Para o próximo quadro contei com a preciosa ajuda do Davide Martins para a sua elaboração.
Para se perceber como se chegou a estes números passo a explicar todo o processo.
Consideramos apenas os docentes que em 31/08/2016 podiam ter os 4380 dias de serviço após a profissionalização. neste artigo podem ver quantos são.
Depois analisar para esses docentes as colocações das listas que possuo na minha base de dados dos anos lectivos 2011/2012 a 2016/2017 cruzei-as com o grupo de recrutamento da sua colocação.
Na coluna verde encontram-se os docentes com 12 anos de serviço após a profissionalização que garantidamente tiveram pelo menos 5 colocações nos últimos 6 anos no mesmo grupo de recrutamento. Assim, a reunir as condições para a vinculação extraordinária de 2017 existem 1872 docentes. A distribuição por grupo de recrutamento encontra-se no quadro de baixo.
A coluna amarela do Talvez é porque não se conseguiu ainda verificar se as 5 colocações foram todas no mesmo grupo de recrutamento. Lembro que há candidatos que foram colocados mais de uma vez num determinado ano e o processo de análise para verificar a colocação num determinado grupo de recrutamento não é tão simples assim. O ficheiro total para trabalhar estes dados já possuí mais de 60 MB de tamanho.
Tal como previ e disse ao Diário de Notícias, o grupo de recrutamento 300 – Português será um dos mais prejudicados por haver muitos docentes deste grupo com habilitação para outros grupos de recrutamento e não conseguirem sempre colocação no mesmo grupo de recrutamento. Existem 1080 docentes com mais de 12 anos no grupo 300 – Português, mas apenas 69 reúnem garantidamente as condições para vincular no concurso extraordinário de 2017.
A coluna dos talvez será analisada com mais pormenor nos próximos dias, mas será bastante difícil dar mais garantias de quem reúne as condições porque também muitas das colocações (em oferta de escola e em BCE) não são conhecidas.
Mas para as próximas reuniões com o Ministério da Educação as organizações sindicais já podem levar o trabalho de casa feito, por quem no fim das suas aulas ainda consegue ter disponibilidade para estas coisas.
O estudo dos docentes que podem concorrer em 1ª prioridade em 2017 encontra-se aqui e as vagas a abrir por QZP para a primeira prioridade aqui.
Falta agora saber em que QZP serão abertas estas 1872 vagas.
Mas lá chegaremos se o tempo e a disponibilidade nos permitir.
Chegou-me esta exposição para divulgação que foi enviada ao Provedor de Justiça.
Sobre a mudança pedida nesta exposição (ou seja para que se mantenha igual ao que existe actualmente). os 365 dias nos últimos 6 anos, não consigo ter uma posição fundamentada com dados.
Quanto mais se baixar o tempo de serviço prestado em escolas públicas num maior número de anos para dar-se a segunda prioridade acaba-se por privilegiar quem faz do ensino público um espaço para as acumulações, mas também acontece que muitos docentes contratados (em especial quem está apenas nas AEC) não consiga amealhar o tempo de serviço necessário com a nova proposta para continuar nesta segunda prioridade.
Existe por aqui uma barreira perigosa que mudando-a afasta uns beneficiando outros e qualquer mudança que ocorra faz baralhar os que se encontram perto de cada um dos limites.
O 120 nasceu porque houve seres já preparados que o fecundaram… o 120 depois de nascer foi adulterado… porque houve interesses que quase aniquilaram aqueles que o fecundaram… o 120 não está nas mãos de quem o fecundou, foi usurpado por produtos transgénicos… ou seja… um complemento de uns meses, uma declaração, deram acesso a uma profissionalização que foi legitimamente aceite e utilizada no mesmo ano lectivo… sem lei nem roque… vale tudo… os profissionais do 120 que se qualificaram antes dele nascer de acordo com as regras e as leis em vigor, foram trucidados por uma força invitro… e a saga continua como se nada fosse… a desigualdade nas graduações profissionais, as prioridades e o que aí virá… o mundo do 120 está ao avesso… não há limites… valeu tudo… ninguém entende isto, porque as maiorias e os interesses instalados prevalecem… isto é corrupção, manipulação e tráfico de influências… vai sobrar para alguém… tem Pai que é cego…. Mas neste País de brandos costumes o normal é morrer na Praia, ou no Terreiro do Paço, ou em Camarate… lembram-se do Delgado, do Andrade e do Viriato… Já dizia Camões: também dos portugueses alguns traidores houve… Viva a anarquia do 120! Morra a dignidade e a verdade! Que pouca vergonha, que injustiça… que só é entendida e sentido pelo Senhor Provedor e pelos “verdadeiros” profissionais do 120… aqueles que se qualificaram antes dele vir ao mundo e que depois sentiram: ele nasceu, mas nós perecemos… Chama-se a isto tudo falta de dignidade, o ser desumano, o não olhar a meios para atingir fins… Onde para o 120…