que mais professores vão passar aos quadros em setembro
Se é professor do 1.º ciclo, de Educação Especial ou de Matemática, saiba que terá mais hipóteses de conseguir um lugar nos quadros da função pública no concurso extraordinário que deverá arrancar no verão.
O governo anunciou que este ano haverá 3 mil vagas a ocupar no próximo ano letivo. Os peritos já fizeram as contas e quase metade das vagas são para professores destes três grupos disciplinares.
As regras da “vinculação extraordinária” determinam que podem concorrer professores com mais de 12 anos de serviço e cinco contratos anuais e sucessivos nos últimos seis anos.
Tendo em conta as listas de colocação de professores publicadas pela Direção-Geral da Administração Escolar (DGAE) – trabalhadas pelo blogue especialista em estatísticas de educação “De ArLindo” –, das 3142 vagas disponíveis há 719 lugares que vão ser ocupados por professores do 1º. ciclo. Seguem-se outros 501 de Educação Especial e outros 224 de Matemática do ensino secundário. Só estas três disciplinas reúnem, assim, 1444 vagas (46% do total).
Em contrapartida, há quatro disciplinas (Música, Educação Tecnológica, Alemão e Latim e Grego) que não vão vincular qualquer professor.
Lisboa e Vale do Tejo e Porto e Alto Minho são as regiões onde vão abrir mais vagas.
Além destes 3142 professores que vão passar aos quadros, há outros 377 docentes que também vão passar a efetivos através da chamada “norma-travão”.
Trata-se da regra criada pelo ex-ministro Nuno Crato que impede que todos os docentes com mais de quatro anos e três renovações de contratos anuais, completos e sucessivos no mesmo grupo de recrutamento, mantenham vínculos precários.
Entre estes professores há 195 docentes de Educação Especial. Somam-se 53 professores do 1º ciclo e outros 29 de Espanhol. Lisboa e Vale do Tejo é a zona com mais caso.